Barroso e os arquétipos do fascismo, por Luis Nassif

Por tudo o que conhece sobre as características intrínsecas do fascismo, o principal porta-voz do fascismo tupiniquim é o ministro Luís Roberto Barroso

Por tudo o que se conhece sobre as características intrínsecas do fascismo, o principal porta-voz do fascismo tupiniquim é o Ministro Luís Roberto Barroso. Ele tem utilizado, à exaustão, todo o repertório de discursos e práticas que caracterizaram o fascismo. E a demonstração maior foi sua fala, no evento promovido pelo Estadão.

A saber:

  • Demonização da política.
  • Exacerbação do discurso anticorrupção como bandeira de aliciamento das forças anti-política (Judiciário, Ministério Público).
  • Exacerbação do moralismo, como álibi para a derrubada dos direitos individuais.
  • Retórica da violência/inclemência, expressa nas decisões judiciais, para não diluir o conceito de força, essencial em uma guerra.
  • Apologia da voz das ruas, sem qualquer espécie de mediação, como fator de legitimação dos abusos e da desmoralização da Constituição e das leis através da interpretação subjetiva dos códigos.
  • Desmoralização da nacionalidade, para consolidar a ideia do novo, da refundação, uma espécie de América branca do mercado impondo-se sobre a miscigenação brasileira, que gerou a malandragem dos miúdos e a esperteza dos coronéis.

 

 

Luis Nassif

16 Comentários

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  1. O douto senhor foi uma imposição do mdbiltre carioca, e um dos erros de avaliação do governo do PT na indicação para o “ÊsseTefe”, junto com outras pragas que lá estão.

  2. Em 2013, o $upremo Ministro “Novato” Roberto Barroso poderia ter dito ao Excelsior Ministro Marco Aurélio de Mello: “Eu sou você amanhã”.

    Alguém já assistiu a um filme de título Trading Places, no qual um homem pobre de lugar troca de lugar com um homem rico?

    Pois bem. Um Ministro pobre de espírito trocou de lugar com outro ministro mais pobre de espírito ainda.

    Durante o julgamento do mensalão, houve um arranca-rabo entre os Ministros Marco Aurélio de Mello e o Ministro “Novato” Roberto Barroso, conforme se pode conferir nas linhas abaixo:

    “Luís Roberto Barroso – Eu assumi a posição, e pretendo conservá-la, de não pretender convencer ninguém do meu ponto de vista. Eu já votei, expus os meus argumentos…

    Marco Aurélio Mello – Vossa Excelência tenha certeza de uma coisa, eu esperava ser convencido por Vossa Excelência.

    Luís Roberto Barroso – Não tem problema. Eu então, infelizmente, não fui capaz de convencer Vossa Excelência, embora eu esteja convencido do acerto da minha posição. Feita a ressalva, que me parece pertinente em uma matéria complexa como essa, a verdade tampouco parece ter dono. Mas gostaria de dizer, em defesa do meu ponto de vista e sem demérito de nenhum ponto de vista, que eu, nesta vida, neste caso e em outros, como em quase tudo que faço na vida, faço o que acho certo, independentemente da repercussão, portanto, eu não sou um juiz que me considero pautado pela repercussão do que vou decidir, e muito menos pelo que vai dizer o jornal do dia seguinte, e muito menos estou almejando ser manchete favorável. Eu sou um juiz constitucional, sou pautado pelo que considero certo, correto, embora não me ache o dono da verdade. Porém, o que vai sair no jornal do dia seguinte, não faz diferença pra mim se não for o certo.

    Marco Aurélio Mello – Pra mim faz. Dependendo do que sai, pra mim faz. Porque como servidor do meu semelhante, eu devo contas aos contribuintes.

    Luís Roberto Barroso – Tampouco me parece irrelevante a opinião pública. Acho que a opinião pública é muito importante em uma democracia. E fico muito feliz quando uma decisão do Tribunal Constitucional coincide com a opinião pública, mas se o que eu considerar certo, justo, se a interpretação adequada da Constituição não coincidir com a opinião pública, eu cumpro o meu dever contra a opinião pública porque este é o papel de uma Corte constitucional.

    Marco Aurélio Mello – Amém, amém que assim sempre o seja.

