Bruno Lima Rocha
Bruno Lima Rocha Beaklini é jornalista formado pela UFRJ, doutor e mestre em ciência política pela UFRGS, professor de relações internacionais. Editor do portal Estratégia & Análise (no ar desde setembro 2005), comentarista de portais nacionais e internacionais, produtor de canal estrangeiro e editor do Radiojornal dos Trabalhadores.
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Uma síntese didática do emprego de LAWFARE no Brasil, por Bruno Lima Rocha

O emprego da lei e dos acordos internacionais para conflitos assimétricos

Uma síntese didática do emprego de LAWFARE no Brasil

por Bruno Lima Rocha

Vou retomar o assunto neste artigo, e em função de algumas boas conversas que tive com pessoas experientes e nada simpatizantes do golpe jurídico-midiático-parlamentar, todos estes colegas me sugeriram esta síntese. O tema não é fácil e como fiz nos dois anteriores, reforço a cautela nas afirmações categóricas (em função da falta de provas materiais) e o ponto de partida. Parto de um lugar (o famoso local de fala) à esquerda do lulismo, bem à esquerda eu diria, com ênfase numa proposta mesclada entre o igualitarismo e o ideal de libertação popular latino-americano (próximo do chamado campo nacional popular nos países Hermanos). Assim, tenho pouca ou nenhuma confiança em pactos de classe e vejo o colonialismo interno e a fraqueza ideológica do andar de cima do Brasil como uma das causas determinantes para o enfraquecimento de todo o país e o empobrecimento de nossa sociedade. Dito isso, seguimos adiante.

O tema central e a sequência inequívoca

Voltando ao tema central, o importante, na minha modesta opinião, é fazer a narrativa de forma inequívoca, sem cair em armadilhas intelectuais de tipo monocausalidade. Ou seja, na vida real, na vida em sociedade, nada tem uma só causa, embora por vezes, relações de força têm uma ação que determina a outra. Travemos assim algumas comparações de evidências.  

Afirmar que a Força Tarefa da Lava Jato é uma invenção da CIA seria leviandade; não levar em conta que o acionar descontrolado deste grupo operacional com autoridade judicial e sem supervisão direta alguma, além das costas quentes e do “tudo pode” do TRF4 (Tribunal Regional Federal da 4a Região, com sede em Porto Alegre) seria de uma inocência criminosa.

Sigo nas comparações. A corrupção endêmica e estrutural das relações do Estado com o que resta de oligopólios de ponta no Brasil é nefasta. O oligopólio da mídia, o mais poderoso politicamente, o que marca ideologicamente a sociedade brasileira contemporânea – tipo, padrão William Bonner de expectativas de vida – é o mesmo que subordina os demais oligopólios no simbólico, ainda que estes tenham mais poder do que os grupos de mídia operando no Brasil sob o controle de famílias brasileiras. Assim, o poder da Globo inverte a lógica do interesse nacional pelo interesse do “cidadão de bem”, policlassista, não importando seu padrão material de vida ou origem étnico-cultural. É como o núcleo do “bem” de novela das nove; nas narrativas de fábulas urbanas e contemporâneas, as contradições da vida privada são mais relevantes do que a estrutura social que as condiciona. O inverso seria a regra básica de qualquer sociologia séria, mas afirmar esta manipulação grosseira soa como teoria conspiratória diante da desinformação estrutural.

Afirmo o parágrafo acima porque, para o cálculo de realidade no Sistema Internacional (SI) – e infelizmente digo isso – os Estados apoiados em seus conglomerados empresariais observam potenciais hostilidades ainda no nascedouro. Assim como o Pacto ABC (Argentina, Brasil e Chile) ajudou ao envolvimento da Embaixada dos EUA na derrubada de Vargas em 24 de agosto de 1954, o mesmo se deu no posicionamento do Brasil dentro dos BRICS (o bloco informal de Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul).  Nosso país, ainda que seja um dos sócios menores e em segunda escala de grandeza é de suma importância para o SI. Somos ainda um pivô geopolítico, mas éramos até pouco atrás, aspirantes a agente geoestratégico.

