Investigação envolvendo assessor de Flávio Bolsonaro vai para a PGR

Cintia Alves
Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.
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Jornal GGN – O jornal O Globo desta segunda (17) informa que as movimentações suspeitas de assessores de mais de 20 deputados do Rio de Janeiro serão individualizadas e investigadas pelo Ministério Público do Estado. O Coaf analisou as contas de 75 assessores e ex-assessores. Entre eles estão Fabrício Queiroz, homem de confiança da família Bolsonaro e que esteve lotado no gabinete de Flávio Bolsonaro até outubro de 2018. Como Flávio é senador eleito, o caso será remetido para a Procuradoria Geral da República, afirma o diário.

Juntos, os 75 funcionários e ex-funcionários movimentaram R$ 207 milhões em apenas 1 ano: entre janeiro de 2016 e janeiro de 2017. O procurador-geral do Estado, Eduardo Gussem, será responsável pelos casos, com exceção do assessor de Flávio e do deputado federal eleito Paulo Ramos.

Gussem pretende “abrir um procedimento investigatório criminal (PIC) ou uma’notícia de fato’ para cada caso, individualmente”.

“Como na lista do Coaf aparecem dez deputados estaduais que não se reelegeram, Gussem deverá encaminhar os casos à Procuradoria da Tutela Coletiva da Capital, para livre distribuição entre os promotores de primeiro grau. No gabinete do procurador-geral, só ficarão os casos de deputados estaduais que se reelegeram e permanecerão na Alerj”, explica O Globo.

Segundo o Coaf, as contas rastreadas são de assessores de  14 partidos diferentes (Avante, DEM, MDB, PDT, PHS, PRB, PSB, PSC, PSD, PSDB, PSL, PSOL, PT e SD).

O assessor de Flávio Bolsonaro ainda não se manifestou sobre o caso. Ele movimentou R$ 1,2 milhão no período de 1 ano. Outros 9 assessores ligados ao gabinete do filho do presidente Jair Bolsonaro depositaram parte de seus salários na conta administrada por Fabrício.

Levantamento do Estadão mostrou que a ex-assessora de Jair Bolsonaro, Nathália Queiroz, depositou mais de 90% de seu salário na Alerj na conta de Queiroz, que é seu pai. Antes de trabalhar com Jair, ela esteve lotada no gabinete de Flávio Bolsonaro até 2016. Leia mais aqui.

Cintia Alves

Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.

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  1. O sistema de pesos e
    O sistema de pesos e contrapesos prescrito na CF/88 foi transformado um esquema de chantagem. O MPF é politicamente ativo, ou seja, a instituição usa e abusa do toma lá da cá para que seus membros possam furar o teto remuneratório, ganhar aumentos salariais suculentos, garantir penduricalhos imorais e impedir a reforma da previdência dos procuradores.  No Estado Pós-Democrático o MPF usa o direito penal do inimigo para fustigar os adversários dos privilégios dos procuradores. O direito penal do amigo é reservado para garantir a sobrevida política dos defensores do MPF.  O militarismo dos anos 1960/1970 era mais violento, mas o sistema de poder que emergiu do golpe de 2016 não pode ser considerado mais justo. Afinal, os militares mantinha o MPF na linha e agora os procuradores agem como se fossem os únicos donos do Estado. E ninguém consegue responsabiliza-los pelos abusos que eles cometem.  

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