Argumentos desproporcionais

Há um campo amplo para o exercício contumaz da asneira. Mas poucas vezes li tolice igual à brandida pelos que minimizam a questão da desproporção entre as forças de Israel e a dos palestinos de Gaza.

Hoje, na Folha, os simpaticíssimos (sem ironia) Salomão Schvartzan e Zevi Ghivelder perguntam: “Como medir proporção?” (clique aqui)

E respondem:

(…) Hoje, até mesmo os mais ferrenhos opositores do Estado judeu reconhecem que a atual operação militar em Gaza é uma resposta aos ataques do Hamas, mas veem nas decorrentes ações bélicas uma “desproporção”.

O que vem a ser proporção em um conflito armado? Há algum critério, alguma tabela, que a caracterize? Será que existe um consenso universal segundo o qual Israel teria o direito de matar “y” palestinos se contasse “x” mortos por foguetes?

É inacreditável. Em qualquer conflito, a medida que separa a batalha do massacre é a proporção de morte de lado a lado. Se, de um lado, morrem mil, dos quais grande número de crianças; do outro presumivelmente morrem 13 (já que o número é questionado até pelas agências internacionais), a desproporção é nítida. E é o sentido de proporção que separa as batalhas dos massacres. Ou não?

Quando, no Rio de Janeiro, a Polícia Militar invade um morro com 500 homens para caçar meia dúzia de traficantes, que também recorrem aos escudos humanos, faz um ataque desproporcional?

Faz, é evidente! Principalmente se deixa vítimas civis pelo caminho.

Quando os EUA, após o 11 de Setembro, lançaram milhares de toneladas de bombas sobre o Afeganistão dos talibãs, incluindo um hospital atingido, houve proporção?

Aplicou-se a lei de Talião que, segundo os defensores da democracia ocidental (entre os quais me incluo) significa ceder à barbárie. Aliás, o argumento lembra um velho personagem do Chico Anísio: sou, mas quem não é?

E quando os russos entraram com tudo para esmagar os rebeldes da Tchetchênia, a ação foi desproporcional?

É evidente que foi.

No dia 7 de junho de 1981, quando Israel bombardeou o que seria uma instalação nuclear no Iraque, houve protestos em todas as partes do mundo. Na Casa Branca, durante uma reunião de emergência, o vice-presidente George Bush propôs sanções contra Israel. O mesmo George Bush que, dez anos mais tarde, viria a desencadear a primeira Guerra do Golfo contra o Iraque.

E daí? Essa é outra peça gasta da retórica neocon, a de julgar que a desqualificação do crítico é suficiente para qualificar o criticado.

(…) O grande psicanalista brasileiro Hélio Pellegrino costumava dizer que a síntese da injustiça está na seguinte proposição: “O senhor tem toda a razão, mas vai preso assim mesmo”. É o que o mundo está fazendo agora com relação a Israel. Por isso, vale lembrar um conceito de Golda Meir, quando primeira-ministra: “Prefiro receber protestos a receber condolências”.

Ou Israel em relação aos mortos civis. “O senhor tem toda razão em protestar pela mortge das crianças e velhos, pelo bombardeio de escolas e hospitais, mas guerra é guerra, e os sábios neocons brasileiros aboliram a proporcionalidade na análise de conflitos.”

Luis Nassif

90 Comentários

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

  1. Até o Jerusalem Post sabe que
    Até o Jerusalem Post sabe que a principal causa da guerra não são os foguetes do Hamas e sim as eleições do mês que vem em Israel:

    “A rejeição da resolução [da ONU] pelo governo aumenta a chance da operação Chumbo Fundido se tornar uma operação que não se buscava: uma guerra total com o Hamas e uma reocupação da faixa de Gaza. Livni, que ao contrário de Barak e Olmert passou toda a campanha das Forças de Defesa de Israel diante das câmeras e microfones, no que parecia uma tentativa desesperada de impressionar os eleitores do mês de vem de sua relevância, disse ao Washington Post no fim de semana que o governo se opõe ao cessar-fogo porque daria legitimidade ao Hamas e coloca a organização no mesmo nível que Israel”.
    Jeff Barak, Jerusalem Post

    Fonte: http://www.viomundo.com.br/opiniao/o-jerusalem-post-pode/

  2. a situação do Estado de
    a situação do Estado de Israel é mais grave

    o ESTADO de Israel provocou, isolou a faixa de Gaza de assistência, medicamento e comida

    MUROU vilarejos inteiros, que inclusive estimularam a criação dos atuais foguetes feitos artesanalmente

    Atenta contra a escolha de uma democracia (eleição do Hamas “inimigo”)

    Suas autoridades Invadiram provocativamente lugares sagrados (quem não se lembra da besta fera Sharon ?), e seus fanáticos AINDA ocupam CENTENAS de assentamentos em terras alheias

    A agressão parte dum Estado montado pelo artificialismo, ENCRUSTADO na marra por uma cultura ocidental alienígena, por cima de outro povo la estabelecido

    Parte de um Estado em que seu povo sempre se disse o escolhido e o mais SOFRIDO …tendo dado com seus exemplos provas de que NADA aprendeu em seu suplício

    Parte de um Estado que foi criado pra ser IGUAL a outro, fato que até hoje não ocorreu (a criação do Estado Palestino), nem tampouco foi perseguido pelo objetivo

    Enfim, parte de um Estado fraco, PAU MANDADO de interesses de nações muito mais potentes

    é lamentável …e pior, PELO MOMENTO, há quem diga que os motivos são eleitoreiros …outros ainda que seria pra aliviar propositalmente (ou dificultar) a imagem e o trabalho de outro presidente eleito (Obama)

    MAIS DE 50% dos mortos são de crianças e idosos

    ESCOLAS foram atacadas

    não dá pra aceitar, parta de onde partir

  3. Nassif,

    A questão não é
    Nassif,

    A questão não é tanto a desproporcionalidade de forćas.

    Se um grupo mais fraco ataca o mais forte, o mais forte tem o direito de se defender.

    O problema é a desproporcionalidade da resposta.

  4. Estes senhores que debocham
    Estes senhores que debocham da questão da proporcionalidade demonstram explicitamente o orgulho que sentem a respeito da superioridade bélica de Israel, apesar da óbvia inferioridade moral daquele governo.

    Os senhores Salomão Schvartzan e Zevi Ghivelder estão (…) para a realidade da vida em Gaza (desculpe os termos Nassif, mas é indignante o menosprezo pelas vidas humanas de Gaza que esses jornalistas experientes revelam ter). Provavelmente estão até celebrando a “incompetência” dos goyim.

    Será necessário que uma geração inteira de racistas pereça, para que as novas gerações, de pessoas minimamente esclarecidas, deixem de olhas vidas humanas com dois pesos e duas emdidas.

  5. O Estado de Israel é dirigido
    O Estado de Israel é dirigido por políticos que pensam da mesma forma daqueles que assassinaram RABIN. É sempre oportuno recordar: RABIN foi assassinado pelas costas, por um judeu fundamentalista, num evento pela PAZ. Shalom !

  6. Quantos israelenses foram
    Quantos israelenses foram mortos, até hoje, pelos terríveis foguetes disparados pelos palestinos?
    Aposto que morreram, nesse mesmo interregno, mais israelenses por atropelamento nas ruas, ou por escorregão no box do banheiro.
    A pior canalhice é aquela que se banha de “simpatia”.
    “Mesmo quando as minhas mãos estão ocupadas em torturar, esganar, trucidar/
    Meu coração fecha os olhos e sinceramente chora…” (Fado Tropical, Chico Buarque de Holanda).
    É demais. Me dá náuseas.

  7. Nassif

    Tens razão, dizer
    Nassif

    Tens razão, dizer mais o que? No fundo esses senhores, todos, sabem que eles instalaram a morte, hoje ou mais tarde, em qualquer possibilidade de paz e, por isso, tentam justificar o injustificável. Ou será que vão agora partir para o real extermínio da população palestina, para que não haja necessidade dessa paz? Não vejo outra solução, pois, imaginar que depois de tudo irão conseguir que os sobreviventes desse massacre sentem para conversar, sobre paz, é pura ingenuidade ou má fé.
    Só lembrando, tem um ditado que diz: quem bate esquece, quem apanha não esquece. Israel, agora que bate acha fácil esquecer mas depois que apanhou, nunca mais esqueceu.

  8. Israel está cultivando ainda
    Israel está cultivando ainda mais o ódio de muitos de seus vizinhos, parece-me que já é consenso de todos.
    Quando foi criado Israel, não era para tb ser criado um estado Palestino? Se já faz 60 anos da criação do estado judeu, também faz 60 anos da não criação do estado palestino.
    Tenho a impressão que esta guerra não tem nada haver com o ataque do Hamas e sim com a política interna.

  9. Bom, caro LN, fica difícil
    Bom, caro LN, fica difícil não matar velhos e crianças quando o Hamas os usa como escudos humanos e quando o Hamas os massacra quando não querem pegar em armas para lutar.

  10. Nassif, do Salomão e do Zhevi
    Nassif, do Salomão e do Zhevi já se sabe o que esperar. Simpáticas tolices. Pior o novo “professor de Deus”, JP Coutinho, na “Folha”, que vê nos muçulmanos e no Islã a encarnação do mal e do fim do mundo. Um rapaz de família rica, que se viu destituído pela Revolução dos Cravos, em Portugal, mas com grana suficiente ainda para estudar em boas escolas fora de seu país. Vive de se Insurgir, qual um Mainardi, só que de maior estofo intelectual, contra tudo que remeta a qualquer pensamento de esquerda.

  11. Quantos tanques tem os
    Quantos tanques tem os palestinos de Gaza?
    Quantos aviões tem os palestinos de Gaza?
    Quantos navios de guerra tem os palestinos de Gaza?
    Quantos armas de destruição em massas tem os palestinos de Gaza?

    Eu queria ver estes respeitáveis senhores apoiando os ataques de Israel se do outro lado houvesse um exército de verdade. Eu queria ver estes senhores apoiarem a guerra se a mesma fosse realizado dentro das fronteiras de Israel.

    Eu li alguns artigos da Folha ontem que me deixaram chocados, o fascismo, o cinismo e a covardia levados aos extremos.

  12. Nassif, respeito você e tudo
    Nassif, respeito você e tudo mais. Mas não classfique esse artigo de “necon”. A maioria esmagadora da mídia condena Israel, seja neocon, pig, séria, ética, intelectual, pseudo-intelectual ou o que for. Tem uma meia dúzia de gatos pingados que se posiciona a favor de Israel, no resto (globo, veja ou carta capital etc) a voz é mesma. Não só deles como de 99% dos governos do mundo (com exceção dos EUA). Nesse particular não é a falta ou não de ética, a direita ou a esquerda política que dá o tom da opinião, pois todos pensam o mesmo.

  13. Pelo jeito Gaza está sendo a
    Pelo jeito Gaza está sendo a Espanha do sec. XXI…
    Endereço:
    “http://ultimosegundo.ig.com.br/mundo/2009/01/13/medicos+denunciam+uso+de+explosivo+experimental+por+israel+em+gaza+3319908.html”

    Médicos denunciam uso de explosivo experimental por Israel em Gaza
    13/01 – 09:00 – Redação com agências internacionais

    ImprimirEnviarCorrigirFale ConoscoCOPENHAGUE – Os médicos noruegueses Erik Fosse e Mads Gilbert, que passaram 11 dias trabalhando em um hospital da Faixa de Gaza, acusam o Exército de Israel de usar em seus ataques um explosivo de tipo experimental conhecido como Dime (Dense Inert Metal Explosive), informa hoje o jornal “Aftenposten”.

    Veja a galeria de fotos do conflito em Gaza
    Líderes islâmicos e israelitas opinam sobre o confronto
    Veja o mapa da região do conflito
    Entenda o conflito na Faixa de Gaza entre Israel e Hamas
    Os acontecimentos desde a retirada israelense em 2005
    Fala, internauta: tem relatos ou fotos de Gaza? Envie para o Minha Notícia

    O Dime é uma mistura de um material explosivo e outro químico como o tungstênio e cujo raio de alcance é relativamente curto, mas muito efetivo.

    Os dois médicos baseiam suas acusações nos corpos mutilados que examinaram durante seu trabalho no hospital de Shifa e que, segundo eles, mostram “claros indícios” de terem sido atacados com esse explosivo.

    “Há uma forte suspeita de que Gaza está sendo usada como laboratório de testes para novas armas”, disse Gilbert.

    Fotos de corpos de palestinos com ferimentos que teriam sido causados por Dime foram enviadas a um centro em Tromso, no norte da Noruega, que, em uma primeira análise, deu razão aos médicos.

    Gilbert e Fosse retornaram ontem pela tarde a Oslo procedentes de Gaza, aonde chegaram antes do Ano Novo.

    Os dois colocaram em dúvida os dados de alguns meios de comunicação ocidentais e denunciaram que o alvo prioritário dos ataques israelenses era a população civil, além de considerar esta invasão pior que a de 1982 no Líbano, onde então também atuaram como médicos.