Logo, o alvo visível, o cluster (em escala nacional, estou ampliando o conceito) das empresas de construção pesada e seus conglomerados subsidiados pelo Estado – as campeãs nacionais, no chamado Bismarckismo Tropical – formam o Complexo de Óleo e Gás, o complexo subsequente da Indústria Naval e o ativo de exportação da expertise em construção pesada, engenharia estrutural e complexa. Isso o país tem – tinha – para projetar no plano interno-externo e gera (pode gerar, chegou a gerar) um Excedente de Poder que entra nas estruturas decisórias dos países da América do Sul, América Latina e África. Logo, quando um Estado e suas empresas líderes, aliadas ao co-governo de coalizão (sendo que o partido líder ganha quatro eleições consecutivas), opera com este nível de expressão internacional – alinhando-se parcialmente com o Eixo Eurasiano de poder – imediatamente torna-se alvo de hostilidade. Como afirma qualquer manual de estratégia, o primeiro passo para vencer um conflito é retirando as condições de entrar em choque de um dos competidores. No caso brasileiro, esta observação mais acurada teve como Cavalo de Tróia o Projeto Pontes, iniciado em fevereiro de 2009 (ver e rever sempre: http://migre.me/vOaKG). Ou seja, imediatamente após a posse de Barack Hussein Obama e com Hillary Rodham Clinton como secretária de Estado, teve início o projeto embrionário que culmina na Conferência Regional de uma semana de duração e alcance nacional de convidados brasileiros.  

Esta é a hostilidade observada da parte dos EUA e cujo combate se deu – supostamente estaria se dando – na forma de LAWFARE (sugiro a leitura deste blog financiado pelo centenário think tank de Washington Brookings Institution, https://www.lawfareblog.com/) ou seja, o uso do Direito como arma de guerra. A difusão deste emprego opera através da captura de corações e mentes de uma espécie de “tenentismo de toga” (mesclando modernização conservadora e idealização patética dos sistemas liberais doutrinários, vide ‘propinocracia’) da geração cujos expoentes públicos se encontram também na Força Tarefa da Lava Jato.

A dimensão da presença dos EUA e a prepotência do Império como “polícia seletiva” do mundo corporativo impressionam pela franqueza. Vejam estas declarações na nota oficial (na íntegra em: http://migre.me/vQMrQ) do Departamento de Justiça dos Estados Unidos:

“This case illustrates the importance of our partnerships and the dedicated personnel who work to bring to justice those who are motivated by greed and act in their own best interest,” said Assistant Director Richardson.  ‘The FBI will not stand by idly while corrupt individuals threaten a fair and competitive economic system or fuel criminal enterprises.  Our commitment to work alongside our foreign partners to root out corruption across the globe is unwavering and we thank our Brazilian and Swiss partners for their tireless work in this effort’.”

E também o reconhecimento que o volume e a dimensão destas punições – sobre Odebrecht e Braskem – são sem precedentes:

““No matter what the reason, when foreign officials receive bribes, they threaten our national security and the international free market system in which we trade,” said Assistant Director in Charge Sweeney.  “Just because they’re out of our sight, doesn’t mean they’re beyond our reach.  The FBI will use all available resources to put an end to this type of corrupt behavior.”

Um resumo plausível da derrota interna que atende os interesses do Império

Estaríamos por tanto diante de uma nova elite do Estado; em ascensão e surpreendentemente anti-Estado. Tal elite, ou frações de classe dentro da tecnocracia togada, das carreiras jurídico-policiais, estaria de forma direta ou indireta, racional (intencional) ou não, atendendo e tornando partícipe aos EUA dentro do processo clássico de tipo “revolução colorida” ou na mudança de regime no Brasil. Tentamos abaixo, na linha conclusiva deste breve texto, expor em termos conceituais o que está acontecendo na internalização de interesses imperialistas no país.

