Ronaldo Bicalho
Pesquisador na Universidade Federal do Rio de Janeiro.
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A geopolítica da crise, por Ronaldo Fiani

Enviado por Ronaldo Bicalho

Do Canal IE

Neste programa da série Crise, do Canal IE, Ronaldo Fiani, Professor do Instituto de Economia da UFRJ, fala sobre a dimensão geopolítica da crise, analisando: o Brasil no conflito geopolítico global e as alternativas para o país nesse conflito.
 
https://www.youtube.com/watch?v=7hKYtlMoh1w

 
Ronaldo Bicalho

Pesquisador na Universidade Federal do Rio de Janeiro.

2 Comentários

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  1. Alguns adendos ao comentário do Professor.

    Parece que algumas pessoas esquecem na análise geopolítica o GEO e se atém ao POLÍTICO.

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    O domínio da Eurásia pelos Brics, no caso China, Rússia e Índia, não é ainda uma realidade política porém é inexoravelmente uma realidade GEOGRÁFICA.

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    Para que os Estados Unidos mantenha sua hegemonia necessitam não só o maior orçamento militar mas também a maior marinha do mundo. Por outro lado as expansões da China, da Índia e da Rússia podem ser obtidas sem o deslocamento via marítima, qualquer um destes três países não investem nas suas marinhas pois simplesmente não é necessário.

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    Ignorar ou minimizar os aspectos Geográficos numa análise geopolítica é simplesmente uma grande falha, pois como bem dito pelo professor produtos podem chegar da China a Europa sem passar por portos, da mesma forma a África.

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    A vantagem do alinhamento do Brasil aos brics está na distância do nosso país aos demais Brics, pois analisando-se a longo prazo todos os aspectos de um estudo Geopolítico dentre deles o militar, quanto mais longe estiveres de potências hegemônicas mais estará ao resguardo da mesma.

  2. Note-se que, diversamente do

    Note-se que, diversamente do alinhamento aos EUA, a aproximação e integração aos BRICS não requer, em absoluto, que o Brasil aceite as perigosíssimas e abusivas regras para investimentos, seviços, propriedade intelectual, etc. _ rejeitadas pelos países em desenvolvimento na OMC _ propostas por EUA, União Européia, nos Tratados de Livre Comércio de “última geração” como TPP, TTIP, TLCs, ALCA, ALCEU, TISA, APPs, Acordos Bilaterais e Multilateral de Investimentos, etc., que decididamente impedem políticas autônomas de desenvolvimento aos países periféricos, transformando-os em meras neo-colônias dos países centrais. À guisa de exemplo, a cláusula ISDS (Investor State Disputes Settlement) que permite às empresas investidoras transnacionais cobrarem dos Estados Nacionais onde operam, em cortes arbitrais internacionais (ICSID/CIADI ou Tribunal de N.Y.C., p.ex.), vultosíssimas indenizações pelos “lucros cessantes” de 20 anos, prontamente, em moeda forte, caso políticas públicas legítimas adotadas por esses Estados possam minimamente reduzir seu esperados lucros, pois  seriam consideradas “expropriações”. Garrote total no Estado e na Democracia dos países emergentes. [Ver, p. ex. Le monde Diplomatique, Fev. 1998: “O Novo Manifesto do Capitalismo Global”, de Lori M. Wallach, ou entrevista do Emb. Rubens Ricupero na Folha de S.P., em 28/01/2008].

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