Filha de Woody Allen publica no ‘NYT’ detalhes sobre suposto abuso sexual

Filha de Woody Allen publica no ‘NYT’ detalhes sobre suposto abuso sexual

Uma das filhas adotivas de Woody Allen publicou neste sábado, 1°, um longo relato no New York Times sobre como ela teria sido sistematicamente abusada sexualmente pela estrela do cinema, que recebeu uma homenagem na última edição do Globo de Ouro. Dylan Farrow, filha de Mia Farrow e Allen, diz ter decido contar os detalhes sobre a suposta rotina de crimes sexuais depois de saber que seu pai adotivo havia sido indicado novamente ao Oscar.

“Qual é seu filme predileto de Woody Allen? Antes de responder, você deve saber: quando eu tinha sete anos, Woody Allen me levou pela mão a um quarto escuro, como um closet, no segundo andar de nossa casa. Ele mandou me deitar de bruços e brincar com o trenzinho do meu irmão. Então, abusou sexualmente de mim”, escreve Dylan, hoje uma mulher casada e com filhos.

As acusações de Dylan contra Allen causaram estardalhaço quando vieram à tona, em 1993, mas o diretor nunca foi condenado pelos supostos crimes. A filha do cineasta nunca havia revelado ao público em detalhes a sua versão da história até a publicação de hoje no jornal americano.

No texto do New York Times, Dylan critica grandes nomes do cinema – de Scarlett Johansson a Emma Stone – que aceitaram trabalhar com um homem que seria um “predador sexual”. “Você me conhecia quando eu era uma menina, Diane Keaton. Você se esqueceu de mim?”

Ela defende que Woody Allen é um símbolo de como a sociedade americana “falha diante de sobreviventes de crimes sexuais”. “Agora, qual é seu filme favorito do Woody Allen?”

Redação

31 Comentários

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    1.   Eu também achava isso, até

        Eu também achava isso, até assistir a alguns.

       

        Sem ironia nenhuma, você iria adorar o “Bananas!”, considerando o teor dos seus comentários. Vai por mim.

        1.   Imagina, até porque eu tô

            Imagina, até porque eu tô longe de passar por cinéfilo, rsrs.

            Não é dos melhores dele, na minha opinião, mas o filme tem seus momentos – ainda mais pra quem morre mas não engole o PT.

      1. grupo escolar

        Carlos FM, o dele eu não sei, mas o meu primeiro dia me lembro: a professora era Dona Salete Garrocho, e a sala de aulas ficava perto do Grupo Escolar frei Gaspar de Módica, para onde nossa turma foi logo em seguida.

        Me lembro também do primeiro castigo na escola, que só veio a ocorrer uns três anos depois: ficar sem recreio, porque fiz uma composição (redação)  de “apenas” 7 linhas, e a professora tinha certeza de que foi por preguiça. Refazer essa redação foi uma lenha. O horário do recreio acabou, e eu ainda não havia terminado o texto.

  1. Para mim, a filha de Mia

    Para mim, a filha de Mia Farow, enteada de Woody Allen teria traído a mãe pra viver com o padrasto. Sempre tive isso em mente? Por quê?

    1. trata-se de outra filha adotiva

      Woody Allen deixou Mia Farrow para viver com outra filha adotiva:

      A vida amorosa de Allen sempre deu o que falar à imprensa. Antes da fama, Woody Allen já havia tido dois casamentos e, por conseqüência, dois divórcios, com Harlene Rosen e Louise Lasser (divorciou-se em 1969). Depois da fama, namorou várias importantes atrizes, que sempre ficavam com os papéis principais de seus filmes, até se firmar com Mia Farrow. Com a atriz ficou casado até 1992, quando começou um polêmico relacionamento com Soon Yi, filha adotiva de Mia, com quem se casou em 1997. Após a separação, Mia afirmou que o diretor havia molestado a outra filha adotiva do casal , Dylan Farrow, que tinha apenas 7 anos à época dos abusos.