O Brasil teve nos treze anos de governos de Lula e Dilma um tipo de crescimento econômico que não chegou a ser desenvolvimento, mas aprofundou as vantagens comparativas que o país já tinha.  Neste processo, e com todas as falhas possíveis, o governo de coalizão tentou realizar uma aliança Estado-Empresa e como tal apontar uma estratégia de inserção autônoma no Sistema Internacional.

Tal acionar, do ponto de vista militante, igualitário, decolonial e porque não, socialista, este arranjo do governo anterior foi pífio. O partido de governo, de forma absurda hipotecou as chances de resistência ao custo de uma aliança de classe que resultou em derrota ideológica do PT, seus aliados e movimentos de apoio, subordinando tudo diante da lógica do lulismo: pacto conservador com melhoria de condições materiais de vida.

Dentro da expectativa militante, embora previsível, houve um avanço pífio. Mas, esta percepção é que para quem milita e vive no Brasil. No plano externo, as realizações do lulismo já deram motivos suficientes para ser visto como potencial hostilidade pelos EUA. Logo, na gestão de Hillary Clinton à frente do Departamento de Estado e no primeiro governo de Obama, se aprofunda a solução de tipo “revoluções coloridas e mudanças de regime”. Sim, em parte a ação midiática dos EUA reforça tema importantes (como o dúbio e suspeitíssimo papel da Open Society, por exemplo), mas ao mesmo tempo, opera como desestabilização. Em nenhuma hipótese afirmo que a rebelião de 2013 é responsável pela queda do governo, e sim ao contrário; ao não atender as demandas da rebelião de 2013, o primeiro governo Dilma abriu espaços para a direita, aprofundados com o austericídio de Joaquim Levy e a traição ao segundo turno plebiscitário.

Com um enorme senso de oportunidade e já com setores de Estado comprando as teses liberais, os EUA teriam agido de forma diversionista, buscando entradas por “todos os lados”. Obviamente e mais uma vez, vejo que a análise de Luis Nassif está correta: entraram pelo Mercado (na vinculação ideológica com lideranças empresariais e corporativas no Brasil), pela Cooperação Internacional e pela guerra midiática ampliada (aí entram as redes sociais e os grupos da nova direita cibernética). Enfim, conflito assimétrico, Guerra Irregular de 4ª Geração, mas como vetor principal o emprego da versão civil da LAWFARE.

Venho demonstrando que houve descontrole e autonomização de instâncias do aparelho de Estado, onde os EUA enfiaram núcleos de sua confiança (MPF, Judiciário Federal, DAT/PF, MRE). Tudo isso se deu no embalo das viagens e intercâmbios de “reguladores”, com funcionários de carreiras das agências de “regulação” indo aos EUA para apreender experiências de gestão de conflitos. Na esteira do mimetismo, o inimigo cresceu. As teses liberais encontraram eco no viralatismo; o abandono da perspectiva nacional viu no entreguismo seu espelho de Narciso. Semeando em solo fértil, onde o moralismo, a ideologia liberal colonizada, vantagens do corporativismo das carreiras jurídico-policiais, levaram ao momento perfeito de se atacar o Estado, as oligarquias políticas e os direitos sociais – tudo ao mesmo tempo junto.

Pelo partido de governo e o setor de centro-esquerda da coalizão, pouco ou nada se fez. Em algum momento da história recente, a atenção para o acionar da superpotência no Brasil, de baixo ou pequeno, virou nenhum.  Falando com pesar afirmo: percebe-se muito discurso e pouca ou nenhuma operação de contra inteligência. Talvez seja por isso mesmo que a maior parte dos titulares do governo deposto não queira mexer nisso, para não serem também responsabilizados pela derrota. O buraco é profundo como um poço no Campo de Libra. O problema não é mais o da perda da virtude política e as suspeitas de corrupção, mas sim a possível acusação impactante de terem agido como omissos e fracos dirigentes políticos.

