Lula não disse “holocausto” e condenou Hamas em discurso que gerou crise diplomática

Patricia Faermann
Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.
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O GGN fez a checagem do discurso do presidente: frase distorcida e recortada de ampla fala tornou-se uma polêmica internacional

Foto: Reprodução da declaração de Lula/Imprensa Oficial

O presidente Lula criticou e enfatizou a condenação ao grupo armado Hamas no discurso do último domingo (18). Ainda, Lula tampouco citou “holocausto”, não criticou os judeus e não invalidou a perseguição aos judeus nas críticas à violência do Estado de Israel na Faixa de Gaza.

Desinformação e interpretação de jornais brasileiros e israelenses, obtidas a partir de mínimo recorte da fala do presidente, foram responsáveis por desatinar uma crise diplomática entre o Brasil e Israel. É o que mostra a análise objetiva do que efetivamente falou o presidente.

No discurso do último domingo, o que gerou ampla polêmica foi uma frase de 5 palavras, dentro de uma longa explanação no qual o líder brasileiro criticava a inação de órgãos internacionais para interromper o conflito na região e as consequentes mortes de milhares de civis e inocentes.

Ao escutar a fala de Lula, o presidente disse: “O que está acontecendo na Faixa de Gaza e com o povo palestino não existe nenhum outro momento histórico. Aliás, existiu quando Hitler resolveu matar os judeus.” O presidente não criticou o povo judeu e não minimizou o holocausto.

Anteriormente, Lula explicava que o “Brasil foi o 1º país a reconhecer o Estado palestino” e que era necessária uma mobilização internacional, de mais países, junto aos órgãos para interromper o conflito. Ele respondia a uma pergunta de um repórter sobre a ajuda humanitária do Brasil aos palestinos:

“Não é possível que a gente possa colocar [como um patamar] tão pequeno, sabe, você deixar de ter ajuda humanitária. Quem vai ajudar a reconstruir aquelas casas que foram destruídas? Quem vai retribuir a vida de 30.000 pessoas que já morreram, 70.000 que estão feridos? Quem vai devolver a vida das crianças que morreram sem saber por que estavam morrendo? Isso é pouco para mexer com o senso humanitário dos dirigentes políticos do planeta?“, questionava.

E criticou os demais países, citando outras decisões do Conselho de Segurança da ONU em conflitos internacionais, não somente o caso da Faixa de Gaza:

“O que está acontecendo no mundo hoje é falta de instância de deliberação. Nós não temos governança. Eu digo todo dia: a invasão do Iraque não passou pelo Conselho de Segurança da ONU, a invasão da Líbia não passou, a invasão da Ucrânia não passou pelo Conselho e a chacina de Gaza não passou pelo Conselho de Segurança da ONU. Aliás, as decisões do Conselho não foram cumpridas. E tampouco foi cumprida a decisão penal tomada agora no processo da África do Sul.”

Ao final de sua resposta, o presidente brasileiro ainda voltou a enfatizar a condenação do Hamas pelo Brasil: “O que é que estamos esperando para humanizar o ser humano? É isso que está faltando no mundo. Então, o Brasil continua solidário ao povo palestino. O Brasil condenou o Hamas, mas o Brasil não pode deixar de condenar o que o exército de Israel está fazendo na Faixa de Gaza”.

Chanceler de Israel disseminou informações falsas de Lula

A repercussão da imprensa brasileira na fala de Lula respingou nos jornais internacionais e o próprio chanceler de Israel, Israel Katz, chegou a disseminar Fake News sobre os recortes da declaração do presidente brasileiro.

“Que vergonha. Sua comparação é promíscua, delirante. Vergonha para o Brasil e um cuspe no rosto dos judeus brasileiros. Ainda não é tarde para aprender História e pedir desculpas. Até então – continuará sendo persona non grata em Israel!”, afirmou o chanceler israelense, nesta terça (20).