      Fonte: wikipedia

      http://pt.wikipedia.org/wiki/Woody_Allen

      http://en.wikipedia.org/wiki/Woody_Allen

       

  2. Devia ser preso por isso; mas isso nao tem nada a ver c/ o Oscar

    Uma coisa é uma coisa, e outra coisa é outra coisa. Se ele realmente é um pedófilo, deveria ir para a cadeia. Mas isso nao tem nada a ver com o fato do talento dele justificar ou nao o Oscar. 

      1. Puxa, como vc é rápido!

        Corrigi assim que vi o comentário publicado, coisa de menos de um minuto. Deu muito prazer a vc, me pegar em erro? 

          1.   Normal. Ela atira primeiro

              Normal. Ela atira primeiro e pergunta depois – e mais ou menos hora acontece o normal: acerta um inocente.

          2. Se “atirei” foi mto de leve, hem? E aliás eu perguntei…

            E num contexto em que a interpretaçao MUITO MAIS PROVÁVEL era a que fiz… 

            Qual o seu problema comigo, hem? Já “atirei’ em você tb? Eu nem lembro. Tem a pele muito delicada? 

            Sou contra grosserias de baixo nível na web (salvo às vezes com trolls ignóbeis, que exageram em comentários revoltantes, e gente muito preconceituosa, que merece receber uma resposta à altura; mesmo assim, nao baixo o nível). Mas críticas e ironias, até mesmo alguns “passa-fora” dentro de certos limites faz parte. A web nao é colégio de moças (do século XIX… rs, rs). 

          3.   Em mim na verdade não, e

              Em mim na verdade não, e não me preocupo muito com isso. Eu não sou dos mais cabeça-fria (passo longe de ser um Gunter), mas me chama a atenção que você, pessoa que visivelmente possui conhecimento pra caramba e quando quer contribui que é uma beleza para as discussões no blog, volta e meia solta uns “haja besteirol!”, e por aí vai – e em geral contra gente que raramente comenta por aqui e em assuntos quase anedóticos, que não prejudicam ninguém.

              Em resumo: você não deve nada a mim nem às minhas opiniões, mas essa postura de “bullying” não condiz com seu nível e nem é merecida por quem, algumas vezes, comete o “erro” de expressar uma opinião qualquer. Não sei a troco de quê isso.

          4. Os assunts q vc chama de anedóticos podem ser importantes p/ mim

            Um deles, a que eu sempre reajo, é a correçao dos “erros de Português” dos outros. Como linguista sei o mal que o preconceito linguístico causa. Preconceito linguístico é tao grave quanto racismo, machismo, antissemitismo, ou qualquer outro preconceito, embora a maioria das pessoas nem o perceba 

            Outra coisa a que sempre reajo sao “piadinhas tao inocentes” que manifestam o “machismo bocó” dos comentaristas, que pode ser menos grave do que o machismo violento propriamente dito, mas ainda assim é uma .violência simbólica contra as mulheres.

            E dizer “Haja besteirol” nao é nada de grave, nada que possa ser caracterizado como “bullying” (vide comentário anterior sobre web nao ser colégio de moças do séc. XIX…). E na maioria das vezes os comentários merecem a minha irritaçao. Quando se trata de uma real questao de opiniao, respondo ao conteúdo do comentário em vez de dizer coisas desse gênero. (Com algumas exceçoes: nao me importo de ser cortante com trolls super reaças do tipo Leônidas; discutir a sério com eles é inútil, estao aqui para avacalhar com o Blog, e é tanto absurdo que a única reaçao possível é mesmo mandá-los plantar coquinhos). 

          5.   Nisso concordamos. Tanto

              Nisso concordamos. Tanto que raras vezes eu, que também erro, parei para corrigir alguém – só se for para irritar mesmo, porque a validade disso é nenhuma (quando não negativa).

              Óbvio que cada um se comporta do jeito que mais lhe agrade, e também eu não tenho paciência com certas posturas, mas… sabe, eu procuro me controlar quando é gente nova no pedaço. Uns e outros entram aqui para provocar ou fazer jorrar preconceito mesmo, e são justamente uns que tem “couro duro”. Nessa, o perigo a meu ver é afastar gente “de futuro” por uma coisa ou outra, dificultando a renovação do time de comentaristas.