  14. Parece que o caldo está
    Parece que o caldo está entornando.
    1 – 13/01/2009 – 09p9
    Grupo de direitos humanos acusa Israel de usar fósforo branco em Gaza
    Publicidade
    da Folha Online

    Eu não conseguia acreditar no silêncio ou cumplicidade com Israel pelo Fatah. Parece que tá esquentando:
    2 – 13/01/2009 – 10h06
    Abbas acusa Israel de querer aniquilar o povo palestino de Gaza
    Publicidade
    da Folha Online

    Só falta o Hisbolah (é assim?) …

  15. Eu vejo assim a
    Eu vejo assim a “proporcionalidade”:
    Hamas ataca com 100% de sua capacidade bélica.
    Israel responde com 100% de sua capacidade bélica.
    Proporção correta.

    Todos estão preocupados com as mortes de crianças em Gaza, menos o Hamas. Se o Hamas estivesse preocupado já teria parado o lançamento de foguetes e se rendido.

    Não existe foguete “caseiro”. A tecnologia para construção do tubo de um foguete que resiste a um vôo de 30km não está disponível numa “vila cercada” ou em qualquer instalação em Gaza.

    A atitude mais humanitária neste momento é o Hamas se render e seus combatentes desocuparem as escolas e instalações da Onu e entregarem todos os armamentos.

    A admissão de derrota por parte do Hamas é o caminho mais viável para a comunidade internacional (leia-se Obama) forçar a criação do estado Palestino na Cisjordânia.

    Não vou usar esse argumento, para não ser redundante: mas era assim que, na Segunda GUerra, as forças do eixo tentavam desmobilizar a resistência.

  16. Olá,
    Nassif, acho que aqui
    Olá,
    Nassif, acho que aqui voce exagerou. Se 500 policiais são demais para meia dúzia de traficantes, quantos deveriam ser usados? Acho que se o resultado for a captura dos bandidos, a missão é correta. Alem disso ninguem falou nada sobre vítimas nesta operação hipotética.
    Outra coisa: o que tem a ver o termo “neocon” com esta história? Deve ser pelo fato das esquerdas (principalmente as folclóricas) estarem dominando a conversa e as críticas né? Mas não se preocupe não. Hoje os “inimigos” deles são a democracia, a civilização, o capitalismo, a liberdade, os “judeus”, enfim é só o anti-americanismo tosco mesmo. Como estes grupos se odeiam mutuamente, já já passam à segunda fase, que é o extermínio mútuo. Já ocorreu em Gaza, no Zimbabwe, na Coréia do Norte, em Cuba…
    [ ]´s

  17. Nassif, as explicações
    Nassif, as explicações simplistas ( e desumanas) para os crimes de guerra de Israel:

    O fato de Israel matar crianças com suas armas efeicientes é culpa, logicamente, do Hamas. Israel nunca mata ninguem.

    Alguem acredita nisso ainda?

  18. O que justifica a utilização
    O que justifica a utilização de armas químicas e outras proibidas por acordos internacionais?

    O que justifica o uso de bombas de fragmentação, explosivos DIME, que são armas químicas, bombas de fósforo branco, bombardeio a prédios da ONU, a comboios, etc?

    Tudo é possível, quando se trata de Israel? Não há limites?

    Alguns colunistas da Folha de São Paulo estão fazendo um exercício de cinismo, poucas vezes visto na imprensa brasileira – com um incrível desprezo pela vida humana, se é que eles acreditam que os palestinos sejam humanos.

    Não precisam dizer que os defensores de Hamas também têm desprezo pela vida humana. Isso é verdade. Mas neste momento os defensores do Estado de Israel se igualam.

    E o pior: não estou me referindo a opinadores de plantão, como Ghivelder, pelo jeito um ultranacionalista, capaz de atirar em Rabin, se ele estivesse vivo.

    Estou me referindo a colunistas, a personagens do quadro.

    O argumento é sempre o direito à defesa. Desconversam sobre os métodos genocidas utilizados pelo Exército Israelense.

    Ora, ora. Ninguém está discutindo o direito a defesa. Estamos discutindo os métodos de defesa – na verdade, de ataque.

    Mas se você vier a criticar os métodos, certamente eles responderão que a questão é o direito à defesa. Não é possível que sejam surdos. O cinismo tem limites. Mas se precisar, repetimos sem problemas: estamos discundo e condenando os métodos.

    Tenho certeza que hoje, Coutinhos e Malbergies, defenderiam mesmo os campos de concentração, armas nucleares, decapitações em massa, limpeza étnica e gás mostarda (na verdade, aqui só não houve o uso de armas nucleares, porque confinamento seguido de execução houve; mutilações em massa houve, uso de armas químicas houve).

    É só o Estado de Israel usar, que eles apóiam. Se o Estado de Israel punir os opositores à guerra dentro do seu próprio país, inclusive prendendo alguns jovens judeus, também eles apoiarão.

    Aliás, apoiarão qualquer coisa. De olhos fechados.

    Malbergier chegou a reclamar porque o governo brasileiro condena Israel e não o massacre de Darfur. E nós perguntamos: porque ele condena Darfur e não Israel?

    A acusação de hipocrisia é recíproca.

    _____________________________

    Enfim, estou convencido de que Israel não está caçando o Hamas, mas aterrorizando a população palestina para que eles nunca mais apóiem politicamente o Hamas. É uma punição às famílias palestinas.

    É como se um país inimigo matasse milhares de americanos para que eles nunca mais votassem em ultraconservadores como Bush.

    Aliás, não foi isso que o Al Qaeda fez?

    ________________

    Médicos denunciam uso de explosivo experimental por Israel em Gaza

    COPENHAGUE – Os médicos noruegueses Erik Fosse e Mads Gilbert, que passaram 11 dias trabalhando em um hospital da Faixa de Gaza, acusam o Exército de Israel de usar em seus ataques um explosivo de tipo experimental conhecido como Dime (Dense Inert Metal Explosive), informa hoje o jornal “Aftenposten”.

    * Veja a galeria de fotos do conflito em Gaza
    * Líderes islâmicos e israelitas opinam sobre o confronto
    * Veja o mapa da região do conflito
    * Entenda o conflito na Faixa de Gaza entre Israel e Hamas
    * Os acontecimentos desde a retirada israelense em 2005
    * Fala, internauta: tem relatos ou fotos de Gaza? Envie para o Minha Notícia

    O Dime é uma mistura de um material explosivo e outro químico como o tungstênio e cujo raio de alcance é relativamente curto, mas muito efetivo.

    Os dois médicos baseiam suas acusações nos corpos mutilados que examinaram durante seu trabalho no hospital de Shifa e que, segundo eles, mostram “claros indícios” de terem sido atacados com esse explosivo.

    “Há uma forte suspeita de que Gaza está sendo usada como laboratório de testes para novas armas”, disse Gilbert.

    Fotos de corpos de palestinos com ferimentos que teriam sido causados por Dime foram enviadas a um centro em Tromso, no norte da Noruega, que, em uma primeira análise, deu razão aos médicos.

    Gilbert e Fosse retornaram ontem pela tarde a Oslo procedentes de Gaza, aonde chegaram antes do Ano Novo.

    Os dois colocaram em dúvida os dados de alguns meios de comunicação ocidentais e denunciaram que o alvo prioritário dos ataques israelenses era a população civil, além de considerar esta invasão pior que a de 1982 no Líbano, onde então também atuaram como médicos.

  19. Estes senhores efetivamente
    Estes senhores efetivamente perderam nao somente o senso de justica, mas tambem todo o senso de proporcao e Historia ! E nesse processo contribuem para destruir a (boa) reputacao de suas comunidades. A loucura sionista esta’ ameacando levar uma boa parte da comunidade judaica ao desastre moral.

    O Rabino israelense Mordechai Eliyhu determinou que toda a cidade de Gaza e’ moralmente responsavel pelos rojoes que o Hamas lanca sobre Israel, e portanto devem ser coletivamente penalizados. Ele estabelece um parametro com o qual o povo israelense, e aqueles que o apoiam, serao ou poderao ser julgados um dia.

    Ironico lembrar que esta foi uma logica utilizada e quantificada pelos alemaes na Segunda Guerra mundial: para cada alemao morto pela resistencia anti-nazista, 100 pessoas da comunidade local onde o fato tivesse ocorrido eram assassinadas, indiscriminadamente.

    Tantos anos de condenacao e capitalizacao sionista da desgraca moral dos alemaes, e agora o karma retorna com toda a forca e os colocam numa situacao nao de todo desigual.

    O Povo Judeu esta’ passando por um dos maiores testes de sua longa historia. Um teste diferente. Um teste de poder. Rezemos para que consigam despertar deste pesadelo antes que seja tarde demais — uma guerra nuclear mundial por causa do projeto colonial e genocida do estado sionista/fascista de Israel, vigorosamente apoiado por lideres comunitarios como os autores do artigo acima.

    Onde estao as vozes da comunidade judia brasileira como aquelas das oito mulheres canadenses que ocuparam o consulado de Israel em Toronto, dizendo

    Not in Our Name ! Freedom for Palestine ! Justice for Palestine !

    Aqui:

    http://uk.youtube.com/watch?v=ln0zFRg0kRU

  20. Para mim, é igualmente
    Para mim, é igualmente bárbaro quem usa civis como escudos humanos e quem atira em civis como se fossem apenas escudos, sem culpa ou remorso. É óbvio que o problemas dos rojões lançados pelo Hamas não se resolverá militarmente, esses mesmos rojões já eram lançados dariamente desde o tempo que Israel ocupava a Faixa de Gaza. Está claro que a intervenção militar não foi desencadeada para acabar com o lançamento desses projéteis, mas para responder aos anseios populares de revide. “É possível que todo mundo esteja errado e apenas Israel certo?”, indaga o artigo de Ethan Bronner (“Israelis United on War as Censure Rises Abroad”) no NYT online, para concluir que para 99% da população israelense (entre os judeus), SIM, essa afirmativa procede. É inconcebível o argumento que a existência de Israel está em jogo, esse Estado é um fato. O Hamas não coloca Israel em risco, mas, lamentavelmente, “faz o pensamento israelense retroceder 30 anos” (mesmo artigo do NYT). Os argumentos de Israel são ralos, não honram os grandes pensadores judeus, mas lembram muito bem o que há de pior no neocon mundial. É cinismo e arrogância em estado bruto.

    A grande pergunta deveria ser por que que os rojões são lançados na Faixa de Gaza e não da Cisjordânia e o por quê do Hamas fundamentalista ter ganho as eleições nesse rincão.

    Já diziam os mais velhos: “quem semeia vento, colhe tempestade”.

  21. Nassif

    Um dia desses li a
    Nassif

    Um dia desses li a notíca de que o Hamas havia disparado 8000 (oito mil) foguetes contra israel, e esta ofensiva já havia matado meia duzia de iraelenses em terra .

    Isso é foguete de festim ?

    Dá para acreditar nestes números ?

  22. Manda Quem Pode, Obedece Quem
    Manda Quem Pode, Obedece Quem Tem Juizo

    “Olmert ordenou, Rice obedeceu: Abstenção numa moção preparada por ela mesma”

    Do site do Idelber: http://www.idelberavelar.com/

    “Ela ficou lá com a cara envergonhada. Uma resolução que ela preparou e organizou, e pela qual no fim das contas ela não votou”, disse Olmert num discurso na cidade sulista de Ashkelon. O Conselho de Segurança da ONU passou uma resolução na última quinta-feira, chamando um cessar-fogo imediato no conflito de três semanas na Faixa de Gaza e uma retirada israelense de Gaza, onde centenas já foram mortos.

    “Ponham o Presidente Bush no telefone”, disse Olmert. “Eles disseram que ele estava no meio de um discurso na Filadélfia. Eu disse: ‘não estou nem aí’. ‘Quero falar com ele agora’. Ele saiu do pódio e falou comigo. Eu disse a ele que os Estados Unidos não podiam votar a favor de tal resolução. Ele imediatamente ligou para a secretária de estado e disse a ela para não votar a favor”.

    ‘Ela ficou com a cara da vergonha. Uma resolução que ela tinha preparado e rascunhado, e no final ela não votou a favor’, disse Olmert num discurso na cidade sulista de Ashkelon.”

  23. Lamentável os neocons daqui.
    Lamentável os neocons daqui. Defendem com a razão cínica os nazis do século XXI usando argumentos, que nem o propagandaminister Goebbels teria coragem de expor.

  24. (achei interessante e bem
    (achei interessante e bem bolado)

    Doze Regras de Redação da Grande Mídia Internacional quando a notícia é do Oriente Médio
    Por Joildo Santos

    Publicado em: 07 de jan 2009 09:05:18
    Atualizado em: 07 de jan 2009 09:06:31

    Regra Um – No Oriente Médio, são sempre os Árabes que atacam primeiro e sempre Israel que se defende. Esta defesa chama-se represália.

    Regra Dois – Os Árabes, Palestinos ou Libaneses não têm o direito de matar civil. Isso se chama “Terrorismo”.

    Regra Três -Israel tem o direito de matar civil. Isso se chama “Legitima Defesa”.

    Regra Quatro – Quando Israel mata civis em massa, as potências ocidentais pedem que seja mais comedida. Isso se chama “Reação da Comunidade Internacional”.

    Regra Cinco – Os Palestinos e os Libaneses não têm o direito de capturar soldados de Israel dentro de instalações militares com sentinelas e postos de combate. Isso se chama “Seqüestro de Pessoas Indefesas”.

