Brasil e China devem lançar novo satélite em 2014, diz ministro

Brasília – O Brasil e a China devem lançar no ano que vem um novo satélite para substituir o que foi lançado recentemente, mas não ficou em órbita, por causa de falhas no lançamento. Segundo o ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, o projeto de construção do satélite já previa que todas as peças fossem feitas em duplicidade, e elas já foram enviadas à China, agora só falta decidir se o novo equipamento será montado naquele país ou no Brasil.

“Agora não tem o que fazer, aconteceu, foi uma tragédia, ficamos com uma deficiência muito grande, mas tem outro satélite já fabricado e pronto, estava no orçamento do projeto, previsto para ser lançado em 2015. Agora estamos vendo a possibilidade de lançar em 2014”, disse hoje (17) Bernardo.

O satélite, construído em parceria com a China, servirá para mapear e registrar os territórios e atividades agrícolas, desmatamento, mudanças na vegetação e expansão urbana.

Bernardo explicou que a falha que resultou no fracasso do lançamento do satélite foi na mistura do combustível com oxidante que controla o nível de desempenho do foguete. Isso resultou no desligamento do terceiro motor dez segundos antes do necessário, por isso o foguete não teve velocidade suficiente para se manter em órbita.

Ainda não está definido quem vai arcar com o custo do novo lançamento. “Quando fizemos o contrato para lançar, não estava dito o que aconteceria se não desse certo, mas com certeza será negociado”, explicou o ministro.

Paulo Bernardo também comentou pela primeira vez a decisão do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) em relação às empresas Telefônica, Vivo e TIM. Segundo ele, o Cade estabeleceu um parâmetro, de que uma mesma empresa não pode controlar duas operadoras no Brasil. Segundo ele, a Anatel analisou o aspecto regulatório do mercado de regulação e o Cade avaliou as questões de competições, então não houve divergências entre as posições dos dois órgãos regulatórios. “Temos que esperar, ver o que vai acontecer. Não temos intenção de contribuir com especulações sobre esse assunto”, disse o ministro.

Bernardo participou hoje (17) da posse de Igor Vilas Boas de Freitas como membro do Conselho Diretor da Anatel, com mandato até 5 de novembro de 2017. Freitas é consultor legislativo do Senado Federal e graduado em engenharia eletrônica. Foi membro do Conselho Consultivo da Agência e assessor do Conselho Diretor da agência.

Edição: Aécio Amado

Redação

10 Comentários

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  1. Dois Economistas!

    Meritocráticos do Brasil, um ministro que não acerta uma fazenda e a outra que é papagaio pirata de dados do fazendão e mercado, quer mais?

    Deus e o Diabo na mesma igreja, que os santos e profetas segurem este Brasil e nos livres dos economistas, onde esta a criatura porquanto sei do criador! Chama o Lula ai e pergunta do nosso programa de lançamentos.

  2. A longa marcha chinesa rumo à liderança tecnológica mundial

    “Coelho de Jade”, símbolo da presença chinesa na Lua

    Lua, espaço, China, Coelho de Jade, Yutu

    EPA

     

    A China conseguiu mais um avanço tecnológico na exploração do espaço. Apesar de o programa de investigação da Lua não possuir hoje uma componente militar, os recentes êxitos especiais chineses têm revelado um “fundo falso”, indicam peritos na matéria russos.

    Lembre-se que, na noite de 14 para 15 de dezembro, o veículo lunar “Coelho de Jade” (Yutu) desceu da plataforma do módulo Chang’e -3 após o pouso. As câmeras do “Coelho de Jade” filmaram os primeiros metros de deslocação e transmitiram as respectivas imagens para a Terra.

    Este foi, sem dúvida, um enorme sucesso da cosmonáutica chinesa, constata o perito do Instituto de Oriente Médio, Alexander Larin:

    “É uma prova de a China ter feito um grande avanço no desenvolvimento de tecnologias espaciais. Considerava-se que a China era capaz de copiar bem as tecnologias alheias e, ao mesmo tempo, incapaz de criar seus próprios aparelhos. Agora se tornou evidente que isto não corresponde à verdade. Ao que tudo indica, a China poderá concretizar o seu sonho ambicioso de se tornar uma das maiores economias no mundo, liderando ainda o progresso tecnológico.”