              Não sei se concorda comigo, mas nessas horas vejo os recém-chegados ao blog igual a aluno novo na hora do recreio. Se não tomamos um certo cuidado (ao menos no começo), ele não sai mais da sala e nunca vai ‘brincar’ com a gente.

          6. Bom, nao sou tao “maternalista”. E nem tao paciente… (rs, rs)

            Honestamente, acho que a web é o que é, e que  quem entra neste rio deve estar preparado para se molhar. É a vida, é a web. Mas nem é por ter essa posiçao que às vezes perco a calma, é porque perco a calma mesmo, tem horas. Procuro evitar sair dos limites do aceitável, e creio que raramente saio; mas meus limites podem estar colocados em lugares diferentes daqueles que outras pessoas colocariam. Isso tb faz parte da vida, as coisas sao como sao (nao estou defendendo que nao nos corrijamos quando estamos errados, mas sim que nao devemos nos exigir ser diferentes do que somos, pelo menos dentro dos limites da ética, da lei, da consciência, etc). . 

            Sartre dizia que “o inferno é o outro”. Sempre discordei disso dito dessa maneira. O outro nao é o inferno, sem o outro nao vivemos. Mas… o inferno é o fato do outro ser outro… E é mesmo, cada um é cada qual. Às vezes a “outridao” do outro está dentro dos limites do tolerável para nós, às vezes nao está. Há alguns trolls aqui com que eu realmente perco a calma… Mas em geral digo muito menos do que gostaria de dizer, rs, rs. 

  3. Impossível tz nao seja; mas nao era o q o tópico falava

    Donde, se eu tinha posto, a probabilidade era a de erro mesmo, pode acontecer  com qualquer um. Mas OK, vc nao teve a intençao de humilhar. Aceito de bom grado críticas ao conteúdo do que digo (fora trollagens, claro) mas fico furiosa quando alguém apela para erros desse tipo para ofender qualquer um, acho isso elitismo e arrogância. 

  4. Relato completo publicado por Sidney Rezende

    Confira o relato de abuso sexual da filha adotiva de Woody Allen
    Redação SRZD

    Dylan Farrow, filha adotiva de Woody Allen, voltou a acusar o cineasta de abuso sexual. Em carta para o “New York Times”, ela relatou os supostos ataques do consagrado cineasta durante a sua infância. Leia abaixo o texto na íntegra:

    Dylan e Woody Allen. Fotos: Reprodução

    “Qual o seu filme favorito de Woody Allen? Antes de responder, é bom que você saiba: quando eu tinha sete anos, Woody Allen me levava pela mão para o sótão da minha casa. Ele me mandava deitar de bruços e brincar com o trenzinho elétrico do meu irmão. E me atacava sexualmente. Ele falava comigo enquanto o fazia, susurrando que eu era uma menina boa e que aquele era o nosso segredo, me prometendo que iríamos a Paris para que eu estrelasse um dos seus filmes. Lembro-me de olhar para o trenzinho, prestando atenção em como ele se movia em círculos pelo sótão. Até hoje eu tenho dificuldades para olhar para trens de brinquedo.

    Até onde posso me lembrar, meu pai fazia coisas das quais eu não gostava. Não gostava como de como ele frequentemente me afastava de minha mãe, parentes e amigos para ficar sozinha com ele. Não gostava quando ele colocava o dedão da mão na minha boca. Não gostava quando eu tinha que entrar debaixo dos lençóis enquanto ele estava apenas de cuecas. Não gostava quando ele colocava sua cabeça no meu colo nu, inspirando e expirando. Eu me escondia embaixo das camas e me trancava no banheiro para evitar os encontros mas ele sempre me achava. Estas coisas aconteciam frequentemente, rotineiramente e tão habilmente escondidas de uma mãe que teria me protegido se soubesse o que eu achava ser normal. Eu achava que essa era a maneira que pais mostravam carinho às suas filhas. Mas o que acontecia comigo no sótão parecia diferente. Eu não conseguia mais guardar o segredo.

