Apesar de pausa, Israel segue detendo palestinos

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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Em meio à troca de reféns, pessoas continuam a ser feridas pelo exército de Netanyahu; número de mortos passa de 14 mil em Gaza

Foto de Gilgit Baltistan na Unsplash

A pausa nos ataques cometidos pelo exército de Israel contra a Faixa de Gaza em retaliação a ação do grupo extremista Hamas começa a exibir o impacto da destruição em uma região cada vez mais carente do básico para a sobrevivência.

Reportagem do site Mondoweiss destaca que o ponto mais discutido durante o início da pausa nos combates envolve a troca de reféns por Israel e pelos grupos palestinos: ao todo, 24 pessoas (13 israelenses entre mulheres e crianças, 10 tailandeses e um filipino) detidas em Gaza foram levadas para a fronteira de Rafah antes de seguirem para Israel, enquanto acredita-se que outros 20 cidadãos tailandeses estejam em Gaza.

Enquanto israelenses começam a comemorar a volta de reféns, as forças de Benjamin Netanyahu proibiram quaisquer celebrações por parte dos palestinos.

Na última sexta-feira, pelo menos 31 pessoas – sendo duas crianças e um jornalista – foram feridos por forças israelenses, que atiraram balas de aço revestidas de borracha e gás lacrimogêneo do lado de fora de uma prisão na Cisjordânia, em antecipação à libertação de prisioneiros.

Onde prisioneiros palestinos voltaram para Jerusalém Oriental, onde forças israelenses invadiram três residências para ameaçar suas famílias caso o regresso dos detidos fosse celebrado.

Segundo a imprensa palestina, o acordo recentemente firmado garantiu que os palestinos libertados tivessem seu registro israelense oficialmente eliminado, o que teoricamente diminui as chances de novas detenções pelas mesmas acusações.

Porém, alguns dos libertados foram presos dentro da estratégia israelense de detenção administrativa, sem acusação nem julgamento.

Pelo menos 7 mil palestinos, incluindo 200 crianças e 62 mulheres, foram detidos por Israel no início de novembro, de acordo com o grupo de direitos dos prisioneiros Addameer – com cerca de 3 mil palestinos detidos desde 7 de outubro, num aumento do encarceramento de palestinos que foi denunciado como punição coletiva.

Até o momento, 14.854 palestinos foram mortos (sendo 6.150 crianças), e mais de 36 mil pessoas foram feridas nos ataques israelenses contra a Faixa de Gaza. Em Jerusalem Oriental e na Cisjordânia, os mortos chegam a 226 pessoas.

Por outro lado, Israel reduziu seus dados de vítimas fatais de 1,4 mil para 1,2 mil pessoas.

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

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