
O Hamas propôs um plano de cessar-fogo com duração de 4 meses e meio para acabar, definitivamente, com a guerra em Gaza. Após uma longa reunião com o secretário de Estado dos EUA, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, irá anunciar hoje se aceitou a negociação.
O plano do Hamas
Trata-se de uma contra-proposta do grupo terrorista em resposta às opções dadas pelo Catar e Egito, e foi obtida pela agência internacional Reuters. Nela, o Hamas oferece um planejamento de três fases para acabar com a guerra de Israel.
Na primeira fase, o Hamas propõe a libertação de todas as mulheres israelitas reféns, homens menores de 19 anos, idosos e pessoas doentes, em troca da libertação de 1.500 soldados e palestinos presos por Israel.
Na segunda etapa, o Hamas propõe que o restante dos reféns do sexo masculino seriam libertados. Na terceira, os restos mortais dos reféns e prisioneiros de ambos os lados.
Durante estes 45 dias, o Hamas informa que “espera que os dois lados tenham chegado a um acordo sobre o fim da guerra”, informa a Reuters, que obteve o documento.
Resposta de Netanyahu
Segundo informações de agências de notícias do Egito, as negociações propostas pelo país e pelo Catar, no qual o Hamas respondeu com uma contra-proposta, teriam surtido efeito e as trocas de reféns começariam amanhã, quinta-feira (08).
Não se sabe, contudo, quais os termos especificamente foram acordados e aceitos entre Israel e o Hamas, e se as negociações são, efetivamente, um planejamento para o fim da guerra, como havia proposto o grupo, segundo o documento inicialmente divulgado.
Na noite de hoje, Netanyahu confirmará os termos do acordo para a libertação dos reféns.
Mediação dos EUA
Mais cedo, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, discutiu os termos do acordo de troca de reféns diretamente com os EUA.
O secretário de Estado dos EUA, Antony J. Blinken, está em Jerusalém e se encontrou com Netanyahu,o ministro da Defesa israelense, Yoav Gallant, o ministro de Assuntos Estratégicos de Israel, Ron Dermer, e outros chefes do sistema de defesa.
Em comunicado do porta-voz do Departamento de Estado dos EUA, Mathew Miller afirmou que o acordo desta semana são os “últimos esforços para garantir a libertação de todos os reféns restantes” e que os EUA apresentaram uma proposta de “paz e segurança duradouras na região”.
Ainda de acordo com o comunicado, o país teria “reiterado o apoio ao estabelecimento de um Estado palestino” e “enfentizou a necessidade urgente de diminuir as tensões na Cisjordânia e evitar a expansão do conflito”.
O gesto dos EUA ocorre, ainda, em meio às eleições norte-americanas e a insatisfação da população do país com a abordagem de Joe Biden no conflito Israel-palestina.

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