    Regra Seis – Israel tem o direito de seqüestrar a qualquer hora e em qualquer lugar quantos Palestinos e Libaneses desejar. Atualmente, são mais de 10.000, dos quais 300 são crianças e 1000 são mulheres. Não é necessária qualquer prova de culpabilidade. Israel tem o direito de manter os seqüestrados presos indefinidamente, mesmo que sejam autoridades democraticamente eleitas pelos Palestinos. Isso se chama “Prisão de Terroristas”.

    Regra Sete – Quando se menciona a palavra “Hezbollah”, é obrigatório a mesma frase conter a expressão “apoiado e financiado pela Síria e pelo Irã”.

    Regra Oito – Quando se menciona “Israel”, é proibida qualquer menção à expressão “apoiada e financiada pelos Estados Unidos”. Isso pode dar a impressão de que o conflito é desigual e que Israel não está em perigo existencial.

    Regra Nove – Quando se referir a Israel, são proibidas as expressões “Territórios Ocupados”, “Resoluções da ONU”, “Violações de Direitos Humanos” ou “Convenção de Genebra”.

    Regra Dez – Tanto os Palestinos quanto os Libaneses são sempre “covardes” que se escondem entre a população civil, a qual “não os quer”. Se eles dormem em suas casas com as sua famílias, a isso se dá o nome de “Covardia”. Israel tem o direito de aniquilar com bombas e mísseis os bairros onde eles estão dormindo. Isso chama “Ações Cirúrgica de Alta Precisão”.

    Regra Onze – Os Israelenses falam melhor o Inglês, o Francês, o Espanhol e o Português que os Árabes. Por isso eles e os que os apóiam devem ser mais entrevistados e ter mais oportunidade do que os Árabes para explicar as presentes Regras de Redação (de 1 a 10) ao grande público. Isso se chama de “Neutralidade Jornalística”.

    Regra Doze – Todas as pessoas que não estão de acordo com as Regras de Redação acima expostas são “Terroristas Anti-Semitas de Alta Periculosidade”.

    Fonte : http://www.joildo.net/artigos/doze-regras-de-redacao-da-grande-midia-internacional-quando-a-noticia-e-do-oriente-medio/

  25. A proporcionalidade é
    A proporcionalidade é assim.
    Israel 500 tanques x Hamas 0
    Israel 300 caças x Hamas 0
    Israel 100 helicópteros x Hamas 0
    Israel 30 navios x Hamas 0
    É justo, não é não?

  26. Nassif, vc, como muitos,
    Nassif, vc, como muitos, criticam a tal “desproporcionalidade”. Mas tb vc, como muitos, não dizem claramente o que seria uma reação proporcional. Seria o caso de Israel revidar a cada míssel disparada pelo Hamas, um por um? E no caso de homens-bomba palestinos, o que fazer? E, por fim, lhe pergunto: que país toleraria mais de 2.000 mísseis sem, um dia, reagir?

    Você sugere uma tabela macabra.

  27. Achei esta noticia tao
    Achei esta noticia tao incrivel, por ser colocada dessa forma no dominio publico, que resolvi checar no site do Yahoo. Que esse tipo de coisa acontece rotineiramente e’ o que muita gente pensa; mas que as coisas funcionam assim, exatamente desta maneira, e’ realmente awsome, almost unbelievable. Ai’ esta’ a informacao original que o Idelber havia traduzido para colocar no site dele.

    http://news.yahoo.com/s/afp/20090112/pl_afp/mideastconflictgazaolmertusrice_newsmlmmd

    Rice shame-faced by Bush over UN Gaza vote: Olmert

    JERUSALEM (AFP) – US Secretary of State Condoleezza Rice was left shame-faced after President George W. Bush ordered her to abstain in a key UN vote on the Gaza war, Israeli Prime Minister Ehud Olmert said on Monday.

    “She was left shamed. A resolution that she prepared and arranged, and in the end she did not vote in favour,” Olmert said in a speech in the southern town of Ashkelon.

    The UN Security Council passed a resolution last Thursday calling for an immediate ceasefire in the three-week-old conflict in the Gaza Strip and an Israeli withdrawal from Gaza where hundreds have been killed.

    Fourteen of the council’s 15 members voted in favour of the resolution, which was later rejected by both Israel and Hamas.

    The United States, Israel’s main ally, had initially been expected to voted in line with the other 14 but Rice later became the sole abstention.

    “In the night between Thursday and Friday, when the secretary of state wanted to lead the vote on a ceasefire at the Security Council, we did not want her to vote in favour,” Olmert said.

    “I said ‘get me President Bush on the phone’. They said he was in the middle of giving a speech in Philadelphia. I said I didn’t care. ‘I need to talk to him now’. He got off the podium and spoke to me.

    “I told him the United States could not vote in favour. It cannot vote in favour of such a resolution. He immediately called the secretary of state and told her not to vote in favour.”

    Bush has consistently placed the blame for the conflict on Hamas, telling reporters on Monday that while he wanted to see a “sustainable ceasefire” in Gaza, it was up to Hamas to choose to end its rocket fire on Israel.

    But a US State Department official, speaking on the condition of anonymity, denied Olmert’s claim.

    “Mr. Olmert is wrong,” the official said.

    Even if everything had gone according to plan, “she would have abstained. That was the plan,” said the official. “The government of Israel does not make US policy.”

  28. 1. a Faixa de Gaza (Gueto de
    1. a Faixa de Gaza (Gueto de Gaza, me parece mais apropriado, asim como o de Varsóvia nos anos 40) é na verdade um imensa favela e talvez nossos traficantes estejam mais bem armados e sejam mais perigosos que os militantes do Hamas.

    2. Explicando melhor, em números, os ataques de foguetes caseiros do Hamas (cfe. o jornal Independent do Reino Unido) mataram desde 2001 cerca de 15 (quinze) israelenses, no mesmo período Israel matou 5.000 (cinco mil) palestinos dentro de Gaza (não invadindo território israelense). Lembrando de direito penal, vcs não acham que a reação é desproporcional???

    3. Na atual ofensiva já morreram perto de 900 palestinos, mais de 200 destes eram crianças.

    4. Israel é o quarto exército do mundo, tem os melhores pilotos de caça e as melhores forças especiais do mundo (o Sílvio pode confirmar), tem 200 bombas atômicas e os mísseis e aviões para lançá-las sobre todas as capitais árabes. Já os Palestinos, como disse, são nada mais que favelados (alguém aí viu um vídeo com os tanques de guerra, a artilharia ou os caças dos palestinos – evidente que não, isto não existe). Alguém acredita que o Hamas é efetivamente uma ameaça concreta a sobrevivência de Israel??

    Do exposto, fica claro o papel grotesco da nossa mídia, falam em guerra quando nada mais é do que um massacre, mais ou menos na mesma proporção que veríamos se os EUA resolvessem dar uma “lição” no Paraguai (com a diferença que os paraguaios ao menos teriam bem mais espaço para correr – Gaza, como o Gueto de Varsóvia, é uma ratoeira – quem tiver chance e juízo que fuja, se Israel deixar sair é claro).

    Entre os jornais que mais mentiram no Brasil sobre o ataque ao Gueto de Gaza classificando a coisa de guerra, como se os palestinos efetivamente pudessem causar dano semelhante a Israel, está a Folha de São Paulo.

    Se vc é contra o lançamento de bombas de fragmentação de 250kg sobre escolas e hospitais pode manifestar seu repúdio cancelando sua assinatura da “Folha” e avisar que o fez por que se recusa a ler um jornal que apoia o assassinato de crianças.

  29. Nassif,

    a insistencia em
    Nassif,

    a insistencia em usar paralelos entre a Segunda Guerra e a ação em Gaza é esclarecedora. Eu não gosto disso, pois leva para caminhos errados, mas já que você usou essa comparação, mesmo sem querer ser redundante, que tal essa comparação.

    “Os foguetes do Hamas, mais que armas taticas são armas de propaganda, pois não tem como infligir danos materiais significativos, mas como arma de propaganda tentam provocar o medo nas cidades israelenses ao seu alcance, exatamente como os nazistas faziam quando disparavam foguetes V2 contra Londres”.

    Ou essa outra comparação com a resistencia do Hamas

    “mesmo quando a vitoria militar era impossivel, e a rendição das forças alemãs reduziria o sofrimento do seu povo, os nazistas insistiram em continuar lutando contra os aliados, para que pudessem se manter no poder mais tempo e fugir da justiça de seus crimes”

    por isso que eu digo que comparar Gaza com a SGM e coisa de pessoas que querem comparar os judeus aos nazistas, por mero racismo e não por conhecimento dos eventos.

  30. Ontem o Hamas tirou a farda
    Ontem o Hamas tirou a farda de seus soldados e obrigou os policiais de Gaza a trabalhar com roupas civís. Deu para vocês entenderem? Eles estão combatendo sem fardas, com roupas civís! Entenderam? Os soltados lutam sem fardas, pedindo, exigindo que Israel confunda militares com civís! Deu para entender? Querem que Israel prenda e use impressão digital antes de atirar? Usavam escudos humanos, pricipalmente crianças, até ontem. Hoje transformam todo o povo de Gaza em militares…

  31. Dá para confiar em quem diz
    Dá para confiar em quem diz esses absurdos? Deposita a responsabilidade em Deus!!!

    “Em uma rara aparição pública, um dos principais líderes do grupo fundamentalista na faixa de Gaza, Ismail Haniyeh, fez um pronunciamento dúbio, que refletiu o dilema que o Hamas vive à medida em que aumenta a destruição causada pela ofensiva israelense.
    “Gaza não irá sucumbir, nossa vitória sobre os sionistas está próxima”, disse Haniyeh. “Nosso destino está nas mãos de Deus. Que poder os filhos de Sion podem ter contra Ele? Deus lançará sua vingança.”

    Deus não está nem aí. É como a história dos Orixas na Bahia, se tivessem time o campeonato bahiano terminava empatado.

  32. Nassif, um argumento que tem
    Nassif, um argumento que tem sido muito utilizado entre a comunidade judaica de Porto Alegre, pelo menos da que eu tenho acesso, é: “mas os palestinos não são tão pouco inocentes”. É óbvio, muito menos eu, católico, cheio de pecados, nem por isso Israel e seus apoiadores têm o direito de tentarem me corrigir. O fato de o Hamas não ser composto de anjos mas de gente que defende seus semelhantes, não autoriza ninguém a se divertirem com sangue de crianças. Pode haver degradação maior do que buscar justificativas para o assassinato de 270 crianças? Eu me imagino, com minha filha de um ano e meio passeando em Gaza e de repente ver seu rosto e cabelos papados de sangue provocados por ataque de soldados israelenses, o que faria? Viraria um homem bomba, já que pra mim a vida deixaria de ter sentido sem minha filhinha.

  33. Nassif, um dos pontos a
    Nassif, um dos pontos a considerar nesta discussão sobre a desproporção é o tipo de guerra que se tem em Gaza.
    O Hamas, assim como o Hezbolah, vão para o confronto com Israel, mas sabem que não têm condições de fazê-lo de forma convencional, em campo aberto. Por isso, eles levam a guerra para a zona urbana densamente povoada, pois conhecem as dificuldades para qualquer exército do mundo de combater neste tipo de terreno, onde a luta é rua a rua, casa a casa.
    Para piorar a situação, é sabido que ambos os grupos terroristas montam sua infraestrutura em prédios residenciais e comerciais, o que dá maior proteção e também deixa uma grande quantidade de vítimas civis ao ser atacado, afinal, ao atacar o subsolo de um prédio não há como não atingir parte ou todos os seus outros compartimentos. A não ser que cada prédio fosse tomado, esvaziado e se chegasse ao subsolo, tática que, além implicar em muitas baixas israelenses, não seria adotada por nenhum comandante sóbrio de qualquer exército do mundo.
    Sinceramente, eu acho o argumento da proporcionalidade muito fraco, nenhum país agredido vai responder observando proporções de força, mas vai agir do ponto de vista técnico mais indicado para chegar à vitória .O problema não é a proporcionalidade da reação, mas o tipo de guerra que se trava em Gaza.

  34. Os autores do artigo são
    Os autores do artigo são pessoas decentes, o que aumenta ainda mais o estranhamento: a quem eles ouviram para escrever o texto?

    Certamente não foram os taxistas de Telaviv e seus comentários ácidos. Uri Avnery cita um deles (1):

    “Meu motorista de táxi, em Telaviv, dia desses, pensou em voz alta: Por que não convocam os filhos dos ministros e dos deputados, organizam batalhões e os mandam invadir Gaza por terra?”

    Qual imprensa os autores do texto estão lendo? Trecho da página em inglês do jornal israelense Haaretz (2):

    “ANALYSIS / Neither Israel nor Hamas can be choosy in Gaza

    We can’t accomplish everything we want; in indirect talks with Hamas, we’ll have to take what we can get.”

    Notas:

    (1) http://www.cartamaior.com.br/templates/colunaMostrar.cfm?coluna_id=4062

    (2) http://www.haaretz.com/

  35. Talvez, pela minha idade
    Talvez, pela minha idade (61), eu seja mais tendente a dar razão a Israel, do que ao Hamas (ecos do Holocausto promovido pelos nazis na 2ª G Mundial).

