Tempo dos virtuosos

Do Amalgama Blog

Tempo dos virtuosos

Gideon Levy, no Haaretz (Tel Aviv, 9 de janeiro)

Essa guerra, talvez mais que as anteriores, está expondo as veias profundas da sociedade de Israel. Racismo e ódio erguem a cabeça, a sede de vingança e de sangue. A “tendência do comando” no exército de Israel hoje é matar, “matar o mais possível”, nas palavras dos porta-vozes militares na televisão. E ainda que falassem dos combatentes do Hamas, ainda assim essa disposição seria sempre horrenda.

A fúria sem rédeas, a brutalidade é chamada de “exercitar a cautela”: o apavorante balanço do sangue derramado – 100 palestinos mortos para cada israelense morto é um fato que não está levantando qualquer discussão, como se Israel tivesse decidido que o sangue dos palestinos valesse 100 vezes menos que o sangue dos israelenses, o que manifesta o inerente racismo da sociedade de Israel.

Direitistas, nacionalistas, chauvinistas e militaristas são o bom-tom da hora. Ninguém fale de humanidade e compaixão. Só na periferia ouvem-se vozes de protesto – desautorizadas, descartadas, em ostracismo e ignoradas pela imprensa -, vozes de um pequeno e bravo grupo de judeus e árabes.

Além disso tudo, soa também outra voz, a pior de todas. A voz dos cínicos e dos hipócritas. Meu colega Ari Shavit parece ser o seu mais eloquente porta-voz. Essa semana, Shavit escreveu neste jornal (“Israel deve dobrar, triplicar, quadruplicar a assistência médica em Gaza” – Haaretz, 7/1): “A ofensiva israelense em Gaza é justa (…). Só uma iniciativa imediata e generosa de socorro humanitário provará que, apesar da guerra brutal que nos foi imposta, nos lembramos de que há seres humanos do outro lado.”

Para Shavit, que defendeu a justeza dessa guerra e insistiu que Israel não poderia deixar-se derrotar, o custo moral não conta, como não conta o fato de que não há vitória possível em guerras injustas como essa. E, na mesma frase, atreve-se a falar dos “seres humanos do outro lado”.

Shavit pretende que Israel mate e mate e, depois, construa hospitais de campanha e mande remédios para os feridos? Ele sabe que uma guerra contra civis desarmados, talvez os seres mais desamparados do mundo, que não têm para onde fugir, é e sempre será vergonhosa. Mas essa gente sempre quer aparecer bem. Israel bombardeará prédios residenciais e depois tratará os feridos e mutilados em Ichilov; Israel meterá uns poucos refugiados nas escolas da ONU e depois tratará os aleijados em Beit Lewinstein. Israel assassinará e depois chorará no funeral. Israel cortará ao meio mulheres e crianças, como máquina automática de matar e, ao mesmo tempo, falará de dignidade.

O problema é que nada disso jamais dará certo. Tudo isso é hipocrisia ultrajante, vergonhoso cinismo. Os que convocam em tom inflamado para mais e mais violência, sem considerar as consequências, são, de fato, os que mais se auto-enganam e os que mais traem Israel.

Não se pode ser bom e mau ao mesmo tempo. A única “pureza” de que cogitam é “matar terroristas para purificar Israel”, o que significa, apenas, semear tragédias cada vez maiores. O que está sendo feito em Gaza não é desastre natural, terremoto, inundação, calamidades em que Israel teria o dever e o direito de estender a mão aos flagelados, mandar equipes de resgate, como tanto gostamos de fazer. Toda a desgraça, todo o horror que há hoje em Gaza foi feito por mãos humanas – as mãos de Israel. Quem tem mãos sujas de sangue não pode oferecer ajuda. Nenhuma compaixão nasce da brutalidade.

Pois ainda há quem pretenda enganar todos todo o tempo. Matar e destruir indiscriminadamente e, ao mesmo tempo, fazer-se de bom, de justo, de homem de consciência limpa. Prosseguir na prática de crimes de guerra, sem a culpa que os acompanha sempre. É preciso ter sangue frio.

Quem justifica essa guerra justifica todos os crimes. Quem prega mais guerra e crê que haja justiça em assassinatos em massa perde o direito de falar de moralidade e humanidade. Não existe qualquer possibilidade de, ao mesmo tempo, assassinar e reabilitar aleijados. Esse tipo de atitude é a perfeita representação das duas caras de Israel, sempre alertas: praticar qualquer crime, mas, ao mesmo tempo, auto-absolver-se, sentir-se imaculado aos próprios olhos. Matar, demolir, espalhar fome e sangue, aprisionar, humilhar… e sentir-se bom, sentir-se justo (sem falar em não se sentir cínico). Dessa vez, os senhores da guerra não conseguirão dar-se esses luxos.

Quem justifica essa guerra justifica todos os crimes. Quem diz que se trata de guerra de defesa, prepare-se para suportar toda a responsabilidade moral pelas consequências do que faz e diz. Quem empurra os políticos e os militares para ainda mais guerra, saiba que carregará a marca de Cain estampada na testa, para sempre. Os que apóiam essa guerra, apóiam o horror.

* tradução: Caia Fittipaldi

Luis Nassif

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  1. Durante a segunda guerra os
    Durante a segunda guerra os nazistas criaram um regra nos paises ocupados como a França e a Itália mais tarde. Para cada soldado alemão morto pela resistência eles executariam 100 cidadãos do país, aleatoriamente. A ironia da história. Parece que Israel recriou a estratégia da barbárie no século XXI. 100 palestinos para cada israelense morto. A vítima de ontem se torna hoje o algoz.

  2. …”Mas foi Fintan O’Toole,
    …”Mas foi Fintan O’Toole, filósofo-em-chefe residente do The Irish Times quem, afinal disse o indizível. “Quando expirará o mandato do vitimismo?”, perguntou ele. “Quando, afinal, o genocídio nazista dos judeus da Europa deixará de servir de desculpa, para livrar o Estado de Israel das barras dos tribunais internacionais e das leis regulares da humanidade?”

    Passei horas agradáveis, em Derry, onde falei, como conferencista da Cátedra Tip O’Neill da Universidade do Ulster, nas “Conferências sobre a Paz” de 2009.[1] Lá, alguém do público perguntou, exatamente como, no dia seguinte. perguntou um membro da Sociedade Histórica do Trinity College de Dublin, se o acordo de paz da “Good Friday”[2], na Irlanda do Norte – ou, em geral, o recente conflito irlandês – não teria lições úteis, que se pudessem aplicar no Oriente Médio. Respondi que me parece que acordos de paz são fenômenos locais, que não suportam deslocamentos bruscos; e que a idéia de John Hume (meu anfitrião em Derry) – de que tudo seria questão de pactuar-se uma solução e respeitar-se o compromisso – não funcionaria, porque o roubo de terras palestinenses, cometido pelos israelenses na Cisjordânia, é parente mais próximo do assalto à Igreja Católica Irlandesa, no século 17, do que do sectarismo em Belfast.