    Como se sabe, a URSS e os EUA têm sido concorrentes na exploração da Lua. Agora, a esta competição aderiu a China, sustenta o perito do Instituto de Economia Mundial, Alexander Salitsky:

    “Há quem diga não ter acontecido nada de especial – a superfície já fora percorrida mais de uma vez por sondas soviéticas e norte-americanas. Mas desde 1976, altura em que na Lua se encontrava ainda o Lunokhod-2, ali não ocorreu nada do gênero. Agora, passados 40 anos, a China fez um grande avanço nessa área com base em tecnologias próprias. Assim, os chineses acabaram por quebrar o monopólio da URSS e EUA. Além disso, eles sabem fazer propaganda de seus êxitos. As reportagens sobre o funcionamento do “Coelho de Jade” vêm estimulando os sucessos na Terra em esferas diversas. Por isso, a recente alunagem foi uma grande surpresa para todos.”

    Enquanto isso, o evento marcante provocou uma série de publicações na imprensa ocidental sobre “eventual intenção da China de criar ali uma base militar”. O diretor do Centro de Pesquisas Político-Sociais, Vladimir Evseev, considera, contudo, que tais informações não passam de invencionices, embora cada avanço chinês nesse domínio tenha um “fundo falso”:

    “Como de costume, a China trabalha para o seu futuro. Mas não vejo nisso quaisquer objetivos militares. Por outro lado, o desenvolvimento de tecnologias espaciais leva sempre ao aperfeiçoamento de mísseis balísticos. A China tem tido problemas nessa esfera. A meu ver, será dado um novo impulso para a criação de complexos de mísseis móveis. São, de fato, os elos da mesma cadeia. Não acredito ser possível realizar pesquisas pacíficas sem pensar na eventual componente militar, ou seja, em como instalar armas ou em como lutar contra os satélites artificiais da Terra. Ora, creio existir um “fundo falso” nesses êxitos espaciais da China.”

    Uma outra motivação reside na progressiva competição global entre a China e os EUA, destaca Vladimir Evseev:

    “A China tem potencialidades para enfrentar os EUA na corrida espacial e se prepara para prosseguir a competição. Sabe muito bem que, se o Exército norte-americano for privado de “apoio espacial”, perderá, com efeito, muitas das suas vantagens. Tem-se em vista o bloqueio de canais de comunicações e sistemas de teleguiamento. Tais sistemas podem estar a ser criados para superar a liderança americana. É óbvio que a China tem examinado várias hipóteses a fim de privar os EUA das suas vantagens fundamentais – os meios de guiamento, comando e comunicações espaciais.”

    O programa de pesquisas a cargo do “Coelho de Jade” deverá ser implementado num prazo de três meses, sendo visto como um trampolim para um futuro desembarque na Lua, em 2017, de uma sonda reutilizável que poderá transportar para a Terra amostras de solo lunar e outros materiais interessantes.

    Natalia Kasho
    Leia mais:
    http://portuguese.ruvr.ru/2013_12_17/coelho-de-jade-simbolo-da-presenca-chinesa-na-lua-8741/

  3. O que o Paulo Bernardo tem a ver com a história?

    Não entendi. O que o Paulo Bernardo tem a ver com a história? O satélite perdido CEBERS 3 era de sensoriamento remoto e não de comunicações. O futuro satélite da Telebrás Satélite Geoestacionário de Defesa e Comunicações Estratégicas (SGDC) será lançado pelos Franceses da Ariane Space não tem nada a ver com os Chineses, parceiros sim do CEBERS 3.

    http://www.aereo.jor.br/2013/11/29/contrato-de-13-bi-para-o-projeto-do-satelite-geoestacionario-de-defesa-e-comunicacoes-estrategicas/

  4. Correção!

    Brasil e China lançam? Nããããooooo!

    China lança para o Brasil.

    Quê fim levou Alcântara? Ouviram seu Lula e dona Dilma?

    O foguete… cadê você?

    O quê fez… o PT?

    Cortou o orçamento… sem discernimento!

  5. E base antarctica Comandante

    E base antarctica Comandante Ferraz, alguem ouviu alguma coisa a respeito? Em outubro li que a Marinha pretendia lançar edital para reconstruir a Estação Antartica……

    E os idiotas querem o Brasil sil no Conselho de Segurança da ONU, coisa que certamente é motivo de piada entre os grandes da geopolítica internacional…..

     

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