    Quando perguntei à minha mãe se o pai dela fazia com ela o que Woody Allen fazia comigo, eu honestamente não sabia a resposta. Também não sabia da tempestade que a perguntaria provocaria. Não imaginava que meu pai usaria sua relação sexual com minha irmã para cobrir o abuso que ele praticou contra mim. Não sabia que ele acusaria minha mãe de plantar o abuso na minha mente e a chamar de mentirosa por me defender. Não sabia que eu teria que recontar a história muita vezes, médico após médico, na tentativa de que eu admitisse que mentia em prol de uma briga judicial a qual eu não entendia. Em certo momento, minha mãe sentou-se comigo e me disse que eu não teria problema se eu estivesse mentindo – que eu poderia retirar tudo o que eu havia dito. Eu não podia. Era tudo verdade. Acusações de assédio sexual contra os poderosos enfraquecem-se muito facilmente. Especialistas estavam dipostos a atacar minha credibilidade. Médicos queriam disfarçar a criança a abusada.

    Depois que os juízes negaram ao meu pai o direito de visitar os filhos, minha mãe desistiu de continuar o processo criminal, apesar das conclusões do Estado de Connecticut – por conta do que foi definido pelo promotor como fragilidade da “vítima infantil”. Woody Allen nunca foi condenado por nenhum crime. O fato de ele ter escapado das acusações me assombrou enquanto amadurecia. Fui vítima de sentimentos de culpa de que eu havia permitido a proximidade dele com outras crianças. Eu fiquei aterrorizada de ser tocada por outros homens. Desenvolvi um transtorno alimentar. Comecei a me cortar. E o tormento foi agravado por Hollywood. Muitos (dos meus heróis) fizeram vista grossa. Muitos acharam mais fácil aceitar a ambiguidade dos fatos argumentando que “ninguém pode dizer o que aconteceu” e fingir que nada esteve errado. Atores o idolatram em festas de premiações. Críticos o colocam em revistas. Cada vez que vejo o rosto do meu algoz – num poster, numa camiseta, na TV – eu só conseguia esconder meu pânico até encontrar um lugar para ficar sozinha e desmoronar.

    Na semana passada, Woody Allen foi indicado para o mais recente Oscar. Desta vez, me recuso a desmoronar. Por muito tempo, a aceitação de Woody Allen me silenciou. Era uma reprovação pessoal, como se os prêmios fossem uma maneira de me mandar calar a boca e ir embora. Mas os sobreviventes de abuso sexual que chegaram até mim – para me apoiar e dividir os medos de seguir em frente, de serem chamados de mentirosos, da sensação de ouvir de outros que as lembranças não são lembranças – me deram motivação para não ficar calada, para que outros saibam que não devem ficar calados também.

    Hoje me considero uma pessoa de sorte. Sou casada, feliz, tenho o apoio dos meus irmãos e irmãs. Tenho uma mãe que encontrou dentro de si mesma uma fonte de força que nos salvou do caos que um predador trouxe ao nosso lar.

    Mas outros ainda estão assustados, vulneráveis e ainda lutando com coragem de contar a verdade. A mensagem que Hollywood manda é importante para eles.

    E se fosse com a sua filha, Cate Blanchett? Louis CK? Alec Baldwin? E se fosse com você, Emma Stone? Ou você, Scarlett Johansson? Você me conheceu quando criança, Diane Keaton. Você esqueceu de mim?

    Woody Allen é um testemunho vivo da maneira como a nossa sociedade fracassa em defender sobreviventes de assédio e abuso sexuais.

    Então, imagine sua filha de sete anos sendo levada até um sótão por Woody Allen. Imagine se ela passa uma vida inteira sendo atingida por náusea diante da menção dele. Imagine um mundo que celebra o seu torturador?