    Mas desconfio, sim, é que a divisão, o ‘racha’, que já se aproxima da guerra civil, entre o Hamás e a Autoridade Palestinense, tem muito em comum com a divisão entre o Estado Livre da Irlanda e as forças contrárias ao Acordo, que levou à guerra civil irlandesa de 1922-3; que a recusa do Hamás a reconhecer Israel – e os inimigos de Michael Collins, que se recusaram a reconhecer o Tratado Anglo-Irlandês e a fronteira com a Irlanda do Norte – são tragédias muito semelhantes. Que, hoje, Israel está representando o papel que a Inglaterra representou então, quando a Inglaterra usou as forças pró-tratado (Máhmude Abbás) para combater as forças anti-tratado (Hamás). ” Robert Fisk; mais em http://www.viomundo.com.br/voce-escreve/fisk-sempre-as-mesmas-velhas-ideias/

  3. No livro de Bertrand Russel
    No livro de Bertrand Russel “No que Acredito” ele defende uma tese da sua própria frase: “A vida virtuosa é aquela inspirada no amor e guiada pelo conhecimento”. Aí eu pretensamente acrescento: Um Oposto disto é qualquer guerra.

    Francisco Belo

  4. Por favor, seu moço não deixe
    Por favor, seu moço não deixe que matem nossas criancinhas.
    Elas tão indefesas não sabem o que está acontecendo ao seu redor.
    Seus corpos estraçalhados nas ruas, as mesmas que antes sonhavam viver.
    Se o senhor está me ouvindo saiba que elas não têm como combater.
    O que antes era o agredido, hoje é o agressor.
    Esse ódio que vejo nos olhos deles não foram essas crianças as culpadas.
    Socorra esse povo, ajude as minhas crianças.
    Já não temos mais forças para poder agüentar.
    É uma fúria incomum, daqueles que se apossaram de nossas terras.
    Ajude-nos, por favor.
    Já não agüento ver tantos corpos espalhados pelo chão.

  5. Gideon Levy, um gigante da
    Gideon Levy, um gigante da consciencia judaica, e representante daquela Grande Tradicao que agoniza no Ghetto de Gaza, sob a impiedosa blitzkrieg da Wehrmacht israelense.

  6. Quantas divisões?
    Ury
    Quantas divisões?
    Ury Avnery

    HÁ QUASE 70 ANOS, durante a II Guerra Mundial, cometeu-se um crime de ódio em Leningrado. Por mais de mil dias, uma gang de extremistas, chamada “o Exército Vermelho” sequestrou e manteve sob sítio os milhões de habitantes da cidade, o que provocou ação de retaliação pela German Wehrmacht, que teve de agir em áreas superpovoadas. Os alemães só tiveram essa escolha: bombardear e encurralar a população e impor total bloqueio, o que matou centenas de milhares.

    Pouco antes disso, crime similar foi cometido na Inglaterra. A gang de Churchill infiltrou-se entre os moradores de Londres, servindo-se de milhões de seres humanos como escudo humano. Os alemães foram obrigados a despachar para lá sua Luftwaffe e muito relutantemente reduziram a cidade a ruínas. Chamaram de “a Blitz”.

    Essa seria a narrativa da história, que veríamos hoje nos livros escolares – se os alemães tivessem vencido a guerra.

    Continua:
    http://www.viomundo.com.br/voce-escreve/ury-avnery-quantas-divisoes/

  7. Algumas vezes eu trouxe os
    Algumas vezes eu trouxe os artigos de Gideon Levy para o blog.

    Trata-se de um primoroso jornalista.

    E ninguém pode acusá-lo de querer a destruição de Israel. Pelo simples fato de que ele é israelense.

  8. Momento irá chegar em que os
    Momento irá chegar em que os judeus terão contra si a maioria da população do planeta. Por motivos claros ou simples preconceito, a verdade é que o judeu é temido e odiado desde tempos bíblicos. Agora, com a criação de Israel em meio a palestinos e as freqüentes guerras desiguais e extremamente sanguinárias, sempre apoiadas pelos EUA, os judeus voltam ao epicentro de uma rejeição que os faz único no mundo. Não demora e atentados podem voltar a pipocar em diversas cidades contra alvos judaicos. E então, de quem será a culpa?

  9. Quando o holocausto judeu
    Quando o holocausto judeu será investigado a fundo? Afinal, de onde se tirou a quantidade de seis milhões de judeus mortos? Óbvio que não estou negando o holocausto judaico, mas questionando a quantidade numérica repetida ad infinitum e seu uso como desculpa para reagir barbaramente aos ataques palestinos. Como foi dito acima, os judeus de Israel estão nesta situação porque roubaram terras dos árabes, o mesmo que seus protetotores, os EUA, fizeram, roubando terras imensas aos mexicanos.

  10. Daí o que pensar, sabia?

    E
    Daí o que pensar, sabia?

    E quem disse que o heroísmo é um atributo dos guerreiros?

    Os judeus e/ou israelenses críticos da guerra são uma ótima referência sobre esta loucura, sobre esta desrazão: eles são contrários à barbárie e jamais podem ser acusados de serem anti-israelitas.

    Não teriam nenhum motivo, além da consciência, para lamentar os mortos dos palestinos.

    Eles não estão sendo mortos, não possuem familiares entre as vítimas, não estão tendo ganhos materiais, talvez nem lucrem com maior popularidade em seu país.

    E eis que a consciência se torna o mais primoroso dos imperativos para estes heróicos pacifistas.

    Poderíamos dizer que são guerreiros da paz. Mas não. Não é justo. Não usemos o radical da palavra “guerra” para construir a morfologia de um nobre sentimento: o destes homens e mullheres, jovens e maduros contrários ao massacre.

    São apenas seres humanos – como nós esperamos que os seres humanos sejam.

    Como esperamos que a Humanidade seja.

  11. Pagando Karma e gerando mais
    Pagando Karma e gerando mais Karma.

    Para quem leu o Velho Testamento, não é novidade o povo hebreu cometer atrocidades. Quando chegaram ao que eles chamavam de “terra prometida”, após vagarem por 40 anos nos desertos, submeteram os povos aturdidos e passaram a fio de espada toda a vida, até os cães.

    Pagaram um Karma pesadíssimo com a diáspora e com o extermínio nazista.

    Receberam a terra de volta, mas estão gerando para sí próprios um novo Karma, provávelmente definitivo.

    É triste, muito triste….

  12. Como sempre dedico grande
    Como sempre dedico grande parte do meu tempo, de minha atenção, às manobras de políticos interesseiros, abrangendo mundo inteiro, acredito ser este o motivo de tantas mortes : o Estado de Israel, desde sua criação e com apoio total do estados unidos, sempre lucrou financeiramente com “reconciliações”…é recado para o presidente Obama, sem dúvida alguma.
    E entrar nessa de achar que o povo de Israel não tem culpa nenhuma, também, a meu ver, é um descuido, no mínimo um perigo para toda a humanidade, porque maioria do povo de Israel, mais pela fé louca e cega, está acreditando que é preciso matar os palestinos para assim defender a humanidade do terrorismo, pasmem, que eles mesmos estão praticando em nome de deus…continuarão elegendo quem prometer melhorias financeiras e por toda eternidade, porque é típico da maioria dos israelenses pensar dessa forma e, infelizmente, políticos insanos, maus e corruptos estão sendo eleitos justamente por isso.

  13. “A “tendência do comando” no
    “A “tendência do comando” no exército de Israel hoje é matar, “matar o mais possível”, nas palavras dos porta-vozes militares na televisão”

    Otimo. Deixe os voltarem pro seu proprio pais, os EUA, e tentarem fazer um milesimo do que fazem no Oriente Medio.

