Argentina aprova quitação de dívidas a credores

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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Falta de acordo excluiu país de obter financiamentos externos desde 2001

O Senado da Argentina aprovou nesta quinta-feira (31) projeto de lei que autoriza o país a saldar as dívidas com fundos de investimento litigantes em tribunais de Nova York e com outros credores.

Após quase 15 horas de debate, 54 votos a favor e 16 contra, foi aprovado o pagamento de US$ 4,6 bilhões a fundos que têm dívida do país, para pôr fim a um litígio que começou com o colapso financeiro de 2001, e uma emissão de dívida de US$ 12,5 bilhões.

Depois de anos de impasse durante a presidência de Cristina Kirchner, o novo governo de centro-direita do presidente Mauricio Macri, que chegou ao poder em dezembro, apresentou, em fevereiro, uma proposta prevendo reembolsar US$ 6,5 bilhões dos US$ 9 bilhões detidos pelos fundos que recorreram à Justiça.

Ao fim de semanas de negociação, a Argentina conseguiu chegar a um acordo com quatro fundos de investimento (incluindo o NML e o Aurelius), que resistiam, mas acabaram por aceitar um desconto de 25%.

O acordo permite também à Argentina retomar os pagamentos aos outros credores que aceitaram perder 70% do valor das obrigações que detinham nas reestruturações de dívida de 2005 e 2010.

A administração de Macri qualificou o acordo como amargo, mas como um remédio necessário para resolver a situação do país nos mercados internacionais de capitais.

A Argentina ficou excluída desde o descumprimento financeiro de 2001, avaliado em quase US$ 100 bilhões, o maior da história no período.

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

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