Para Mantega, Brasil volta a crescer no segundo semestre

Jornal GGN – O ministro da Fazenda, Guido Mantega, deu entrevista para o Valor Econômico e demonstrou confiança na retomada do crescimento da economia no segundo semestre, a despeito de um possível anúncio do IBGE de retração no segundo trimestre, que configuraria recessão na primeira metade do ano. Ele deu sua opinião sobre os rumos da política fiscal e monetária no caso de reeleição da presidente Dilma.

Mantega descarta crise e vê sinais de retomada no segundo semestre

Por Claudia Safatle, Edna Simão, Fernando Exman e Leandra Peres

Do Valor Econômico

Otimista até por dever de ofício, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, rechaçou ontem a tese de que há uma crise na economia e avaliou que fará pouca diferença se, na semana que vem, o IBGE anunciar retração da atividade econômica no segundo trimestre, o que pode configurar uma recessão no primeiro semestre do ano. O importante, argumentou o ministro, é que o segundo semestre já dá sinais de retomada do crescimento e, se a economia internacional se recuperar um pouco mais, 2015 trará também o aquecimento da indústria. Ele recomendou para o próximo ano uma política fiscal mais apertada e uma monetária mais flexível, caso a presidente Dilma Rousseff seja reeleita.

Em entrevista exclusiva ao Valor PRO, serviço de informações em tempo real do Valor, o ministro disse que não pretende aumentar a Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP), que deve continuar em 5% ao ano para apoiar o investimento, mesmo com a Selic a 11% ao ano. Presidente do Conselho de Administração da Petrobras, Mantega defendeu Graça Foster à frente a estatal. Com um calhamaço de papéis à mão sobre o desempenho da economia, o primeiro tema que o ministro abordou na conversa foi o aumento da produção da Petrobras.

“Deixa eu dar uma notícia para vocês: a produção de petróleo e gás da Petrobras, em julho, chegou a 2,479 milhões de barris de petróleo equivalente dia. É recorde histórico.”

A seguir, os principais trechos da entrevista.

Valor: O governo, em caso de reeleição, poderia automatizar o reajuste dos combustíveis?

Guido Mantega: Não se pode automatizar porque não pode dar previsibilidade de aumento de preços. Isso influi no mercado. Nenhum governo fez isso. Agora, não tem um ano sem aumento.

Valor: No passado se discutiu uma fórmula considerando os preços externos…

Mantega: Uma fórmula de indexação? É ruim. A tendência é eliminarmos a defasagem, que decorreu da desvalorização cambial em 2012 e 2013 e dificultou atingir a paridade. De 2011 para cá, o preço da gasolina na refinaria subiu mais que a inflação. Não subiu para o consumidor, porque nós baixamos a Cide.

Valor: Não seria preciso aumentar a Cide para ajustar o fiscal em 2015?

Mantega: Depende do cenário. Eu trabalho com um cenário de recuperação do crescimento neste segundo semestre.

Valor: Por quê?

Mantega: Vários problemas que ocorreram no primeiro semestre estão sendo superados. A seca, a inflação que acelerou até março e de abril para cá está em queda. Chegamos a zero de inflação no mês passado, o que mostra que ela está sob controle e nessa inflação tem o aumento da energia. Então o que vejo é uma economia saudável, estruturalmente sólida e que se defronta com problemas conjunturais. Combater a inflação – e é bom dizer que nós somos sempre muito rigorosos com isso – é prioritário. Isso fez com que mesmo em um ano eleitoral tivéssemos uma das políticas monetárias mais restritivas que já tivemos. O governo não brinca em serviço com inflação, mesmo num ano eleitoral. Agora que a inflação chegou em um ponto satisfatório…

Valor: Mas ainda está no teto.

Mantega: Será satisfatória quando chegar a 4% ou 4,5%. Mas, diante da circunstância de que o IPCA de julho chegou próximo a zero, o Banco Central iniciou uma distensão da política monetária. Mantida a inflação sob controle, e ela vai se manter, a distensão deve se ampliar.

Valor: Como?

Mantega: Um dos fatores importantes que determina o nível de atividade é o crédito. A economia está rodando sem crédito.

Valor: Mas não é por falta de demanda?

Mantega: A demanda é definida pelas condições do crédito.

Valor: O sr. previu a convergência da inflação para 4,5% até 2018 e que o ideal seria discutir uma margem de tolerância menor. Por que não uma meta menor?