O ministro-chefe da Secretaria de Comunicação Social da Presidência, Paulo Pimenta, teve que desmentir o chanceler e ressaltar que se tratavam de informações falsas:

“O chanceler de Israel, Israel Katz, distribui conteúdo falso atribuindo ao presidente Lula opiniões que jamais foram ditas por ele. Em nenhum momento o presidente fez críticas ao povo judeu, tampouco negou o holocausto. Lula condena o massacre da população civil de Gaza promovido pelo governo de extrema-direita de Netanyahu, que já matou mais de 30 mil palestinos, entre eles, 10 mil crianças”, disse Pimenta.

Leia a íntegra da declaração de Lula:

É muito engraçado. Quando eu vejo o mundo rico anunciar que está parando de dar contribuição para a questão humanitária aos palestinos, eu fico imaginando qual é o tamanho da consciência política dessa gente e qual é o tamanho do coração solidário dessa gente que não está vendo que na Faixa de Gaza não está acontecendo uma guerra, mas um genocídio.

De que não é uma guerra entre soldados e soldados, é uma guerra entre soldados altamente preparados e mulheres e crianças. Olha, se houve algum erro nessa instituição que apura dinheiro, que se apure quem errou. Mas não suspenda a ajuda humanitária a um povo que está há quantas décadas tentando construir o seu Estado.

O Brasil não apenas afirmou que vai dar contribuição –eu não posso dizer quanto porque não é o presidente quem define. É preciso ver quem é que cuida disso no governo para ver quanto é que vai dar. O Brasil disse que vai defender na ONU a definição de o Estado palestino ser reconhecido definitivamente como Estado pleno e soberano.

É importante lembrar que em 2010 o Brasil foi o primeiro país a reconhecer o Estado palestino. É preciso parar de ser pequeno quando a gente tem que ser grande. O que está acontecendo na Faixa de Gaza e com o povo palestino não existe nenhum outro momento histórico. Aliás, existiu quando Hitler resolveu matar os judeus.

Então não é possível que a gente possa colocar um tema tão pequeno, sabe, você deixar de ter ajuda humanitária. Quem vai ajudar a reconstruir aquelas casas que foram destruídas? Quem vai retribuir a vida de 30.000 pessoas que já morreram, 70.000 que estão feridos? Quem vai devolver a vida das crianças que morreram sem saber por que estavam morrendo?

Isso é pouco para mexer com o senso humanitário dos dirigentes políticos do planeta? Então, sinceramente, ou os dirigentes políticos mudam seu comportamento com relação ao ser humano, ou o ser humano vai terminar mudando a classe política.

O que está acontecendo no mundo hoje é falta de instância de deliberação. Nós não temos governança. Eu digo todo dia: a invasão do Iraque não passou pelo Conselho de Segurança da ONU, a invasão da Líbia não passou pelo Conselho de Segurança da ONU, a invasão da Ucrânia não passou pelo Conselho de Segurança da ONU e a chacina de Gaza não passou pelo Conselho de Segurança da ONU. Aliás, as decisões do Conselho não foram cumpridas. E tampouco foi cumprida a decisão penal tomada agora no processo da África do Sul.

O que é que estamos esperando para humanizar o ser humano? É isso que está faltando no mundo. Então o Brasil continua solidário ao povo palestino. O Brasil condenou o Hamas, mas o Brasil não pode deixar de condenar o que o exército de Israel está fazendo na Faixa de Gaza.

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Patricia Faermann

Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.

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  1. Muito claro e didático o artigo de Patrícia Faerman. Me inspirou a ousar um diálogo imaginário com um analista político, desses que grasnam por aí na grande mídia.

    O personagem Efraim Xakra, no diálogo imaginário a seguir, representa os que negam o genocídio deliberado do governo israelense contra os palestinos. Ele, Efraim, seria o analista preferido da Rede Globo, da Folha, do Estadão, do SBT, da Band, da CNN e outras mídias corporativas desse imenso Brasil. E Baga, é como sou chamado por meus amigos. Vamos lá:

    – Baga, você viu a barbaridade que o seu presidente, aquele ladrão, ditador, nove dedos, falou sobre o Governo de Israel?

