Nos EUA, Justiça vai obrigar marcas de cigarros a admitir uso de substâncias viciantes

Notícia preocupante para quem fuma, vende, fabrica cigarros e / ou planta tabaco:

A juíza estadunidense Gladys Kessler  está prestes a soltar uma sentença contra as grandes cigarreiras, que as obriga a anunciar um mea-culpa durante um ano em toda imprensa da terra dela. 

A sentença, ou acordo está aqui:

https://www.documentcloud.org/documents/1004256-proposed-consent-order-o…

Penso que, com um anúncio desses na mão, caberia a qualquer fumante cobrar indenização às cigarreiras em função do elemento viciante contido nos cigarros fumados. Como estas empresas nunca vão ter dinheiro suficiente para indenizar todo mundo fumador, então acabarão por fechar as portas, e assim o mundo certamente ficará livre desse veneno vendido (ainda sou otimista!)

Quem sabe, uma tradução juramentada desses anúncios possa gerar ações indenizatórias por aqui. 

Espero que essa moda de “Consent order” também pegue em nossa justiça, tal e qual o domínio de fato. 

Uma reportagem sobre o assunto (em alemão) está aqui:

http://www.spiegel.de/wirtschaft/unternehmen/usa-tabakriesen-muessen-sic…

“Os gigantes do tabaco deverão se expor como mentirosos”. 

Os muitíssimo bem-pagos lobiistas desta indústria criminosa, depois dessa, já podem procurar outro emprego! 

Redação

8 Comentários

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

  1. Engraçado…

    Ao mesmo tempo que descriminaliza o consumo de maconha, para fins medicinais em alguns estados e sem restrição nenhuma no Colorado, existe campanha para criminalizar o uso do cigarro.

    Nada contra mencionar as substâncias viciantes contidas no cigarro nem contra campanhas maciças para reduzir o consumo ; afinal trata-se de um problema grave de saúde pública em todos os países. Mas achar que criminalizar o consumo vai fazer com que as pessoas deixem de fumar é no mínimo ingênuo.

    Eu acho justamente que o fato de publicar a lista de substâncias nocivas pode tirar um risco para a indústria: os fumantes não mais poderão alegar que consumiram o produto sem saber das consequências, seja em termos de vício ou mais geralmente de saúde.

    1. ” existe campanha para

      ” existe campanha para criminalizar o uso do cigarro.”

      1-Pq quem usa droga tem o direito de escolha.

      2-Quem fabrica cigarros são empresas capitalistas estunidenses  e o cidarro faz mal a saúde eo estado deve proteger os cidadãos.

      Não faz muito sentido se levarmos em conta uma lógica “normal”, mas a mente revolucionária não age desta maneira, para a mente revolucionária o que importa é ganho politico para a “revolução” , por isso pode se ter idéias conflitantes ao mesmo tempo.

       

       

      1. Aí você está exigindo demais

        Aí você está exigindo demais Aliança, querer que uma mente revolucionária entendo uma simples questão de lógica booleana. É bem mais simples eles avançarem em bandos zurrando e te chamando de fascista, reacionário e neoliberal.

         

    2. Não acho que se está criminalizando ,,,,

      … aqui o uso do cigarro, nada disso!

      O que a juíza em questão quer é mostrar juridicamente que o produto cigarro é um veneno como todos sabem. Se ainda assim alguns bobos querem continuar a se envenenar, problema deles.

      Por outro lado, quem se sentir prejudicado, agora tem argumentos fortes para exigir indenização. 

      É opção de cada um. Só isso!

      Particularmente, eu acho até que os custos médicos dos danos cigarrísticos deveriam ser inteiramente arcados por quem os provoca, as cigarreiras, mas não o SUS e nem os planos de saúde.

      A propósito: eu não fumo.

  2. Não tem muita lógica.

    Pode acontecer de pouca gente, em termos relativos, mover ação de indenização. Também os preços poderão ser majorados para custear os anúncios e indenizações de modo a levar o consumo para outro ponto de equilíbrio entre oferta e procura.

    E 18% dos ainda remanescentes fumantes americanos não deixarão de sê-lo da noite para o dia.

    Como não deixarão de consumir outras substância aditivas (álcool, por exemplo) ou agradáveis e geradoras de hábitos, mas não necessariamente boas (açúcar, sal, gordura animal.)

     

  3. Mesmo com essa decisão,

    Mesmo com essa decisão, duvido que nossa jurisprudência mude. Os fundamentos que tenho visto são o de que o sujeito sabia muito bem que o cigarro vicia e causa algum tipo de dano. Isto nos tribunais do Brasil. Nos EUA, o sujeito leva um milhão para casa.

    Infelizmente, o lobby deles conseguiu nos envenenar ideológicamente. Quando uma multinacional americana vicia um norte-americano, o resultado é uma indenização de milhões de dólares ao americano, que vai gastar esse dinheiro no mercado americano. Isso se a empresa não for condenada a indenizar os cofres públicos americanos pelos gastos no sistema de saúde americano.

    No Brasil, sob a mesma causa de pedir, o juiz brasileiro vai isentar a empresa americana de responsabilidade, sob o argumento de que o consumidor brasileiro sabia o que estava fumando. E o dinheiro da indenização milionária que seria convertida em renda brasileira, vira lucro da multinacional americana, e portanto déficit na  nossa balança comercial, e renda para os americanos. E quem vai ficar com a conta do dano não indenizado, para “evitar enriquecimento sem causa” é o contribuinte brasileiro, que sustenta o SUS, e vai pagar o tratamento do câncer e do enfisema que uma corporação americana causou para lucrar.

Você pode fazer o Jornal GGN ser cada vez melhor.

Apoie e faça parte desta caminhada para que ele se torne um veículo cada vez mais respeitado e forte.

Seja um apoiador