Teremos um longo caminho pela frente para demonstrando o absurdo desta situação e o acionar de instituições que de fato operam contra os interesses do país e da maioria.

 

Bruno Lima Rocha é professor de ciência política e de relações internacionais

(www.estrategiaeanalise.com.br / [email protected] para e-mail e Facebook)

 

 

Bruno Lima Rocha

Bruno Lima Rocha Beaklini é jornalista formado pela UFRJ, doutor e mestre em ciência política pela UFRGS, professor de relações internacionais. Editor do portal Estratégia & Análise (no ar desde setembro 2005), comentarista de portais nacionais e internacionais, produtor de canal estrangeiro e editor do Radiojornal dos Trabalhadores.

21 Comentários

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  1. Clarito,a intervenção
    Clarito,a intervenção ideológica de que as empresas devem ter mais poder que os representantes de Estado em suas políticas, como está a movimentação de um outro setor antipopular, o núcleo reacionário militar, o que está pensando, falando ou já arquitetando? Como que as potênciais nações imperialistas Rússia e China tem se possionado sobre”nossa” participação em obras mundo a fora?

  2. O abandono da esperança!

    O professor Bruno apresenta uma visão profunda sobre todo o processo geopolítico que incluiu o Brasil na retomada da supremacia americana, é claro que ele deixa bem claro que ninguém mais do que os agentes locais ajudaram muito em todo o processo (judiciario-midia-congresso/senado). Parte da população formada pela classe média brasileira ainda apoia esse governo que está aí não sendo capaz de perceber que está se auto-sabotando. Não há como salvar a economia do País nesse curso atual, o imediatismo da academia ao qual o PT e hoje o governo (PMDB/PSDB) atual se associa não tiveram a preocupação em dar um caminho ao País, servindo as mesmas críticas feitas anteriormente, o poder pelo poder. O que mais me deixa pasmo é a classe empresarial apoiar iniciativas que seguramente levariam a economia a colapso que se encontra no momento, em nenhum momento se deram ao trabalho de encontrarem um solução para o País, acostumandos durante muitos anos a relatórios de análises com soluções prontas que nunca deram uma solução que englobasse o País como um todo e hoje pagam com a redução de parque industrial e com milhões de consumidores incapazes de consumir devido a crise. Em um mundo onde os recursos do planeta estam cada vez mais exauridos há a necessidade de uma nova ordem que estabelece a auto-preservação e abandone o conceito parasitário auto-destrutivo, precisamos que os jovens se envolvam mais com a política e que entendam mais sobre alternativas para o planeta e para nosso próprio País. Nenhum desenvolvimento é possível a não ser o desenvolvimento humano, enquanto houver diferenças sociais brutais o mundo será brutal e injusto, estamos vendo as consequências atuais de tudo isso em nosso próprio País!

  3. Com todo respeito ao Prof

    Com todo respeito ao Prof Bruno Lima Rocha,mas comecamos adentrar no cansativo e efadonho terreno do didatismo ,ou em palavras aportuguesadas de Alan Souza,o bom portuga,sao os engenheiros das obras prontas.Por mais respeito que se deva ter pelo artigo de Rocha,chega de subjetismos.Temos um golpe,seja do tipo A,B,C…….Z,trata-se de um golpe,sem subterfugios,e necessitamos encara-lo de frente e combate-lo.O Prof.Boaventura de Souza Santos,o maior pensador politico da atualidade,nem por isso dono da verdade,nos trouxe ontem de forma definitiva,a realidade dos fatos,principalmente quando aponta a ruptura como favas contadas.E ela vira,podem ter certeza.Negar que os Estados Unidos da dupla Obama/Hilary,seja atraves da CIA,FBI,o diabo,tem participacao direta nele,nao convencenria nem Ivan de Union que la reside.Ja se passou e muito da hora de se procurar,encontrar e por em pratica os mecanismos necessarios para combater o golpe.A palavra de ordem que se impoe nesse momento e objetividade para se contrapor  ao golpe.Todo bendito dia,aporta comentaristas, cientistas ,jornalistas,apologistas a explicar o que foi explicado milhares de vezes por milhares de artigos.Quem sabe faz a hora,nao espera acontecer,reza a cancao.Ruptura ja,seja de que forma for.Basta.

