Rússia deve ditar nova ordem mundial com alternativa surpreendente contra o dólar, segundo Pepe Escobar 

Ana Gabriela Sales
Repórter do GGN há 8 anos. Graduada em Jornalismo pela Universidade de Santo Amaro. Especializada em produção de conteúdo para as redes sociais.
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Direto de uma biblioteca moscovita, Pepe Escobar deu informações exclusivas sobre o que realmente está acontecendo na Rússia

Foto: Sputnik/Governo Russo

O analista geopolítico Pepe Escobar apresentou um raio-x sobre a conjuntura política e econômica russa, no último programa “Pepe Café”, que foi ao ar na última quinta-feira (7), no Youtube [Assista no final da matéria]. 

Direto de uma biblioteca moscovita, Escobar comparou o efeito prático das severas sanções ocidentais com as próprias ilusões fabricadas no Ocidente contra a Rússia, que – ao contrário das aspirações levantadas pela mídia tradicional – resultaram no trunfo de Vladimir Putin, com economia crescente e unanimidade em termos de apoio popular. 

Putin já havia ditado na última reunião da cúpula do BRICS, em agosto, que a multipolaridade e transformação da ordem mundial deveriam ser o pilar do bloco, formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. Agora, segundo Escobar, o Kremlin deve surpreender com uma alternativa prática contra a hegemonia do Ocidente. 

O que está sendo discutido, especialmente, quando estamos chegando à data chave de 1ª de Janeiro, o início do BRICS 10 – sob a presidência russa (…) é um mecanismo para escapar do dólar em termos de comércio bilateral e internacional”, afirmou o analista, que esteve em reuniões fechadas com interlocutores do setor, em Moscou. 

Três personagens do ‘top’ da finança russa tem elaborado esse dossiê, que já chegou às mais altas instâncias, está chegando ao Primeiro-ministro e já foi aprovado academicamente (…) Isso vai ser um desenvolvimento importantíssimo para esse próximo ano”, explicou. 

Segundo Escobar, a Rússia “é o único país que está chegando em termos práticos a uma discussão aprofundada de como escapar do dólar, inclusive em termos práticos para grandes corporações e para pequenos ‘business”. 

O máximo que eu posso dizer para vocês é que eles estão ligados à União Econômica Eurasiática, embora não façam parte diretamente, são economistas e especialistas financeiros russos independentes. Isso pode gerar o que a gente chama de ‘game changer’. A Rússia pode virar o tabuleiro em termos de comércio internacional assumindo esse projeto, que pode ser patrocinado oficialmente pelo governo russo e vendido dentro dos BRICS, da União Econômica Euroasiática e extravasar para África e América Latina”. 

Assista a íntegra da análise:

Ana Gabriela Sales

Repórter do GGN há 8 anos. Graduada em Jornalismo pela Universidade de Santo Amaro. Especializada em produção de conteúdo para as redes sociais.

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