Copom deve aumentar juros para 14,75% ao ano

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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Jornal GGN – O Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central deve aumentar a taxa básica de juros em 0,50 ponto percentual, para 14,75% ao ano, em reunião que vai ocorrer amanhã (19) e quarta-feira (20), segundo informações do relatório Focus, divulgado semanalmente pela autoridade monetária. Atualmente, a taxa está em 14,25% ao ano.

Para o fim de 2016, a estimativa mediana para a Selic é 15,25% ao ano. Em 2017, a expectativa é que a taxa básica seja reduzida, encerrando o período em 12,88% ao ano. Na semana passada, essa mesma previsão ficou em 12,75% ao ano.

A taxa é usada nas negociações de títulos públicos no Sistema Especial de Liquidação e Custódia (Selic) e serve de referência para as demais taxas de juros da economia. Ao reajustá-la para cima, o BC contém o excesso de demanda que pressiona os preços, porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. Quando reduz os juros básicos, o Copom barateia o crédito e incentiva a produção e o consumo, mas alivia o controle sobre a inflação.

Para este ano, a expectativa das instituições financeiras é que a inflação fique acima do teto da meta, de 6,5%. A projeção para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) foi ajustada pela terceira vez seguida, ao passar de 6,93% para 7%. Para o próximo ano, a expectativa é que a inflação fique abaixo do limite superior, mas ainda distante do centro da meta, em 5,40%. A previsão anterior era 5,20%. O teto da meta de inflação para 2017 é 6%. O centro da meta é 4,5%, tanto para este ano quanto para 2017.

As instituições financeiras também projetam retração da economia, em 2016. A estimativa para a queda do Produto Interno Bruto (PIB) permanece em 2,99%. Para 2017, as instituições financeiras esperam por recuperação da economia, com crescimento de 1%. A estimativa anterior de expansão era 0,86%.

A produção industrial deve apresentar retração de 3,47% este ano, contra 3,45%, previstos na semana passada. Em 2017, o setor deve se recuperar, mas a projeção de crescimento foi ajustada de 1,98% para 1,80%.

A estimativa dos agentes para o déficit em conta corrente segue em -US$ 38 bilhões, e a variação para 2017 está deficitária em -US$ 32 bilhões. Quanto à dívida líquida do setor público, os números para 2016 passaram de 39,30% do PIB para 39,75%, ao passo que os números para 2017 foram mantidos em 41,40% pela segunda semana consecutiva.

A estimativa dos analistas para a cotação do dólar segue em R$ 4,25, ao final de 2016, e foi alterada de R$ 4,23 para R$ 4,30, no fim de 2017. O volume de investimento estrangeiro efetuado foi mantido em US$ 55 bilhões pela quinta semana consecutiva, e em US$ 60 bilhões para 2017.

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

3 Comentários

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  1. Frustrei

       Tenho fé que ainda dá para arredondar para 15,0 %, até vou perder, pois estou em 0,25% ( 14, 50% ), caso vá mesmo a 0,50% terei que compor na margem, vender futuro.

        Este governo até quando ajuda, atrapalha.

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