  14. Em 2006, ao ser indagado
    Em 2006, ao ser indagado sobre os bombardeios israelenses no Líbano, o presidente Lula disse que: “Os únicos que ganham com esta guerra são os que fabricam bombas”. O vaticínio do presidente continua atual pois, por mais que os políticos Israelenses pensem que uma eleição valha uma guerra, o preço a ser pago por todo o povo israelense nas próximas gerações será enorme.
    Longe de representar a neutralização do Hamas, o bombardeio de Gaza (que lembra sim, o Gueto de Varsóvia!) irá ampliar ainda mais o círculo do ódio na região. Os horrores presenciados pelas crianças, que vêem seus amiguinhos, irmãos e pais serem trucidados serão marcas indeléveis nas suas mentes e corações. Quem vê os seus serem mortos, assume uma missão (mesmo que não queira) mais importante que a própria vida. E isso não vale somente para os Árabes e sua Jihad. Valeu para Bob Sands na ocidental Irlanda do Norte e muitos outros que deram a própra vida por uma causa.
    Israel está produzindo, em escala ampliada, “loucos de Deus” e, em consequência, enlouquecendo um pouquinho mais a “Civilização”.

  15. Natural, para quem carrega
    Natural, para quem carrega ódio em seu coração. Quem experimentou a morte dos seus pais e avós e gerações passadas não será capaz de perdoar e muito menos esquecer as maledicências nazistas. Essa geração que construiu o Estado de Israel não terá a grandeza de entender os infortúnios da história como uma lição para a humanidade.
    Penso também que os árabes também carregam essa sede dessa guerra insana e sem fim.
    Até quando?

  16. e se os palestinhos estiverem
    e se os palestinhos estiverem dispostos ao martírio, ao sacrifício? O que Israel fará quando tiver matado 100 mil palestinos em Gaza, vai continuar? Vai matar 500 mil? O que o mundo fará se os palestinos estiverem dispostos ao martírio? O que os poderes do mundo farão quando 100 mil palestinos estiverem mortos? Continuarão omissos? Gaza irá se transformar em Canudos?

  17. O site do Terra afirma que os
    O site do Terra afirma que os Estados Unidos rejeitaram em meados do ano passado uma proposta de Israel de bombardear a instalação nuclear iraniana de Natanz, acreditando que Bush daria apoio, ANTES de passar o governo a Barack Obama. A matéria original está no NYork Times, com o título de “US Rejected Aid for Israeli Raid on Iranian Nuclear Site”, assinada pelo correspondente-chefe do jornal, David E. Sanger. Vale a pena ler, quem puder ler inglês, melhor, porque eu acho que tem a ver com a declaração recente, não sei se de Barak ou da primeira-ministra israelense, de que Israel fará o que tiver de ser feito de maneira independente em Gaza. Antes da posse do Obama, claro.

  18. Israel nao respeita as
    Israel nao respeita as resoluções da ONU. Para Israel o que a ONU decide nao vale nada . . . . . então nem as de 1947 . . . . . o que confirma o estatuto do HAMAS . . . . . .

  19. ISRAE L – AQUELE QUE
    ISRAE L – AQUELE QUE LUTA.

    … e caminhando, Jacó encontrou com um homem no Vau do Jaboque, e pos-se a lutar com esse homem, Jacó lutou bravamente com esse homem até de manhã, o homem percebendo que Jacó não desestia, ferio-lhe a perna esquerda, mesmo assim Jacó continuou lutando.
    Então o homem, ( que era um ANJO do SENHOR) agarrou Jacó e disse-lhe:
    A partir de hoje voce se chamará – Aquele que luta ou ISRAEL.

    Esta passagem, está no Antigo Testamento em Êxodo, portanto essas guerras em que Israel se envolve é bíblico, terminando esta, Israel se envolverá em ourtras, até a segunda volta de Jesus Ungido.

    É isso.

    gas.

  20. É uma tremenda cascada o que
    É uma tremenda cascada o que vem sendo divulgado em vários países, aqui no Brasil principalmente, que maioria do povo de Israel não apóia esta matança, é uma pta mentira, pois agentes lá dentro estão informando que quase 90 % da população está apoiando a matança e o grito de guerra, a palavra de honra, dos comandantes militares para os jovens soldados é isto ó : “nada de remorsos, guerreiros, o inimigo de Israel não pode existir”
    E para quem conhece a tradição do povo de Israel, e pela forma como os jovens soldados foram preparados e estão se comportando, por várias vezes ordenando que os civis procurem refúgio exatamente nos pontos previamente marcados para serem detonados, impossível deixar de concluir que a palavra de honra que eles registraram em suas mentes tortas, lavadas ou aprimoradas, foi algo assim ó : “preparai a matança para os filhos por causa da maldade de seus pais”
    Impossível deixar de notar também que, entre uma operação e outra, eles ficam lendo as escrituras sagradas…será que eles estão procurando palavras de honra ou de apoio divino para carnificina? para crimes de guerra? para crueldade? para sua fé superior? insanidade? ou seria promessas de um bom emprego, excelentes salários e lucros estonteantes na bolsa para as ações da família ? ações do pai da namorada? ações da vizinha boazuda ?
    Só o tempo dirá, e o Hezbollah já mandou avisar que a resposta pode vir do céu também, como aquela rosa, seguida de uma fervente oração !!!

  21. 1. O importante é que haja
    1. O importante é que haja uma saida pela paz e nao essa eterna discussao de quem tem ou nao razao…Isto é, lembrar do passado como dado a ser colocado na mesa de debate, mas com um olhar para frente…Quem diz que tem sempre razao nao ouve o outro que tambem tem razao…O filosofo israelense Buber fala em eu-tu, isto é, na necessidade do dialogo, da aproximacao entre as partes. É a paz ou a barbarie…Ou somos otimistas ou saimos de armas na mao a procura de inimigos que estao muitas vezes nas cracas mentais.
    2. A cultura ocidental parece que esta mudando: a ideia do destino manifesto dos norte-americanos a partir de 1850 propiciou o amalgamento de uma cultura que ve os povos como barbaros, que precisam de uma invazaozinha para que a chamada liberdade (a minha, nao a tua, os meus interesses,, nao os teus!) esteja presente. Ora, isso eh um enorme desrepeito ah cultura dos povos…

