O príncipe Ali Bin Al-Hussein, concorrente de Blatter na eleição da Fifa

Enviado por Gilberto Cruvinel

Do Uol

Quem é o príncipe que pode encerrar a era Blatter após 17 anos?

Príncipe jordaniano Ali Bin Al-Hussein, rival de Joseph Blatter em eleição da Fifa

Príncipe jordaniano Ali Bin Al-Hussein, rival de Joseph Blatter em eleição da Fifa

A reeleição de Joseph Blatter era dada como certa desde que ele ainda tinha cinco concorrentes. Quando passou a ter só um rival, ninguém duvidava que ele teria mais um mandato como presidente da Fifa. Só que o estouro do maior escândalo da história do futebol balançou os alicerces da entidade que domina o esporte e colocou o cartola todo-poderoso em risco. E quem pode derrubá-lo é um príncipe jordaniano que até outro dia era um desconhecido do grande público.

Ali bin Hussein, aos 39 anos de idade, é hoje a principal esperança de quem acredita que o futebol estará melhor longe das mãos de Blatter. O problema é que ninguém sabe exatamente o que ele fará se forem suas a mãos que estiverem no comando. Seu principal cabo eleitoral, Michel Platini, também não ajuda.

“O Ali é novo (39 anos), é ambicioso e por isso daremos nosso suporte a ele. Ele pode fazer coisas boas e não precisa de dinheiro”, disse o francês, presidente da Uefa, esquecendo-se de que idade e situação financeira não são, por si só, qualidades administrativas.

Quem é, de onde vem?
Bin Hussein é cartola por opção e oportunidade familiar. Seu pai, Hussein bin Talal, foi rei da Jordânia de 1952 a 1999. Seu irmão, Abdullah II bin al-Hussein, herdou o país do Oriente Médio do pai. Ao hoje candidato à presidência da Fifa coube a segurança do país, que ele comanda diretamente desde 2008, tendo servido durante nove anos na Guarda Real antes disso.

Nas horas vagas, Ali bin Hussein investiu no futebol. Presidente da federação de futebol local, ele participou da criação da Federação de Futebol do Oeste Asiático, criada em 2001 como uma subdivisão da AFC (Confederação Asiática de Futebol). Com contatos no continente, o cartola da Jordânia foi ampliando sua influência ao longo de uma década até dar o pulo do gato em 2011, quando conseguiu ser eleito vice-presidente da Fifa pela Ásia em um intrincado jogo de xadrez.

Bin Hussein foi eleito, vejam só, com o apoio de Joseph Blatter. O suíço queria, à época, diminuir a influência do sul-coreano Chung Mong-Joon, àquela altura um dos poucos membros do Comitê Executivo da Fifa que questionavam sua liderança.

Jogo de xadrez com Blatter
A Ásia era um ponto crucial na estratégia de Blatter, que um mês depois da eleição viu Mohammed Bin Hamman, presidente da AFC, anunciar que concorreria à presidência da Fifa. O qatari, que tinha Ricardo Teixeira entre seus aliados, caiu antes do pleito após ser pego oferecendo suborno a companheiros de Comitê Executivo da Fifa.

Ali bin Hussein seguiu fiel a Blatter por pelo menos mais dois anos. Em 2013, ele apoiou o candidato favorito do suíço na eleição da AFC, batendo o nome que era apoiado por Bin Hamman, a essa altura já defenestrado da cartolagem mundial.

O príncipe da Jordânia começou a mudar quando se aproximou de Michel Platini. Jovem, influente em um continente dominado por Blatter, e defensor de iniciativas ousadas (foi ele quem liderou a liberação do uso do hijab por jogadoras em campo), Bin Hussein virou a opção viável para o presidente da Uefa.

Mudança para Platini
Platini comanda uma confederação poderosa e influente, dona de 53 dos 209 votos – um a menos que a África, maior colégio eleitoral. Em um cenário em que poucos ameaçam o domínio de Blatter, ele sabe que precisaria acenar aos outros continentes para poder derrubar o atual mandatário. Por isso, apostou em Bin Hussein desde que o jordaniano lançou sua candidatura, no começo de 2015.

Nesta sexta, Platini prometeu todos os votos da Uefa em Bin Hussein. Aliados históricos de Blatter como a Conmebol e a Concacaf foram severamente afetadas pelo escândalo. Países-chaves, como EUA e Austrália, já manifestaram apoio ao príncipe. A dúvida é se esse apoio conseguirá vencer o sistema vigente. 