  4. Ataque e defesa

    Coitado do pt, atacado por forças maiores que a nuclear, não sob contratacar. Seu estiligue falhou. Mas como? Como cedeu?

    Um grande e esperto general disse lá nas minhas aulas de história geral: “Com o asno carregado de ouro eu derrubo qualquer fortaleza”. Era só comprar apoio interno da fortaleza, claro. E isso se deu. 

    Que desgraça é esta que diante dessa avalanche de brasileiros bem posicionados no estado e em conluio indecente com uma potência corrupta e desonesta e disposta a tudo pelo que lhe interessa; de uma mídia antinacional e dominadora de outros poderes e da informação em geral; que entrega o governo a uma turma de bandidos históricos e cobra deles o dever de casa deles ou os leva à cadeia, etc, etc, se destaca o “erro do pt”.

    Não é o pt, é o país que está sendo atacado e nada faz e nada pode. Que podemos fazer? O que? E o pt é a vítima escolhida destes que destoem o país; não basta isso para inocentá-lo? O autor acha que escrevendo um bom e esclarecedor texto se livra de qualquer responsabilidade e ação pondo a culpa no pt? Perdemos a noção do que é covardia?

    Quem pensou antes em um ataque tão destruidor e tão facillitado?

    1. Toma a direcao e o sentido

      Toma a direcao e o sentido correto o comentario de Hcmagalhaes,pricipalmente quando se refere ao artigo de Bruno Lima Rocha.Como disponho de boa memoria,ha alguns dias o tambem respeitado Prof Aldo Fornazieri veio com a mesma conversa com sinais trocados.Subjetivismos nao vai resolver coisa alguma.Os “EGOS”da esquerda latino americana nao cabem no Oceano Pacifico,deixou nas entrelinhas o Prof.Boaventura de Souza Santos.Estamos diante de uma briga de egos.

  5. Aaron Swartz

    O exemplo de “lawfare” que deve ter sido o modelo para a Farsa a Jato pode ser visto no excelente documentário disponível no Netflix:

    “The Internet’s own boy: The history of Aaron Swartz”

  6. Parei em lugar de fala. Essa
    Parei em lugar de fala. Essa esquerda pós moderna psolista é muito fraca. O camarada ainda se coloca a esquerda do Lula. Nem em discurso, não vamos nem falar em prática pq ai fica ruim demais pros cirandeiros. Ser de esquerda não depende de auto classificação, mas sim do papel desempenhado na luta de classes. Não basta falar que é de esquerda. Quantos foram beneficiados por algum tipo de politica pública dessa esquerda? Não são nada.

  7. O Brasil caminhava para uma

    O Brasil caminhava para uma transição, subiria pouca coisa para um grau de maior relevância.

    Seria o rei da América, posto que perderá provavelmente para Colômbia, pacificada…

    O Brasil infelizmente ainda é um fornecedor de matérias primárias e teve apenas um soluço como potência com LULA.

    O que realmente marcará esse golpe, será para nós brasileiros que conviveremos com uma maior violência que vai atrasar muitos sonhos e conquistas que poderiam vir a acontecer…

    E o pior, os coxinhas vão achar a partir de certa hora, que isto é o certo!

    Por isso e para isso continua a ofensiva da direita na internet contra o LULA e o PT!

    Vamos florescer como um grande Panamá, uma república bananeira onde os gringos vão entrar chutando a porta… 

    Alguém no mundo respeita o Temer?

    O mais relevante dentro do que aconteceu é que o mundo passará a ver a ações dos EUA com maior precaução!

    China e Russia se tornarão mais agressivas em relação aos EUA pelo perigo silencioso do contágio feito câncer deste golpe.

    Turquia, Alemanha e mesmo aliados de primeira hora serão mais precavidos diante dos EUA.