    No caso, tem-se que levar em conta que o número de foguetes, “caseiros” ou não, lançados contra israelenses, é superior a 3 mil, desde que a faixa de Gaza foi desocupada por Israel, em 2005.

    Ante esse fato, cabe uma pergunta: até quando deveria Israel aceitar o abuso de sua paciência pelo Hamas?

    Até quando o Hamas dispusesse de um míssil de maior alcance, que lhe permitisse atingir Telavive, por exemplo? Dotado, quem sabe, de uma ogiva “suja” (explosivo convencional misturado com material radiativo), que matasse o maior número de civis israelenses, tal como os foguetes ditos “caseiros” vêm fazendo?

    Por outro lado, o combate homem-a-homem nas ruas de uma cidade favorece os defensores, com terrível número de mortes entre os atacantes.

    Está aí Stalingrado, a batalha que marcou o início da derrocada nazista, para contar a história.

    Ou mesmo a última batalha – a tomada de Berlim pelos soviéticos, com 100 mil baixas – para que se reflita a respeito da “covardia” que Israel estaria praticando, ao utilizar todos os meios ao seu dispor.

    Por que Israel deveria expor suas tropas a um grande risco de morte no combate homem-a-homem, em território conhecido nos seus mínimos detalhes pelos defensores?

    Quem, no comando, faria isso, se pudesse evitá-lo?

    Só alguém fora do juízo…

  36. Nassif,
    Os comentaristas de
    Nassif,
    Os comentaristas de origem judaica, não estão proagando asneiras.
    Estão é tentando dissimular o XIS da questão, qual seja: a tremenda desproporção que existe entre as forças em combate. Israel tem forças armadas. Os palestinos, não. Quantas bases aéreas têm os palestinos e quantas tem Israel ? Quanto aviões de combate e belonaves, as partes em conflito contabilizam para si ?
    E o principal: quantas bombas atômicas possuem os palestinos e qual a quantidade de artefatos nucleares em poder Israel ? A desproporção esta aí. Não importa se as vítimas são 6 indivíduos ou 6 milhões de pessoas. Está configurando-se o surgimento de um holocausto do povo palestino, na Faixa de Gaza.

  37. Para entender a tal
    Para entender a tal desproporção numa linguagem simples…

    Desproporção no fato:
    Condôminos irresponsáveis do meu pobre “condomínio BNH” jogam rojões no luxuoso condomínio vizinho; e os vizinhos contratam seguranças armados, invadem o meu prédio e promovem uma chacina com metralhadoras, matando crianças e o que vier pela frente. E derrubam prédios do meu condomínio.

    Desproporção nos argumentos e notícias do fato:
    Jornalistas denunciam a carnificina promovida pelos meus vizinhos; outros “jornalistas” chamam os moradores do meu prédio de terroristas; e dizem que os jornalistas que denunciam a chacina são coniventes com o terrorismo. Pois que os moradores do condomínio de luxo praticam legítima defesa.

  38. Nassif,
    Pelas informações
    Nassif,
    Pelas informações que de que todos dispomos, os alemães entraram em guerra com praticamente quase todos os povos, aí incluídos os judeus. Morreram na 2a. guerra cerca de 18 milhões de russos, milhões de japoneses, outro tanto de americanos, franceses, etc. Porque só se dá relevância aos 6 milhões de judeus?

  39. Nassif,permita-me entrar na
    Nassif,permita-me entrar na sua “briga particular”contra o simpaticíssimo Salomão,na sua análise sobre proporção/desproporção,nesta arrastada contenda Israel x Hamas.
    Você tenta o contraponto de que em qualquer batalha,deva haver um certo sentido de proporção de fôrças envolvidas,porem é discutível se este conceito é aplicável nesta batalha do Golias(palestinos fundamentalistas)contra Sansão,que ao contrário da história bíblica,vai terminar com a erradicação por parte de Israel, daquela parte da Cisjordania,na qual o exército israelense está despejando toda a sua fôrça bélica,e da qual certamente não sairá,após domina-la com seus homens e armas. E sinceramente falando: dá pra batalhar com fôrças proporcionais,contra um grupo tão radical e fundamentalista,como estes palestinos do Hamas ? Ora ! tenhamos paciencia ! Estes radicais só sentarão para conversar e tentar uma convivencia senão pacífica,pelo menos de constantes tréguas,quando sentirem que ou aceitam conversar ou serão exterminados impiedosamente,culpa de seu radicalismo.

  40. Neonazionistas, terroristas
    Neonazionistas, terroristas assassinos por natureza

    http://br.noticias.yahoo.com/s/13012009/40/mundo-medicos-denunciam-explosivo-experimental-israel.html
    Médicos denunciam uso de explosivo experimental por Israel em Gaza
    Ter, 13 Jan, 08p7
    Copenhague, 13 jan (EFE).- Os médicos noruegueses Erik Fosse e Mads Gilbert, que passaram 11 dias trabalhando em um hospital da Faixa de Gaza, acusam o Exército de Israel de usar em seus ataques um explosivo de tipo experimental conhecido como Dime (Dense Inert Metal Explosive), informa hoje o jornal “Aftenposten”.
    O Dime é uma mistura de um material explosivo e outro químico como o tungstênio e cujo raio de alcance é relativamente curto, mas muito efetivo.
    Os dois médicos baseiam suas acusações nos corpos mutilados que examinaram durante seu trabalho no hospital de Shifa e que, segundo eles, mostram “claros indícios” de terem sido atacados com esse explosivo.
    “Há uma forte suspeita de que Gaza está sendo usada como laboratório de testes para novas armas”, disse Gilbert.
    Fotos de corpos de palestinos com ferimentos que teriam sido causados por Dime foram enviadas a um centro em Tromso, no norte da Noruega, que, em uma primeira análise, deu razão aos médicos.
    Gilbert e Fosse retornaram ontem pela tarde a Oslo procedentes de Gaza, aonde chegaram antes do Ano Novo.
    Os dois colocaram em dúvida os dados de alguns meios de comunicação ocidentais e denunciaram que o alvo prioritário dos ataques israelenses era a população civil, além de considerar esta invasão pior que a de 1982 no Líbano, onde então também atuaram como médicos. EFE

  41. Já morei na Faixa de Gaza
    Já morei na Faixa de Gaza paulistana, ali no Higienópolis, nos baixos da alameda Barros na direção do minhocão. Convivência pacifica dos “brimos” judeus, árabes e católicos. Respeito à pessoa, tolerância cultural e religiosa, civilidade ante as barbáries, as barbies e os barbudos com chapéu. Muito legal! Me sentia na Al-Andalus das Três Culturas, entre o sec. VIII e o sec. X, na Península Ibérica sob domínio muçulmano.
    Há relatos históricos de um Nunes e Amorim, um Berzoini, metidos à besta, um Stanislaw, criolo doido, então, já naqueles tempos medievos…

  42. Faltou as pessoas dizerem o
    Faltou as pessoas dizerem o que acontecia com os que se rendiam aos nazistas, os americanos, franceses e ingleses foram muito bem tratados agora os russos, poloneses, judeus etc foram exterminados, falta pouco para Israel travar uma guerra de exterminio pura e simples.

  43. É muito simples: pergunto a
    É muito simples: pergunto a esses sionistas que não enxergam um palmo a frente do nariz sem serem parciais?
    E se fosse o contrário? Se fossem gentios, pagãos que tivessem cercado um bairro ou cidade judia, cortassem água, luz, alimentos, gás, probissem a saída de todos judeus terroristas, todos indistintamente seriam judeus terroristas, velhos, jovens, crianças, mulheres, cães e gatos?
    Depois de cercados e totalmente sitiados eles seriam severamente bombardeados, todos os terroristas, velhos, jovens, crianças, todos… tudo seria alvo: escolas, comboios de alimentos, ambulâncias, residências… afinal são todos judeus terroristas!
    Alguém vai agora falar, mas isso já aconteceu, é um ato heróico da história da resistência ao nazismo, ou seja, o levante do gueto de Varsóvia.
    Dá pra perceber como é parcial a visão sionista?

  44. O ponto fulcral dessa
    O ponto fulcral dessa argumentação, que se vê repetida de uma forma ou de outra em toda imprensa internacional é: “As ações de Israel têm justificativa, Estão há anos sendo atacados pelos foguetes do Hamas”.

    Aos palestinos do Hamas, porém, nega-se qualquer justificativa.

    Nasceram e cresceram em campos de refugiados? Não justifica.

    Seus pais nasceram na atual Israel (no caso de Gaza, a atual Ashkelon). Foram expulsos ou fugiram do terror judaico que promoveu massacres em 40 vilas palestinas? Não justifica.

    A Israel não interessa qualquer demanda palestina. Destroem casas hospitais, escolas e ruas? Não justifica.

    Ao contrário do caso China e Tibet, Israel jamais investiu um sheqel para construir nada nos territórios, além de cercas e guaritas? Não justifica.

    Ao contrário do caso China e Tibet, Israel não quer os palestinos, somente suas terras? Não justifica.

    Israel prende palestinos sem ordem judicial e os tortura sistematicamente? Não justifica.

    Árabes de Israel sofrem uma tal discriminação que, se 1/10 disso ocorresse contra judeus em qualquer lugar, a imprensa internacional faria um (justo, aliás) escândalo? Não justifica.

    O que justifica os ataques do Hamas é o fato de serem uns IMBECIS RADICAIS QUE ACREDITAM QUE SUA MORTE SERÁ RECOMPENSADA COM NÃO SEI QUANTAS VIRGENS NO PARAÍSO!

  45. Até onde sei, a
    Até onde sei, a proporcionalidade é um conceito chave no direito moderno. A crueldade para a exibição pública nos suplícios, aplicadas como penas criminais até o século 18 foi substituído por uma pena que guarda proporção com o delito cometido. Isso é Foucault básico, Vigiar e Punir.
    A própria Lei de Talião, “o olho por olho, dente por dente” guarda uma relação de proporcionalidade. isso quer dizer, por exemplo, que se alguém da outra tribo matar alguém da sua tribo, você tem o direito de matar outra pessoa da tribo que lhe causou dano. Mas não é permito que você mate mais de um. É proibido que você mate a tribo toda. Isto é, um cá um lá, proporção.
    Acho que isso mostra uma espécie de involução cultural. Os hobreus do passado eram mais racionais que os de hoje.
    Por outro lado, devemos lembrar da estratégia do “shock and awe” (http://www.dodccrp.org/files/Ullman_Shock.pdf) utilizado pelos EUA no Iraque.

  46. Acho que o Alexandre Meloni
    Acho que o Alexandre Meloni não entendeu o Emílio GF, leia o texto novamente Alexandre.

    Eu, de minha parte, fico com uma reflexão de José Saramago:

    “Israel fez suas as terríveis palavras de Jeová no Deuteronómio: “Minha é a vingança, e eu lhes darei o pago”. Israel quer que nos sintamos culpados, todos nós, directa ou indirectamente, dos horrores do Holocausto, Israel quer que renunciemos ao mais elementar juízo crítico e nos transformemos em dócil eco da sua vontade, Israel quer que reconheçamos de jure o que para eles é já um exercício de facto: a impunidade absoluta. Do ponto de vista dos judeus, Israel não poderá nunca ser submetido a julgamento, uma vez que foi torturado, gaseado e queimado em Auschwitz. Pergunto-me se esses judeus que morreram nos campos de concentração nazis, esses que foram trucidados nos pogromes, esses que apodreceram nos guetos, pergunto-me se essa imensa multidão de infelizes não sentiria vergonha pelos actos infames que os seus descendentes vêm cometendo. Pergunto-me se o facto de terem sofrido tanto não seria a melhor causa para não fazerem sofrer os outros.
    As pedras de David mudaram de mãos, agora são os palestinos que as atiram. Golias está do outro lado, armado e equipado como nunca se viu soldado algum na história das guerras, salvo, claro está, o amigo norte-americano. Ah, sim, as horrendas matanças de civis causadas pelos terroristas suicidas… Horrendas, sim, sem dúvida, condenáveis, sim, sem dúvida, mas Israel ainda terá muito que aprender se não é capaz de compreender as razões que podem levar um ser humano a transformar-se numa bomba.”

  47. Polêmica recente no jornal
    Polêmica recente no jornal Guardian entre dois religiosos judeus:

    http://www.guardian.co.uk/commentisfree/2009/jan/12/judaism-gaza-israel-halachah

    Trecho: “The Halachah is crystal clear. It is entirely legitimate to kill a rodef – that is to say, one who endangers the life of another – and this is true, incidentally, even if the rodef has not yet actually taken another life. So the Judaism that I practise permits what is generally referred to as “pre-emptive” military action.
    In this particular case, the ruling power, Hamas, has advertised (in its charter) that its mission is to kill Jewish people. Therefore every member and supporter of Hamas may be considered a rodef.
    What precise kind of pre-emptive military action might one take? A great deal has been said about “proportionality”. This may be a Christian idea, but thankfully it is certainly not a Jewish one.”

    Pra resumir: ” A noção de proporcionalidade na guerra é totalmente estranha a Lei judaica, é uma “invenção !!??” do Cristianismo.”

  48. Foi publicado na mesma Folha
    Foi publicado na mesma Folha na qual o idiota do repórter ou coisa que o valha chama de patética a ação do governo brasileiro e que é apenas diplomacia de fachada. Patética é a Folha. Lixo da primeira à última página.