    – Meu amigo Efraim, o presidente Lula está absolutamente certo quando compara o genocídio que o governo de Israel está cometendo contra os palestinos, à matança do povo judeu ordenada por Hitler.

    – Me desculpe, meu caro Baga, mas Hitler exterminou 6 milhões de Judeus, e o governo de Israel, até agora, matou apenas 30 mil palestinos, portanto, não há termo de comparação.

    – Acontece meu caro Efraim, Hitler não exterminou os 6 milhões de Judeus em 4 meses. O processo levou anos.

    – E daí Baga? Ainda não estou vendo nenhuma semelhança.

    – Pois é Efraim, Hitler começou segregando os judeus nos guetos, sendo o mais conhecido, o Gueto de Varsóvia. Todos os governos do mundo e até o Vaticano caladinhos estavam, caladinhos ficaram.

    – E daí Baguinha? Continuo a não ver nenhuma semelhança!

    – Preste atenção Efraim, o Governo de Israel aprisionou dois milhões de palestinos na Faixa de Gaza. Os governos do mundo inteiro e até o Vaticano e outras lideranças religiosas caladinhos estavam, caladinhos ficaram.

    – E daí Baga? não estou vendo qualquer semelhança, mesmo porque você me ofende ao comparar o abençoado povo Judeu, a essa sub-raça de terroristas palestinos infiéis.

    – Pois é, meu caro Efraim Xakra, os terroristas do Hamas cometeram as torpes barbaridades contra o abençoado povo de Israel, assassinando cruelmente mais de mil crianças, velhos, mulheres e adultos. Então, todos os governos do mundo, inclusive o do Brasil, na voz do Presidente Lula, o Vaticano e todos os líderes evangélicos, condenaram veementemente as atrocidades do Hamas. Lembra, meu amigo, você e eu condenamos também.

    – Mas é claro Baguinha. O mundo inteiro tinha que se manifestar, afinal, o ataque cruel e violento foi contra o santo povo Judeu! E tem mais, a meta do meu líder Netanyahu é exterminar os dois milhões daquela sub raça palestina, aquela praga miserável que está contaminando a Terra Santa de Israel. Para cada judeu morto no ataque covarde, Netanyahu vai eliminar 2 mil palestinos, sejam velhos, crianças, mulheres ou terroristas. Tanto faz!

    – Pois é, Efraim, foi exatamente assim que Hitler se referiu aos judeus. Para ele, os judeus eram uma praga que deveria ser eliminada da face da terra. Os governos do mundo inteiro, inclusive o Vaticano e todos os líderes religiosos, ouviram. Calados estavam, caladinhos ficaram.

    – E daí Baga de cigarro? Me prove onde está a semelhança!

    – Meu caro Efraim, Hitler mandou inicialmente milhares de Judeus para os campos de concentração. Primeiro, eliminou mil, depois dez mil, depois 30 mil, paulatinamente, até chegar aos 6 milhões. Todos os governos do mundo, o Vaticano e os protestantes sabiam. Calados estavam, caladinhos ficaram.

    – E daí Baga? Ainda não vejo nenhuma relação com o que o seu presidente Lula falou sobre o extermínio de apenas 30 mil Palestinos.

    – Quem sabe, Efraim, se Lula fosse o presidente do Brasil durante a segunda Guerra Mundial, quando Hitler havia exterminado cruelmente 30 mil Judeus, ele denunciasse ao mundo o extermínio do povo Judeu, e o mundo inteiro, inclusive o Vaticano e todos os líderes cristãos, ouvissem a voz poderosa de Lula, e condenassem conjuntamente a ação nefasta de Hitler?

    – E daí Baga? Ainda não estou entendendo onde você quer chegar.

    – Tá bom, Efraim. Mas reflita, com a hipotética denúncia de Lula em 1942, com o apoio do mundo civilizado, do Vaticano e dos líderes evangélicos, quem sabe Hitler não teria parado nos 30 mil Judeus?

    – E você acha 30 mil Judeus, pouco?

    – Não, Efraim, eu não acho.