    3. Se aparece qualquer mister butcher a defender o esquema armamentista de seu pais e disser que na Amazonia ou no Iraque ou em qualquer outra regiao ha terroristas e barbaros e primitivos etc, etc, etc e tal ou entao nao ha liberdade, estah feita a invasao, apoiada e possibilitada pela midia internacional em poder do grande capital, isto eh, em poder tambem dos donos das armas…Contra isso, so a uniao dos movimentos sociais e dos povos como o Brasil que querem a paz…Defendamos pelo menos as nossas boas tradicoes, os nossos bons legados (pensando bem, sao muitos, hein, se compararmos com esses morticinios atuais)…
    4. vide no wikipedia mais detalhes do que seja destino manifesto. Leia so o inicio, eh de arrepiar…
    ~O Destino Manifesto é o pensamento que expressa a crença de que o povo dos Estados Unidos é eleito por Deus para comandar o mundo, e por isso o expansionismo americano é apenas o cumprimento da vontade Divina. Os defensores do Destino Manifesto acreditaram que expansão não só era boa, mas também era óbvia (”manifesto”) e inevitável (”destino”). Originalmente uma frase de propaganda política do século XIX, o Destino Manifesto se tornou um termo histórico padrão, freqüentemente usado como um sinônimo para a expansão territorial dos Estados Unidos pelo Norte da América e pelo Oceano Pacífico~.
    5.Parece que isso tem tudo a ver com o que ocorre no oriente medio…
    6. Alias, expressoes como a da teoria das guerras jumanitarias da Otan, formulada pelo Blair, sao do mesmo tipo da conversa de butcher sobre a necessidade de invadir o iraque para implantar a liberdade.
    7. Eh claro que a tese sionista de que Israel eh um povo escolhido influenciou a ideia do destino manifesto. Entao por isso pode invadir e eliminar outros povos e costumes e tradicoes. Têm em comum com os EUA a tese de que seria um povo predestinado para resgatar a humanidade da barbárie, impondo-lhe seu sistema político, fundado supostamente na liberdade..
    tem tudo a ver com a tese central do sionismo: a de que Israel é um povo escolhido, segundo sua interpretação dos textos religiosos, desde os tempos biblicos. Por isso a repeticao de que a questao eh religiosa? Os laicos querem um estado laico, claro, como edward said, que mostra nesses videos como a cultura ocidental demoniza a cultura arabe, chamando-os de barbaros em muitos filmes, exoticos (alias como fazem com os movimentos populares no brasil, com o carnaval, etc e tal…nao se aprofundam nas raizes culturais dos povos, so usam estereotipos).

    Ou eh a paz ou eh ou sera a barbarie…

    no youtube voce clica no nome do edward said e aparece esses videos ai nesses enderecos.

    http://www.youtube.com/watch?v=xwCOSkXR_Cw
    http://www.youtube.com/watch?v=0HQiHuEuuhk

    http://www.youtube.com/watch?v=Aj39Py-shOA

    http://www.youtube.com/watch?v=iJ6hf68tudI

    http://www.youtube.com/watch?v=FdwKXOmsg7c

    procure por noam chomsky para ver as criticas que ele faz a democracia norte-americana sustentada pelo mercado, pela midia e a propaganda…

    É interessante ler as matérias de Robert Fisk, jornalista inglês residente no Líbano: denuncia o argumento da tal da “autodefesa” de Israel./http://historiaemprojetos.blogspot.com/ (mesmo argumento de busch para invadir o iraque, a tal da guerra preventiva, isoto eh, cria os fantasmas dos terroristas e previne o mundo contra eles! – nos somos os mocinhos, voces todos barbaros, eu tarzan, voce jane?
    dai para a “justiça infinita” e a “solução final” eh apenas um passo, em falso ou suicida?

    Hanna Arendt lembra bem do estado terrorista nazifascista, criticou-o em seus escritos, falou da banalizacao do mal, etc. Benjamin sofreu as atrocidades nazistas junto com os outros que morreram por causa dos horrores da guerra, como tantos em tantos quadrantes. Essas repeticoes da barbarie e da banalizacao do mal no oriente medio como diz edward said faz parte da historia, desde a biblia ate as ditas razoes geopoliticas da chamada civilizacao ocidental…Noam chomsky duvida da democracia norte-americana, critica a midia, o sistema de propaganda, que defendem os interesses unicos e fundamentalistas de mercado. Ai o esquema butcher de assassinatos em serie e invasoes preventivas de seus interesses resolve desesperadamente dar o ultimo suspiro de sua obsolescencia humana para impor nova realidade e deixar obama e os defensores da paz com o pepino na mao…Essa gente nao tem desconfiometro? Esse mesmo esquema eh usado pela midia golpista e seus defensores contra os movimentos sociais no brasil, historicamente. Esse positivismo besta perdeu o sentido historico. Ou defendemos a paz ou essa civilizacao da violencia nos derrotara como seres humanos ainda dignos desse nome…Orra,meu, esses caras nao tem mais o que fazer, nao? Freud diria que o problema deles eh sexual, mas deixa pra la, vai…Va de retro satanas

  22. Claudia Antunes, na Folha
    Claudia Antunes, na Folha deste dia 10 (“Vozes Anticaos”), diz que o governo israelense trata de enquadrar as críticas à ofensiva em Gaza na lógica totalizante (tantalizante, diria eu) da “guerra ao terror”.
    se alguem critica, 
é acusado de relativismo, de apoiar o grupo islâmico Hamas. Interessa aos israelenses substituir o conflito nacional com os palestinos por luta religiosa. Funciona como profecia autocumprida, que não oferece saída política, só batalha de vida ou morte. E, nesse caso, não interessa mesmo o custo em vidas inimigas.
    Ela acrescenta que, 
por essa lógica, depois de reduzir Gaza a pó, chegará a hora de obliterar o Irã, enquanto os EUA prosseguem a função de queimar os confins afegãos…
Logo a União Europeia virá para reconstruir as mesmas instituições que financiou e agora são destroços em Gaza (ministérios, Parlamento). E, antes que os palestinos tenham a oportunidade de voltar-se contra o Hamas -o argumento estratégico dos defensores da guerra-, outro conflito virá.
”A questão que deve ser respondida não é “Quem está certo?”, mas “Como mais esta rodada de batalhas vai melhorar a situação geral?” Nesse ponto, Israel não tem um argumento convincente”, escreveu Gideon Lichfield, correspondente em Jerusalém da “Economist”.
Como Lichfield, outras dezenas de pessoas com posição indubitável em favor do Estado de Israel questionam a guerra, e suas vozes, que têm espaço reduzido na mídia israelense (ontem o editor do jornal “Maariv” se desculpou por um colunista ter acusado o Exército de crimes de guerra), merecem ser ouvidas. Eis uma pequena mostra: Roger Cohen, colunista do “New York Times”: “Nunca me senti tão deprimido em relação a Israel, tão envergonhado por suas ações, tão desesperado por algum acordo de paz que pudesse pôr fim ao domínio dos mortos em favor de uma oportunidade para os vivos”.
Bernard Avishai e Sam Bahour, escritor israelense e empresário palestino: “Não há solução militar para este conflito. Até que os dois lados se deem conta disso, o mundo só pode esperar violência e vingança, com civis dos dois lados pagando o preço por líderes que -por pressão, ambição ou orgulho- sentem que devem infligir o dano maior, disparar o último tiro ou fazer a ameaça mais crível”.
Gideon Levy, jornalista do “Haaretz”: “Qualquer um que justifica esta guerra também justifica todos os seus crimes. Qualquer um que a vê como uma guerra defensiva deve assumir a responsabilidade moral por isso. Qualquer um que encoraja políticos e o Exército a continuarem também terá que portar a marca de Caim que será impressa em sua testa. Os que apoiam a guerra também apoiam o horror”, finaliza o
    artigo.
    Na minha opiniao, a questao nao eh saber so quem esta certo mas quem tem uma melhor solucao alem da final, isto eh, alem da guerra e da morte, que so beneficia os donos das armas…

    Eh a paz ou a barbarie.

  23. Israel pode realmente estar
    Israel pode realmente estar praticando agora toda a truculencia possivel para, assim que Obama assumir, depois aparecer como humanitário montando um amplo programa de assistencia.

    Se for assim não é cinismo é literalmente diabolico, vai parecer membro da SS fazendo uma apresentação de como o campo de concentração é um bom lugar para viver.

