Favela da Oi? Será?

Para o Blog Fora de Foco


Tão perto do Cabral e tão longe de Deus

 

A polícia do Rio, com sua contumaz truculência, desapropriou hoje a chamada ”Favela da Oi”.

O terreno que fica na região do Engenho Novo, zona norte do Rio, foi ocupado em março por cerca de 5 mil pessoas, pertencia à antiga Telerj.

A empresa foi vendida ao consórcio Telemar, no leilão de privatização do Sistema Telebras em 1998.

O Consórcio Telemar, que não tinha dinheiro para pagar o lote de empresas que arrematou, um complexo que varava o litoral brasileiro de sul ao nordeste, ganhou o apelido de ”Telegangue”.

Uma maledicência…

O que chama atenção na brutal desocupação do terreno é que a máxima maioria dos terrenos em poder das teles, na verdade, não são das teles – embora elas se comportem como se fosse.

Fora de Foco pede licença à sua audiência para mostrar reportagem do Jornal da Band. A reportagem de Fábio Pannunzio, (cuidado com o Pannunzio…)

http://www.youtube.com/watch?v=3t6lzstbVc8]

A matéria de 2011 tratava dos “bens reversíveis à União”.

Bens reversíveis são um conjunto de ativos compostos por móveis e imóveis que foram transferidos às teles, por tempo determinado, para que elas pudessem operar, mas que pertencem à União.

Segundo relatório da Anatel – agência que supostamente regula o setor – de 2012, os bens reversíveis à União totalizam 8 milhões de itens, e alcançam valor de mercado de 108 bilhões de reais – (veja aqui).

Isso mesmo, caro colaborador, bilhões, com B de bola.

Para se ter uma ideia, o leilão do Sistema Telebras em 1998, arredou apenas 22 bilhões.

Um patrimônio imenso, que o ministro Paulo Bernardo, apelidado por Mino Carta como ministro do Plim-Plim e do Trim-Trim, pretendia entregar às teles.

Uma consulta à lista de imoveis transferidos à Telemar pela União, a título de reversividade, pode ser uma tarefa muito enfadonha, caro colaborador.

Só a lista de imoveis, prédios e terrenos entregues a uma única empresa, a Telemar SA, configura num PDF de 251 páginas.

Fora de Foco não conseguiu identificar se o terreno da “Favela da Oi”, onde a PM fascista do consórcio Cabral/Pezão promoveu a barbárie pela manhã, está listada no conjunto de bens reversíveis à União. Isso por falta de especificidade na descrição dos imóveis.

Contudo, nossa pequena e aguerrida redação trabalha incessantemente em busca desses dados.

Mesmo sem tal confirmação, decidimos antecipar a publicação deste texto para instigar a concorrência a, quem sabe, descobrir se a “Favela da Oi” não deveria se chamar na verdade “Favela da União”.

Antecipamos que, só na cidade do Rio de Janeiro, são dezenas de terrenos e prédios. Esses terrenos devem, ou deveriam voltar, à União em 2025.

Muitos desses terrenos já foram vendidos e alienados pelas empresas, como mostra o Pannunzio (cuidado com ele…) em outra reportagem na ocasião:

[video:http://www.youtube.com/watch?v=5dvJXVFT8lQ

Redação

3 Comentários

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  1. Alô MP, kd vc

    Estes terrenos espalhados Brasil afora, como informa o post, valem muita grana, geralmente são suntuosos prédios nos centros de capitais e grandes cidades, alô Ministério Público, kd vcs, ah tô me esquecendo, os promotores e promotaras estão ocupados é em ajudar o Barbosa torturar Zé Dirceu, olá bando de desocupados cuidem logo de trabalhar para que esse bens voltem ao povo brasileiro, ou vcs não são os tais “fiscais do povo”, pois tá pasando da hora, as a máfia das teles já está vendendo os imóveis, aqui em Goiânia eles faturam alta grana com aluguel dessas prédios com até 20 andares,…como eles podem alugar se o prédio nem é deles…oh máfia

  2. Mais uma do eduardo incapaes, o psdbista enrustido

    Compra desfeita

    Ocupação dos prédios da Oi e a remoção dos invasores seriam evitadas caso a prefeitura tivesse comprado o terreno para a construção de casas populares

    Fernando Molica

    Rio – A ocupação dos prédios da Oi e a remoção dos invasores seriam evitadas caso a prefeitura tivesse cumprido o termo de compromisso que previa a compra do terreno para a construção de casas populares. Nesta semana, Eduardo Paes disse que a transação não foi concluída por falta de acordo em torno do preço do terreno, de 50 mil metros quadrados. Mas o valor, pouco menos de R$ 20 milhões, constava do documento.