    – Então, eu não estou entendendo nada.

    – Tá bom, Efraim. Esqueça.

    Grande abraço
    Baga

    1. Esse diálogo me trouxe à mente o seguinte caso de misoginia:

      “São 1.100 feminicídios por ano no Brasil. E olha o bafafá que fazem. É um número insignificante. Pensa em quantos jovens morrem de bicicleta fazendo entrega do ifood.
      Sem falar que as mulheres são assassinadas porque estão procurando loucamente fortes emoções. Punir os feminicidas equivale a punir o álcool pelos tontos que ele mata de cirrose”.

  2. Entre holocaustos DE verdade e o holocausto DA verdade.

    O que há de comum entre judeus, negros, armênios, curdos, povos originários da América?

    Bem, todos eles sofreram o que se convencionou chamar de genocídio, e alguns ainda vivem nele, como os povos originários brasileiros, e negros em todos os cantos do planeta, inclusive aqui, quando são mortos na proporção de 30 mil por ano, todos vítimas de armas de fogo.

    A questão é que nem todos tiveram o direito ao reconhecimento de seu sofrimento, as reparações devidas e claro, ninguém, salvo os armênios (mais ou menos) e judeus ganharam um Estado próprio…

    No Brasil, por exemplo, aos negros foram dados um tipo de gueto, chamados de favela, que faria o Gueto de Varsóvia parecer um local salubre.

    Aos povos originários, a simples menção de demarcação de terras para que constituam, não um Estado soberano, mas um ambiente de sobrevivência socioambiental e cultural, provoca conflitos sangrentos, e oposições das bancadas da bala, da bíblia e do latifúndio…

    Por estranha coincidência, esse mesmo rebanho que bate com os cascos no chão ao ouvir a palavra “reserva indígena”, espaços que são instituídos com ampla pesquisa histórica, antropológica e critérios, apoia incondicionalmente a existência de um país dentro de áreas de outros países, e que só tem por legitimidade para justificar a ocupação uma passagem bíblica (e não histórica ou antropológica) de 2000 mil anos atrás.

    Sim, senhores, e há outras coisas estranhas nisso tudo, como o fato de não haver qualquer justificativa para que cristãos ocidentais usem símbolos judeus e do estado sionista em seus rituais e manifestações políticas, quer dizer, considerando que as três grandes religiões monoteístas (o Islã, o Judaísmo e o Critsianismo) descendem do mesmo tronco, não se explica o ódio que hoje unem judeus e cristãos contra os islâmicos, da mesma forma como não se explica o atual amor entre judeus de direita de cristão de direita.

    A não ser que a gente estenda o raciocínio ao Grande Pai, os EUA.

    Matriz de toda a cultura ocidental, e de toda a orientação geopolítica recente, é nos EUA que nasce este estranho casamento entre judeus e cristão de extrema-direita.

    No entanto, para falarmos disso tudo, temos que falar de culpas ancestrais também…

    A Palestina NUNCA foi uma terra judia, em nenhum momento das ocupações e guerras que ali se deram, onde se revezaram cristãos e muçulmanos, sendo os mais famosos de lado a lado, Ricardo I, O Coração de Leão e Saladino ou Sultão Saladin.

    Nunca houve um estado (cidade) judeu naquele local.

    Jerusalém é tão sionista ou judia como Goa é européia, porque fala português, ou há cristãos por lá…

    Mas a “solução judia” começou a ser pensada no início do Século XX, fim do IX.

    Um dos que começou a considerar tal hipótese foi o Sir Rothschild, banqueiro inglês, e a Coroa Britânica, sendo aquele região uma possessão inglesa.

    (https://www.dw.com/pt-br/1917-apoio-brit%C3%A2nico-ao-movimento-sionista/a-365813).

    Parêntese:

    Os métodos usados pelo embrião do Mossad eram ataques a bomba, isso mesmo, terrorismo, para pressionar pela implantação de um estado sionista.

    Tal situação levou os árabes à defesa, óbvio, e para tanto, a luta anticolonial, contra a Inglaterra, se dava ao mesmo que tentavam evitar o que aconteceu em 1948, com a criação de Israel.