Redação

10 Comentários

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  1. Só porque um é ruim não

    Só porque um é ruim não significa que o outro é bom.

    Até agora, o que fica claro é a tentativa de golpe, que foi esta operação de véspera das eleições, para que Blatter não seja reeleito.

    Só isso.

  2. O  que é que  esse  principe

    O  que é que  esse  principe  entende  de futebol,  ate  bem  pouco  tempo   ate bem pouco  tempo   arabes,judeus  muçulmanos  nao jogavam bola,  qual  as  experiencia que  esse  rapaz com apenas  39  anos pode  ter  para dirigir  uma  federaçao como a  FIFA, Ambiçao  dele  nao estar justamente  no fgaturamento  da  FIFA?  Nao vejo ele  como  uma boa  opçao. Ele  ja  jogou  futebol na  vida,  ja deu um pontape  numa bola. Ha muita gente  ai   capacitada  a   ocuipar  a vaga do Blater. mais  eu pergunto quem pode  garantir  que   a cortrupçao nao vai continuar  a solta  ja que   a  FIFA é  mau  fiscalizada 

     

  3. Cadê o Leonardo ?

       O cara fala línguas dos cinco continentes incluindo o francês da FIFA, conhece muita gente , tem experiência administrativa, seria um candidato e tanto.

  4. Nada a ver com o príncipe ou

    Nada a ver com o príncipe ou com o salafrário presidente da Fifa.

      Esta pergunta é pra empresários e comerciantes em geral:

       Se vc tivesse apenas duas opções, qual escolheria?

        Um empregado honesto que não te dá lucro.

         Um empregado ladrão que dá lucro pra empresa.

  5. Antes que a operação que

    Antes que a operação que prendeu dirigentes fosse deflagrada tocaram aquela corneta que sempre tocava nos filmes do Rin Tin Tin quando a cavalaria chegava pra massacrar os índios e salvar os mocinhos em cima da hora? Vindo de quem veio a iniciativa de realizar esta operação ás vésperas da eleição do presidente da entidade que realizará a próxima copa na Rússia, uma pulguinha fica fazendo coceira atrás da orelha, por mais que não se morra de amores por FIFA, CBF, Marin, Blatter, etc.

  6. Aqueles momentos reveladores e constrangedores do passado…

    José Maria Marin recebe o Colar do Mérito Institucional do Ministério Público

     

    O Ministério Público do Estado de São Paulo outorgou em 5/3, em sessão solene do Colégio de Procuradores de Justiça, o “Colar do Mérito Institucional do Ministério Público” ao ex-governador do Estado José Maria Marin.

    A cerimônia foi conduzida pelo procurador-geral de Justiça Rodrigo César Rebello Pinho. Pelo Órgão Especial do Colégio dos Procuradores discursou o procurador de Justiça José de Arruda Silveira Filho (leia a íntegra do discurso). Em nome da Associação Paulista do Ministério Público falou o presidente Washington Epaminondas Medeiros Barra, representando o governador do Estado fez uso da palavra o secretário da Justiça e Defesa da Cidadania Luiz Antonio Guimarães Marrey. Também fizeram uso da palavra os deputados estaduais Fernando Capez e Campos Machado, o ex-governador do Estado Luiz Antonio Fleury Filho e o homenageado José Maria Marin que, emocionado, agradeceu a todos os companheiros de política, do esporte, amigos pessoais, familiares e integrantes do Ministério Público que lotaram o auditório Queiroz Filho do prédio-sede da PGJ.

    Integraram a mesa, além dos que discursaram, o secretário do órgão Especial do Colégio de Procuradores Irineu Roberto da Costa Lopes, o ex-governador Cláudio Lembo, o deputado estadual Antonio Salim Curiati, o integrante do Conselho Nacional de Justiça Felipe Locke Cavalcante, o corregedor-geral do MPSP Antonio de Pádua Bertone Pereira, o presidente do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo Eduardo Bittencourt Carvalho, o procurador do Estado José Luiz Souza Moraes, representando o procurador-geral do Estado, o procurador de Justiça e secretário do Conselho Superior do Ministério Público Luís Daniel Pereira Cintra, o desembargador José Emmanoel França representando o presidente da Associação Paulista de Magistrados, o secretário de Estado de Esporte, Lazer e Turismo Claury Santos Alves da Silva, o secretário de Estado da Administração Penitenciária Antonio Ferreira Pinto, a advogada e diretora-adjunta da Mulher Tallulah Kobayashi de Carvalho, representando a OAB – Secção São Paulo, o secretário-executivo da Procuradoria de Justiça Criminal Mágino Alves Barbosa Filho, o vice-secretário-executivo da Procuradoria de Justiça de Habeas Corpus e Mandados de Segurança Criminais Paulo Álvaro chaves Martins Fontes, os desembargadores Ademir Carvalho Benedito e José Carlos Ferreira Alves e o presidente da Federação Paulista de futebol Marco Pólo Del Nero.

