O apoio de brasileiros a Israel na guerra contra o Hamas caiu significativamente desde o início do conflito que dizimou a Faixa de Gaza, em outubro de 2023. Os dados são de pesquisa feita pela Genial/Quaest, divulgada nesta sexta-feira (1), pela jornalista Mônica Bergamo, na Folha de S. Paulo.
No fim de outubro, pouco depois de Israel ser atacado pelo Hamas, 52% dos brasileiros diziam ter opinião favorável ao país governado pelo primeiro-ministro Benjamin Netanyahu. Agora, após a morte de mais 30 mil palestinos em Gaza, o percentual caiu para 39%.
Já a imagem da Palestina, favorável para 43% dos brasileiros em outubro, oscilou positivamente, para 45%.
Opinião do eleitorado
O levantamento aprofundou o tema e mostrou que a imagem negativa de Israel é maior entre os eleitores do presidente Lula, que tem condenado o uso desproporcional da força pelos militares israelenses contra civis em Gaza.
Em outubro, 42% deste grupo diziam ter imagem positiva de Israel, percentual que despencou para 24% neste ano. Já os que têm opinião desfavorável saltaram de 37% para 56%.
Já entre os eleitores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que tem declarado apoio a Israel, o desgaste também existiu e a imagem positiva oscilou de 67% em outubro para 64%. A imagem negativa entre eles subiu de 17% para 23%.
Lula exagerou?
O levantamento também perguntou aos entrevistados a opinião sobre a declaração do presidente Lula que gerou uma polêmica diplomática. Ele comparou os ataques israelenses no enclave ao extermínio de judeus na Alemanha nazista.
Para 60% dos entrevistados, no entanto, o petista exagerou ao comparar o que acontece em Gaza ao que Hitler fez na Segunda Guerra Mundial. Apenas 28% dizem que ele não exagerou.
Os eleitores de Lula, incluindo os críticos a Israel, se dividiram: 43% acham que ele exagerou na comparação e 45% dizem que isso não ocorreu. Entre os que votaram em Bolsonaro, 85% criticam as falas do presidente.
Vale ressaltar que fala de Lula gerou reação de Netanyahu, que alegou que o brasileiro estava minimizando o holocausto. Um dia depois, o Ministério das Relações Exteriores de Israel declarou o petista “persona non grata“, sinalizando que o representante estrangeiro não é mais bem-vindo no país.
Conforme checagem do GGN, em nenhum momento Lula não disse “holocausto” durante o discurso, no qual – inclusive – condenou os terroristas do Hamas.
Sobre a pesquisa
A Quaest ouviu 2.000 brasileiros, com mais de 16 anos, entre os dias 25 e 27 de fevereiro, de forma presencial. A margem de erro do levantamento é de 2,2 pontos percentuais e o nível de confiança é de 95%.
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O mundo está tão preocupado com seu pirão primriro e dessintonizado com princípios básicos de humanidade, que não se trata mais de apenas contar mortos. Há, em muito maior quantidade os feridos, os órfãos, os desesperançados, os desalentados, enfim, miseráveis sem teto (70% destruídos?), sem energia, sem água, sem alimento, sem saneamento, sem escolas, comércios, hospitais, vivendo em meio a escombros, doenças…Nesses dias a TV mostrou uma criança com uns 4 a 6 anos cuidando de um bebê de meses em seu colo, tentando inutilmente fazê-lo parar de chorar copiosamente. Evidente que “direito de defesa” é legítimo…mas só para um lado?! Indiscriminado?! Vai-se usar p.ex. tal “direito” deturpado contra o povo alemão pelo holocausto nazista? Não há cessar fogo “imediato” (necessário, óbvio”) que “cesse”, além do “fogo”, toda esta catástrofe humanitária. Os nazistas, até serem descobertos, operavam seu massacre às escondidas. Agora, um governo que não se importa nem em negociar seus reféns, comete atrocidades publicamente nas telas de todo o mundo. E o que o país que poderia dar um basta (forçado ou não) a esta calamidade, manda algumas centenas de sacas de socorro para os miseráveis e bilhões em armamentos para seus algozes…