    Outro parêntese:

    A perseguição aos judeus não era uma exclusividade alemã, ao contrário, o antisemitismo era disseminado nos EUA, França, Portugal, Espanha e etc.

    A prova desse desinteresse na causa judaica é o fato de que os aliados deixaram a libertação dos campos de concentração para o final da guerra, como último dos últimos atos.

    Alguns comandantes militares, na época, quando questionados, usavam a desculpa militar, já que a logística do avanço sobre a Alemanha seria prejudicada com a demanda em atender tantos judeus sobreviventes.

    Ou seja, no final, a “solução final” de Hitler ajudaria nesse quesito.

    Assim, quando a guerra acabou, judeus proeminentes (ricos, e que por isso conseguiram negociar suas fugas) e as novas elites mundiais construíram a mais poderosa narrativa da história recente:

    Não, está enganado, se imagina que eu falaria Holocausto Judeu, esse é um fato VERDADEIRO e vergonhoso de TODA HUMANIDADE, e não só a parte alemã da Humanidade.

    Estou falando da culpa ocidental com os judeus e a eterna dívida que se tem com essa denominação religiosa.

    Ora, só isso explicaria o fato de que mesmo tratamento humanitário nunca tenha sido dedicado aos negros.

    Apesar de terem sido sequestrados, torturados, escravizados e mortos em números que se estimam em 10 milhões, e que ainda hoje são triturados na indústria do tráfico de gente, alimentado por leis de imigração discriminatórias, justamente nos países que pregam o “mundo livre”.

    E os armênios?
    Pois é, sofreram o diabo nas mãos dos turcos, e até pouquíssimo tempo atrás, vários países interessados nos favores geopolíticos dos turcos se negavam a reconhecer o Pogrom dos Armênios…

    1 milhão de armênios mortos, forçados a atravessar o deserto, após serem expulsos do território turco que reivindicavam…

    Então, é preciso ao menos dar os nomes às coisas que tais coisas têm…

    O que o Estado Sionista fez e faz com palestinos, desde 1948 até hoje, é bem próximo do que os judeus sofreram nas mãos de Hitler…

    Se armênios, negros, índios brasileiros tivessem povoado a Europa, e fossem brancos, ao mesmo tempo que tivessem migrado para os EUA e controlado grandes indústrias de propaganda, como Hollywood, certamente hoje, quem sabe, o Rio de Janeiro ou a Bahia seriam um Estado Nagô, a Europa Central seria Armênia, e a Amazônia uma Nação Tupy?

    1. Douglas Barreto, ao ler esse parágrafo do seu comentário – Aos povos originários, a simples menção de demarcação de terras para que constituam, não um Estado soberano, mas um ambiente de sobrevivência socioambiental e cultural, provoca conflitos sangrentos, e oposições das bancadas da bala, da bíblia e do latifúndio…, – eu me lembrei do Marco de Melo, Ministro do STF aposentado. Questionado por jornalistas sobre sua posição quanto às ações que tramitam na Justiça, o ministro Marco Aurélio Mello deu a entender que é contrário à tese de que os índios têm direito originário sobre as terras.
      Ele disse:
      “Se exacerbarmos a ocupação pretérita, vamos ter que entregar aos indígenas a minha cidade maravilhosa do Rio de Janeiro”.
      Os povos originários puderam ser expropriados e trucidados mas não podem receber de volta o que lhe foi injustamente expropriado

  3. É importante lembrar à nossa imprensa livre de ISENÇÃO, que o extermínio dos palestino islamitas não se resume ao que está acontecendo em Gaza, mas remonta a quase 100 anos, quando os sionistas e suas organizações terroristas começaram a usurpar, expulsar e eliminar os palestinos. É importante ressaltar, que a fala do presidente Lula adquire uma importância maior e sobre o qual, pouco se falou, é que a sua fala, pode evitar uma tragédia maior, se o nazisionista Netanyhorror se dispuser a cumprir o seu intento.

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