Indústria começa trimestre com forte avanço, diz CNI

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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Jornal GGN – Os indicadores mais ligados à atividade da indústria encerraram o mês de abril com forte crescimento frente ao mês anterior, como faturamento real (5%), horas trabalhadas na produção (2,9%) e utilização da capacidade instalada (0,7 ponto percentual). Segundo a pesquisa de indicadores industriais da CNI (Confederação Nacional da Indústria), todas as variáveis dessazonalizadas avançaram no período, destoando do padrão dos últimos meses.

 

Uma parte do desempenho apresentado no período tem um componente atípico: a influência do maior número de dias úteis tanto frente a março quanto comparativamente a abril de 2012. Contudo, os dados relacionados ao mercado de trabalho mantiveram o ritmo lento, mas contínuo, de crescimento e a massa salarial avançou pelo terceiro mês consecutivo.

 

O faturamento real dessazonalizado cresceu 5% em abril frente ao mês anterior, apresentando seu segundo crescimento consecutivo. Em relação a abril de 2012, os dados ficaram bem acima da série histórica, subindo 17,9%. O resultado avançou em 18 setores dos 21 considerados na pesquisa (11 setores a mais do que em março, na mesma base de comparação). Os únicos setores que mantiveram a queda ante 2012 foram bebidas (-16,5%), metalurgia (-3,9%) e impressão e reprodução (-3,3%).

 

Após o ajuste da sazonalidade, as horas trabalhadas na produção aumentaram 2,9% frente a março, o maior crescimento frente ao mês anterior desde março de 2010. Em relação a 2012, as horas trabalhadas inverteram a queda de 2,9% vista em março para um aumento de 5,5% em abril. Segundo a CNI, 17 dos 21 segmentos considerados ampliaram seus indicadores no período. Em março quatro setores melhoraram seus dados. Os únicos setores que reduziram suas horas trabalhadas foram derivados de petróleo e biocombustíveis (-9,4%), outros equipamentos de transporte (-6,8%), têxteis (-2,2%) e produtos diversos (-1,7%).

 

O uso médio da capacidade instalada (UCI) no país chegou a 83,3% (indicador dessazonalizado), o maior nível desde junho de 2011. A comparação com 2012 mostra que a utilização da capacidade subiu 1,5 ponto percentual em abril. A maior atividade levou 12 setores a operarem com maior ociosidade frente ao abril do ano passado. Os setores que elevaram a USI no mês foram minerais não metálicos, borracha e plástico, produtos de metal e derivados de petróleo e biocombustíveis.

 

Quanto aos dados de emprego, o indicador dessazonalizado subiu 0,1% frente ao mês de março, mantendo assim sua trajetória de lento crescimento – este é o oitavo mês consecutivo em que o índice não fica negativo. Comparativamente a abril de 2012, o emprego ampliou seu ritmo de 0,7% em março para 1,1% em abril. De acordo com o levantamento, como o mercado de trabalho reflete as mudanças da atividade com alguma defasagem, os dados não refletiram o desempenho favorável visto durante o mês – dos 21 setores considerados, o emprego cresceu para, praticamente, a metade da indústria de transformação (12 dos 21 setores).

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

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