    À solenidade estiveram presentes, além das autoridades já mencionadas: ex-vice-governador de São Paulo Manoel Gonçalves Ferreira Filho, ex-procuradores-gerais Paulo Salvador Frontini e José Emanuel Burle Filho, ex-prefeito de São Paulo Miguel Colassuonno, secretário-adjunto da Secretária de Esporte, Lazer e Turismo, Flávio José Oliveira Brizida, conselheiro da OAB Félix Mattar, Robson Tuma representando o senador Tomeu Tuma, secretário de Recursos Humanos da Câmara Municipal de São Paulo Celso Gabriel, representando o presidente, presidente da Associação dos Parlamentares do Estado de São Paulo Ademar de Barros, o conselheiro benemérito César Roberto Leão Granieri, representando o presidente do Esporte Clube Pinheiros, Gabriel Zaninello, representando o deputado federal Frank Aguiar, presidente do Palmeiras Affonso Della Mônica Netto, diretor do Corinthians Isac Wayenztyn, diretor do São Paulo Futebol Clube Otávio Augusto de Almeida Toledo, representando o presidente, ex-deputado Hatiro Shimomoto, ex-deputado federal Marcos Kertzmann, procuradores de Justiça aposentados Antonio Sérgio Pacheco Mercier e Antonio Carlos de Arantes, ex-deputado estadual Wadih Helu, ex-deputados Jacob Pedro Carolo, Mario Hato e Fauzer Carlos, além de autoridades civis, militares, integrantes do secretariado do Governo José Maria Marin, dirigentes de associações esportivas e políticas, amigos e familiares do homenageado.

     

  7. Sei não, ficou meio cabreiro

    Sei não, ficou meio cabreiro com esses principes.

    Esses caras quando são contrariados em seus países, colocam os seus opositores no paredon e manda bala.

    Não estão acostumados a ouvir não.

    Não estão acostumados a serem contrariados.

    Não estão acostumados com a democracia.

    Para eles quem não tem sangue azul, é serviçal, ralé.

    Esse cidadão vai lidar com 123 nações de cultura completamente diferente da dele, como ele vai se comportar em outros países, como principe ou como dirigente da FIFA ?

    Esse caras são cheios de manias, vicios e costumes, a ralé tem que ficar alguns quilometros de distãncia para não macular a sua corôa.

    Sei não, esse historia de principe só em quadrinho ou em seus países de origem.

    E tem mais, eles não podem ver mulher gostosas que tomam no grito para levar para o seu harém.

    Já imaginaram esse principe visitando as praias do RJ no verão carioca ?

    Se isso ocorrer vou me oferecer para ser o seu eunuco, mas naõ da forma tradicional é claro,o meu ninguém corta.

    Sei não, estou cabreiro com esse principe !

     

  8. Isso aí tem Jacutinga

    Isso aí tem jacutinga. Um sheriff lá do Partido Repúblicano, que entende tanto de soccer quanto meu inocente gato, meter o nariz onde não deve. No mínimo ele vai querer tranferir a FIFA pra lá. A Copa de 2018 também

  9. Escândalo? Blatter ganha eleição e emenda 5º mandato na Fifa

    Futebol Internacional

    Escândalo? Blatter ganha eleição e emenda 5º mandato na Fifa

     

    em mesmo o maior escândalo da história do futebol mundial foi capaz de tirar o poder de Joseph Blatter. Apenas dois dias depois de ver cinco executivos e sete dirigentes da Fifa serem presos pelo FBI acusados de extorsão e corrupção , o suíço de 79 anos confirmou o favoritismo e foi reeleito pela quarta vez à presidência da entidade que comanda o esporte mais popular do planeta. Durante o tenso 65º Congresso da Fifa , nesta sexta-feira, Blatter superou o seu único concorrente, o príncipe jordaniano Ali Bin Al-Hussein, por 133 votos a 73 e, assim, garantiu a permanência no cargo até 2019.