  24. A LÓGICA DO SACRIFÍCIO

    O
    A LÓGICA DO SACRIFÍCIO

    O texto de Gideon Levy é equivocado e cheio de falácias argumentativas. Em primeiro lugar, ele imputa racismo e ódio a uma lado só. Esses podem até existir do lado de Israel, mas existem e são certamente maiores e preponderantes do lado palestino. O segundo parágrafo, p.ex, não passa de uma acusação sem fundamento (“israel decidiu que o sangue palestino vale 100 vezes menos que o israelense”). Essa acusação mentirosa e maliciosa, inverte efeito e causa da ação israelense: 100 mortos do Hamas para cada soldado israelense não é o fundamento dos ataques, mas sua consequência. Desmontando essa primeira inversão lógica, uma falácia do argumento de Levy fica evidente.

    A segunda grande falácia está embutida no julgamento moral absolutista (“quem mata não tem moral”, “quem justifica essa guerra justifica todos os crimes”). Levy sabe peerfeitamente – e se não sabe, deveria saber – que existem circunstâncias em que lutar, infligindo morte a terceiros, é um imperativo moral. Em certas circunstâncias muito precisas (e já inclusive prevista nos códigos penais de diferentes tradições) é possível matar para defender o bem. A auto-preservação, ou a preservação do maior número possível de pessoas é um desses casos. Exemplo pungente: matar soldados alemães nazistas ou da SS que conduziam filas de prisioneiros judeus para a câmara de gás seria um ato absolutamente moral, e plenamente justificável do ponto de vista ético, de qualquer prisioneiro judeu que tivesse meios para tal. Hipoteticamente, se fosse possível a um prisioneiro de Auschvitz matar TODOS (mil ou mais que fossem) soldados e oficiais alemães ali presentes – ELE DEVERIA FAZÊ-LO E ESTARIA FAZENDO O BEM.

    Mas Levy finge não ser possível discriminar esses casos e assim joga todos na mesma vala, como se todos os combates fossem igualmente injustos. Mas não é verdade.

    No caso destes ataques tristes a Gaza, a questão de fundo é: o Hamas (e muitos palestinos) não aceita a existência de Israel e usará todos os meios e táticas para destruir Israel, a curto, médio ou longo prazo. Diante dessa constatação, não há alternativa para Israel, senão atacar e matar os assassinos. E em seguida prestar assistência humanitária aos pobres civis e inocentes que se encontram no meio da luta.

    Por fim, para apontar um terceiro grande erro no texto, precisamos saber que Levy está ecoando uma simbólica profundamente entranhadas no espírito judeu: a imagem do ritual de sacrifício. É uma simbólica muito forte, muito potente, que permeia milienarmente o universo da experiência dos povos semitas. Levy recorre sutilmente a essa simbólica ao acusar Israel de se purificar pela imolação dos outros. Mas, aí a falácia, toda sua argumentação não faz senão inverter a lógica sacrificial, sem escapar dela (é isso que o leitor Weden não foi capaz de perceber e por isso incorre no mesmo erro). Pois se levarmos às últimas consequências seus argumentos, veremos que Levy, no fundo, admite que os israelenses se entreguem como vítimas sacrifíciais para se purificar. Em outras palavras, ele admite o sacrifício, desde que a posição dos israelenses seja apenas a da vítima sacrificial.

    Ora, esse tipo de argumento não é absolutamente novo. Ele esteve na raiz da atitude passiva dos judeus do mundo todo perante a ascenção do desejo sacrificial dos nazistas sob o III Reich. Em última instância, portanto, quem acolhe o argumento de Levy está desejando, ainda que inconscientemente, um segundo “holocausto” judeu.
    Isso porque do outro lado, do lado palestino, a simbólica e a lógica sacrificial está operando a pleno vapor. O radicalismo islâmico na Palestina está predicado sobre a simbólica do sacrifício ritual. Não é à toa que justamente ali proliferem os homens-bomba e todo tipo de atentado suicida.

    É preciso desmontar a lógica da imolação sacrificial. Mas não será com belas palavras e boas intenções, apenas. Elas não são eficazes contra a lógica sacrificial. Infelizmente, lamentavelmente, para romper esse círculo infernal é preciso lutar contra o Hamas. E oferecer suporte e conforto aos inocentes obrigados a viver no meio disso tudo.

    O resto, ou são platitudes (irresponsáveis como sempre), ou é propaganda.

  25. Nassif.

    Excelente
    Nassif.

    Excelente texto.
    Expressa totalmente minha visão sobre o genocídio que está sendo praticado. A posição do governo brasileiro é corretíssima.

  26. Como é importante saber que
    Como é importante saber que existe resistência ao massacre EM ISRAEL.

    Gideon Levy é um exemplo dessa resistência, como Ilan Pappé, e muitos jovens e pessoas anônimas em Israel.

    Mas a grande maioria da população, perto de 80%, apoia a agressão desumana e covarde em Gaza. E essa mesma maioria apoia a desobediência à legislação internacional, o conselho da ONU, os bombardeios com fósforo branco (hoje comprovado pela ONU) e tantas atrocidades perpetradas em nome de uma defesa hipócrita – de áreas invadidas e dominadas pela força bruta.

    Hoje muitos em Israel são pró lavagem étnica (holocausto, genocídio palestino) e apartheid étnico, social e cultural – realmente para esses 80% da população de Israel, o sangue palestino não vale sequer 1% do que vale o sangue israelense.

    Não é à toa que minha prima suportou viver lá durante 6 anos, e voltou para o Brasil. A maioria imensa da população está cega – como bem percebe Saramago em seu ensaio sobre a cegueira.

    Mas pessoas como Pappé, como Gideon Levy, existem. São vozes que precisam ser ouvidas, principalmente dentro de Israel. Se Israel quiser um dia ser uma Nação e não um Estado Fora-da Lei.

  27. infelizmente Gideon Levy,
    infelizmente Gideon Levy, assim como apenas mais um pequeno punhado de poucos homens bons, é uma voz isolada tanto na sociedade israelense quanto entre os judeus ao redor do mundo.

    vide a recente reação das organizações israelitas e judaicas brasileiras… quando há, é sempre na “defesa” de Israel, e nunca na defesa de valores e práticas que impeçam que os judeus, e qualquer outro povo ou minoria, sofram o que os judeus passaram nos campos de extermínio nazistas.

    grupo que controla Israel desde sua criação, e que esteve a frente do movimento sionista desde o séc. XIX, jamais colocou em primeiro plano a segurança, e menos ainda os interesses gerais, dos judeus.

    isto é fato histórico. pesquisado e analisado por vários judeus, inclusive.

    a intenção daqueles que se dizem judeus, e nem semitas são, os que hoje controlam Israel e promovem o genocídio dos palestinos, sempre foi se apossar não apenas da Palestina, como de partes do Egito, da Jordânia: Eretz Israel.

    o massacre em Gaza é apenas o começo dos terríveis conflitos que se anunciam para 2009. a chave de tudo é o Irã.