    Imaginou? Agora, diga: qual o seu filme favorito de Woody Allen?”
    http://www.sidneyrezende.com/noticia/223845+confira+o+relato+de+abuso+sexual+da+filha+adotiva+de+woody+allen

  5. Esse tipo de crime é muito

    Esse tipo de crime é muito complicado. Geralmente não existem provas e fica a palavra de um contra a do outro. 

    Se for verdade, ainda tem como ele pagar pelos crimes ? E se for mentira da vítima, como fica a situação ? 

     

  6. Muita desinformação em caso requentado

    Para quem não sabe, o trecho da carta aberta em que Dylan Farrow fala de suposto abuso sexual enquanto ela observava o trem elétrico do irmão (publicada pelo jornalista americano Nicholas Kristof, vencedor de dois Prêmios Pulitzer, na data de ontem, 1º de fevereiro de 2014, em seu blog no site do The New York Times) teria acontecido quatro meses depois que Woody Allen se separou de Mia Farrow. Não aconteceu em Nova Iorque. Supostamente aconteceu numa cidade de Connecticut, onde Mia estava com os filhos. Woody teria ido visitar os filhos que ele tem com Mia Farrow (dois adotivos e um biológico – Ronan Farrow, até aqui ainda é oficialmente filho biológico dele, apesar de Mia ter dito que ele “possivelmente” seria filho de Frank Sinatra, o que falou em tom irônico em recente entrevista, sem sequer respeitar a memória da viúva de Frank Sinatra, de quem ela é amiga -, salvo engano, é isso).

    A história não é crível: como Woody Allen iria abusar da filha nessas circunstâncias, com as babás todas em volta? Como ele iria ter a capacidade de levar a filha adotiva, Dylan Farrow, para o sótão da casa e abusar dela sexualmente, quando o escândalo do rompimento do relacionamento com Mia ainda estava nas páginas dos jornais americanos? Simplesmente não faz sentido. Psiquiatras, médicos legistas, etc, examinaram Dylan à época e nada restou provado contra Woody Allen. Ele não chegou nem a ser formalmente acusado. Uma investigação pesada, detalhada, que durou mais de seis meses. A equipe de especialistas (psiquiatras) era de Yale. Allen passou no detector de mentiras. Mia Farrow se negou a fazer o teste.

    Interessante, apesar da grande militância pró-direitos humanos de Mia nos EUA e no mundo todo, e ela fez questão de criticar a suposta indiferença dos stablishment americano para com as vítimas de abusos sexuais ao premiar Woody Allen, como ela silencia para o fato de que um irmão dela foi recentemente condenado por praticar justamente abusos sexuais contra crianças. Acusa Woody Allen de ser um molestador de crianças, quando ele sequer chegou a ser formalmente acusado, mas silencia sobre o irmão condenado pela justiça americana. Outra coisa, não é interessante que Woody Allen tenha adotado mais duas crianças com Soon-Yi, tendo passado por severa avaliação da justiça americana, que não viu motivos para não permitir que ele adotasse mais dois filhos? Woody Allen se casou com Soon-Yi em 1997, com quem ele apenas entrou em contato quando já tinha 19, 20 anos. Ela nunca foi filha de Allen. Ela era filha de Mia Farrow e André Previn, com quem Farrow teve um caso aos 24 anos de idade que deixou a então mulher de Previn louca, ao ponto de ser internada e sofrer tratamento de eletrochoque. Soon-Yi não considerava Allen um padrasto. Ele era visto como o namorado de sua mãe adotiva. Allen sequer morava com Mia Farrow (em 12 anos de namoro, Allen nunca dormiu uma noite sequer no apartamento de Mia em Nova Iorque). Eram apenas namorados, apesar de terem um filho biológico e dois filhos adotivos, entre eles, Dylan. Soon-Yi convivia mesmo era com André Previn, seu pai adotivo.

    Lamentável tudo isso. Não culpo Dylan. Como disse Robert B. Weide (autor de um documentário sobre Woody Allen), no The Daily Beast, ela pode realmente acreditar que foi abusada sexualmente, assim como seus irmãos também podem acreditar que a irmã foi, a exemplo de Ronan Farrow, que cortou contato com o pai biológico oficial, Woody Allen, há mais de 20 anos.

