Em nova decisão, Comitê da ONU reafirma direito de Lula em disputar eleição

Cintia Alves
Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.
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Jornal GGN – O Comitê de Direitos Humanos das Nações Unidas emitiu um novo pronunciamento nesta segunda (10), reafirmando o direito de Lula em disputar a eleição presidencial de 2018.

A manifestação é uma resposta à defesa do ex-presidente, que recorreu ao Comitê no dia 4 de agosto, após o Tribunal Superior Eleitoral indeferir o registro do petista alegando que a Lei da Ficha Limpa está acima do Pacto Internacional dos Direitos Civis e Políticos, do qual o Brasil é signatário.

Segundo informações da assessoria de Lula, os advogados Cristiano Zanin e Valeska Teixeira informaram ao ex-presidente sobre o novo parecer do Comitê da ONU nesta segunda, após visita ao petista, que está preso em Curitiba desde o dia 7 de abril.

Em julgamento no TSE, por 6 votos a 1, ficou definido que o PT não poderá apresentar Lula, que foi condenado em segunda instância na Lava Jato, como candidato. O prazo estipulado pela corte eleitoral para substituição expira na terça-feira, 11 de setembro.

A defesa de Lula recorreu da decisão do TSE no Supremo Tribunal Federal e, ao Comitê de Direitos Humanos da ONU, solicitou um pronunciamento a respeito do indeferimento do registro.

Segundo a defesa, a manifestação do Comitê ressalta que “Todos os poderes do governo (executivo, legislativo e judiciário, além das mais altas autoridades públicas ou governamentais, e qualquer nível – nacional, regional ou local) estão em posição de absorver a responsabilidade do Estado-parte.”

O Brasil internalizou o Protocolo Facultativo (que dá poder ao Comitê de Direitos Humanos para processar demandas de brasileiros com direitos civis e políticos violados) no Decreto Legislativo 311/2009.

“O novo pronunciamento do Comitê de Direitos Humanos da  ONU será anexado ao recurso já interposto perante o Supremo Tribunal Federal no ultimo sábado (Agravo Regimental na Pet. 7841)”, afirmou a defesa.

 

 

Cintia Alves

Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.

9 Comentários

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  1. Devia citar nonimalmente os.envolvidos
    Que sao o Presidente da República, do Congresso, todo o STF e TSE. Quem sabe se responsabilizados fariam o certo.

  2. Se eleito presidente, Lula fica supra judice

    Se eleito presidente, Lula fica SUPRA JUDICE, nos termos do art. 86, § 4º, da CF.

    O General Villas Boas entende tanto de direito quanto um jumento entende de mecânica quântica. Ele disse que não aceita alguém sub judice Presidindo a República.

    1. Menos

      O que você chama de liminar é uma recomendação, em caráter provisório (não definitivo, cabe aprovação), assinada por 2 dos 18 membros do comite de direitos humanos da ONU. Só não vê quem não quer que houve claro viés político nessa recomendação, e que seria um absurdo o TSE ignorar uma lei aprovada pelo Congresso Nacional e promulgada pelo Presidente da República porque dois membros, repito, dois membros de um comite da ONU assim o quiseram. Tanto foi absurdo que o placar do plenário do TSE foi 6 a 1.

      1. Liminar é uma ordem judicial, não uma recomendação

        Isso é uma contradictio in terminis ou uma contradictio in adjecto?

        Desembucha, Cristiano. Ou latim prá você é grego?

        1. Ordem judicial vem do Poder

          Ordem judicial vem do Poder Judiciário, qualquer ordem vinda de outro poder alheio aos 3 que regem este Estado Soberano não pode ser considerado mais do que como uma recomendação. Especialmente se emitida em caráter provisório, representando a opinião de apenas 2 dos 18 membros de um dos comitês da ONU.

          Engraçado como pros petistas a ONU agora é séria, idônea e precisa ser respeitada. Antes achavam que não tinha que dar ouvidos pra ONU, que era subordinada aos EUA, que estava a serviço das grandes potencias, que tinha que dar calote no FMI, etc…

          Falando em contradição…

  3. Era, era simples.

    Era simples: impedir o LULA. Só.

    MAS ESTÁ CUSTANDO TODA A REPUTAÇÃO DO JUDICIÁRIO BRASILEIRO E DE VÁRIAS AUTORIDADES.

    MAS ESTÁ CUSTANDO AO PAÍS A DESONRA INTERNACIONAL DE DESCUMPRIDOR DE ACORDOS SOBRE DIREITOS HUMANOS E CIVÍS.

    MAS ESTÁ CUSTANDO AO PAIS UM FUTURO NEGRO E INCERTO.

    O preço do impedimento do LULA é tremendo! Assustador.

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