Sugerido por Antonio Ateu
“Responderemos ao ultimato apoiando-nos na vontade do povo grego”
A Grécia vai referendar a proposta dos credores no domingo, 5 de julho. Tsipras diz que a última semana provou que o objetivo de alguns parceiros e instituições não era o de chegar a um acordo aceitável para todos, mas o da “humilhação de um povo inteiro”.27 de Junho, 2015 – 01:19h
O governo grego rejeitou esta sexta-feira a proposta dos credores para um acordo válido até novembro, com mais austeridade sobre trabalhadores e pensionistas e sem resolver o problema de financiamento da Grécia a partir daí, abrindo caminho a um terceiro memorando.
“Após cinco meses de negociações, os nossos parceiros acabaram por fazer um ultimato, o que contraria os princípios fundadores da Europa e compromete a recuperação da sociedade e da economia grega”, afirmou Tsipras na comunicação ao país após a reunião do governo.
A proposta de promover um referendo a 5 de julho teve unanimidade e o primeiro-ministro promete que respeitará o resultado, qualquer que seja, e que a “Grécia é e continuará a ser uma parte indissolúvel da Europa”. Tsipras informou Merkel, Hollande e Draghi da decisão e irá pedir formalmente no sábado aos líderes europeus um alargamento do prazo do atual programa por alguns dias, “para que o povo grego possa decidir, livre de pressões e chantagens, como obriga a nossa Constituição e a tradição democrática da Europa”.
“Temos hoje sobre os nossos ombros a responsabilidade histórica para com as lutas e os sacrifícios do povo grego para a consolidação da democracia e da soberania nacional. Essa responsabilidade obriga-nos a responder ao ultimato apoiando-nos na vontade soberana do povo grego”, afirmou Tsipras, apelando aos eleitores “a que tomem esta decisão de forma soberana e com o orgulho que nos ensinou a história da Grécia”.
“Uma Europa sem democracia é uma Europa sem identidade nem bússola”, prosseguiu Tsipras, defendendo a perspetiva europeia de uma “casa comum dos povos”, onde não há “donos e convidados”.
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Laura
Esse Tsipras é maravilhoso!
Gostaria de ver no Brasil alguém assim firme e com tal senso de ação politica e timing. Isso sim é liderança!
Aqui é essa tristeza.
Caracas
Nem meia palavra sobre os governos gregos (eleitos) que levaram o país a esta situação. Apontar terceiros sempre é a solução mais fácil.