  49. Os neocons brasileiros
    Os neocons brasileiros sofismam demais. E o pior é que acho que muitos o fazem, não por convicção, mas por visibilidade.

    O Alberto Dines, num artigo recente para o OI, e a Maria Inês Nassif, num outro belíssimo artigo para o Valor, nos lembram que as comunidades árabes e judaicas sempre viveram em paz no Brasil, mesmo quando solidárias com seus correligionários de além-mar.

    Me chateio quando vejo certos editores e articulistas, com o suposto argumento de “mostrar o outro lado”, semeando a cisânia e aumentando os ressentimentos. É um comportamento inconsequente, tardiamente juvenil.

    O papel da imprensa, especificamente nesse caso, não é trazer o conflito para o Brasil. Não precisamos disso. Precisamos entender as causas, a verdade factual e as soluções possíveis.

  50. Ora Emílio GF.

    Para com
    Ora Emílio GF.

    Para com asneiras. Essa lorota de que eles vão atrás de virgens no paraíso é conversa pra boi dormir. É propaganda para desqualificar os palestinos. tenha dó!

    Imbecil, pra mim, é quem não quer enxergar a verdade diante dos fatos! Basta ver um tal de hitler, que dizia aos alemães que venceriam a guerra, mesmo com os russos e americanos nas portas de Berlin. Só mesmo uma besta lunática para justificar mortes de inocentes!

    Realmente os pró-israel, os pró-massacre dos palestinos, são umas …. Desculpe, Nassif, e demais Debatedores (com “D” maiúsculo). Mas não está dando mais para segurar ao ver tanta cegueira a racismo! A palavra é aquela que cabe ao hitler!

    Como os pró-sionistas distorcem os fatos e como batem sempre nas mesmas falsas teclas! Haja paciência. Realmente eles não têm argumentos nem ao menos razoáveis. Por isso, sempre batem nas mesmas teclas!

  51. Ora Emílio GF.

    Pare com
    Ora Emílio GF.

    Pare com asneiras. Essa lorota de que eles vão atrás de virgens no paraíso é conversa pra boi dormir. É propaganda para desqualificar os palestinos. Tenha dó! Ninguém se mata para ir atrás de virgens no paraíso. Quem se mata toda uma atitude radical gerada pela desesperança.

    A maioria dos homens-bomba são de pessoas que perderam parentes ou tiveram suas casas destruídas a confiscadas (roubadas) por israel. Estão cansados da omissão mundial ao massacre, humilhação e roubos constantes promovidos por israel.

    Imbecil, pra mim, é quem não quer enxergar a verdade diante dos fatos! Basta ver um tal de hitler, que dizia aos alemães que venceriam a guerra, mesmo com os russos e americanos nas portas de Berlin. Só mesmo uma besta lunática para justificar mortes de inocentes!

    Realmente os pró-israel, os pró-massacre dos palestinos, são umas …. Desculpe, Nassif, e demais Debatedores (com “D” maiúsculo). Mas não está dando mais para segurar ao ver tanta cegueira a racismo! A palavra é aquela que cabe ao hitler!

    Como os pró-sionistas distorcem os fatos e como batem sempre nas mesmas falsas teclas! Haja paciência. Realmente eles não têm argumentos nem ao menos razoáveis. Por isso, sempre batem nas mesmas teclas!

  52. Por mais que tentem, jamais
    Por mais que tentem, jamais conseguirão esconder do mundo que é uma guerra de extermínio, com Israel colocando-se à disposição para ser usado como arma de guerra convencional do estados unidos. Proporção? – sim! podemos dizer que existe, mas desta forma ó : o ignorante israel mente muito, e extermina o povo palestino à proporção !!!

  53. Resumindo, as favas os
    Resumindo, as favas os mortos, f… as vítimas, porque nos atacam temos o direito de aniquilar, varrer da face da Terra esse povo “chato” e que insiste em não morrer.
    Israel esta praticando um crime de guerra!
    É necessário um basta!

  54. E o artigo do filósofo de
    E o artigo do filósofo de meia pataca, piada em toda a Paris culta, Bernard-Henry Lévy, chantre do sionismo, na página do UOL? Uma vergonha do início ao fim.

  55. A respeito, Nassif, veja que
    A respeito, Nassif, veja que texto maravilhoso do Saramago, domingo passado.

    “Imaginemos que, nos anos trinta, quando os nazis iniciaram a sua caça aos judeus, o povo alemão teria descido à rua, em grandiosas manifestações que iriam ficar na História, para exigir ao seu governo o fim da perseguição e a promulgação de leis que protegessem todas e quaisquer minorias, fossem elas de judeus, de comunistas, de ciganos ou de homossexuais. Imaginemos que, apoiando essa digna e corajosa acção dos homens e mulheres do país de Goethe, os povos da Europa desfilariam pelas avenidas e praças das suas cidades e uniriam as suas vozes ao coro dos protestos levantados em Berlim, em Munique, em Colónia, em Frankfurt. Já sabemos que nada disto sucedeu nem poderia ter sucedido. Por indiferença, apatia, por cumplicidade táctica ou manifesta com Hitler, o povo alemão, salvo qualquer raríssima excepção, não deu um passo, não fez um gesto, não disse uma palavra para salvar aqueles que iriam ser carne de campo de concentração e de forno crematório, e, no resto da Europa, por uma razão ou outra (por exemplo, os fascismos nascentes), uma assumida conivência com os carrascos nazis disciplinaria ou puniria qualquer veleidade de protesto.

    Hoje é diferente. Temos liberdade de expressão, liberdade de manifestação e não sei quantas liberdades mais. Podemos sair à rua aos milhares ou aos milhões que a nossa segurança sempre estará assegurada pelas constituições que nos regem, podemos exigir o fim dos sofrimentos de Gaza ou a restituição ao povo palestino da sua soberania e a reparação dos danos morais e materiais sofridos ao longo de sessenta anos, sem piores consequências que os insultos e as provocações da propaganda israelita. As imaginadas manifestações dos anos trinta seriam reprimidas com violência, em algum caso com ferocidade, as nossas, quando muito, contarão com a indulgência dos meios de comunicação social e logo entrarão em acção os mecanismos do olvido. O nazismo alemão não daria um passo atrás e tudo seria igual ao que veio a ser e a História registou. Por sua vez, o exército israelita, esse que o filósofo Yeshayahu Leibowitz, em 1982, acusou de ter uma mentalidade “judeonazi”, segue fielmente, cumprindo ordens dos seus sucessivos governos e comandos, as doutrinas genocidas daqueles que torturaram, gasearam e queimaram os seus antepassados. Pode mesmo dizer-se que em alguns aspectos os discípulos ultrapassaram os mestres. Quanto a nós, continuaremos a manifestar-nos”.

  56. A atual conta de mortos civis
    A atual conta de mortos civis em Gaza já supera a dos masssacres punitivos emblemáticos da Segunda Guerra executados pelos amlemães.. Em Oradour-sur-Glane a 2ª Divisão SS “Das Reich” liquidou com 642 civis, a maioria mulheres e crianças, em represalia a ções da Resistência. Em Lidice, na Tchecoslovaquia, o massacre para vingar o atentado a Reinhard Heydrich custou a vida de 340 civis. Na Guerra Civil Espanhola, a Legião Condor, unidade aerea alemã, comandada por Hugo Sperrle, arrasou Guernica, produzindo a morte de 600 civis.
    Nessas manifestações da diaspora, fiquemos com a representação humanistica da valorosa cultura judaica, que nos deu Marx, Freud e Einstein., as vozes de Gideon Levy, principal editorialista do “Haaretz”, jornal simbolo de Israel, de Naomi Klein, ilustre escritora canadense, de Naom Chomsky, celebre linguista, , de Norman Finkenstein, escritor americano, todos condenando essa ação de uma direita militar destemperada que choca o mundo.
    Lembremos as grandes mudanças demograficas ocorridas em Israel desde a fundação do Estado em 1948. No passado estão os descendentes da elite do judaismo europeu, dos alemães, franceses e austriacos. que foram os pais intelectuais da ideia sionista.
    Foram largamente superados primeiro pelos safaraditas, judeus da Siria, do Libano, do Egito, da Africa do Norte, do Iraque, muito menos cultos e que nada representavam em termos de uma visão humanista judaica. Depois da queda da URSS ocorreu um grande influxo de judeus da Europa do Leste e especialmente da Russia, mais belicosos, acostumados a regimes autoritários, que fortaleceram substancialmente os partidos da direita , enfraquecendo o lado laico, humanista, de esquerda e mais propenso a um Estado palestino, que era a ideia original de 1948.
    Enquanto agora o Hamas é apontado como a raiz do conflito, lembremos que até há poucos anos não existia o Hamas e nem porisso os palestinos conseguiram resultado melhor.. Com ou sem Hamas o destino dos palestinos parece traçado, devem sair do territorio onde foi outrora a Palestina e se virar pelo mundo, todos os atos e passos de Israel caminham nessa direção desde 1948 e só quem pode decidir em contrário são os EUA, que até agora não deram qualquer sinal que o queiram.

  57. Carta a Obama: uma paz justa
    Carta a Obama: uma paz justa é possível

    Carta de Uri Avnery (ex-deputado do Knesset e soldado que ajudou a fundar Israel em 1948) a Barack Obama, enviada no final de Dezembro (via Sem Muros):

    “1) No que se refere à paz israelo-árabe, o senhor deve agir desde o primeiro dia.
    2) As eleições em Israel realizam-se em Fevereiro de 2009. O senhor pode ter um impacto indirecto, mas importante e construtivo já no começo, anunciando sua determinação inequívoca de conseguir paz israelo-palestiniana, israelo-síria e israelo-pan-árabe, em 2009.
    3) Infelizmente, todos os seus predecessores desde 1967 jogaram duplamente. Apesar de terem falado de paz da boca para fora e, por vezes, terem realizado gestos que revelaram algum esforço nessa direcção, na prática apoiavam os nossos governos no seu movimento contrário a esse esforço. Particularmente, deram aprovação tácita à construção e ao crescimento dos colonatos de Israel nos territórios ocupados da Palestina e da Síria, cada um dos quais é uma mina subterrânea na estrada da paz.
    4) Todos os colonatos são ilegais à luz da lei internacional. A distinção, que por vezes é feita, entre postos “ilegais” e os outros assentamentos é pura propaganda para mascarar essa simples verdade.
    CONTINUAR A LER NO LINK EM BAIXO
    5) Todos os colonatos desde 1967 foram construídos com o objectivo expresso de tornar um Estado Palestiniano – e portanto a paz – impossível, ao picotar em faixas o projectado Estado. Praticamente todos os departamentos de governo e o exército têm ajudado, aberta ou secretamente, a construir, consolidar e aumentar os colonatos, como confirma o relatório preparado para o governo pela advogada Talia Sasson.
    6) Nesta altura, o número de colonos na Cisjordânia já chegou a cerca de 250.000 pessoas (além dos 200.000 colonos da Grande Jerusalém, cujo estatuto é um pouco diferente). Eles encontram-se politicamente isolados e, por vezes, são detestados pela maioria do público israelita, mas desfrutam de apoio significativo nos ministérios e no exército.
    7) Nenhum governo israelita ousaria confrontar a força material e política concentrada dos colonatos. Esse confronto exigiria uma liderança muito forte e o apoio generoso do Presidente dos Estados Unidos para que pudesse ter qualquer hipótese de sucesso.
    Na ausência disso, todas as “negociações de paz” são uma farsa. O governo israelita e seus apoiantes nos Estados Unidos já fizeram tudo o que é possível para impedir que as negociações com os palestinianos ou com os sírios cheguem a qualquer conclusão, por causa do medo de enfrentar os colonos e seus aliados. As actuais negociações de “Annapolis” são tão vazias como as precedentes. Cada lado finge por interesses políticos próprios.
    9) A administração Clinton, e ainda mais a administração Bush, permitiram que o governo israelita mantivesse o fingimento. É, portanto, imperativo que se impeça que os membros dessas administrações desviem o que será a sua política para o Oriente Médio na direcção dos velhos canais.
    10) É importante que o senhor comece de novo e o diga publicamente. Ideias desacreditadas e iniciativas falidas – como a “visão” de Bush, o “road map”, Annapolis e coisas do tipo – devem ser lançadas para a lata do lixo da história.
    11) Para começar de novo, o alvo da política norte-americana deve ser dito clara e sucintamente: atingir uma paz baseada numa solução bi-estatal dentro de um prazo limitado de tempo (digamos, o fim de 2009).
    12) Deve-se assinalar que este objectivo se baseia numa reavaliação do interesse nacional norte-americano, de remover o veneno nas relações muçulmano-americanas e árabo-americanas, fortalecer os regimes dedicados à paz, derrotar o terrorismo da Al-Qaeda, terminar as guerras do Iraque e do Afeganistão e atingir uma acomodação viável com o Irão.
    O acordo
    13) Os termos da paz israelo-palestiniana são claros. Já foram cristalizados em milhares de horas de negociações, colóquios, encontros e conversas. São eles:
    a) estabelecer-se-á um Estado da Palestina soberano e viável lado a lado com o Estado de Israel.
    b) A fronteira entre os dois estados deve basear-se na linha de armistício de 1967 (a “Linha verde”). Alterações não substanciais poderão ser feitas por concordância mútua numa troca de territórios na base 1 por 1.
    c) Jerusalém Oriental, incluindo o Haram-al-Sharif (o “Monte do Templo”) e todos os bairros árabes servirão como capital da Palestina. Jerusalém Ocidental, incluindo o Muro Ocidental e todos os bairros judeus, servirão como capital de Israel. Uma autoridade municipal conjunta, baseada na igualdade, poderia ser estabelecida por aceitação mútua, para administrar a cidade como unidade territorial.
    d) Todos os colonatos de Israel – excepto aqueles que possam ser anexados no marco de uma troca consensual – serão esvaziados (veja-se o ponto 15, mais abaixo)
    e) Israel reconhecerá o princípio do direito de retorno dos refugiados.
    Uma Comissão Conjunta de Verdade e Reconciliação, composta por palestinianos, israelitas e historiadores internacionais estudará os factos de 1948 e 1967 e determinará quem foi responsável por cada coisa. Cada refugiado, individualmente, terá a escolha de 1) repatriação para o Estado da Palestina; 2) permanência onde estiver agora, com compensação generosa; 3) retorno e reassentamento em Israel; 4) migração para outro país, com compensação generosa. O número de refugiados que regressarão ao território de Israel será fixado por acordo mútuo, entendendo-se que nada se fará para, materialmente, alterar a composição demográfica da população de Israel. As volumosas verbas indispensáveis à implementação desta solução devem ser fornecidas pela comunidade internacional, no interesse da paz planetária. Isto economizaria muito do dinheiro gasto hoje militarmente e dos presentes dos EUA.
    f) A Cisjordânia, Jerusalém Oriental e a Faixa de Gaza constituirão uma unidade nacional. Um vínculo extra-territorial (estrada, túnel ou ponte) ligará a Cisjordânia e a Faixa de Gaza.
    g) Israel e Síria assinarão um acordo de paz. Israel recuará até à linha de 1967 e todos os colonatos dos montes Golã serão desmantelados. A Síria interromperá todas as actividades anti-Israel, conduzidas directa ou indirectamente. Os dois lados estabelecerão relações normais.
    h) De acordo com a Iniciativa Saudita de Paz, todos os membros da Liga Árabe reconhecerão Israel e terão com Israel relações normais. Poder-se-ão considerar conversações sobre uma futura União do Oriente Médio, no modelo da União Europeia, possivelmente incluindo a Turquia e o Irão.
    14) A unidade palestiniana é essencial. A paz feita só com uma parte da população de nada vale. Os Estados Unidos facilitarão a reconciliação palestiniana e a unificação das estruturas palestinianas. Para isso, os EUA terminarão com o seu boicote ao Hamas (que ganhou as últimas eleições), iniciarão um diálogo político com o movimento e sugerirão que Israel faça o mesmo. Os EUA respeitarão quaisquer resultados de eleições na Palestina.
    15) O governo dos EUA ajudará o governo de Israel a enfrentar o problema dos colonatos. A partir de agora, os colonos terão um ano para deixar os territórios ocupados voluntariamente, em troca de compensação que lhes permita construir os seus lares dentro de Israel. Depois disso, todos os colonatos serão esvaziados, excepto aqueles que ficarem nas áreas anexadas, por troca, a Israel, à luz do acordo de paz.
    16) Sugiro ao senhor, como Presidente dos Estados Unidos, que venha a Israel e se dirija ao povo israelita pessoalmente. Não só no pódio do parlamento, mas também num comício de massas na Praça Rabin em Telavive. O Presidente Anwar Sadat, do Egipto, veio a Israel em 1977 e, ao dirigir-se ao povo de Israel directamente, mudou em tudo a atitude em relação à paz com o Egipto. No momento, a maioria dos israelitas sente-se insegura, incerta e temerosa de qualquer iniciativa ousada de paz, em parte graças à desconfiança de qualquer iniciativa que venha do lado árabe. A sua intervenção neste momento crítico, poderia, literalmente, fazer milagres, ao criar a base psicológica para a paz.”

