Dilma defende interação com redes sociais e quer que governo mude de “analógico para digital”

Da Folha
 
Dilma anuncia ofensiva de comunicação do governo nas redes sociais
 
27/09/2013 – 17h28
 
TAI NALON
JULIA BORBA
DE BRASÍLIA
 

No mesmo dia em que retomou suas atividades no Twitter, a presidente Dilma Rousseff relançou nesta sexta-feira (27), em novo formato, o Portal Brasil, do governo federal. Junto com a reestreia no microblog, o lançamento deverá ser o primeiro de uma série de novas iniciativas do Palácio do Planalto para estimular o diálogo com o que se acostumou a chamar de “voz das ruas”.

Trata-se de um novo comportamento do governo na internet, após o diagnóstico de que o Planalto se desconectou das demandas de grupos mais jovens, usuários de ferramentas como o próprio Twitter, além do Instagram –cuja conta foi lançada oficialmente nesta sexta também– e do Facebook.

Segundo Dilma, “a lógica analógica e dos papéis permeia todo o governo”. “Então a nossa ideia é justamente começar um processo no qual o governo muda de analógico para digital. Eu tenho certeza que é um processo de melhoria da qualidade dos serviços e também da melhoria do grau de informação, para criticar ou não, para buscar sugestões, ou para intervir”, disse a presidente.

“Nós queremos construir uma prática sistemática do que querem as ruas. E ouvir as redes sociais. Ter com as redes sociais também uma interação”, completou.

A etapa desse pacote digital lançada nesta sexta contempla apenas uma nova “identidade digital”, segundo o coordenador do gabinete digital da Presidência, Valdir Simão, que será ampliada em um segundo momento. A previsão é que a página oficial da presidente do Facebook será lançada em outubro, quando também será iniciada a reformulação do site do Palácio do Planalto.

“Nós estamos num momento em que cada vez mais ter consciência delas e ter consciência do poder da rede social é importante não só para usá-la, mas também para protegê-la. Nós hoje tivemos acesso a informações a respeito da transformação da rede social em um campo de batalha cibernético entre países. E isso é aquilo que nós não podemos concordar. Ao mesmo tempo, eu acredito que usar todas as possibilidades é uma forma de fazer esse reequilíbrio, essa assimetria que existe entre governo e cidadania”, disse Dilma.

DILMA BOLADA

Mais cedo, Dilma se encontrou com Jeferson Monteiro, criador do perfil Dilma Bolada no Facebook e no Twitter. Segundo ele, não há qualquer interferência editorial da presidente em seu perfil, ainda que os dois perfis, o oficial de Dilma e o do humorista, tenham tuitado juntos dentro de seu gabinete mais cedo.

Dilma Bolada conversa com presidente Dilma em Brasília

“Campanha não faço. Vai continuar sendo o que sempre foi: um perfil para homenagear a Dilma. E sobretudo para entreter e para eu me divertir”, disse Monteiro. “Fui, sou e vou continuar sendo fã da Dilma. Sou fã e eleitor. Eu votei nela.”

“É ótimo imaginar a Dilma sambando, correndo com as emas, boladinha com o cachorro. Tudo é ficção. O que eu faço é ficção, é entretenimento. Eu não estou interessado na imagem política ou no jornal”, completou.

Luis Nassif

6 Comentários

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  1. É claro que o governo tem que

    É claro que o governo tem que tomar essa atitude. E a toma tarde.

    Não sei se alcançara, apenas por esse caminho, grande sucesso.

    As tais redes sociais ja pertencem a uma juventude mal formada politicamente e captada pela direita.

    O governo é pessimo em sua politica de comunicação.

    Deveria ter agido nesse e em varios outros campos da comunicação.

    Deveria ter fortalecido seus canais de televisão.

    Deveria ter colocado no ministerio da cultura pessoas comprometidas com uma maneira de atuar mais ampla e seria.Perdemos varios anos discutindo os problemas de rock e axe gratuito na internet, como se isso fosse o mais importante na cultura de um pais.

    O governo diz:

    “Nós hoje tivemos acesso a informações a respeito da transformação da rede social em um campo de batalha cibernético entre países.”

    Se bem entendi, reconhece aquilo mesmo  que eu disse varias vezes, neste blog, durante as “manifestações”.

    Para mim, aqui foi praticado o mesmo golpe internacional implantado no Egito, na Libia, na Turquia.

    Na epoca estranhei a rapida movimentação da “juventude ligada nas redes sociais”, no Egito. Depois  na Libia e em seguida na Turquia.

    Deu no que deu.

    Estranhamente a “juventude ligada nas redes sociais” não tentou derrubar as monarquias sanguinarias da Arabia Saudita, da Jordania, nem os governos reacionarios da Australia ou da Inglaterra.

     

  2. É claro que o governo tem que

    É claro que o governo tem que tomar essa atitude. E a toma tarde.

    Não sei se alcançara, apenas por esse caminho, grande sucesso.

    As tais redes sociais ja pertencem a uma juventude mal formada politicamente e captada pela direita.

    O governo é pessimo em sua politica de comunicação.

    Deveria ter agido nesse e em varios outros campos da comunicação.

    Deveria ter fortalecido seus canais de televisão.

    Deveria ter colocado no ministerio da cultura pessoas comprometidas com uma maneira de atuar mais ampla e seria.Perdemos varios anos discutindo os problemas de rock e axe gratuito na internet, como se isso fosse o mais importante na cultura de um pais.

    O governo diz:

    “Nós hoje tivemos acesso a informações a respeito da transformação da rede social em um campo de batalha cibernético entre países.”

    Se bem entendi, reconhece aquilo mesmo  que eu disse varias vezes, neste blog, durante as “manifestações”.

    Para mim, aqui foi praticado o mesmo golpe internacional implantado no Egito, na Libia, na Turquia.

    Na epoca estranhei a rapida movimentação da “juventude ligada nas redes sociais”, no Egito. Depois  na Libia e em seguida na Turquia.

    Deu no que deu.

    Estranhamente a “juventude ligada nas redes sociais” não tentou derrubar as monarquias sanguinarias da Arabia Saudita, da Jordania, nem os governos reacionarios da Australia ou da Inglaterra.

     

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