“Absoluto controle de Covid-19”? Contágio de Trump traz imprevisibilidade para campanha

O contágio do presidente dos Estados Unidos, que por diversas vezes minimizou a pandemia, provoca efeitos inesperados em plena campanha à reeleição

Foto: Divulgação

Jornal GGN – Diagnosticado com Covid-19, Donald Trump foi hospitalizado na tarde desta sexta-feira (02) e apresenta febre. O contágio do presidente dos Estados Unidos, que por diversas vezes minimizou a pandemia, provoca efeitos inesperados em plena campanha à reeleição.

Trump foi internado em um hospital militar próximo de Washington, o Centro Médico Walter Reed, no final do dia de ontem. A Casa Branca trata de não alarmar a situação e informou, por meio do porta-voz, que se trata apenas de uma medida de “abundância de precaução” e que Trump tem “sintomas leves”.

“O presidente Trump está bem disposto, tem sintomas leves e tem trabalhado ao longo do dia. Por uma abundância de precaução, e sob a recomendação de seu médico e de outros especialistas, o presidente vai trabalhar do escritório presidencial no [Centro Médico] Walter Reed nos próximos dias”, disse o porta-voz Kayleigh McEnany.

Para corroborar a versão da Casa Branca, Trump publicou um vídeo nas redes sociais, ao pousar de helicóptero no centro médico, dizendo que se sentia bem.

Mas apesar de minimizar a situação de saúde do presidente estadunidense, faltando menos de um mês para as eleições nos Estados Unidos, a internação mudará imediatamente a agenda de campanha, pelo menos nos próximos dias, que já são considerados cruciais.

E, mesmo informando que “seguirá trabalhando”, ele precisará suspender sua agenda, interromper debates e participações nas ruas, além de lidar, na própria pele, com os efeitos da pandemia mal gerida no país, em seu comando.

Pronunciando repetidamente frases como “vai desaparecer”, “não uso máscaras”, “temos tudo sob o controle”, a gestão de Donald Trump na maior pandemia mundial foi amplamente criticada, minimizando a doença que já tirou a vida de mais de 207 mil pessoas nos EUA.

Chegou a zombar de seu rival, Joe Biden, no polêmico debate televisivo (relembre abaixo), pelo excesso de precaução do democrata protegendo-se do coronavírus. “Coloco a máscara quando é preciso. Não a coloco o tempo todo como ele [se referindo a Biden], que a usa mesmo quando está falando a 60 metros de distância de mim.”

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Nesta sexta (02), Trump participaria de um comício na Flórida, uma das regiões decisivas para as eleições, e hoje estaria em Wisconsin, também de eleitorado significativo. Com a imprevisibilidade do vírus, até então na visão de Trump que estava sob “absoluto controle” dos Estados Unidos, não se sabe como será a reta final da campanha, faltando quatro semanas paras as urnas.

 

Redação

1 Comentário

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  1. Nassif: pra mim essa do gringo dono do Quintal onde moramos é resultado dos contatos dos VerdeSauvas (donos da PindoramaLocações), através do ComandoSul, que tem um deles como elo de ligação. Sugeriram fazer como a farsa da “facada”, desta feita sem katchup. Como a campanha tá indo pro saco, se colar nota dez pro pico das Agulhas. Por aqui, com o apoio dos AvivadosUngidos (catadores de dízimos, como muito dos de lá), o troço conseguiu comover a Elite e os PobresDireita, tanto quanto os extremistas de direita. PresidenteCavalão até mandou votos de apoio e recomendou que o mandatário de lá também promovesse a cloroquina como remédio milagroso. E há Kummunista achando que os da caserna daqui não têm também participação nas tramóias do TioSan.

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