Mantega: Acho que até teremos um dia uma meta menor. Atualmente, não é possível, dadas as pressões que temos tido.

Valor: Qual seria o momento?

Mantega: Vejo uma tendência de moderação nos preços das commodities. A oferta de infraestrutura vai aumentar no Brasil. O custo dos transportes vai diminuir. Certamente em 2016, 2017 já estaremos colhendo esses frutos. Portanto, se os preços estiverem mais comportados, em 2015 teremos uma política monetária menos apertada, que é um dos dinamizadores da economia. Se você reativar o crédito a partir do controle absoluto da inflação, você vai ter uma retomada da economia. E aí também vai ter uma ajuda fiscal.

Valor: O realinhamento de preços ajuda na gestão fiscal?

Mantega: Todos os preços administrados que tinham que ser reajustados estão sendo. Ainda não teve reajuste de gasolina.

Valor: E a política fiscal em 2015?

Mantega: Estamos saindo da política anticíclica e passando para a normalização. Durante a política anticíclica, você dá mais estímulo, se permite que o superávit primário, embora sempre tenha um patamar mínimo, seja menor do que em períodos de política não anticíclica. Estamos saindo dessa fase e vamos ter uma recomposição fiscal que vai ajudar a flexibilizar a política monetária, como fizemos em 2011. Basta uma política fiscal mais restritiva e uma política monetária mais expansiva. É claro que isso é uma decisão do Banco Central. Mas as condições estabelecem isso.

Valor: A política fiscal sai da fase anticíclica dizimada, ministro.

Mantega: Dizimada? Não interrompa meu raciocínio… Já interrompeu… A recomposição fiscal… Isso é o que eu queria dizer: em 2011 nós fizemos isso. Nós tivemos que fazer uma política fiscal restritiva e uma política monetária também restritiva. No próximo ano não precisará ser assim. Basta uma política fiscal mais restritiva e uma política monetária mais expansiva. É claro que isso é uma decisão do Banco Central, é bom deixar claro. Mas o que eu estou dizendo é que as condições estabelecem isso.

Valor: O sr. não acha que o próximo governo assumirá com as contas públicas no mínimo desorganizadas?

Mantega: As nossas contas públicas estão absolutamente organizadas. O superávit primário, embora menor do que em 2008, é um dos maiores do mundo. Dizer que há uma desorganização fiscal é um absurdo.

Valor: O Tesouro está atrasando os pagamentos aos bancos federais.

Mantega: Nós estamos pagando as contas absolutamente em dia. O governo federal é o único que paga precatório todo ano. As nossas contas estão muito bem ajustadas e muito bem fiscalizadas. Se tivesse alguma coisa fora do lugar, o TCU não aprovaria as nossas contas, estaríamos sendo imputados de algum equívoco, algum erro, o que não ocorre.

Valor: O sr. autorizou os atrasos nos repasses à Caixa e ao Banco do Brasil? Teve conhecimento?

Mantega: Os fluxos de pagamento são normais, como sempre foram. Não há um fluxo perfeito, porque você faz pagamentos todo dia. É bom lembrar que as instituições financeiras têm vantagem quando transferem recursos ao setor público. Elas têm um saldo de caixa financeiro que é conveniente. Então, você pode ter durante um mês ou dois momentos em que a conta fica devedora. Mas é momentaneamente. Hoje, por exemplo, os fluxos estão perfeitamente ajustados. Se você pegar na década de 90 e olhar os fluxos do Tesouro, você vai encontrar isso.

Valor: Mas a Caixa mandou documento para a AGU perguntando se o que ela estava fazendo é correto.

Mantega: O banco estatal procura trabalhar 100% de acordo com a legislação. E ele pode consultar um órgão de controle, a instância jurídica máxima da União, que é a AGU, para saber se o procedimento que ele está fazendo é correto ou não.

Valor: O sr. sabia desses atrasos do Tesouro?

Mantega: Eu vi no jornal. Esse não é um detalhe que cabe ao ministro da Fazenda. Isso é uma rotina. Há pareceres da AGU do passado que dizem que isso é correto.

Valor: O procedimento não configura operação de crédito ou antecipação de receita?

Mantega: Não é nada disso. Não há nenhuma indicação de algum descumprimento de lei. Eu desafio alguém aqui a me mostrar que houve, que a gente faz na política fiscal algum descumprimento legal.

Valor: O artigo 36 da LRF diz que um banco público não pode financiar seu controlador. A Caixa e o BB não estão momentaneamente financiando o Tesouro?