    O mundo perdeu uma possível potência moderadora…

    O Brasil já era…

    A podridão que ficou fora do alcance do janot vai consumir tudo…

    Vamos nos tornar os bonecos dos ventríloquos, aceitando aos poucos o golpe…

    A elite brasileira não mereceu o Brasil.

    Rede globo não enche barriga!

  8. Lawfare?  Nao, nao houve

    Lawfare?  Nao, nao houve nenhum na minha casa.

    Fuckfare?

    Esse houve de montao.  Todo ele partiu de mim.  Vai continuar partindo.  Nao tive outra opcao.

  9. Desde 2003 o campo progressista
    Desde 2003 o campo progressista nunca teve maioria no Congresso, o que obrigou Lula e Dilma ao governo de colizào sic coalizão com o PMDB representante de nossa bizarra elite. Não havia a menor condição para a ruptura, pois ao menor sinal disso o PMDB deixaria a coalizao, o que o fez ao resolver que queria se apoderar do governo em aliança com o PSDB. É sabido que Lula adotou na presidencia a experiencia de negociaçao com a elite, dai o odio e a guerra do tipo lawfare contra ele, neste ponto concordo com o autor, mas não na parte em que se aborda a correlaçao de forças vs jornadas de junho: a politica é a arte do possivel e Lula e Dilma fizeram o que era possivel. E só para se ter uma ideia do cerco imposto a Dilma, podemos citar como exemplo o decreto da participaçao popular que ela pripos como uma das medidas para atender a pauta das jornadas de junho, e por isso foi vista como “bolivariana” e alvo de uma campanha de odio na velha e novas midias: tao logo foi eleita para o segundo mandato tal decreto foi derrubado por iniciativa do PMDB e sua aliança pro-golpe, depois vieram as tais pautas-bomba sob a liderança de Somos Todos Cunha mantido no cargo pelo STF para dar o golpe de Estado. Como dizem, o Brasil é assunto para pesquisa da Nasa…

    Um artigo de 2012, que levo no bolso.

    Emir Sader: Por que eles tem medo do Lula? Lula virou o diabo para a direita brasileira.

    http://cartamaior.com.br/?/Blog/Blog-do-Emir/Por-que-eles-tem-medo-do-Lula-/2/27152

    1. O modo como a Nasa entende

      O modo como a Nasa entende nosso país não contribui conosco, Spin, não atende aos nossos interesses nacionais. Mas tenho certeza de que as expressões têm força. Por isso é que se diz “força de expressão”.

  10. Os Craques da Bola, Sempre Levando o Drible da Vaca!

    …”nenhuma operação de contra-informação”… Significa: Somos inocentes e infantis sistemáticos. Há muito tempo.

    Antes da Ditadura de 64 quem frequentava cursos nos Estados Unidos eram os Militares.

    Agora são os Juristas e Procuradores…

  11. Concordo!!!

    Os EUA matam no ninho qualquer possibilidade de aparecimento de um concorrente. Vejo como um grande erro do capitalismo, mas a vida segue.

    Ao final de tudo podemos concluir que o Governo Bush foi melhor para o nosso país que o governo Obama. Triste conclusão.

  12. Já eu acho que se provas não

    Já eu acho que se provas não existem, abundam os indícios. Todos fortíssimo, por sinal, de quem esta por trás dessa hecatombe que se abateu no Brasil.

    Só discordo quando diz que a Lava Jato não foi gestada nos EUA. É uma operação tão sútil, complexa e acerta tão em cheio a economia brasileira que só pode ter sido gestada nos States. 

    Minha curiosidade recai sobre um item (que penso, deve existir): os documentos traçando o perfil psicológico dos brasileiros. A manipulção da massa acéfala foi tão bem feita que esse documento, para mim, é a chave de toda Operação Lava Jato. E, com certeza, não tal documento não foi feito no Brasil.

