A Assembleia Geral das Nações Unidas aprovou nesta sexta-feira (27/10) uma resolução liderada pela Jordânia apelando por uma “trégua humanitária imediata, duradoura e sustentada” entre o exército de Israel e os militares do grupo extremista Hamas na região de Gaza.
O texto foi aprovado por 120 votos a favor, 14 contra (entre eles Estados Unidos e Israel) e 45 abstenções, naquela que é a primeira resposta formal às hostilidades em curso na Palestina desde os ataques de 07 de outubro, após quatro reuniões sem consenso por parte do Conselho de Segurança.
A proposta exige ainda o fornecimento “contínuo, suficiente e sem entraves” de fornecimentos e serviços vitais para os civis presos dentro do enclave, uma vez que as notícias sugerem que Israel expandiu as operações terrestres e intensificou a sua campanha de bombardeamentos.
Apela também à “libertação imediata e incondicional” de todos os civis mantidos em cativeiro, bem como exige a sua segurança, bem-estar e tratamento humano, em conformidade com o direito internacional.
Uma proposta enviada pelo Canadá, que adicionava a condenação inequívoca aos ataques terroristas do Hamas em Israel a partir de 7 de outubro e o sequestro de reféns, não obteve apoio suficiente e foi rejeitada.
Na Assembleia Geral, os 193 Estados-Membros têm direito a um voto cada, e, ao contrário do Conselho de Segurança, não existem vetos.
Posição brasileira
Sérgio França Danese, embaixador e representante permanente do Brasil na ONU, expressou “condenação inequívoca” aos ataques terroristas hediondos do Hamas, incluindo o sequestro de reféns.
Ele também “condenou claramente” os ataques que indiscriminadamente matam e ferem civis e destroem casas na Faixa de Gaza, privando-os de ferramentas básicas para sobrevivência.
Danese saudou a sessão de emergência depois o Conselho de Segurança não aprovar nenhuma das quatro propostas de resolução sobre a crise, incluindo a proposta brasileira, que recebeu 12 votos a favor.
O país votou a favor dos dois textos apresentados na Assembleia Geral nesta sexta-feira.
O apoio dado pelos membros do Conselho à resolução “indica que se tratava de um texto equilibrado”, descreveu a resolução como “firmemente fundamentada” no direito humanitário internacional e nos direitos humanos e “fundamentalmente comprometida com o imperativo humanitário”.
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