  58. Incrível. Em 1998 eu estava
    Incrível. Em 1998 eu estava em Londres quando nosso professor de inglês pediu que fôssemos à rua conversar e entrevistar alguns ingleses sobre o que achavam do nosso país. Lembro que na minha sala havia pelo menos oito pessoas de origens variadas. Brasileiros, colombianos, poloneses, suecos, italianos etc. Quando me aventurei na rua para treinar meu rocambólico inglês, me deparei com uma senhora e perguntei o que ela sabia do Brasil. Eis que a dita me responde que acha o Brasil perigoso, pois as pessoas desaparecem. Isso mesmo, as pessoas desaparecem. Somem. Ela vira alguma reportagem onde foram relatados casos de pessoas que sumiram e que seu paradeiro nunca fora revelado por investigação ou mediunidade. Fato que não importa em si, mas que revela as impressões de quem está a milhares de quilômetros e dezenas de anos distantes do epicentro do problema. Ficamos aqui, brasileiros, simpatizantes da causa palestina ou judáica (judia?), tecendo comentários acerca do que não sabemos, mas sim do que compramos. Hoje tá mais fácil saber o que os grandes jornais do Brasil querem dizer em matérias oligofrênicas sobre economia ou política, mas não sei o que quer dizer a imprensa ocidental sobre o conflito no oriente-médio. Sinto, mas a distância geográfica e temporal não nos permite saber sobre o que se passa naquele lado do mundo. Em ano de eleições coisas estranhas acontecem em todo lugar, na Bahia, em Washington e em Israel. Mas isso é mais uma especulação. O importante é que o que nós podemos fazer. O governo pode e deve se manifestar. Discorda da desproporção da guerra ou invasão. Como queiram. Eu, aqui de longe, acho que todos podem estar errados. A única certeza é a de que os sinos continuam dobrando por todos nós.

  59. BDS – Boicote,
    BDS – Boicote, Desinvestimento e Sanções – Foi assim que o apartheid (apoiado por usa e israel) caiu de podre.

    Em julho de 2005, uma grande coalizão de grupos palestinos começou a traçar planos para fazer justamente isso. Fizeram um chamamento às “pessoas de consciência de todo o mundo para impor amplos boicotes e adotar contra Israel iniciativas de “desinvestimento” similares às adotadas contra a África do Sul na época do apartheid. Nasceu assim a campanha “Boicote, Desinvestimento e Sanções” (BDS).

    Cada dia mais que Israel arrasa Gaza, mais pessoas aderem à causa do BDS e as declarações de cessar-fogo não diminuem o ritmo desse movimento. A campanha de boicote a Israel está começando a receber apoios inclusive entre os israelenses. Em pleno ataque a Gaza, cerca de 500 israelenses, dezenas deles conhecidos artistas e intelectuais, enviaram uma carta aos embaixadores estrangeiros sediados em Israel. Nela, faziam um chamamento para “a imediata adoção de medidas restritivas e sanções” e estabeleciam um claro paralelismo com a luta anti-apartheid. “O boicote contra a África do Sul foi eficaz, mas Israel vem sendo tratada com luvas de seda (…) Este apoio internacional deve cessar”.

  60. Nassif,

    O discurso neocon
    Nassif,

    O discurso neocon também apregoa que o Hamás é tão somente um grupo terrorista, sendo que, antes de mais nada, o Hamás representa uma organização legítima, que sempre teve uma preocupação social e sempre atuou em prol do bem do povo de Gaza, como frisou um ex-chanceler israelense em recente entrevista para a FSP. O Hamás tem o seu braço armado, assim como a OLP tinha o seu também; e, mesmo, Israel, quando do início da colonização da palestina. O que não quer dizer que o Hamás não tem culpa pelos atos de terror praticados por parte de seus combatentes.

    Outra máxima do discurso neocon é o uso dos tais escudos humanos. Se os guerrilheiros do Hamás se escondem em prédios ou escombros, se valem de escudos humanos!! É uma grande bobagem! Será que esses detratores gostariam que os guerrilheiros do Hamás se mostrassem em alguma área aberta à mercê das miras israelenses?

    Como você bem frisou a desproporção é medida pelo número de baixas nos dois lados. Diria, também, que a desproporção se torna mais do que evidente, quando vemos os estragos que fazem os foguetes lançados pelo Hamás, uma pequena cratera de meio metro de diâmetro; e os escombros, do tamanho de um quarteirão, resultantes dos bombardeios israelenses.

  61. Mais uma tentativa de
    Mais uma tentativa de explicação de proporcionalidade:

    (a) O filho de alguém é preso por roubar uma maça. É condenado a 60 dias de prisão. Poderia, de acordo com o raciocínio isolado de alguns, ser condenado à morte. Ué, azar o dele, não é mesmo? Quem mandou cruzar o caminho de um juiz radical?

    (b) O traficante de drogas procurado há muito tempo é finalmente encontrado no morro. A polícia troca tiros com o bandido e o mata. Também mata a mulher do traficante, seus três filhos, sua mãe e seu avô. Depois, manda vir um trator e derruba a casa do sujeito. E pra terminar, diz para a imprensa que quem causou a morte da mulher, seus três filhos, sua mãe e seu avô, e derrubou a casa dele, foi ele, o traficante. E o pior, tem imprensa que publica isso.

    (c) O comerciante/doutor inteligente que freqüenta o Blog do Nassif é pego oferecendo um serviço ou um produto sem nota fiscal. A Receita Federal faz uma diligência até a casa do sujeito, no meio da madrugada, mata ele e a família. Ora, para que proporcionalidade? Afinal, quem manda ele se deparar com homens da lei tão eficientes?

    (d) O filho tem nota ruim na escola. O pai sem noção de proporcionalidade faz o que, dá uma bronca? Conversa com o filho? Que nada, quebra os dentes do garoto.

  62. Nassif, mesmo sendo
    Nassif, mesmo sendo agnóstico, julgo ser importante divulgar o manifesto que se encontra no site dos judeus ortodoxos NETUREI KARTA,

    http://nkinportuguese.blogspot.com/

    pois mesmo sendo religiosos, têm uma postura justa em relação à violência monstruosa dos sionistas.

    Neturei Karta

    Judaísmo versus Sionismo

    O judaísmo acredita num só Deus, O qual revelou a Torah. Defende a providência Divina e, de acordo com esta, vislumbra o exílio dos judeus como sendo um castigo causado pelos seus pecados. A redenção poderá ser obtida apenas pela penitência e pela oração. O judaísmo apela a todos os judeus que obedeçam integralmente à Torah, incluindo o mandamento que os obriga a serem cidadãos patriotas.
    O sionismo rejeita o Criador, a Sua revelação, as Suas oferendas e a Sua penitência. Entre os seus frutos encontramos a perseguição do povo palestino bem como a ameaça física e espiritual em que coloca o povo judeu. Encoraja a traição e a dupla lealdade entre os ingénuos judeus espalhados pelo mundo. O sionismo encara, de raiz, a realidade como algo estéril e desprovido de santidade. É uma antítese ao judaísmo da Torah.
    Existe uma vil mentira que persegue o povo judeu por todo o globo. Uma mentira tão hedionda e tão distante da verdade que só ganhou popularidade devido à cumplicidade de forças poderosas existentes na comunicação social e no aparelho educativo do “sistema”.
    É uma mentira que trouxe um sofrimento sem antecedentes a muitas pessoas inocentes e que se não for rebatida tem o potencial de dar origem a uma tragédia extraordinária no futuro.
    É a mentira que afirma que o judaísmo e o sionismo são idênticos.
    Nada poderia estar mais longe da verdade.
    O judaísmo é a crença nas revelações do monte Sinai. É a crença de que o exílio é o castigo originado pelos pecados judeus.
    O sionismo tem vindo a negar, há mais de um século, as revelações de Sinai. Acredita que se pode dar por terminado o exílio judaico por meio da agressão militar.
    O sionismo passou o último século a expulsar estrategicamente o povo palestino. Ignorou as suas justas argumentações e sujeitou-os à perseguição, à tortura e à morte.
    Judeus seguidores da Torah por todo o mundo encontram-se chocados e penitenciam-se por este breve dogma de irreligiosidade e de crueldade. Milhares de santos e de catedráticos da Torah condenam este movimento desde o seu surgimento. Sabiam que as anteriores boas relações entre os judeus e os muçulmanos na Terra Santa estavam destinadas a ser afectadas pelo avanço do sionismo.
    O proclamado “Estado de Israel” mantém-se rejeitado em fundamentos religiosos com base na Torah. A sua monstruosa insensibilidade para com as leis mais básicas da decência e da justiça chocam qualquer ser humano, seja ou não judeu.
    Nós da Neturei Karta temos estado na frente da batalha contra o sionismo há mais de um século.
    A nossa presença serve para refutar a mentira basilar de que o mal, que é o sionismo, de algum modo representa o povo judeu.
    O que sucede é o oposto.
    Entristecemos todos os dias com a terrível contagem de mortes que emana da Terra Santa. Nenhuma delas teria ocorrido se o sionismo não tivesse soltado as suas energias maléficas sobre o mundo.
    Como judeus temos o dever de viver pacificamente e em harmonia com todos os homens. É-nos pedido que sejamos cidadãos tementes à lei e patriotas em todas as terras.
    Condenamos as actuais atrocidades sionistas levadas a cabo na Terra Santa. Ansiamos pela paz baseada no respeito mútuo. Estamos convencidos de que este respeito mútuo está condenado a não existir enquanto existir um Estado israelita. Ansiamos pela sua abolição de um modo pacífico.
    Que possamos ser dignos da verdadeira redenção quando todos os homens se unam irmãmente em Sua adoração.