  13. O cara é bom

    O cara é bom mesmo…..conseguiu criar uma Teoria da Conspiração envolvendo EUA, todas as instâncias do Judiciário brasileiro, mídia, setores da direita, etc. Faltou só explicar porque semelnate conspiração não está sendo urdida nos outros países componentes do BRICS……..ou só o Brasil foi privilegiado??   E, claro, abordar um pouco melhor essa questão da existência ou não de corrupção nas grandes empreiteiras brasileiras.

    1. Sabe porque?

      Por que nos outros países dos BRICS não tem tantos ignorantes. Vai cooptar um russo ou um chinês para trair o seu país? Mesmo um país como a África do Sul tem lá seus brios. Aqui o brasileiro se vende, perde a sua soberania, perde a sua perspectiva de futuro, mas é teimoso como uma porta. Finge que está bem e ainda critica quem escancara o que está acontecendo.

       

      “A classe média é uma aberração política, porque é fascista, é uma aberração ética, porque é violenta e uma aberração cognitiva, porque é ignorante”

      Marilena Chauí

    2. Eu penso um pouco diferente

      Eu penso um pouco diferente de você. Acho que tem dois tipos de pessoas: um tipo estuda durante anos, lê, cruza várias fontes, reflete, pensa nos acontecimentos e chega a uma conclusão. O autor faz isso. Outro tipo simplesmente lê a Veja, assiste a GloboNews, escuta o Boechat e vem aqui postar merda. Esse é você.

  14. Vai ser difícil esse outro

    Vai ser difícil esse outro país, EUA, deixarem de sabotar as possibilidades de prosperidade, independência e soberania em nosso país. Se depender deles, os ataques contra nós não serão interrompidos. Ataques esses de quase todas as formas possíveis: subornando nossas autoridades (senão através de paga em dinheiro, pagando em medalhas de “nosso amigo”, mas muitas vezes em dinheiro mesmo), aliciando e explorando fissuras pessoais do vulgo do nosso povo – os “coxinhas” são o mais perfeito exemplo disso – e até infiltrando-se em aparentemente inócuas associações de bairro: faz parte da formação cultural dos estadunidenses a crença de que devem ser xerifes a serviço do país deles estejam onde estiverem e recebam do governo deles para esse trabalho ou não. Só ainda não entraram em conflito bélico declarado, apesar de haver muitos indícios de uso de explosivos na base aeroespacial de Alcântara e na plataforma de petróleo P-36, para ficar nos exemplos mais escancarados.

    Se começássemos a nos defender agora, os resultados só apareceriam em sei lá… 50, 100 anos. E isso se nossa defesa não esmorecesse nesse tempo todo. Se desencanarmos de imediatismos, tal defesa é absolutamente exequível, e mais, sem deixar ao inimigo a possibilidade de reação à ela. Bastaria que:

    1 – Reforçássemos nossos sentimentos nacionalistas.

    2 – Passássemos a desprezar tudo o que vem daquele país.

    Qualquer tentativa nossa de fazê-los parar de nos sabotar será tomada como agressão. Mas ninguém pode se dizer agredido – e portanto revidar – quando é apenas desprezado, desconsiderado. Lembro-me de que o metemático russo Grigori Perelman, tendo demonstrado a Conjectura de Poincaré, não apenas desprezou o prêmio do Instituto Clay (estadunidense) como declinou dos convites feitos pelas universidades também estadunidenses de Pinceton e Stanford, entre outras.

    E quanto aos cidadãos brasileiros que ainda insistirem em trair nosso país, ué… tratamento que todo país reserva a quem o trai, da China aos EUA, de Cuba à Inglaterra.

     

    Em tempo: Eu ia trazer o link para a excelente reportagem de Bob Fernandes sobre como e quanto o governo dos EUA deposita em dinheiro diretamente nas contas de policiais federais brasileiros, além do custeio de viagens e hospedagens, que estava em http://www.policiaeseguranca.com.br/contas.htm mas essa conta foi suspensa. Bob Fernandes deve ter essa reportagem guardada, ainda…

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