A cisão entre oficiais em 1964

Por lauro c. l. oliveira

Comentário ao post “Documentos detalham o “Levante de Brasília”

Prestei serviço militar no 2ºGan Au AAe 40 em Barueri SP nos primeiros meses de 64. Encontrei naquela unidade sargentos prisioneiros deste levante de Brasília de 63. Existia na unidade desconforto pela presença destes prisioneiros, e aparentemente o temor da quebra da hierarquia militar. Era perceptível profunda cisão entre oficiais em virtude de suas tendências  políticas, bem como na separação entre praças e oficiais. A discução de quem estava com quem  era permanente e o discurso da Central feito por Jango foi o detonador do movimento de 64. Dos civis incentivadores deste movimento, cabia destaque de Lacerda no Rio, A. de Barros em S Paulo e Magalhães Pinto em Minas. Todos três mais JK foram lançados ao ostracismo após a eclosão do golpe. Entendo que também pesou nestes acontecimentos o tremendo descaso como eram tratadas as F As, remuneração aviltante a ponto de se falar em oficiais trabalhando como leões de chácara para complementarem seus soldos. O desaparelhamento das F As chegava ao ponto que a Força Publica de São Paulo pudesse ser considerada ameaça para as F As. Este foi o caldo de cultura para o golpe de 64, acrescido da “Turma da Sorbonne”, ideólogos do movimento desde 54

Luis Nassif

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