  63. LUCROS,

    A razão maior de
    LUCROS,

    A razão maior de todas as guerras foi, é e sempre será o lucro. Terras fertéis, recursos minerais e, acima de tudo, venda de armas.
    Toda a discussão ética, filosófica, estratégica, ideológica serve como cobertura para o negócio bilionário do comércio mundial de armamentos. O complexo industrial militar sem pátria elege governos conservadores, independente dos nomes dos partidos, dos países, com o compromisso destes em fomentarem guerras pelo mundo.
    O unilateralismo da politica externa norte-americana (neocons) é a radicalização dos negócios da guerra. Iraque, Afeganistão, Geórgia, as matanças tribais sem fim na África. Israel e seu povo também fazem parte do pacote, como xerife do oriente médio, gerdame das reservas de petróleo da região. O povo de Israel é vítima, inocente útil do seu governo neocon.
    E os palestinos?
    Os 1000 mortos palestinos valem, depois de 18 dias de operação militar ao custo de 1/2 bilhão de dólares que Israel gasta por dia – façamos a conta:
    18 x 0,5BI = 9BI / 1000 = US$9.000.000,00 cada um.
    E quem recebe esse dinheiro?
    As guerras devem ser vistas e repudiadas pelo que elas, em essência, são: Negócios lucrativos.
    “Aqui estão as nações, a se lançar aos pescoços umas das outras como cães… e a arte, a indústria, o comércio, a liberdade individual, a própria vida são taxadas para sustentar monstruosas máquinas de morte.”
    John Reed sobre a 1º Guerra Mundial.

    Marroni

  64. Tudo de ruim que se fala em
    Tudo de ruim que se fala em relação à guerra, esta ou qualquer outra, é verdade. As guerras tem de ser evitadas e ter as perdas que causa, principalmente humanas, o mais possível minimizadas. Há, de fato, uma desproporção entre o poder de Israel e dos terroristas do Hamas. Aliás não é por outra razão que o Hamas faz uso da tática dos mais fracos, seja a guerrilha seja o terrorismo. Agora bem, isto posto, todas as questões sobre o conflito árabe-israelense ou palestino-israelense não serão completamente honestas se não levarem em conta explicitamente, como um fator dos mais importantes, senão o mais importante, um dado em particular: o fato de que nem os árabes (com exceção do Egito) nem principalmente os palestinos reconhecem o direito de Israel à existência. Este me parece ser o ponto fundamental, onde reside a verdadeira monstruosidade ou, se quiserem, o verdadeiro nazismo, uma vez que, por causa dele, a guerra contra Israel, não importa a exigüidade dos recursos, se é feita por um, dez ou cinquenta mil homens, será sempre, por definição, uma guerra de aniquilação, uma shoá em potencial. Por mais que Israel mate, porque é poderoso e já está endurecido pelos combates contínuos (e o poder sobe à cabeça e endurece os corações), a intenção nunca é eliminar os palestinos ou a Palestina pura e simplesmente. Trata-se de uma diferença de perspectivas em relação à guerra que salta aos olhos de qualquer um. E ela não é inconseqüente. Me parece incrível que a esquerda não se dê conta disso e reproduza despreocupadamente o pior tipo de anti-semitismo ao defender, com toda a justiça, os civis palestinos da ira dos soldados (mais do que do povo) de Israel. (Aliás historicamente não é incomum ver os simpatizantes da esquerda nutrir grande admiração por ditadores e sanguinários da pior espécie, começando com Stalin e passando por Mao, o general Tapioca – que Sartre admirava – e sobretudo Fidel). A situação no Oriente Médio sempre requer equilíbrio para dar a cada coisa o valor que ela tem e colocá-las todas no seu contexto próprio. A simples indignação, mais uma vez, não leva a lugar algum e mais encobre que revela.

  65. Me parece, primeiro, que esse
    Me parece, primeiro, que esse tipo de atitude, por parte de Israel, suscita o ressurgimento de um anti-semitismo recalcado, sob novas roupagens. Acusar o sionismo de racismo não é senão um indício desse desrecalque.

    Dito isso, nesse conflito me parece que o militarismo e o militarismo do Hamas são cúmplices. Ambos saem vencedores (aliás, ambos estão se proclamando vencedores). Para eles a guerra equivale ao poder. Não podem renunciar a ela.

    A questão da proporcionalidade me parece, por fim, não fazer nenhum sentido. Quando o Hamas joga bombas em Israel sabe perfeitamente qual é a força e qual a possível reação de seu inimigo. Diria até que torce para que seja violenta, por absurdo que possa parecer.

    Por fim, há leitores que quase têm orgasmo ao utilizar a expressão “solução final” colocando-a na boca dos israelenses. Isso é, sejamos claros, de um racismo repulsivo.

  66. Joseph

    Primeiro, você já
    Joseph

    Primeiro, você já começou debatendo mal – chamar o Hamas de terrorista não é válido. O Brasil não os reconhece como terrorista e atualmente o Hamas não vinha fazendo ataques contra israel.
    Sua questão inicial resolve a parada: não, israel não é mesmo um estado legítimo e não deve ser reconhecido como tal. O que autorizou a ONU a criar, contra a vontade dos palestinos, um estado para os sionistas? Não foram os palestinos.

    Se eu fosse até sua casa é te ordenasse, contra qualquer lei, ceder-me seu quarto para fazer dele minha casa, e depois expulsasse você e seus parentes LEGITIMAMENTE REVOLTADOS para a dispensa, com uma violência brutal, isso te pareceria justo? Pareceria legítimo alegar que minha família já morou ali a 1700 para justificar esse fato?

    Ao contrário do que você afirma, não há uma guerra contra os judeus. Guerras se fazem entre exércitos, entre estados. Há, sim, uma revolta contra a ocupação ilegal promovida pelos sionistas na Palestina.

    Se você quer comparar algo ao holocausto, compare Gaza a Varsóvia. Em ambas uma população inocente, civil, é cercada para morrer de fome, para ser tripudiada e violentada diariamente – contra toda e qualquer lei internacional. Contra a humanidade.

    Interesse dos fatos

  67. Desproporção é quando o srs.
    Desproporção é quando o srs. Salomão e Zevi dão uma batidinha no trânsito de São Paulo no meu carro, eu desço e mato os dois. Um porque estava dirigindo e o outro porque o acompanhava.
    Decepar pernas e braços, assassinar crianças que vivem em Gaza, confinadas como no gueto de Varsóvia, não é somente desproporcional, é crime de guerra e esses criminosos como o atual primeiro ministro de Israel, corrupto comprovado, e a ministra de relações exteriores tem que ser julgados sim por crimes de guerra e terrorismo de estado. Terrorismo, aliás, que é uma velha prática dos sionistas, desde antes da fundação do estado de Israel.
    Fora defensores de crimes de guerra!

  68. Nassif, segue este excelente
    Nassif, segue este excelente artigo para aclarar ainda mais os objetivos da invasão a Gaza.

    A guerra contra Gaza já estava na agenda

    (inédito)

    por José Goulão

    Para entender o que está a passar-se actualmente em Gaza é necessária muito mais informação do que a proporcionada pela chusma de comentadores instantâneos que invadem as rádios e televisões e pelos enviados ou residentes que, não conseguindo entrar na faixa invadida, se conformam em ser veículos bisonhos, acomodados e passivos da realidade fabricada no Estado-Maior israelita. Ao menos podiam dar conta de episódios das importantes manifestações internas israelitas contra a guerra, mas parece que isso poderia parecer uma perigosa dissonância. É natural concluir-se que, tal como a agressão militar tem vido a ser preparada há mais de seis meses, também a correspondente acção de propaganda foi montada durante o mesmo período.

    A primeira vez que estive em Gaza foi em Fevereiro de 1988. A primeira Intifada começara pouco mais de dois meses antes precisamente naquele território ocupado, com uma dinâmica e persistência que surpreendeu a própria Resistência Nacional Palestiniana dirigida pela Organização de Libertação da Palestina (OLP).

    Nessa altura o Hamas não era mais do que um grupinho fundamentalista inspirado nos Irmãos Muçulmanos, organização fundada no Egipto em 1928, que se dedicava a agitação religiosa e alguma assistência social. Em 1988, porém, o Hamas foi ganhando fôlego, pretendendo distinguir-se pela chama revolucionária, decretando greves gerais e acções de resistência próprias que nunca convergiam com as desencadeadas pelas direcções da Intifada e da OLP. O Hamas actuava, visivelmente, como uma organização divisionista, potencialmente perturbadora da mobilização popular.

    Hoje, apesar de o pudor ou o desconhecimento impedirem comentadores e enviados ou residentes de se debruçarem sobre tal facto, já não é novidade que os serviços secretos israelitas, a Mossad, tiveram um papel determinante no relançamento e engrandecimento do Hamas. Tal foi reconhecido mesmo por ex-ministros israelitas e está profusamente demonstrado por informação disponível na Internet. Nem dá muito trabalho.

    Essa foi a génese do Hamas que hoje conhecemos. Como atingiu as dimensões actuais? Sempre à sombra da guerra e do boicote aos processos de negociações conduzido pelos governos de Israel e as administrações norte-americanas – primeiro mediadoras do processo de Oslo e depois as cabeças de cartaz do falecido Quarteto (Estados Unidos, Rússia, União Europeia e Nações Unidas), que já nascera moribundo.

    Quando se iniciou a Autonomia Palestiniana como processo transitório para um Estado independente e Yasser Arafat regressou à Palestina, no Verão de 1994, a voz do Hamas mal se ouvia. As populações palestinianas dos territórios estavam em festa e acreditavam no bom desfecho de todo o processo.

    Shimon Peres, Benjamin Netanyahu, Ehud Barak, Ariel Sharon e Ehud Olmert, mais Bill Clinton e, sobretudo, George W. Bush foram inviabilizando paulatinamente as negociações israelo-palestinianas, assumissem as formas que assumissem, enquanto a Fatah (força dominante da OLP) e a Autoridade Palestiniana se foram enrodilhando na falta de alternativas estratégicas às negociações.

    Essas foram assumidas pelo Hamas, que capitalizou gradualmente o descontentamento popular, mesmo de vastos sectores não religiosos ou religiosos não radicais, até se transformar na maior organização da Resistência e ganhar as eleições gerais palestinianas de 2006. O não reconhecimento do governo do Hamas pelos Estados Unidos, Israel e o mundo em geral – nem mesmo em aliança com a Fatah – poupou o movimento islâmico ao desgaste do exercício do poder e de ser forçado a actuar no terreno em vez de privilegiar a propaganda nas mesquitas e a mobilização paramilitar.

    Quando a Fatah e o Hamas chegaram ao limiar da guerra civil, em 2007, o grupo islâmico assumiu o controlo de Gaza, enquanto Israel aproveitava a ocasião para impor um rigoroso bloqueio humano e de bens essenciais ao território. Em fase de plena construção do muro que fracciona a Cisjordânia em autênticos bantustões, a balcanização dos territórios palestinianos aprofundou-se.

    A tomada de Gaza pelo Hamas terá surpreendido o mundo, mas não os dirigentes de Israel. Basta conhecer o Plano Dagan.

    Meir Dagan é o chefe da Mossad, reconduzido por sucessivos governos israelitas desde o início do século. Ele idealizou uma estratégia de actuação que se tornou a cartilha de Ariel Sharon praticamente desde que este ressurgiu em força com a mediática invasão da Esplanada das Mesquitas em 2000, tolerada pelo então chefe do governo, Ehud Barak (o ministro que agora conduz a agressão a Gaza), e que inviabilizou a possibilidade iminente de palestinianos e israelitas se entenderem nas negociações de Taba, no Egipto.

    Percorramos, em síntese, alguns passos previstos no Plano Dagan. A operação «Vingança Justificada» tinha como objectivo enfraquecer, tornar maleável ou mesmo destruir a Autoridade Palestiniana. Sahul Mofaz, enquanto ministro da Defesa, apresentou-a com o título «A destruição da Autoridade Palestiniana e o desarmamento de todas as forças armadas». Isso, contudo, não impediu Israel e os Estados Unidos de fornecerem armas à Fatah na fase em que incentivavam a guerra civil entre os dois principais movimentos palestinianos. Entretanto, Israel exige agora o desarmamento do Hamas como pressuposto para um cessar-fogo.

    Outro ponto do Plano Dagan era o desaparecimento de cena de Yasser Arafat (um velho objectivo de Sharon desde a invasão do Líbano em 1980) e a sua substituição por uma direcção da Autoridade Palestiniana mais colaborante com Israel. Um objectivo como este mantém acesa a tese do assassínio do histórico dirigente palestiniano. A balcanização dos territórios palestinianos, o lançamento de vagas de terror contra as populações e o bloqueio de Gaza são outros aspectos do plano. Sem esquecer que, quando estava prestes a ser acordada a trégua de meados de 2008 em Gaza, Ehud Barak notificou as Forças Armadas para prepararem uma operação de grande envergadura contra este território para desencadear daí a alguns meses. Lendo o Plano Dagan não é de descartar que em alguma fase deste processo Israel abra uma «válvula de escape» em Gaza para que haja uma fuga em massa – limpeza étnica é a expressão correcta –, eventualmente para a Jordânia, atendendo ao comportamento actual do Egipto. Neste contexto é natural que venham à memória as conhecidas palavras de Ariel Sharon: «Não é necessário criar outro Estado palestiniano. A Jordânia é a Palestina».