    Moyses Farrow, o outro filho adotivo de Mia Farrow e Woody Allen, atualmente voltou a entrar em contato com o pai. Numa recente entrevista na mídia americana, foi categórico em afirmar que teria sofrido “lavagem cerebral” da mãe. O caso é complicado e antes de sair acusando os outros, é melhor se informar para poder tirar suas conclusões com um pouco mais de fundamento. Eu particularmente não acredito na acusação e acho que tudo não passou de revanchismo e ressentimento de Mia Farrow. Que ela ficasse eternamente magoada com Allen, isso eu entendo, afinal, ele teria ficado com a filha adotiva dela. Mas daí a acusar Allen de abusos sexuais, tudo para acabar com a carreira dele, isso foi longe demais. Mia não podia acusar Allen de abusar de Soon-Yi e fez isso com Dylan. É como eu penso o caso. Mia Farrow continua sendo uma grande atriz, uma grande militante dos direitos humanos. Mas nesse escândalo todo com Woody Allen, ela não me parece merecer credibilidade. No mais, lamentável que um caso privado desses, altamente delicado para todas as partes envolvidas, seja exposto e devassado de forma tão sensacionalista pela mídia.

     

     

     

    1. CONCORDO

      Alexandre, dessa vez concordo com vc em gênero, nº e grau. Não acredito na versão de Farrow e acho que aquelas crianças – hoje, adultos perturbados – são vítimas dela, não de Allen. É muito improvável que a Justiça americana deixasse Allen adotar duas meninas com Soon-Yi se houvesse qualquer indício de que ele fosse um molestador de crianças.

      Logo depois da última cerimônia de entrega do Globo de Ouro, quando os Farrow fizeram a habitual lambança nas redes sociais pra protestar contra a homenagem a Allen (por sua obra admirável, não por sua conduta privada, que não me interessa), li uma notícia num site americano que trazia um comentário + ou – assim:

      “Não sei o que Woody Allen fez ou não fez. Mas sei que Mia e Ronan Farrow vivem suas vidas no ódio e que isso não lhes faz nenhum bem”.

      É isso aí.

       

  7. Em tempo

    Existe muita desinformação sobre esse caso. Impressionante. Mia Farrow conta com isso para voltar com a artilharia pesada contra Woody Allen, 21 anos depois. Tudo por causa do prêmio do Golden Globe e da mais recente indicação ao Oscar. Mia não aceita que Allen continue sendo o cineasta de prestígio que sempre foi. Tem gente que nem sabe o contexto do que Dylan descreve nesse trecho da carta aberta (não a culpo, ela não tem culpa pelo que a mãe fez).

    Diane Keaton foi a pessoa que recebeu o prêmio Cecil B. DeMille concedido a Woody Allen pelo conjunto de sua obra no último Golden Globe (12/01/2014). Allen é famoso por nunca comparecer a eventos dessa natureza. A eterna desculpa em relação ao Oscar é a de que ele mora em Nova Iorque e não vai a Los Angeles porque a premiação aconteceria quando ele se apresenta com a sua banda de jazz num clube da cidade hehe.

    Claro que não é isso. Woody Allen não vai porque não gosta mesmo do ambiente dessas premiações.

    Mas a premiação a Woody Allen deu o que falar nos EUA, especialmente depois que o seu até bem pouco atrás filho biológico com Mia Farrow, Ronan Farrow, mandou um tweet requentando as acusações de abuso sexual que ele teria praticado contra uma das filhas adotivas de Mia, chamada Dylan Farrow, então com 7 anos de idade.

