Total de consumidores inadimplentes avança no Centro-Oeste

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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Jornal GGN – O indicador regional de inadimplência do consumidor calculado pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) registrou crescimento na quantidade de consumidores com contas atrasadas em todas as regiões brasileiras ao longo do mês de junho.

Os Estados que compõem a região Centro-Oeste apresentaram a maior variação (5,75%) e acima da média nacional (4,52%), se comparada com o mesmo mês do ano passado. As regiões Nordeste (4,22%), Sudeste (3,42%), Norte (3,23%) e Sul (2,61%) completam a lista em ordem decrescente.  Na passagem de maio para junho, sem ajuste sazonal, três regiões registraram queda na quantidade de brasileiros devedores: Norte (-1,08%), Sul (-1,05%) e Sudeste (-0,27%). O Nordeste e o Centro-Oeste apresentaram crescimento de 1% e 0,66%, respectivamente.

Segundo o indicador, a região Sudeste é quem detém a maior fatia do número total de inadimplentes no país: 39,85%. “Isso significa dizer que em cada dez brasileiros com alguma conta pendente, quatro residem nos Estados da região Sudeste”, afirma a economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti. Em seguida surgem as regiões Nordeste (26,21%), Sul (12,82%), Norte (8,74%) e Centro-Oeste (7,84%) no ranking de participação.

Na comparação com junho do ano passado, o segmento de Água e Luz foi o setor que apresentou as variações mais acentuadas de dividas em atraso em três das cinco regiões avaliadas pelo SPC Brasil: Centro-Oeste (76,14%), Sudeste (23,38%) e Nordeste (11,83%).

As dívidas bancárias, que englobam cartão de crédito, financiamento, empréstimos, financeiras e seguros, tiveram as altas anuais mais expressivas nas regiões Sul (10,36%) e Nordeste (10,28%). Já as contas com serviços de comunicação, como telefone, internet e TV por assinatura, cresceram mais intensamente na região Norte (15,22%). No ramo do comércio, o destaque ficou por conta dos Estados que compõem o Sul (2,92%) e o Norte (2,60%) do país, revela o indicador anual.

Na avaliação da economista-chefe do SPC Brasil, o crescimento da quantidade de pessoas negativadas observado de forma generalizada em todas as regiões do país reflete a piora do cenário macroeconômico nos últimos meses. “A pressão exercida pela inflação em níveis elevados e combinada com o aumento dos índices de desemprego têm impactado na capacidade dos brasileiros honrarem seus compromissos financeiros em dia”, explica.

“Há vários meses temos observado consecutivos aumentos na quantidade de atrasos com contas do segmento de serviços básicos para o funcionamento das residências. Isso pode ser parcialmente explicado pelo fato de que mais companhias de água e luz passaram a utilizar a negativação de CPFs como forma de recuperar pendências financeiras de seus consumidores antes de realizam o corte no fornecimento do serviço”, analisa Marcela.

 

 

 

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

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