    Por JOSÉ GOULÃO *

    * Jornalista. Resenha da intervenção proferida em 7 de Janeiro de 2009 na sessão pública organizada pelo MPPM – Movimento pelos Direitos do Povo Palestino e pela Paz no Médio Oriente – na Federação das Colectividades de Cultura e Recreio, em Lisboa.

  69. Hoje, um deputado israelense
    Hoje, um deputado israelense pregou o uso de munição ainda mais mortífera na guerra contra Gaza: armas nucleares. Discursando durante conferência na Universidade Bar-Ilan, em Ramat Gan, o deputado Avigdor Lieberman, presidente do partido Beiteinu, disse que “precisamos a combater o Hamas como os EUA fizeram com os japoneses na Segunda Guerra Mundial”. Para ele, o uso de bombas atômicas pelos EUA “tornaram desnecessária a ocupação do Japão”. Com informações são da Dow Jones, Associated Press e Al-Jazeera.

  70. Para Antonin, 18:36
    Repulsivo
    Para Antonin, 18:36
    Repulsivo é o que vem abaixo.

    “Como podemos devolver os Territórios ocupados?
    Não há ninguém para quem devolver.”

    GOLDA MEIR, Primeira-ministra de Israel de 1969 a 1974.

    “Os palestinos são animais caminhando sobre duas patas.”

    MENAHEM BEGIN, Primeiro-ministro de Israel de 1977 A 1983.
    Discurso na Knesset, citado por Amnon Kapeliuk,
    “Begin e os Animais”. New Statesman, 25 de junho de 1982.

    “Os palestinos deveriam ser esmagados como gafanhotos…,
    suas cabeças esmigalhadas contra os rochedos e os muros.”

    YITZHAK SHAMIR, Primeiro-ministro de Israel
    de 1983 a 1984, e de 1986 a 1992.
    Discurso aos colonos judeus. New York Times, 1o de abril de 1988.

  71. Historiador de origem judaica
    Historiador de origem judaica faz crítica contundente ao movimento sionista; leia trecho

    da Folha Online

    O historiador americano de origem judaica Norman Finkelstein faz uma crítica contundente à estratégia e aos argumentos do sionismo e também ataca fortemente a política israelense atual no livro “Imagem e Realidade no Conflito Israel-Palestina”.

    No trecho que pode ser lido abaixo, do primeiro capítulo do livro, há uma definição do empreendimento sionista e de três tendências –sionismo político, sionismo trabalhista e sionismo cultural– que estavam comprometidas com a exigência de um Estado de maioria judaica.

    *

    Orientações Sionistas – Teoria e prática do nacionalismo judaico
    Divulgação
    Imagem e Realidade do Conflito Israel-Palestina Norman G. Finkelstein Livraria
    Historiador israelense critica estratégia e argumentos sionistas

    Zionism and the Arabs, 1882-1948: A Study of Ideology [O sionismo e os árabes, 1882-1948: Um estudo ideológico], de Yosef Gorny, é o mais autorizado estudo até hoje publicado sobre o período crucial em que o movimento sionista fez seus primeiros contatos com a população árabe da Palestina, lutou contra ela e acabou levando a melhor. Como indica o subtítulo, o principal foco de atenção é a ideologia sionista. Gorny revela com fascinante detalhamento tanto a diversidade de possibilidades contidas na idéia sionista como seu núcleo de intransigência, que impediu qualquer modus vivendi com os árabes palestinos.

    Para definir o empreendimento sionista

    Gorny começa identificando o “consenso ideológico” do qual brotou a maior parte do pensamento sionista, se não mesmo toda a sua gama. Um dos elementos deste consenso, frisa ele ao longo de seu estudo, estava no centro da crença sionista e se revelou o principal obstáculo para qualquer reconciliação com os árabes – a saber, que a Palestina deveria um dia abrigar uma maioria judaica.

    No interior do consenso ideológico sionista coexistiam três tendências relativamente distintas – o sionismo político, o sionismo trabalhista e o sionismo cultural. Todos estavam comprometidos com a exigência de uma maioria judaica, mas não exatamente pelas mesmas razões.

    A pedra de toque do ideal liberal da França revolucionária estava na convicção de que era possível e desejável construir uma ordem social racional e justa com base em valores políticos compartilhados, vale dizer, democráticos. Deste modo, o Estado-nação foi concebido acima de tudo como uma forma consensual de relacionamento, sendo o cidadão sua unidade irredutível e seu alicerce. Originando-se numa reação do período pós-revolucionário francês ao racionalismo e ao liberalismo do Iluminismo, ponto de partida do sionismo político era a suposta falência do ideal democrático.Os nacionalistas românticos sustentavam que vínculos mais profundos da mesma forma “natural” uniam certos indivíduos e excluíam outros. Idealmente, concluíam, cada uma dessas comunidades organicamente constituídas deveria dotar-se de um Estado independente. Tendo identificado o pensamento de Theodor Herzl, o fundador do moderno sionismo, nessas “fontes alemãs”, Hans Kohn, provavelmente a mais eminente autoridade em nacionalismo moderno (ele próprio um sionista a certa altura), observa:

    “Segundo a teoria alemã, as pessoas de ascendência comum (…) deviam formar um Estado comum. O pangermanismo baseava-se na idéia de que todas as pessoas de raça, sangue e ascendência alemães, onde quer que vivessem e qualquer que fosse o Estado a que pertencessem, deviam lealdade primeiro que tudo à Alemanha e deveriam tornar-se cidadãos do Estado alemão, sua verdadeira pátria. Eles e mesmo seus pais e antepassados podiam ter crescido debaixo de céus “estrangeiros” ou em ambientes “alienígenas”, mas sua “realidade” interior fundamental continuava sendo alemã.”

    Pressupostos análogos imbuíam a característica abordagem sionista da questão judaica. Ao longo da diáspora, sustentavam seus participantes, os judeus constituíam uma presença “alienígena” em Estados “pertencentes” a outras nacionalidades, numericamente preponderantes. O anti-semitismo era o impulso natural de um todo orgânico “infectado” por um organismo “estrangeiro” (ou por um corpo “estrangeiro” por demais presente).

    Com efeito, a análise sionista da questão judaica replicava o raciocínio do anti-semitismo, que invocava o mesmo argumento para justificar o ódio aos judeus. Na realidade, a receita que propunha para o problema judaico também estava inscrita na lógica do anti-semitismo. O sionismo político não pretendia combater o anti-semitismo – que na melhor das hipóteses era encarado como um empreendimento quixotesco -, mas chegar a um modus vivendi com ele. Propunha que a nação judaica resolvesse a questão judaica se (re)estabelecendo num Estado que a ela “pertencesse”.

    Para isso, os judeus teriam de se constituir em algum lugar como a maioria – pois não decorria a situação de ausência de Estado dos judeus precisamente do fato de que, onde quer que se encontrassem na diáspora, formavam uma minoria numérica? A condição de maioria, conseqüentemente, ratificaria o direito constitucional dos judeus a um Estado. Assim é que o dirigente revisionista Vladimir Jabotinsky, bem-situado no contexto do consenso ideológico sionista (p. 165; todas as páginas mencionadas são do livro de Gorny), declarou que “a criação de uma maioria judaica (…) era o objetivo fundamental do sionismo”, já que “a expressão ‘Estado judaico’ (…) significa maioria judaica”, e a Palestina “haverá de tornar-se um país judeu no momento em que tiver uma maioria judaica” (p. 169, 170-1, 233).

    Para o sionismo trabalhista, a questão judaica não era apenas a ausência de um Estado, mas a estrutura de classe da nação judaica, que se havia tornado desequilibrada e deformada ao longo da longa dispersão: o Galut (exílio) havia criado um excesso de comerciantes, pequenos negociantes marginais e Luftsmenschen judeus, e um déficit de trabalhadores judeus. O sionismo tinha em parte como missão lançar as bases de um Estado sadio, reconstituindo a classe trabalhadora judaica. Como os interesses desta classe (e aqui o sionismo trabalhista evidentemente tomava de empréstimo uma página de Marx, adaptando-a para suas finalidades) exigiam um Estado judaico socialista, era esta a única verdadeira solução para o problema judaico. Deste modo, o sionismo trabalhista representava menos uma alternativa do que um complemento ao sionismo político. Em termos ideais, a luta de classes e o desenvolvimento econômico haveriam de desdobrar-se num campo purificado de elementos “alienígenas”. Nas palavras de Ben-Gurion:

    “O direito à existência nacional independente, à autonomia nacional, que nenhuma pessoa razoável poderia considerar conflitante com a solidariedade entre os povos, significa acima de tudo: existência nacional independente com base numa economia nacional independente (p. 137-8).”

    O sionismo trabalhista imbuía a exigência de uma minoria judaica de um duplo significado: primeiro, ela ratificaria o direito dos judeus de reivindicar o Estado e, segundo, assinalaria seu direito de alterar radicalmente o equilíbrio demográfico na Palestina, abrindo caminho para a concentração territorial da nação judaica. Para citar novamente Ben-Gurion: “A maioria é apenas uma etapa em nosso caminho,embora uma etapa importante e decisiva no sentido político. A partir dela, podemos prosseguir tranqüilamente confiantes em nossas atividades e concentrar as massas de nosso povo neste país e em suas imediações” (p. 216; o itálico é nosso).

  72. Mais uma vez, já q certas
    Mais uma vez, já q certas pessoas insistem em reoetir certos argumentos falaciosos, lembro mais uma vez q na presente crise d Gaza não devemos esquecer q:

    quem expulsou 300.000 Palestinos entre o final d 1947 e o inicio d ’48 foi Israel;
    quem avançou mto além da fronteira sugerida pela ONU naquela época destinada a Israel gerando a 1ª Guerra Árabe-Israelense foi… Israel;
    quem tem desrespeitado repetidamente as resoluções da ONU à respeito d Gaza e Cisjordânia desde 1967 tem sido …Israel;
    quem tem mantido em prisão domiciliar todo um povo há 60 anos usando e abusando deste como força d trabalho baratíssima, humilhando-os, se recusando a negociar uma solução e portanto fomentando o radicalismo no seio deste tem sido… Israel;

    Na atual crise quem rompeu 1 trégua q já durava meses, no inicio d novembro tendo em vista o resultado das eleições Americanas e querendo faturar algum nas próprias eleições no inicio deste ano foram… Israelenses.
    “Os palestinos têm de ser convencidos, até os recônditos mais profundos da consciência, que são um povo derrotado.”
    Moshe Yaalon (Chefe do Estado-maior do exército de Israel) em 2002.

  73. E tem gente criticando os
    E tem gente criticando os palestinos por estes não usarem uniformes que os identificariam como combatentes regulares. Só pode ser piada. Para se ter um exército regular, primeiro precisa-se de um ESTADO regular. Guerra é entre países. O que existe em Gaza é uma limpeza étnica promovida por Israel.

  74. O que mais revolta é ver esta
    O que mais revolta é ver esta gente defendendo ou tentando justificar a matança em Gaza, como sendo inevitável porque os terroristas procuram se esconder no meio do povo.
    Tremenda mentira esta alegação e serve apenas para esconder a tática covarde de israel, que sempre foi a de causar o maior sofrimento possível aos civis para que eles passem a odiar seus próprios líderes.
    Quem te conhece, sabe como te comprar , Israel, como fez USA.

  75. Não dá para saber se os
    Não dá para saber se os número divulgados de morte até agora são verdadeiros. Nem quantos civis foram mortos. Se comparar com a situação do Rio, o Hamas são os traficantes? Entao os traficantes estão certos, pois não vejo o blog criticar Hamas. Vou defender os traficantes do Rio tb! A grande mídia é geralmente criticada no blog , raras exceções é elogiada. Agora, quando a mídia critica Israel, agora ela ta certa?? Então os jornais ficaram bons da noite para o dia. Chamo isso de hipocrisia!

    Prezado, aqui critico notícias e análises simplórias e destaco reportagens e análises mais aprofundadas. O que especificamente você chama de hipocrisia? Queria que considerasse todas as matérias mentirosas ou verdadeiras, em conjunto?

  76. realmente inacreditável. Como
    realmente inacreditável. Como é inacreditável a pretensão da mídia de “fazer matérias isentas” e “equilibradas”. Ou seja, dar o mesmo espaço para os supostos 13 mortos que para as centenas de palestinos (dos quais grande parte são crianças). dar o mesmo espaço para um país próspero que para um lugar menor do que uma cidade, sem água, luz, socorro médico, onde se amontoam os desvalidos da Guerra Santa. E olha que aqui não faltam Temer, Salim, Maluf, Farah, Haddad…Nassif…(grande artigo o da Maria Ines no valor dessa semana)… Kamel….

Você pode fazer o Jornal GGN ser cada vez melhor.

Apoie e faça parte desta caminhada para que ele se torne um veículo cada vez mais respeitado e forte.

Seja um apoiador