Mantega: Veja os pareceres jurídicos. Os pareceres são mais importantes que a minha opinião.

Valor: O mercado trabalha hoje com uma meta de superávit primário bem menor do que 1,9% do PIB. O sr. recomendaria a redução da meta oficial para este ano?

Mantega: O que eu recomendo é o esforço máximo para cumprir metas. A nossa obrigação é fazer um esforço. Está mais difícil? Nós estamos acostumados a enfrentar desafios difíceis.

Valor: O sr. sugere para 2015 uma política fiscal mais dura e a monetária menos restritiva, com queda dos juros. Considerando que o governo vai decidir a meta de superávit primário para o ano que vem, vai propor algum ajuste na LDO?

Mantega: Não vou propor nenhum ajuste na meta. Em 2015 acho que você vai ter que repetir o que fizemos em 2011. Uma das razões é que nós não temos mais que fazer política anticíclica. Estabelecemos a meta na LDO, que é de 2% a 2,5% do PIB.

Valor: O sr. propõe repetir em 2015 o que se fez em 2011. Está se referindo a exatamente a quê?

Mantega: Eu recomendo que em 2015 se faça uma política fiscal um pouco mais apertada, dando espaço para uma política monetária mais flexível. Estamos discutindo até qual vai ser a taxa de expansão da economia em 2015. Tem gente dizendo que não vai crescer. A economia brasileira não está em crise. Ela enfrenta problemas e tem desafios, mas não está em crise.

Valor: Há a possibilidade de o país estar em recessão…

Mantega: Mas a economia não se resume a isso. A economia é um conjunto de dados. Se você me disser que a economia está em crise com pleno emprego, é uma contradição. A economia está em crise com a bolsa subindo há vários meses consecutivos? A economia está em crise com grande fluxo de investimento externo direto? Bom, que raio de crise é essa? Ela poderia estar crescendo mais, mas isso não é tudo. É preciso olhar o conjunto da situação. Um dos pilares da economia é a demanda. Esse pilar está resguardado. A inadimplência foi saneada. A indústria automobilística está íntegra.

Valor: Mas temos problemas no fiscal, o câmbio está estável à custa de quase US$ 100 bilhões em contratos de swap, o país não cresce, o investimento está parado, não?

Mantega: [O país] não gastou um tostão das reservas cambiais [nas operações de swap]. Quem está ganhando a aposta? O Banco Central.

Valor: Qual seria o impacto para o Brasil de um ajuste mais rápido na taxa de juros americana?

Mantega: As declarações têm sido contraditórias. Qual vai ser o impacto? Eu não sei. O fato é que seja qual for nós estamos muito bem preparados para qualquer impacto e ele será passageiro. Nós podemos ter alguma instabilidade momentânea, mas teremos mais mercados para exportar. É tudo o que eu desejo. Um dos setores que está com mais dificuldades hoje é a indústria porque falta de mercado. O mercado interno não cresceu por causa da falta de crédito e o mercado externo também não está crescendo.

Valor: Na semana que vem, o IBGE anuncia se no primeiro semestre a economia cresceu, estagnou ou está em recessão. Recessão lhe surpreenderia?

Mantega: A Alemanha está em recessão técnica. O Japão teve menos 1,7% no segundo trimestre e todo mundo estava achando que o Japão estava uma maravilha. O PIB da Europa foi zero. A Alemanha menos 0,2%. No ano passado, crescemos 2,5%. Num período de crise não é desprezível. Então que diferença fará? Não muda a nossa trajetória de recuperação do crescimento. A Copa do Mundo tirou dias úteis e, portanto, isso teve um impacto. Agora estamos voltando. A indústria levou um tombo em junho e em julho já voltou. Agora (com as medidas recentes) vai ter mais crédito, as vendas vão aumentar.

Valor: Tem alguém da equipe da presidente pensando o pós-eleição?

Mantega: Quando você está no governo, você sempre pensa no médio e longo prazos.

Valor: O sr. acha que a situação da presidente da Petrobras, Graça Foster, está se tornando complicada à frente da companhia devido ao noticiário recente?

Mantega: A Graça Foster é uma excelente executiva, uma excelente presidente da Petrobras. A conduta dela sempre foi irreprovável. Em todas as empresas você pode ter um mal feito, não é? Em uma empresa desse tamanho não é diferente.

Valor: A segunda rodada de estímulo ao crédito terá impacto este ano?