    Ronan Farrow escreveu no Twitter “Perdi o tributo a Woody Allen – eles colocaram a parte onde uma mulher publicamente confirmou que ele a molestou quando ela tinha a idade de 7 anos, antes ou depois de Annie Hall?”, tweet que fez menção à parte em que Keaton invocou cenas de Annie Hall em seu discurso (ela foi a estrela desse filme de Allen, que no Brasil se chamou “Noivo Neurótico, Noiva Nervosa”), assim como citou nas entrelinhas as acusações que Woody Allen sofreu na época da separação com Mia Farrow em relação a supostos abusos sexuais que teria praticado contra Dylan Farrow, uma das filhas adotivas de Mia Farrow. Dylan, anos depois, teria dito, numa entrevista, que “Eu não sabia que alguma coisa formalmente errada estava acontecendo…As coisas que me faziam sentir inconfortável me faziam pensar que eu era uma criança má, porque eu não queria fazer o que o mais velho me mandava fazer”. O mais velho seria precisamente Woody Allen. Atualmente, a filha adotiva de Mia farrow, que supostamente teria sido abusada por Allen, usa inclusive outro nome, dada a repercussão do caso.

    Claro que tudo isso deve ser visto com muito cuidado, porque Mia Farrow nunca aceitou sua separação com Woody Allen, mais ainda pelo fato dele ter se casado com uma de suas filhas adotivas, de nome Soon-Yi. Daí para jogar os filhos e filhas contra Allen, não falta nada (ela tem ao todo 14 filhos, entre biológicos e adotivos). A matéria inteira que saiu na Vanity Fair, um pouco depois do auge do escândalo da separação de Mia Farrow e Woody Allen nos EUA, pode ser lido numa matéria de novembro de 1992 (ver aqui a matéria: http://www.vanityfair.com/magazine/archive/1992/11/farrow199211).

    Eu particularmente nunca acreditei nisso. Sempre vi as acusações contra Woody Allen como uma revanche desproporcional de Mia Farrow, apesar de, na época do auge do escândalo, ela não ter tornado públicas essas acusações. Ela não aceitou muito bem ser trocada por uma de suas filhas adotivas. É compreensível que ela tivesse ficado magoada, não só com o ex-marido, mas também com a filha adotiva. Mas daí a fazer uma campanha de difamação e de calúnia contra Allen na imprensa americana, o que somente aconteceu quando a separação já estava consolidada, foi um pouco demais. Woody Allen nunca chegou a ser formalmente acusado, apesar do caso ter sido investigado. Nunca houve qualquer prova confiável contra Woody Allen. Existiam declarações suspeitas de uma babá que não chegou a afirmar que viu diretamente cenas de abuso. A própria Dylan, quando perguntada pelo psicólogo infantil sobre a parte do corpo em que teria sido tocada pelo “daddy”, apontou para o joelho e não para a parte íntima, como Mia Farrow teria dito que a filha disse a ela. A história não tinha muita credibilidade, justamente porque somente veio à tona depois da consolidação da separação, isto é, quando ela viu que Woody Allen ia, de fato, se casar com Soon-Yi.

    O nome de Ronan Farrow tem sido muito suscitado nos EUA nos últimos tempos, não só por ser oficialmente filho biológico de Woody Allen e Mia Farrow. Ele sempre foi prodígio. Formou-se na primeira faculdade com 15 anos de idade e, depois, se formou na Faculdade de Direito de Yale aos 21 anos de idade. Trabalhou na ONU e, posteriormente, foi assessor especial de Hillary Clinton durante o seu comando na Secretaria de Estado no Governo Obama, ocasião em que trabalhou com causas envolvendo jovens, o que seria uma de suas especialidades, motivado que foi pelos supostos abusos sofridos pelos seus irmãos adotivos e supostamente praticados por Allen. Além disso, Ronan Farrow é jornalista, ativista político em prol dos direitos humanos e detém o prestigioso título de pós-graduação, concedido pela Universidade de Oxford a estudantes estrangeiros, Rhodes Scholar, cujo nome é uma homenagem ao político e magnata inglês, do setor de mineração (especializado em diamantes), Cecil John Rhodes, que fez história na África do Sul.