    Israel, que é a terceira potência nuclear mundial e jamais admitiu uma fiscalização da ONU, jamais consentirá num Irã nuclear.

    uso de armas táticas na região se torna cada vez mais inevitável.

    consequências serão impensáveis.

    haverá retaliação com “bombas biológicas” (terroristas suicidas transformados em arma biológicas, circulando pelos principais aeroportos do mundo).

    e não será apenas um pequeno punhado de poucos homens bons que conseguirão evitar a catástrofe.

    os judeus ao redor do mundo deveriam ser os primeiros a deflagrar uma maciça campanha internacional de boicote a Israel, assim como se fez com a África do Sul.

    http://www.naomiklein.org/articles/2009/01/israel-boycott-divest-sanction

    .

  28. Há cerca de dois mil e
    Há cerca de dois mil e setecentos anos , o odiado profeta Jeremias vaticinara : A calvície veio sobre Gaza, e foi desarraigada Asquelom, com o resto de seu Vale: até quando te retalharás?
    Ah ! espada do Senhor ! Até quando deixarás de repousar ? Volta para a tua bainha, descansa e aquieta-te.
    Como podes estar quieta, se o Senhor te deu uma ordem contra Asquelom e contra as bordas do mar? Ali lho tem prescrito. Jr. 47. 5-6-7 .
    Localizada em uma planície costeira nas proximidades de Judá, a Philístia sempre foi um espinho para Israel. Os dois povos sempre batalharam costantemente. Dentre eles, sempre existiram os pacifistas e os que trilham o caminho tortuoso da beligerância. Por mais que a mídia ocidental
    apregoe um viés anti-semita, se os israelenses não se precaverem, serão sempre escorraçados. A próxima jogada dos enxadristas islâmicos, será mais um atentado as hostes ocidentais, o que forçará o Estado Judeu à bombardear as instalações nucleares do novo Estado Persa. Tudo endossado pela neófita gestão Barak Obama

  29. “Os palestinos têm de ser
    “Os palestinos têm de ser convencidos, até os recônditos mais profundos da consciência, que são um povo derrotado.”
    Moshe Yaalon
    (Chefe do Estado-maior do exército de Israel)

  30. Fico feliz que existam
    Fico feliz que existam pessoas como o sr Gideon Levy.

    Gente,são poucos os conscientes ,mas é como uma rede que vai se expandindo.
    Li ,que Israel com esta ofensiva ,já não causa tanta simpatia no mundo.
    Sempre que emitem opiniões contrárias à Israel ,eles se defendem dizendo que essas pessoas ,blogs ,filósofos ,sites,países,presidentes,etc ;são antisemitas.
    Não foi apenas o povo judáico que sofreu,mas tb africanos,mulçulmanos,cristãos,leste europeu,curdos e muito mais….

    Abração

  31. Essa guerra, ou melhor
    Essa guerra, ou melhor genocídio, não é mais um assunto que envolve israelitas e palestinos. Qualquer cidadão consciente na face da terra já entendeu que estamos em um limite da historia humana. Se aceitarmos calados o bombardeamento de crianças o futuro de todos será sombrio. Estará aberto o caminho para ações inimagináveis dos senhores da brutalidade e bem provavelmente explosões de bombas atomicas. O desenrolar dessa carnificina em Gaza determinara o destino de todos os seres do planeta.

  32. César,
    Seu texto representa
    César,
    Seu texto representa exatamente o que Gideon Levy aponta: “quem justifica essa guerra justifica todos os crimes” — e sua justificativa se dá com tamanha desfaçatez que provoca susto: você aqui prega a lei de talião, você justifica assassinatos.

    Não, César, não existe justificativa tampouco razão moral para matar. Fica difícil entender daonde foi que você tirou esta crença — e talvez uma dica seja perceber como você desvirtuou o que leu de Hannah Arendt.

    “Não matarás”, diz a bíblia. Matar é crime e não há justificativa para assassinatos — muito menos, césar, muito menos a vingança ou a retaliação. Um sobrevivente do holocausto não pode assassinar um de seus antigos algozes ao porventura encontrá-lo na rua. Não pode porque matar é crime. e há instâncias legais, instituídas pela sociedade, para se punir assassinos.

    De todas as distorções possíveis que você inseriu aí no seu post, o que salta aos olhos e o que causa susto é quando você declara: em circunstâncias precisas, matar é um imperativo moral.

    Você pode até se referir à situações que envolvam instâncias judiciais, possibilidade de ampla defesa e, depois, julgamento e decisão — então condenação à pena de morte. Neste caso, César, quando foi que os palestinos passaram por este processo? E vale notar, César, que há debates e muito dissenso sobre esta questão da pena de morte prevista por lei. Debates, estes sim, questionando a moralidade do assassinato cometido pelo Estado. Porque tirar a vida de outro ser humano é assassinato.

    Depois, você vem dizer que o Levy usa de falácias argumentativas? Seus (seus, César) argumentos são completamente imorais, distorcidos e desumanos.

    Você prega o assassinato. E ainda evoca a moral para justificá-lo.

  33. Aos que defendem a
    Aos que defendem a pertinência da mortandade em nome da defesa própria, a pertinência da guerra – qualquer guerra, sugiro acompanhar o site do professor Johan Galtung, expert em mediação de conflitos por meios pacíficos:

    http://www.transcend.org/tms/
    Este endereço traz análises voltadas à sincera busca de interlocução.

    Pontuo este artigo de Soraya Sepahpour-Ulrich Mestre em Public Diplomacy from USC Annenberg for Communication. Ela é pesquisadora independente com foco em políticas externas dos US e a influência dos lobbies de determinados grupos.
    http://www.transcend.org/tms/article_detail.php?article_id=608

    “Every person that does not speak up and make another aware is a spectator cheering for blood sport. Jonathan Swift aptly said: “I never wonder to see men wicked, but I often wonder to see them not ashamed.” We can each save a life, collectively; we can save the people under siege.”

  34. Cezinha, meu filho:
    Depois da
    Cezinha, meu filho:
    Depois da resposta da Renata você só tem uma saída.
    Pede para c.g.r o que lhe resta e saia de fininho…

  35. LN

    Não há nada que
    LN

    Não há nada que justifique uma guerra. Nem credos, nem políticas, nem ódios.
    A guerra é a amostra mais contundente do lado animalesco do homem.

    A amargura, que surge da raiva contida vai se transformando num dique cada vez mais desenfreado, pois o ódio acaba sempre procurando uma válvula de escape. Começa com uma agressão supostamente passiva, até atingir o último limite da sordidez humana.

    E muito pior do que aquilo que de ruim ocorre no mundo é a nossa passividade, como se fôssemos espectadores de um filme com hora para terminar.

    A neutralidade diante da injustiça é uma aberração humana, um mau uso da energia do amor, de que deveria estar imbuída a nossa espécie.
    Parece que a nossa geração perdeu a noção da gravidade, que traz o mal, até que ele não bata à sua porta.

    Nossa presença no universo só tem sentido se for acompanhada de sentimentos profundos de justiça, amor e comunhão. Fora disso não passaremos de zumbis.

    Precisamos encontrar o caminho que celebra o universo. Se isso não acontecer a nossa alma reagirá cada vez mais com revolta e violência.
    O universo existe para atrair a nossa grandeza e não o ressentimento pelo fato de nosso existir.

    Mas não podemos ser apáticos a ponto de não defender o nosso cosmo tão maravilhoso. O que faríamos nós se um meteoro ameaçasse explodir a Terra?
    Empunharíamos todas as tecnologias conhecidas no sentido de preservar este pedacinho do universo. Ele faz parte do todo. E se uma das partes do todo adoece, a infecção atingirá a totalidade, assim como acontece com o nosso corpo, quando não é tratado.