Mantega: As medidas de [liberação de] compulsório têm efeito imediato. As medidas que têm um efeito de médio e longo prazos são aquelas de melhoria na regulação. A mudança no requerimento de capital também é muito importante porque o banco vai ter mais disponibilidade para fazer novos empréstimos.

A medida que fizemos para o crédito consignado libera R$ 7 bilhões de capital que pode virar R$ 70 bilhões de crédito, se o banco achar que deve.

Valor: A transição para o crescimento sustentado no investimento não está ocorrendo

Mantega: Nós estamos fazendo um grande esforço. O problema é que o investimento tem muito a ver com a indústria.

Valor: Mas aí entra a questão da confiança….

Mantega: O consumidor estava com uma atitude mais prudente em relação ao crédito, talvez por causa da inflação. Agora vê a inflação sob controle e que pode voltar a comprar a crédito. A confiança da indústria vem depois. Essa questão de confiança é uma questão geral. Na Alemanha está há sete meses consecutivos em queda. Na Alemanha não tem eleição agora, é uma economia muito bem arrumada, que tem alta produtividade. As empresas no Brasil mantêm o trabalhador, não demitem, porque confiam que a economia brasileira vai se recuperar. Para mim, esse é um indicador de confiança.

Valor: Dá para aumentar PIS-Cofins, como se previu no passado?

Mantega: Não há previsão de aumento. Agora, quando vocês falam de bebidas, tem que lembrar que não se trata de nenhum aumento.

Valor: Não é necessário um ajuste na TJLP (5%) que ficou muito distante da taxa Selic (11%)?

Mantega: Não. Neste momento, não acho. A TJLP tinha encostado na Selic. A TJLP não pode ser tratada que nem sanfona. A Selic é uma taxa de curto prazo e tem que ter flexibilidade por causa da política monetária. A TJLP é taxa de juros de longo prazo. Se você tratar a TJLP como uma taxa de curto prazo, você está perdido, porque aí o longo prazo ficará turbulento. Se a Selic ficar muito tempo num patamar elevado, aí sim teremos que ajustar a TJLP, como já fizemos em outras ocasiões.

Valor: O sr. faria uma análise desse novo cenário eleitoral com a entrada da Marina Silva?

Mantega: Não, não faria. O meu trabalho é tentar deixar a economia fora da questão política. É trabalhar a economia de forma a deixá-la fora das interferências políticas, porque não é bom para a economia. A economia tem que seguir o seu curso e ter mais estabilidade que a política. O cenário político se move, mas a economia tem que ser estável.

Valor: O sr. ficaria em um eventual segundo mandato da presidente Dilma?

Mantega: Não posso olhar também para um segundo mandato. Eu tenho que olhar para o presente e até o final deste mandato. A minha missão é conduzir a economia da melhor forma possível até o fim do mandato.

Redação

18 Comentários

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  1. Alguém se lembra…

    …de alguma profecia do Mantega em temperatura ambiente que se tornou realidade?

    O genovês bateu dois recordes no Brasil e caminha para o terceiro:

    A) O mais longevo ministro da fazenda;

    B) O mais incompetente de todos;

    C) Quebrará o recorde de Malan. Confirmando algo em torno de 1% em 2014, no mandato de Dilma do PT a média do crescimento econômico será inferior a 1,8% ao ano.

    Deve ser devolvido ao país de origem…

    1. Prezado Jorge
      Não gosto do

      Prezado Jorge

      Não gosto do Mantega, mas com relação ao atual cenário,  ele disse alguma mentira?

      O Brasil é uma das maiores economia do mundo e não esta tão ruim assim como pregam o deus mercado.

       

    2. O aumento do consumo da família

      Desde de 2003 ocorre um aumento espetacular do aumento do consumo da famílias, principalmente em função da redução do desemprego, e consequente aumento das pessoas com emprego com carteira assinada.

      Além da redução do desemprego, o aumento real dos salários, o aumento real do salário mínimo e a ampliação do crédito,  também contribuíram para o aumento consumo da famílias no Brasil, mas sem dúvida o principal responsável é o aumento do emprego com carteira assinada, pois além de aumentar a renda das famílias, passaram  a ter acesso acesso a linhas de crédito mais barato o que ampliou exponencialmente o consumo das famílias.

      Em função da queda do dólar no Brasil, parte significativa do aumento do consumo das famílias foi atendida por produtos importados, o que limitou o crescimento do PIB.

