O governo do Egito ameaçou interromper as tratativas de normalização do relacionamento com Israel caso insistam em deslocar palestinos à força em direção ao Sinal egípcio, no sul da Faixa de Gaza.
Segundo a agência libanesa Al Mayadeen, citando a publicação Israel Hayom, as ameaças foram feitas em meio a contatos entre altos funcionários egípcios e israelenses, e foram repassadas a “toda elite de segurança pública em Israel”.
“Se algum palestino passar (para o Egito), o acordo de paz (entre Israel e Egito) será cancelado”, disse um dos funcionários entrevistados, enquanto outro afirmou que Cairo iria “suspender” o acordo dentro dessas mesmas circunstâncias.
“Limpeza étnica”
De acordo com a agência libanesa, Israel deu início a uma operação para deslocar os palestinos à força em direção ao sul enquanto bombardeava a região de Gaza.
Com a justificativa de ser uma “medida de segurança”, as forças comandadas por Benjamin Netanyahu ordenaram que a população migrasse para o sul por serem “seguras” – porém, os militares atacaram comboios de pessoas e fizeram ataques nas áreas designadas para eventualmente realizar uma invasão em larga escala.
Os palestinos que fugiram para o sul foram empurrados para estruturas temporárias, no momento em que os políticos israelenses começaram a discutir a reocupação da Faixa de Gaza, enquanto diversas autoridades deram a entender que a intenção era levar israelenses para ocupar aquela região.
Tais informações geraram “uma mistura de raiva e preocupação” entre as autoridades egípcias, que deixaram claro não ter estrutura para acolher centenas de milhares de palestinos, afirmando que seu deslocamento marcará o fim da causa palestina.
Os egípcios também se mostraram contrários à ocupação israelense da região do Eixo Filadélfia, uma faixa de terra localizada do lado palestino da fronteira com o Egito, que se estende até o Mar Mediterrâneo.
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