    A raiva quando usada para um fim amável, contrapondo-se à omissão, eliminando a conformidade das massas, o tédio que toma conta de nossa sociedade dita organizada, tem o seu valor.
    Mas é nociva, quando se transforma em ódio, uma vez que passa a errar o alvo. Uma vez que a compaixão nasce da reação interior à justiça sofrida ou desencadeada pelo sofrimento de outros, mesmo que não sejam os nossos.

    A raiva mal digerida leva à violência e à destruição, passando da amargura para a agressividade e a explosão.

    Se há um Deus, esse não colocaria o homem num beco sem saída. Seria cruel demais. Portanto, quem o busca, precisa acreditar que há uma maneira de se pôr fim às barbáries, aos genocídios. Caso contrário Ele seria um sádico.

    E o mais triste é ver dois povos que se dizem herdeiros de Jeová e Alá (ambos uno), exterminarem-se em fúria, cólera e vingança. Pelo visto o deus dessa gente é um deus dos mortos e não dos vivos.

    O ódio é hoje muito mais que uma questão social, quando não lutamos pela paz, mas por um lado em especial, torcendo para que esse esmague todas as estruturas do outro.

    Quem for humano não pode fugir deste combate em prol da paz, indiferente da raça a que pertença.
    Não apostemos em lados que não seja o da justiça e o da PAZ.

    Se o que acabo de dizer me transforma numa pessoa parva e ingênua, confesso que ainda prefiro continuar assim.

    Abraços!

  36. A atitude de Israel já passou
    A atitude de Israel já passou de todos os limites, é uma barbárie. Lamentável é que o mundo assiste sem qualquer ação efetiva para barrar atos tão cruéis e indignos.
    Também estou cansada da posição de eternas vítimas que assumem, como se os crimes cometidos contra o povo israelense servissem de justificativa eterna para que possam matar inocentes, sem qualquer receio de punição.
    O pior é que sempre que alguém se posiciona contra a política israelense, é logo acusado de racismo. Não é mais possível aceitar a posição de vítima de Israel, nem as acusações de racismo, como forma de initmidação e submissão à política criminosa de Israel.

  37. Sugiro fortemente também a
    Sugiro fortemente também a leitura dos textos que Ibelber Avelar está postando em seu blog, O Biscoito Fino e a Massa. Vale muito dar uma passada por lá.

  38. Cara Renata,

    Se você,
    Cara Renata,

    Se você, adulta, ainda não aprendeu que há certas circunstâncias especiais em que, sim, há fundamentação moral em matar, não gostaria de ser eu a ensiná-la.

    De todo modo, vou deixar apenas um exemplo, radical e hipotetético, mas pedagógico. Você está na janela de seu apartamento, no 8º andar, observando seus filhos de 8 e 10 anos brincando no pátio do prédio. É feriado e não há mais ninguém no local. A seu lado, no parapeito da janela, há um grande vaso de plantas que pesa cerca de 20kg. De repente, com horror, você vê que alguém desconhecido entrou no prédio e está no pátio. Não precisa usar sua intuição de mãe para ter um forte pressentimento de que o homem não tem boas intenções. Ele veste um capuz preto cobrindo o rosto, tem uma espécie de cutelo no mão e se aproxima furtivamente dos meninos. Você repara que por, um instante, o sujeito fica exatamente na linha reta abaixo da janela e sabe que se jogar o vaso na cabeça dele, provavelmente irá matá-lo. Qual é a sua obrigação moral como mãe?

    Se você não sabe a resposta, não me venha me dar lição.

  39. O artigo de Gideon Levy é
    O artigo de Gideon Levy é irretorquível. Honra não especialmente judeus ou israelenses, mas o ideal humanista -aquele que é possível encontrar no senso comum, na cabeça de uma dona-de-casa ou de um pai -de- família -, o fio que resiste a qualquer delírio fascista, mas que considera a dor e a perplexidade de quem se vê diante de algo tão absurdo e irracional.

  40. Cesar, não tem um exemplo
    Cesar, não tem um exemplo menos forçado e ridículo, não? Feriado, não tem mais ninguém, o vaso pesa 20 kg, o cara tem um cutelo na mão… É complicado precisar apelar de tal maneira para poder tentar participar da discussão.

  41. Os ataques de Israel a Gaza
    Os ataques de Israel a Gaza além de desproporcionais e desumanos, são irracionais, tanto que o mundo todo tem manifestado repulsa a tais bárbaries. Parece que só há lógica nestes ataques se baseados em uma megalomania política que ignore qualquer senso de compaixão para com outros. E só podemos ter compaixão em relação aos outros quando formos capazes de nos colocar na pele deles.
    Em um mundo que caminha para a união e compreensão mútua entre os povos, é um retrocesso levantar muros e ignorar seus semelhantes como seres humanos.

  42. Sergio, é óbvio que tem
    Sergio, é óbvio que tem inúmeros exemplos mais simples. A caricatura do exemplo anterior foi proposital, você não entendeu? Eu mesmo disse que era um exemplo forçado, mas que servia, justamente pela sua natureza caricatural, para fins de exposição.

    Eu havia inclusive fornecido outro exemplo no comentário inicial (falei de uma situação em que prisioneiros de um campo de extermínio – onde se matavam sem qualquer compaixão crianças, velhos, mulheres, doentes, às centenas de milhares – se tivessem alguma chance de matar seus algozes para se libertar, deveriam fazê-lo e estariam fazendo o bem). Mas o exemplo não só foi ignorado, como foi completamente distorcido no comentário da leitora Renata.

    Bom, eu estava falando de princípios, de questões elementares. Por isso, os exemplos, independente de serem caricaturais, devem ser básicos e simples. Como este: se alguém invade a sua casa disposto a destrui-lo e destruir sua família, você não só tem o direito – como tem a obrigação – de usar os meios possíveis e necessários para auto-preservar-se e sobretudo preservar aqueles a que você deve guardar e proteger. Nesse caso, portanto, se você tiver que matar, será um ato justificado moralmente. É desse tipo de escolha moral que eu estava falando. E é claro que os exemplos podem ir se complexificando, de modo que se torna mais problemático discernir a correção moral, etc.

    Mas, no fim das contas, o que eu criticava no texto do Levy era exatamente o fato de ele dizer que não há como discriminar atos violentos justos dos atos violentos injustos. E isso é evidenteme falso.
    Defender-se é um direito e um dever. Quantas vezes, ao longo da história da humanidade, grupos humanos tiveram que fazer guerras, não porque assim o desejavam, mas porque outros homens vieram lhes atacar? Fazer guerras é sempre ruim, mas não é necessariamente mau – é isto que eu estava dizendo e criticando no Levy.

    Vou repetir. Como eu disse, os exemplos podem ser multiplicados. E no fundo, o cerne do meu argumento era apenas este: Levy quer fazer crer que toda violência é injustificável moralmente, e nisso ele está fundamentalmente errado.

    Por ter feito essa crítica ao texto do Levy (além de uma análise da simbólica do sacrifício), alguns leitores, que não parecem gostar muito de idéias contrárias às suas, apelaram para grosserias escatológicas (mandaram-me “c*g*r”), e para grosserias médicas (“vai tomar calmante”).