      Com uma correção gradual da taxa de câmbio, a substituição de parte das importações vai possibilitar um  aumento no ritmo de crescimento do PIB, das horas trabalhadas, do emprego com carteira assinada e da renda das famílias,

    3. O aumento espetacular da Massa Salarial no Brasil

      De 2003 a 2013 a Massa salarial no Brasil teve um aumento real de 126,5%
      Massa salarial  real 2013: R$ 1,44 trilhões
      Massa salarialreal  2002: R$ 635,7 bilhões
      Número de empregos Rais 2013: 48,95 milhões
      Salário médio real 2002: R$ R$ 2.265,71
      Número de empregos Rais 2002: 28,68 milhões
      Salário médio real 2002: R$ R$ 1.707,94

      Ministério do Trabalho e Emprego—Conceitos e Conteúdo
      O que é massa salarial ?
      É o resultado do produto entre a remuneração média dos empregados e o número de empregos. Na RAIS, as informações de remuneração excluem o 13º salário.

      Como calcular a massa salarial anual ?
       
      A MASSA SALARIAL ANUAL é a soma da MASSA SALARIAL DOS 12 MESES DO ANO, acrescido ou não do 13º salário, isto é, o somatório do produto entre a remuneração média mensal pelo número de vínculos empregatícios ativos no mês. Entretanto, como a remuneração média mês a mês não está disponível na base estatística, uma boa estimativa para o cálculo da massa salarial anual pode ser obtida pelo produto da MASSA SALARIAL DE DEZEMBRO por 12 ou por 13, caso considere o 13º salário.

      URL:
      http://portal.mte.gov.br/portal-pdet/ajuda/faq/bases-de-dados/conceitos-

  2. Pleno emprego brasileiro não

    Pleno emprego brasileiro não é entrave ao crescimento, diz indiano

     Por Rodrigo Pedroso | Valor

    SÃO PAULO  –  O nível de quase pleno emprego da economia brasileira não é um entrave ao crescimento do país. A desaceleração da atividade deve ser combatida não com aumento do desemprego, mas com estímulos à produção mais eficientes pelo setor público, incremento dos gastos em áreas prioritárias, corte de despesas em áreas supérfluas e redução da taxa de juros. Essa é a visão do economista indiano Deepak Nayyar, da Universidade de Jawaharlal Nehru, em Nova Delhi, sobre quais são os passos que o próximo governo deve tomar para que o Brasil cresça sem “abandonar o que deu certo até o momento. Com 11% de juros, é muito difícil alavancar o crescimento”.

    Anna Carolina Negri/Valor

    Autor do livro recém-lançado no país, chamado “A corrida pelo crescimento — países em desenvolvimento na economia mundial”, o economista tem como objeto de estudo o desempenho das economias emergentes nos últimos 60 anos e quais modelos devem ser adotados para que tais países saltem para o clube dos desenvolvidos.

    Deepak Nayyar critica os economistas ortodoxos por analisarem a economia excessivamente pelo lado da oferta. “O caso do emprego é típico. Olham apenas o quanto a taxa de desemprego, se baixa, pode tirar da competitividade do país, mas não levam muito em conta que, por outro lado, é ela quem estimula o consumo”, afirmou em entrevista após dar palestra na sede da Fundação Getulio Vargas (FGV), em São Paulo.

    A noção de que há um trade off (compensação) entre desemprego e crescimento é falsa, na visão do economista. A desaceleração econômica do Brasil não vem ocorrendo em função ou muito em parte do nível de emprego. Uma política econômica eficaz deve buscar sempre, para um crescimento sustentado ser traduzido em desenvolvimento, um equilíbrio entre salários, crescimento e lucros.

    “Há um desequilíbrio no Brasil que está causando a desaceleração e não é por causa dos salários exclusivamente. O crescimento dos salários está sendo apropriado por lucros, que por sua vez vazam para o setor financeiro. Com juros reais de 5%, 6% ao ano, esse lucro não volta para a economia em forma investimento. Juros reais menores fariam a última parte desse ciclo ir para investimentos, que, aí sim, sustentariam o crescimento econômico”, afirma o economista indiano.

    O novo governo deveria adotar, de cara, uma política econômica anticíclica, na visão do indiano. Ela deveria, no entanto, ser mais bem definida em relação às medidas de indução do crescimento que foram adotadas nos últimos três anos. A segunda orientação é que o governo entenda que juros e câmbio são preços, ou seja, sinais que indicam como está a economia e que formam decisões de investimentos.