    Luís Roberto Barroso – A multidão quer o fim desse julgamento e devo dizer a Vossa Excelência que eu também ficaria muito feliz e vou ficar muito feliz quando ele acabar. Mas nós não julgamos para a multidão, nós julgamos pessoas. E, portanto, se a multidão quer acabar, nós precisamos considerar as pessoas. Então, gostaria de saber se nós perguntássemos a uma pessoa, não à multidão, se o seu pai, o seu irmão, ou o seu filho, estivessem na reta final de um julgamento e na última hora se estivesse mudando uma regra que lhe era favorável para atender à multidão, você consideraria isso correto, a resposta seria não. Portanto, esta é minha convicção e por isso voto assim. EU NÃO ESTOU SUBORDINADO À MULTIDÃO, ESTOU SUBORDINADO à CONSTITUIÇÃO, posso ter a decisão que agrade ou não agrade e repito, não acho que tenha nenhum monopólio da virtude ou o monopólio da certeza, mas tenho o monopólio intimo de sempre fazer o que acho certo, independentemente da multidão.”

    Agora o Barroso se subordina à multidão e se insubordina à Constituição, conforme se pode conferir no trecho a seguir transcrito:

    “Você pode, eventualmente, ser contra-majoritário, mas se repetidamente o Supremo não consegue corresponder aos sentimentos da sociedade, vai viver problema de deslegitimação e uma crise institucional”.

    Por seu turno, o Ministro Marco Aurélio afirmou:

    “O $upremo não pode se preocupar com isso. Quando conseguimos decidir em harmonia com anseio popular, palmas. Quando não conseguimos é execração? Alguma coisa está errada. O dia que aceitarmos pressão o Brasil estará muito mal”.

    Em 2013, o Jânio de Freitas, em sua coluna na Folha de S. Paulo, analisou o embate entre Luís Roberto Barroso e Marco Aurélio Mello na sessão do $upremo e disse que a posição de Mello, de julgar regido pela “opinião púbica” leva a julgamentos vinculados a algo que “é manipulável e pode ser distorcido pelos meios que aparentemente a refletem quando, de fato, a induzem”.

    Hodie mihi, cras tibi

  3. O Ministro Luís Roberto Barroso falou à Época de seus estudos sobre ‘semipresidencialismo’. Não disse nenhuma palavra sobre os negócios da esposa Tereza Van Brussel, como a compra de um apartamento de luxo em Miami por meio de uma offshore. Também nada disse sobre a renovação do contrato do escritório da família com a Eletronorte.

  4. Existem ministros sendo pressionados para atender os pedidos dos que o pressionam, esta pressão vem do passado nebuloso destes ministros, a inteligencia policial os achacam, posso citar 4 , Barroso, Fachin,Gilmar e Tofolli, estão amarrados, visivilmente , seria uma boa materia jornalistica, gostaria que o Nassif comenta-se a situação da aposentadoria dos juizes, terá o teto de 5000,00 e pouco?, outra coisa, um militar que é expulso do exercito, ainda eh aposentado com 33 anos e com salario de 9000,00?essa vergonha ainda existe?

  5. Alguém precisa enquadrar esse “magistrado” no sentido de mostrar-lhe que o seu papel no serviço público limita-se a julgar com fundamentação na legislação existente. Ao invés disso ele ultrapassa sua competência tentando alterar o conteúdo da legislação segundo suas convicções políticas. Não cabe ao judiciário gostar ou não da lei existente, seu limite é a própria lei.

  6. Não exponho minha mão no fogo por nenhum juiz do STF, mas acho que as críticas de Nassif a Barroso caberiam mais em Gilmar. Quanto ao discurso do “novo” precisamos, na minha modesta opinião, ponderar. A verdadeira função da política é inovar, melhorar permanente as instituições. Não concordo, é lógico, com o “novo” deste medíocre governo. Mas as instituições estão sim falidas, a corrupção é um câncer e existe um fosso enorme entre a sociedade e o Estado. O incrível é que a esquerda cala neste aspecto, quando deveria ser a vanguarda de mudanças. O PT nasceu com o propósito de mudar a política mas acabou aderindo ao status da realpolitik. Lamentável, estamos sem teoria e prática de esquerda. O corporativismo venceu. E a escravidão, em novas bases, sobrevive.

    1. Esqueçamos por um momento o queo PT fez ou deixou de fazer. Peço que preste atenção ao fato de que a proposição de algo “novo” vem de alguém que representa algo muito velho. Você já frequentou algum tribunal? São lugares onde servidores têm que puxar a cadeira para um juiz sentar. Quanto mais “superior” o tribunal, pior. Como juízes tratados como senhores de engenho ou monarcas podem abrir a boca para refundar qualquer coisa quando exigem tratamento de divindades? Não, não virá nada de novo dos tribunais, acredite.

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