    E a leitora Renata simplesmente NÃO ENTENDEU NADA do que leu (ou então nem leu realmente o que eu escrevi, só passou os olhos e como percebeu que eram idéias contrárias às suas, fechou a mente).
    Tanto não entendeu, que disse que eu “prego o assassinato” (será que ela sabe realmente o significado da palavra pregar, será que ela quis mesmo dizer isso?), e que meus argumentos são imorais e desumanos.

    Nesse nível, de fato, não dá gosto de participar de discussão alguma. Discussão pressupõe que as pessoas ouçam e procurem compreender o que o outro está dizendo. E, depois disso, retruquem caso considerem o pensamento do outro errado.

    Mas com esse grau de instabilidade emocional, associado à vulgaridade, em que a primeira coisa que um comentarista faz é me mandar “c*g*r*”, sem fornecer um único argumento razoável para contradizer o que eu havia escrito – isso, meu caro, não tem nada a ver com discussão.

  43. Como disse um soldado
    Como disse um soldado israelense ao seu superior ao verem os massacres de Sabra e Chatila no Líbano na década de 80! “Quer dizer que agora nos é que somos os nazistas senhor”

  44. Cesar:
    Você se enganou. Não é
    Cesar:
    Você se enganou. Não é que os leitores não gostam de suas ideias. É que assassinato em massa de crianças não costuma ser aceito por ninguém em sã consciência. Espero que o exercito de Israel não esqueça de exterminar também todos aqueles perigosos terroristas que com terríveis pedaços de pedra atacam os indefesos tanques judeus.

  45. O fanatismo religioso, seja
    O fanatismo religioso, seja cristão, judaico ou muçulmano, é a praga que infelicita a humanidade.
    Os estúpidos que se consideram escolhidos por um deus, sentindo-se na obrigação divina de destruir o oponente, na verdade, representam as pragas bíblicas que sobreviverá enquanto houver tanta ignorância.

    Enquanto isso, espertalhões usam essas entidades míticas criadas para apascentar o rebanho e leva-lo ao açougue.

    Tal qual um messias, Gurú, ou mesmo Führer, o homem de fé religiosa, o criador doTerceiro Reich Adolf Hitler, amigo de Sua Santidade Pio XII, o germanófilo Eugenio Pacelli, juntamente com o majoritário apoio alemão, foram responsáveis pelo sofrimento da jovem que proferiu as seguintes palavras: “Do fundo do coração, sei que nunca mais terei minha inocência outra vez”.
    Anne Frank, a judia que através de seu diário, se tornou famosa vítima do nazismo.
    Terá sido Anne Frank, usada como escudo pela maquina propagandística sionista? Sim. A valer os comentários da imprensa a soldo do Estado terrorista de israel.
    Pela ótica nazi-sionista, crianças palestinas, abatidas pelos mísseis israelenses, o são, por serem usadas como escudos pelo Hamas.

    Nem a incompetente PM carioca, seria capaz de atirar num bandido tendo uma criança como escudo. É necessario o amparo de um poderoso e raivoso deus do velho testamento.

    Orlando

  46. Concordo com o César. A
    Concordo com o César. A análise dele sobre o auto-sacrifício dos judeus é provida de fundamentos, quem ler sobre o campo de concentração de Treblinka (Treblinka, de Jean-François Steiner) vai encontrar algo a respeito.

    Quanto a “lutar, infligindo morte a terceiros…” ser “… um imperativo moral…”, há várias situações na História em que isso ocorreu, é previsto nos códigos penais de vários países, inclusive no Brasil (o instituto da legítima defesa prova tal afimarção). Dizer que “dessa água nunca beberei” é incoerência e atitude de quem nunca passou por situação que demandasse ação desse tipo (dizer qual a forma que agirei numa situação hipotética me soa um pouco absurda).

    Outra coisa curiosa é que as vozes furiosas sobre a ação de Israel nunca se levantaram quando dos mísseis do Hamas, lançados diariamente contra o sul de Israel (podem ser imprecisos, mas matam e provocam destruição também); nesse caso a maioria se porta como velhas virgens e imaculadas.

    É engraçado ver a quase unanimidade em condenar um lado e inocentar o outro, tão culpado quanto. Mas enfim, viva a parcialidade!

    Marcos, o que as vítimas civis têm a ver com isso? Em que a destruição da infraestrutura de Gaza melhora a situação. Para deixar mais claro o conceito de legítima defesa, compare as mortes de lado a lado.

  47. É de pasmar!
    Em pleno século
    É de pasmar!
    Em pleno século XXI a afronta diária perpetrada por Israel a tudo que pode se dizer civilidade!
    O espetáculo de barbárie é reiterado e fere, diariamente, os olhos da humanidade, pela sua ferocidade e cinismo.
    O genocídio diário da população da Palestina é estampado em todas as manchetes. É evidente o desafio ao Direito Internacional, conquista de séculos da humanidade que é afrontado pelo Estado de Israel que por definição é fora da lei (out law) e, hoje é um Estado que pratica o Terrorismo de Estado, sob os olhos do mundo.
    A História da Palestina não será destruída, mas a tragédia de milhares e centenas de milhares de palestinos, desde 1948, ficará na memória dos povos como um dos maiores crimes contra a humanidade, perpetrada pelo Estado judeu de Israel.

  48. É LN, sempre tem um indiota
    É LN, sempre tem um indiota querendo ser diferente do senso comum! Como alguém pode entender, aceitar e tentar justificar o que está sendo feito em Gaza, Marcos? Se não podes entender do que se trata, tente houvir o Rei de Espanha!

  49. César,
    eu entendi
    César,
    eu entendi perfeitamente o que eu li . Eu escrevi apresentando a você todos os dilemas morais relativos ao assassinato. Contrapondo o que você escreveu: “em circunstâncias precisas, assassinato é um imperativo moral”.

    Não existe imperativo moral para o assassinato. Pode-se assassinar em legítima defesa — o que obviamente é uma extrapolação simplista e falaciosa para o caso de Israel. E você extrapola com a mesma desfaçatez com que escreveu isso aqui “Levy sabe peerfeitamente – e se não sabe, deveria saber – que existem circunstâncias em que lutar, infligindo morte a terceiros, é um imperativo moral.”.

    E aqui, César, você chega a escrever que Israel que ataque com toda a sua força, sem se importar com os civis e as crianças que estiverem no meio. E depois que matar e mutilar, manda os agentes humanitários:

    “Diante dessa constatação, não há alternativa para Israel, senão atacar e matar os assassinos. E em seguida prestar assistência humanitária aos pobres civis e inocentes que se encontram no meio da luta.”

    Todo ato de violência é uma luta por poder. Tão apenas e somente poder. E você vem fazer contorcionismo mental para justificar assassinatos.

    Sim, César, eu sou adulta. E você também. Mas, isso não o impediu de pregar, sim, o assassinato, com vistas a promover o bem. E azar dos inocentes que estiverem no meio. E que se dane a moralidade neste processo. Afinal de contas, a sua moral manda matar primeiro e perguntar depois.

  50. Eu só consigo lembrar da
    Eu só consigo lembrar da Susan Sontag e o livro ” Olhando o sofrimento dos Outrs”. (Looking the suffering of others- título oriiginal)
    Tá fácil de encontrar nas livrarias.
    Reforça a posição da Renata e explica ao Cesar por que não é bem assim…

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