    “O Brasil tem um mercado de capitais sofisticado em comparação com outros emergentes. O governo deveria usar isso, vendendo títulos com juros de longo prazo para financiar as obras de infraestrutura necessárias. Além disso, precisa descartar gastos supérfluos e aumentar os gastos com educação e saúde”, disse.

    A terceira medida, que deveria ser usada para compor um ‘coquetel anticíclico’, é o incentivo a setores da indústria nos quais já há competitividade em relação a outros players mundiais, ou onde existe grande potencial em função de vantagens comparativas. “Não é para escolher empresas vencedoras, e sim alguns setores que podem ser de ponta, ser a vanguarda da tecnologia em suas áreas”, disse Deepak Nayyar.

     

    http://www.valor.com.br/brasil/3663484/pleno-emprego-brasileiro-nao-e-entrave-ao-crescimento-diz-indiano#ixzz3BDoFUj00

     

    1. Quem confunde juros com

      Quem confunde juros com lucros não tem credibilidade.

      O pleno emprego é uma grande mentira do petismo, a definição de empregado é ilusória, se o vizinho lhe diz obrigado já é emprego.

      Pode um país em recessão, com a nossa lei trabalhista, o baixo nivel de poupança nacional ter pleno emprego. 

      Nunca, pleno emprego é só propagando do governo, quem vive a realidade sabe o que esta acontecendo.

      1. Brasil 2003-2014 aumento espetacular do emprego e da renda

        Brasil gerou 1,49 milhão de empregos no ano passado, informa a RAIS 2013
        Ministério do Trabalho e Emprego—Brasília, 13/08/2014

        Ministro divulga dados da Relação Anual de Informações Sociais (RAIS) que revela crescimento do emprego em 3,14%, comparativamente ao estoque de trabalhadores formais
        O ministro do Trabalho e Emprego, Manoel Dias, divulgou nesta segunda-feira (18) os dados da Relação Anual de Informações Sociais (RAIS) relativo ao ano de 2013. Os dados revelam um crescimento de 3,14%  no estoque  de trabalhadores formais com relação a 2012, indicando a geração de 1,490 milhão de postos de trabalho, resultado superior ao verificado no ano de 2012 quando foram gerados 1,148 milhão de postos de trabalho com carteira assinada no país.
         
        Segundo informa dados da RAIS 2013, o montante de vínculos empregatícios ativos em 31 de dezembro de 2013 no País atingiu 48,948 milhões, ante 47,459 milhões do ano anterior.
        Revela ainda um aumento nos rendimentos médios dos trabalhadores formais que alcançou um ganho de  3,18% (tomando como referência o INPC), percentual superior ao ocorrido em 2012 (2,97%), passando de R$2.195,78, em dezembro de 2012, para R$2.265,71, em dezembro de 2013. O resultado é proveniente do aumento de 3,34%  nos rendimentos médios das mulheres e da elevação de 3,18% no dos homens.—-
        —-
        RAIS – A Relação Anual de Informações Sociais (RAIS) foi instituída pelo Decreto nº 76.900/75, que obriga as empresas a prestar declaração anual ao MTE. Suas informações referem-se aos empregados celetistas, estatutários, avulsos, temporários, dentre outros, colhendo dados da remuneração, grau de instrução, ocupação e nacionalidade, além de dados dos estabelecimentos relativos à atividade econômica e área geográfica.
         
        A RAIS além de traçar um perfil do mercado de trabalho formal no país é também o instrumento utilizado  pelo governo para  identificar  os trabalhadores com direito ao recebimento do benefício do Abono Salarial.  
         
        Os dados da RAIS prestam subsídios ao FGTS e à Previdência Social; permite o controle da nacionalização da mão-de-obra; auxilia na definição das políticas de formação de mão-de-obra; gerando estatísticas sobre o mercado de trabalho formal.
         
        Os dados completos da RAIS 2013 estão disponíveis na páginA do MTE, no link
        http://portal.mte.gov.br/portal-mte/rais/.

        URL:
        http://portal.mte.gov.br/imprensa/brasil-gerou-1-49-milhao-de-empregos-no-ano-passado-informa-a-rais-2013/palavrachave/rais-2013.htm

        anexo:

        Apresentação RAIS 2013 consolidado final (pdf-31 páginas)-Ministério do Trabalho e Emprego—Brasília, 13/08/2014

         

      2. A renda das famílias

        Lembrando que fazem parte da renda das famílias a receitas de participação nas empresas, receitas de alugueis, receitas de dividendos, receitas de juros de aplicações financeiras, recebimento de programas de transferência de renda, etc., como doações e sorteios de loterias por exemplo.

