Mercado volta a reduzir projeção de crescimento do país

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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Jornal GGN – A estimativa de mercado para a queda da economia voltou a sofrer ajustes, ao passo que o prognóstico de recuperação em 2017 perde força há cinco semanas consecutivas. Segundo os dados do relatório Focus, elaborado semanalmente pelo Banco Central a partir da consulta a diversas instituições financeiras, a estimativa para o PIB (Produto Interno Bruto) ao fim deste ano passou de -3,33% para -3,40%, enquanto os dados para 2017 caíram de 0,59% para 0,50%.

Para a inflação mensurada pelo IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), a projeção subiu pela oitava semana, passando de 7,61% para 7,62%. Essa projeção ultrapassa o teto da meta para 2016, de 6,5%. Para o próximo ano, a expectativa é que o IPCA alcance o teto da meta (6%, ficando estável pela segunda semana consecutiva). O centro da meta de inflação para os dois anos é 4,5%.

A pesquisa também traz a projeção para a inflação medida pelo Índice Geral de Preços-Disponibilidade Interna (IGP-DI), que foi ajustada de 7,98% para 7,84% este ano, e o total para 2017 foi mantido em 5,50% pela quarta semana consecutiva. Para o Índice Geral de Preços-Mercado (IGP-M), a estimativa subiu pela oitava semana e passou de 7,72% para 7,75%, enquanto os dados para 2017 seguiram em 5,50% pela segunda semana.

A projeção para o Índice de Preços ao Consumidor, da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (IPC-Fipe), foi mantida em 7,04%, em 2016, e em 5,40%, no próximo ano. A estimativa para os preços administrados caiu de 7,70% para 7,50% este ano e permanece em 5,50% em 2017.

Diante de um cenário de retração econômica, as instituições financeiras não esperam por alteração na taxa básica de juros neste ano. A expectativa é que a taxa Selic encerre o período no atual patamar de 14,25% ao ano. A próxima reunião do Copom está marcada para os dias 1° e 2 de março. Para 2017, a mediana das expectativas (desconsidera os extremos nas projeções) é que a Selic encerre o período em 12,63% ao ano, ante a projeção anterior de 12,75% ao ano.

A projeção para a cotação do dólar foi alterada de R$ 4,38 para R$ 4,36, ao fim de 2016 (média estável em R$ 4,20 pela terceira semana consecutiva), e segue em R$ 4,40 ao fim de 2017 pela quarta semana (média do período caiu de R$ 4,30 para R$ 4,29).

Os dados para a queda da produção industrial ao fim deste ano foi reduzida pela sexta semana consecutiva, de -4,20% para -4,40%, enquanto o total para 2017 caiu de 1,50% para 1%.

Segundo o levantamento, os dados para a dívida líquida do setor público ao fim deste ano foram mantidos em 40,70%, assim como a variação para 2017 seguiu em 44%. Quanto ao déficit em conta corrente, a estimativa para 2016 foi ajustada pela terceira semana seguida, de -US$ 32,10% para -US$ 31,15 bilhões, e a variação para 2017 sofreu mudanças pela segunda semana, com o déficit se reduzindo de -US$ 26,75 bilhões para -US$ 25,88 bilhões.

O volume de investimento direto no país estimado para o fim deste ano seguiu estável em US$ 55 bilhões pela décima semana, e os números para 2017 caíram de US$ 60 bilhões para US$ 55,55 bilhões.

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

1 Comentário

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  1. Consistência

    Projeções de PIB caindo e de inflação subindo em 2016 e 2017, já vimos isso ocorrer em 2013, 2014 e 2015. O governo Dilma tem sido bem consistente.

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