    O acordo foi assinado, em 6 de julho de 2012, diante da presidenta Dilma Rousseff, na inauguração do Bairro Carioca. Em seu discurso, ela comemorou o fato: “E agora, eu fico ainda mais feliz de saber que foi assinado um acordo com a Oi. (…) Hoje, a prefeitura, através do Eduardo Paes, obteve um terreno com a Oi que vai permitir que nós construamos mais 2.240 residências.” A presidenta ainda afirmou que essa era “a melhor notícia” que tinha recebido durante a viagem.

    Cabral elogiou
    Na cerimônia, o então governador, Sérgio Cabral, também citou a transação. “Hoje, a prefeitura firmou a compra de uma área da Oi”, disse.

    Zona Norte
    Uma das vantagens do terreno é sua localização: a prefeitura tem dificuldades de encontrar locais na Zona Norte que possam ser utilizados no Minha Casa, Minha Vida. A maioria das áreas disponíveis fica na Zona Oeste.

    Bairro Carioca 2
    A Secretaria de Habitação fez estudos para a construção do que viria a ser o Bairro Carioca 2. Os prédios que existem no terreno seriam destinados a atividades comunitárias.

    Desapropriação
    Um especialista ouvido pelo Informe afirmou que, se não concordasse com o preço pedido pela Oi, a prefeitura poderia desapropriar o terreno e discutir, na Justiça, o valor que deveria ser pago.

     

  3. Mais uma do incaPAES contra a presidenta.

    Compra desfeita

    Ocupação dos prédios da Oi e a remoção dos invasores seriam evitadas caso a prefeitura tivesse comprado o terreno para a construção de casas populares

    Fernando Molica

    Rio – A ocupação dos prédios da Oi e a remoção dos invasores seriam evitadas caso a prefeitura tivesse cumprido o termo de compromisso que previa a compra do terreno para a construção de casas populares. Nesta semana, Eduardo Paes disse que a transação não foi concluída por falta de acordo em torno do preço do terreno, de 50 mil metros quadrados. Mas o valor, pouco menos de R$ 20 milhões, constava do documento.

    O acordo foi assinado, em 6 de julho de 2012, diante da presidenta Dilma Rousseff, na inauguração do Bairro Carioca. Em seu discurso, ela comemorou o fato: “E agora, eu fico ainda mais feliz de saber que foi assinado um acordo com a Oi. (…) Hoje, a prefeitura, através do Eduardo Paes, obteve um terreno com a Oi que vai permitir que nós construamos mais 2.240 residências.” A presidenta ainda afirmou que essa era “a melhor notícia” que tinha recebido durante a viagem.

    Cabral elogiou
    Na cerimônia, o então governador, Sérgio Cabral, também citou a transação. “Hoje, a prefeitura firmou a compra de uma área da Oi”, disse.

    Zona Norte
    Uma das vantagens do terreno é sua localização: a prefeitura tem dificuldades de encontrar locais na Zona Norte que possam ser utilizados no Minha Casa, Minha Vida. A maioria das áreas disponíveis fica na Zona Oeste.

    Bairro Carioca 2
    A Secretaria de Habitação fez estudos para a construção do que viria a ser o Bairro Carioca 2. Os prédios que existem no terreno seriam destinados a atividades comunitárias.

    Desapropriação
    Um especialista ouvido pelo Informe afirmou que, se não concordasse com o preço pedido pela Oi, a prefeitura poderia desapropriar o terreno e discutir, na Justiça, o valor que deveria ser pago.

     

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