      3. O aumento do consumo da família indica situação de pleno emprego

        Desde de 2003 ocorre um aumento espetacular do aumento do consumo da famílias, principalmente em função da redução do desemprego, e consequente aumento das pessoas com emprego com carteira assinada.

        Além da redução do desemprego, o aumento real dos salários, o aumento real do salário mínimo e a ampliação do crédito,  também contribuíram para o aumento consumo da famílias no Brasil, mas sem dúvida o principal responsável é o aumento do emprego com carteira assinada, pois além de aumentar a renda das famílias, passaram  a ter acesso acesso a linhas de crédito mais barato o que ampliou exponencialmente o consumo das famílias.

        Em função da queda do dólar no Brasil, parte significativa do aumento do consumo das famílias foi atendida por produtos importados, o que limitou o crescimento do PIB.

        Com uma correção gradual da taxa de câmbio, a substituição de parte das importações vai possibilitar um  aumento no ritmo de crescimento do PIB, das horas trabalhadas, do emprego com carteira assinada e da renda das famílias,

      4. O aumento espetacular da Massa Salarial no Brasil

        De 2003 a 2013 a Massa salarial no Brasil teve um aumento real de 126,5%
        Massa salarial real  2013: R$ 1,44 trilhões
        Massa salarial real 2002: R$ 635,7 bilhões
        Número de empregos Rais 2013: 48,95 milhões
        Salário médio real 20002: R$ R$ 2.265,71
        Número de empregos Rais 2013: 28,68 milhões
        Salário médio real 2002: R$ R$ 1.707,94

        Ministério do Trabalho e Emprego—Conceitos e Conteúdo

        O que é massa salarial ?
        É o resultado do produto entre a remuneração média dos empregados e o número de empregos. Na RAIS, as informações de remuneração excluem o 13º salário.
         

        Como calcular a massa salarial anual ?
        A MASSA SALARIAL ANUAL é a soma da MASSA SALARIAL DOS 12 MESES DO ANO, acrescido ou não do 13º salário, isto é, o somatório do produto entre a remuneração média mensal pelo número de vínculos empregatícios ativos no mês. Entretanto, como a remuneração média mês a mês não está disponível na base estatística, uma boa estimativa para o cálculo da massa salarial anual pode ser obtida pelo produto da MASSA SALARIAL DE DEZEMBRO por 12 ou por 13, caso considere o 13º salário.

        URL:
        http://portal.mte.gov.br/portal-pdet/ajuda/faq/bases-de-dados/conceitos-e-conteudo.htm
         

  3. Põ, o cara leva porrada de

    Põ, o cara leva porrada de todo lado, e não pode ser otimista?

    é um questão estatística e histórica, o segundo semestre quasse sempre é melhor que o primeiro.

  4. Operações de swap cambial

    Política Fiscal—NOTA PARA A IMPRENSA – 31.7.2014
    Banco Central do Brasil
    —-No final de junho a exposição total líquida nas operações de swap cambial totalizou R$198,5 bilhões. O resultado dessas operações (diferença entre a rentabilidade do DI e a variação cambial mais cupom) foi favorável ao Banco Central em R$3,4 bilhões.

    III – Dívida líquida do setor público
    A dívida líquida do setor público alcançou R$1.755,1 bilhões em junho (34,9% do PIB), elevando-se 0,4 p.p. do PIB em relação ao mês anterior. A apreciação cambial de 1,6% no mês contribuiu com R$11,5 bilhões para essa elevação.

    No ano, a relação DLSP/PIB elevou-se 1,4 p.p. Os juros nominais apropriados e a valorização cambial de 6% no ano contribuíram para elevar a relação, na ordem, em 2,4 p.p. e 0,9 p.p. do PIB. Em sentido contrário, o crescimento do PIB nominal, o superavit primário e o ajuste de paridade da cesta de moedas que compõem a dívida externa líquida contribuíram para reduzir a relação em 1,2 p.p., 0,6 p.p. e 0,1 p.p. do PIB, respectivamente.

