Papa diz que imigrantes não são perigo ao catolicismo

Da Agência Lusa e Agência Brasil

Papa diz a crianças que “imigrantes não são um perigo, mas estão em perigo”

O papa Francisco afirmou hoje (28) que “os imigrantes não são um perigo,  mas estão em perigo”, durante um encontro que manteve no Vaticano com 500 crianças italianas e imigrantes, chegadas da região da Calábria.

“Os imigrantes não são um perigo, estão em perigo”, disse o pontífice por várias ocasiões, numa mensagem de fraternidade e de tolerância para com outras culturas e religiões, que pediu às crianças que repetissem com ele.

“O comboio das crianças” é o nome de uma iniciativa, organizada pelo Conselho Pontifício da Cultura, que há quatro edições leva crianças ao Vaticano de comboio para conhecer e conversar com o papa.

Desta vez, o tema eleito foi “Trazidos pelas ondas” e os participantes foram menores que vivem na Calábria, no sul de Itália, uma das regiões do país que concentra um maior número de imigrantes.

“Boa parte [dos participantes] é constituída por refugiados que vieram sobre as ondas do mar com as suas esperanças e tragédias”, disse à agência espanhola Efe o presidente do Conselho Pontifício para a Cultura, o cardeal Gianfranco Ravasi.

Durante o evento, Ravasi leu uma carta que as crianças tinham escrito ao papa e na qual refletiam sobre os “adultos que deixam a sua terra por causa da guerra e das perseguições”, na qual disseram que não conseguem entender “tanta injustiça” no mundo.

O pontífice concordou com esta mensagem e  se mostrou crítico em relação aos países que “não deixam vir e deportam as pessoas em busca de salvação, paz e trabalho”, uma afirmação que assume particular significado depois de na última semana, as embarcações europeias terem socorrido mais de 12 mil pessoas no Mediterrâneo. 

“Os que chegam têm uma religião diferente, mas isso não é perigoso porque somos todos irmãos, Deus quer-nos a todos”, disse o papa.

O sumo pontífice recebeu as crianças com beijos, abraços e gestos de carinho, comentou os desenhos que um ou outro tinha levado e se ofereceu para responder a perguntas.

Um participante perguntou ao papa como se devia acolher os imigrantes, ao que Francisco respondeu que devia ser “com gestos de carinho e abertura”, sublinhando três palavras-chave: “ternura, compaixão e amizade”.

“Os italianos não são todos bons, como em todas as partes, e os que vêm não são todos maus”, disse ainda Jorge Bergoglio, que explicou o significado de aceitar os imigrantes com uma frase: “vou cuidar de ti”.

O papa riu, interagiu com as crianças e pediu por diversas vezes que repetissem as suas ideias principais ou ensaiassem gestos de acolhimento.

Edição: Valéria Aguiar

Redação

6 Comentários

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  1. O papa, que parece ser um dos

    O papa, que parece ser um dos melhores dos últimos tempos, está exagerando nos pronunciamentos de efeito. Exagera tambem em dar muita enfase a assuntos de menor importancia em momentos com maiores prioridades.  

    1. É isso….
      Papa Francisco

      É isso….

      Papa Francisco deveria ter ficado quieto nessa.

      A questão dos imigrantes está muito além do fator religioso.

      1. Talvez vocês não tenham avaliado corretamente o problema….

        Talvez vocês não tenham avaliado corretamente o problema dos imigrantes na Europa, a intervensão de Francisco é necessária e corretíssima.

         

  2. Que esse homem viva 150

    Que esse homem viva 150 anos…

    Mole assim os cardeais nao dao de novo tao cedo.

    Votaram no tal que era “opositor da Cristina Kirchner”…

    Compraram gato por lebre e acabaram com um novo Joao XXIII.

    150 anos, santo padre, por favor!

  3.  A VACA DE MERKEL, E

     A VACA DE MERKEL, E HOLLANDE, VÊEM OS IMIGRANTES COMO MÃO DE OBRA BARATA, A PEDIDO DOS BANQUEIROS E INDUSTRIAIS , REZO AO PADRE, MEU HERÓI DO MOMENTO, QUE NÃO ESTEJA VENDO APENAS MAIS AFILIADOS AO CRISTIANISMO, A PEDIDO DE SEUS DESERDADOS CARDEIAIS.

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