Fenametro e Metroviários engrossam as denúncias contra o Metrô de SP

Jornal GGN – A multinacional alemã Siemens denunciou ao Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) que, junto com mais 11 empresas, fazia parte de um esquema de formação de cartel nos contratos para as obras do metrô e trens do governo do Estado de São Paulo.

Ao denunciar o esquema, a Siemens assinou um “acordo de leniência” (delação premiada). Assim, pretende garantir imunidade administrativa e criminal, livrando-se de punição caso o cartel seja condenado. Quando uma empresa que opera em 190 países resolve recorrer à “delação premiada” para denunciar maracutaias de bilhões de dólares é porque, como dizem os metroviários, “a casa caiu geral” e o que esta sendo denunciado é apenas a ponta do iceberg.

Para o presidente da Federação Nacional dos Metroviários, e Secretário Geral do Sindicato dos Metroviários de São Paulo, Paulo Pasin, denúncias como essas sempre foram levadas para o Ministério Público, mas os esquemas sempre foram blindados.

A Federação aponta para o caso da implantação do CBTC no Metrô. “O governo fez muita propaganda dizendo que essa nova tecnologia seria uma grande solução para o sufoco dos usuários, porém não é isso que os usuários vivem no dia-a-dia”, disse Pasin.

O governo do estado de São Paulo, Geraldo Alckmin, firmou em 2008 um contrato de 800 milhões para conclusão da implantação nas três linhas em 2011, com uma empresa que não estava capacitada tecnicamente para garantir no prazo previsto o serviço, a Alstom. O resultado foi desastroso: estamos em 2013 e os testes do sistema na Linha 2 fracassaram. “Foram detectados sérios problemas que envolvem a segurança dos usuários e funcionários”, afirma Pasin.

Redação

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