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    A eleição de Blatter não se consolidou exatamente no primeiro turno. Isto porque, de acordo com o regulamento da Fifa, para que a escolha fosse definida nesta parte do pleito, um dos candidatos precisaria alcançar dois terços dos 209 votos (139 indicações). Isto por pouco não aconteceu. O suíço ganhou 133 dos 206 votos válidos e ficou a apenas seis do triunfo direto. Mas antes que houvesse o segundo turno, Ali Bin Al-Hussein se deu por vencido e renunciou à candidatura.

     Foto: Mike Hewitt / Getty Images Joseph Blatter superou o príncipe jordaniano Ali Bin Al-Hussein nesta sexta-feiraFoto: Mike Hewitt / Getty Images

    Este será o quinto mandato do dirigente na presidência da Fifa. Ele foi eleito pela primeira vez em 1998 – sucedendo ao brasileiro João Havelange – e, desde então, ganhou quatro pleitos. O último em que havia chegado ao dia da eleição com um concorrente? Foi o de 2002, no qual bateu o camaronês Issa Hayatou. De lá para cá, o homem mais poderoso do futebol conseguiu uma ampliação de mandato (até 2007) e venceu dois pleitos como candidato único (2007 e 2011).

    A vitória de Blatter, então, é simbólica, mas, ao mesmo tempo, mostra ao planeta que o suíço já não é mais tão poderoso quanto antes. Afetado diretamente pelo escândalo de corrupção estourado há dois dias, o dirigente viu Uefa e Estados Unidos o atacarem e só foi reeleito pela força que ainda possui com Concacaf, Ásia e África. Para se ter noção, até mesmo a Confederação Asiática de Futebol (da qual a Jordânia, país de Ali Bin Al-Hussein, é membro) declarou apoio a Blatter.

     Foto: Matthias Hangst / Getty Images Ali Bin Al-Hussein foi o 1º concorrente de Blatter à presidência da Fifa desde 2002Foto: Matthias Hangst / Getty Images

    A quarta reeleição de Joseph Blatter acontece em um dos momentos mais cruciais da história do futebol. Desde 1998, quando assumiu a presidência da Fifa, o suíço nunca havia corrido tantos riscos de perder o cargo como agora. Isto porque a prisão de cinco executivos e sete dirigentes da entidade na última quarta-feira, em Zurique, ajudou a arranhar ainda mais a já desgastada imagem do mandatário de 79 anos.

    A operação do FBI, feita em conjunto com a polícia suíça, expôs casos de corrupção, extorsão, escândalos de irregularidades em contratos de marketing e de direitos de televisão e pagamentos de propina no processo de escolha das sedes das Copa do Mundo de 2018 e de 2022. Blatter ainda não teve o seu nome envolvido nas denúncias, mas viu a pressão sobre si aumentar consideravelmente.

     Foto: Fabrice Coffrini / AFP Blatter venceu oposição de Al-Hussein e Michel PlatiniFoto: Fabrice Coffrini / AFP

    Tudo começou ainda antes de a investigação da Justiça americana ser revelada. Na semana passada, Luís Figo e Michael van Praag retiraram as suas candidaturas à presidência da Fifa . Os dois, opositores a Blatter, detonaram o processo eleitoral da entidade e optaram por desistir do pleito para dar mais força a Ali Bin Al-Hussein. “Este é um plebiscito de entrega do poder absoluto a um só homem”, atacou o português.

    Depois, com as prisões de dirigentes da Fifa em pleno hotel Baur au Lac dois dias antes do pleito , Blatter passou a receber ainda mais pressão. Primeiro, Diego Armando Maradona o desafiou a conseguir a reeleição . Depois, a Uefa declarou apoio à oposição e pediu a saída do suíço . Por fim, o jornalista investigativo Andrew Jennings, que cedeu ao FBI os documentos cruciais para as detenções, revelou que o atual presidente da entidade era o próximo alvo . Mas nada disto foi suficiente para tirar o poder de Blatter. Ao menos por enquanto, o homem mais influente do futebol mundial segue o mesmo.

     Foto: Alexander Hassenstein / Getty Images Joseph Blatter continuará sendo a figura mais poderosa da FifaFoto: Alexander Hassenstein / Getty Images

    http://esportes.terra.com.br/futebol/internacional/joseph-blatter-e-reeleito-presidente-da-fifa,5dca385c361cae462740603ac4db6123blkmRCRD.html

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