    Mas desde que Mia Farrow deu uma entrevista a Vanity Fair em novembro do ano passado, em que afirmou que Ronan “possivelmente” seria filho de Frank Sinatra, seu nome está em alta nos EUA, mais do que um dia esteve. Ou seja, o “oficialmente” filho de Allen e Farrow pode não ser exatamente filho deles dois, mas sim de Mia com Frank Sinatra (ver aqui a matéria da Vanity Fair: http://www.vanityfair.com/hollywood/2013/11/mia-farrow-frank-sinatra-ronan-farrow ).

    Inegável que as semelhanças entre eles dois são muito grandes. Ronan Farrow tem os mesmos olhos azuis de Sinatra e a mesma face angulosa que ele tinha quando era jovem. Mia Farrow chegou a declarar a Vanity Fair que nunca se separou realmente de Sinatra. Ela foi casada com Sinatra por apenas 18 meses nos anos 60. Teria recebido os papéis do divórcio no set de filmagem de “O Bebê de Rosemary”, filme de Roman Polanski que a lançou de vez para o estrelato.

    Ronan Farrow ironizou o estardalhaço da informação ao postar no Twitter que “todos nós somos ‘possivelmente’ filhos de Sinatra”, alimentando a polêmica. Ele nasceu em 1987, numa época em que Sinatra já tinha 70 anos de idade. Mas pode ser sim. Basta ver as fotos de Ronan Farrow para confirmar.

    A assessoria de Woody Allen negou veementemente a verdade da informação, apesar do filho ter cortado contato com o (até aqui) pai há anos e ter uma relação extremamente conturbada com ele. Nunca foi feito um teste de DNA.

    Mas pelo menos um lado dessa história não é tão ruim para Woody Allen. Se Mia Farrow nunca se separou exatamente de Frank Sinatra, como ela afirmou recentemente na mídia americana, a “traição” de Allen fica um tanto menos comprometedora em termos morais para a “puritana” sociedade americana, pelo menos se for levado em consideração que ele foi traído por Mia Farrow durante todo o namoro, que durou de 1980 até 1992. A diferença (grande?) é que Sinatra não era (nem podia ser) filho adotivo de Woody Allen.

  8. Eu adoro quando o meu fã, condoído de inveja, me dá uma estrela

    Não tenho culpa de ler todos os jornais americanos importantes, todos os dias, há muito tempo.

    Os jornais americanos são mais interessantes do que os jornais brasileiros. O nível do jornalismo é completamente outro. Os jornalistas são mais inteligentes, escrevem melhor, tem mais sensibilidades, a ironia é refinada, etc. Outro nível. O nível do jornalismo brasileiro ainda é muito baixo. Triste, mas é verdade.

    Eu entendo perfeitamente quando o Claudio Abramo chegava na redação da Folha de São Paulo com uma edição do The New York Times e dizia: “Isso que é jornalismo, não essa porcaria que nós fazemos”.

    De fato, o jornalismo brasileiro é um lixo perto do jornalismo americano, inglês, francês, etc.

     

  9. Que mulheres malvadas estas

    Que mulheres malvadas estas !

    É ínacreditável que sempre que surge alguma denúncia de abuso sexual contra alguma celebridade, a suposta vítima é sempre supostamente culpada e fala mentira.

    Aqui já defenderam Polanky, Bertolucci e Marlon Brando e, pasmem, sempre as mulheres são oportunistas, aproveitam da fama, ou têm ódio mortal de quem denunciam.

    Enquanto isto, os casos de abuso sexual contra crianças são sempre relegados, mesmo quando não se trata de pessoas famosas.

    Eu tenho fortes motivos para acreditar que a Dylan Farrow tenha sofrido abusos do Wood Allen, independentemente dos problemas de sua mãe.

     

  10. Lei Maria da Penha

    Louvavel,mas tem mulher venenosa enfiando o dedo na cara do marido louca pra uns beneficios

    nao temos leis para o Mario da Mooca nem do Ze da se

    Quem come filha adotiva come todo mundo e um podre

    Desculpem a revolta, quanto ao cineasta aguardemos…..

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