    A Dívida Bruta do Governo Geral (Governo Federal, INSS, governos estaduais e governos municipais) alcançou R$2.941,1 bilhões em junho, 58,5% do PIB, elevando-se 0,5 p.p. do PIB em relação ao mês anterior.—

    URL:
    http://www.bcb.gov.br/?ECOIMPOLFISC

    anexos

     

  5. Brasil 2003-2014 aumento espetacular do emprego e da renda

    Brasil gerou 1,49 milhão de empregos no ano passado, informa a RAIS 2013
    Ministério do Trabalho e Emprego—Brasília, 13/08/2014

    Ministro divulga dados da Relação Anual de Informações Sociais (RAIS) que revela crescimento do emprego em 3,14%, comparativamente ao estoque de trabalhadores formais
    O ministro do Trabalho e Emprego, Manoel Dias, divulgou nesta segunda-feira (18) os dados da Relação Anual de Informações Sociais (RAIS) relativo ao ano de 2013. Os dados revelam um crescimento de 3,14%  no estoque  de trabalhadores formais com relação a 2012, indicando a geração de 1,490 milhão de postos de trabalho, resultado superior ao verificado no ano de 2012 quando foram gerados 1,148 milhão de postos de trabalho com carteira assinada no país.
     
    Segundo informa dados da RAIS 2013, o montante de vínculos empregatícios ativos em 31 de dezembro de 2013 no País atingiu 48,948 milhões, ante 47,459 milhões do ano anterior.
    Revela ainda um aumento nos rendimentos médios dos trabalhadores formais que alcançou um ganho de  3,18% (tomando como referência o INPC), percentual superior ao ocorrido em 2012 (2,97%), passando de R$2.195,78, em dezembro de 2012, para R$2.265,71, em dezembro de 2013. O resultado é proveniente do aumento de 3,34%  nos rendimentos médios das mulheres e da elevação de 3,18% no dos homens.—-
    —-
    RAIS – A Relação Anual de Informações Sociais (RAIS) foi instituída pelo Decreto nº 76.900/75, que obriga as empresas a prestar declaração anual ao MTE. Suas informações referem-se aos empregados celetistas, estatutários, avulsos, temporários, dentre outros, colhendo dados da remuneração, grau de instrução, ocupação e nacionalidade, além de dados dos estabelecimentos relativos à atividade econômica e área geográfica.
     
    A RAIS além de traçar um perfil do mercado de trabalho formal no país é também o instrumento utilizado  pelo governo para  identificar  os trabalhadores com direito ao recebimento do benefício do Abono Salarial.  
     
    Os dados da RAIS prestam subsídios ao FGTS e à Previdência Social; permite o controle da nacionalização da mão-de-obra; auxilia na definição das políticas de formação de mão-de-obra; gerando estatísticas sobre o mercado de trabalho formal.
     
    Os dados completos da RAIS 2013 estão disponíveis na páginA do MTE, no link
    http://portal.mte.gov.br/portal-mte/rais/.

    URL:
    http://portal.mte.gov.br/imprensa/brasil-gerou-1-49-milhao-de-empregos-n

    anexo:

    Apresentação RAIS 2013 consolidado final (pdf-31 páginas)-Ministério do Trabalho e Emprego—Brasília, 13/08/2014

  6. O aumento espetacular da Massa Salarial no Brasil

    De 2003 a 2013 a Massa salarial no Brasil teve um aumento real de 126,5%
    Massa salarial 2013 real : R$ 1,44 trilhões
    Massa salarial 2002 real: R$ 635,7 bilhões
    Número de empregos Rais 2013: 48,95 milhões
    Salário médio real 2002: R$ R$ 2.265,71
    Número de empregos Rais 2013: 28,68 milhões
    Salário médio real 2002: R$ R$ 1.707,94

    Ministério do Trabalho e Emprego—Conceitos e Conteúdo
    O que é massa salarial ?
    É o resultado do produto entre a remuneração média dos empregados e o número de empregos. Na RAIS, as informações de remuneração excluem o 13º salário.

    Como calcular a massa salarial anual ?
     A MASSA SALARIAL ANUAL é a soma da MASSA SALARIAL DOS 12 MESES DO ANO, acrescido ou não do 13º salário, isto é, o somatório do produto entre a remuneração média mensal pelo número de vínculos empregatícios ativos no mês. Entretanto, como a remuneração média mês a mês não está disponível na base estatística, uma boa estimativa para o cálculo da massa salarial anual pode ser obtida pelo produto da MASSA SALARIAL DE DEZEMBRO por 12 ou por 13, caso considere o 13º salário.

    URL:
    http://portal.mte.gov.br/portal-pdet/ajuda/faq/bases-de-dados/conceitos-

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