Procuradoria dá aval ao trancamento de ação sobre acervo de Lula

Cintia Alves
Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.
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Jornal GGN – É destaque na coluna da jornalista Mônica Bergamo, na Folha desta quarta (15), que a Procuradoria Geral da República opinou pelo trancamento da ação penal em que Lula e Paulo Okamotto, presidente do Instituto Lula, são acusados de lavar R$ 1,3 milhão recebidos da OAS para custeio da manutenção do acervo presidencial.
 
Segundo a jornalista, o Ministério Público Federal “deu parecer favorável ao trancamento da ação penal contra Paulo Okamotto” e a decisão se estende a Lula e a Leo Pinheiro, da OAS. “O MPF endossou os argumentos do advogado Fernando Fernandes, de que os objetos são de interesse público e que portanto não seria crime o armazenamento deles ter sido pago pela OAS.”
 
Essa denúncia específica envolvendo o Instituto Lula é um dos três eixos da ação penal em que Lula é acusado de ter recebido da OAS a posse oculta de um apartamento no Guarujá. O processo corre nas mãos do juiz Sergio Moro. Além do acervo e do triplex, Lula é acusado de ser mentor de um esquema de corrupção na Petrobras para favorecer a OAS com três contrar milionários.
 
Segundo o jornal O Globo, a subprocuradora Aurea Lustosa Pierre apontou que não há “vantagem indevida ou lavagem de dinheiro, uma vez que há previsão legal de pessoas físicas e privadas se interessarem na preservação da memória do Estado brasileiro.” A manifestação foi feita a pedido do ministro Félix Fischer, relator do habeas corpus, e o trancamento ou não da ação deverá ser decidido pela Quinta Turma do Superior Tribunal de Justiça.
 
Leia mais: Para entender, com detalhes, o caso triplex
 
Okamotto ofereceu uma primeira defesa, segundo Bergamo, em outubro de 2016, ocasião em que explicou que o “acervo de Lula que foi mantido pela OAS tem 369 mil cartas, 9.965 livros e 15.896 discursos feitos pelo petista”. A empresa Granero foi contratada para cuidar do armazenamento.
 
Já naquela época, o advogado Fernando Fernandes sustentou “que o acervo era de interesse público e que não houve benefício pessoal. Portanto, não teria havido corrupção nem lavagem de dinheiro.”
 
Fernandes também disse que não tinha esperança de ter um julgamento “isento e justo” pois o processo é “uma farsa” que conta com o “apoio” de Moro. “Nossa esperança são os tribunais superiores”, afirmou.
O depoimento de Lula no processo do triplex está agendado para o dia 3 de maio, em Curitiba.
 
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Cintia Alves

Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.

16 Comentários

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  1. Tomaram tal atitude depois do

    Tomaram tal atitude depois do depoimento de FHC.

    Mas, aos poucos, todas as denúncias vazias contra Lula cairão por terra. Esta foi apenas a primeira delas.

    Depois do verdadeiro massacre da mídia e do judiciário, quebra de sigilos, com utilização dos mais sofisticados equipamentos de investigação e de escuta, se não apresentarem provas, Lula sairá ainda mais fortalecido.

    Imbatível numa campanha eleitoral.

    1. Ledo engano.
      Cairão várias

      Ledo engano.

      Cairão várias denuncias, mas uma tem que prosperar para a condenação de Lula e inabilitá-lo para 2018.

    2. Em 2018, ou antes, com

      Em 2018, ou antes, com atestado de idoneidade. Sem saber, ou sem querer, Moro faz o papel do Pilatos contemporâneo: manda crucificar, mas o resultado final é a redenção.

  2. Até onde vai essa viagem

    Até onde vai essa viagem louca de Moro e Cia? Até onde vai a bestialidade e inocência do brasileiro (mesmo o letrado) que ainda acredita que corrupção é privilégio de país de 3º mundo e que o remédio é matar o Brasil?

  3. Vai cair tudo

    Todas as ações vão cair, exceto a do triplex ou a do sítio. Em uma das duas o Moro vai condenar o Lula. As demais foram só pra constranger e criar fato político, dar munição pros facebooks dos golpistas. Mas o Moro vai condenar o Lula, sem sombra de dúvida. Moro criou um enredo do qual nem ele consegue mais escapar agora, se não condenar o Lula ele terá que fugir do Brasil ou os coxinhas o matarão apedrejado como traidor.

    1. Ou…

      Condenando sem provas, haverão outros tantos apedrejadores. Se correr o bicho pega, se ficar o bicho come. O suicídio já é simbólico e, torná-lo real pode ser menos doloroso.

  4. É verdade, o Moro é o

    É verdade, o Moro é o Minotauro que não consegue sair de seu labirinto, criado por ele mesmo,  de autopromoção, inveja, ódio político e ação persecutória, ele tem de condenar o Lula, senão ficará “desmoralizado” frente aos que o promoveram na mídia, frente aos que o ajudaram a construir o personagem de herói, o salvador da pátria, aquele que vai condenar o nine, vai condenar o monstro comunista, comedor de criancinhas, o Lula, a causa de todos os males do Brasil, o Lula que ganha todas as eleições.

     

    Sim, os expectadores da arena romana estão esperando, ele não pode decepcioná-los, ele vai condenar.

     

    Da minha parte, nenhuma surpresa, não me surpreendo com mais nada por aqui, caixa 2 não será mais crime depois de condenados os que deveriam ser condendos na AP 470, minhas expectativas em relação a qualquer instituição brasileira é zero, toca pra frente.

  5. A Maré está se invertendo.

    Os caros comentaristas estão certos que Moro vai condenar Lula, entretanto estão esquecendo que há uma coisa com alguma importância, O POVO.

    Os golpistas pisaram na bola feio (o que era de se esperar) pois acumularam duas coisas letais, a desmoralização pública dos mesmos e a tentativa de lançar uma reforma que incomoda e une todos, a reforma da previdência, poderíamos até dizer que foram IMPREVIDENTES.

    Daqui para diante, conforme o andar da carreta vão se ajeitando as abóboras, o que vai acontecer ninguém sabe direito, porém se o processo de mobilização popular continuar podem até mandar prender o Lula, pois, como disse que tudo pode acontecer, quem pode terminar presos são eles.

    1. Maré em baixa ou anuncio de tsunami?

      Raciocinando com Janot, força tarefa da república de Curitiba e Moro, há outra explicação para os recuos vistos esta semana no caso do acervo e em um possível desfecho favorável à Lula no caso da acusação de obstrução à justiça que corre na 10a. Vara Federal, em Brasília.

      E se este movimento não é apenas um recuo estratégico da PGR, do MPF e dos juízes para limpar o campo antes de uma investida decisiva? Estes casos são esdrúxulos, não prosperarão contra Lula e servem apenas para demonstrar a perseguição que ele sofre. Então, se for verdade que Lula está na lista Janot 2.0 com base em delaçao de Marcelo Odebrecht, é suposição válida esperar que o judiciário concentre o chumbo nisso, pare de atirar a êsmo e de gastar pólvora em chimango.

      Quem já viiu uma onda de tsunami chegar à terra sabe que é antecedida por um forte recuo do mar. Nada é certo, mas, como se diz na minha terra, cachorro picado de cobra tem medo de linguiça.

    1. Sim …

           Você está corretíssimo, o significado de truncar é cortar parte de algo, porém, em um país colonial como o nosso, o termo truncar, que comumente vem sendo usado, vem da palavra em inglês truncate, que significa picar, truncate é muito usado em linguagens de banco de dados ( SQL ), que refere-se a limpar todos os dados, informações e seus índices, picar como picar um pedaço de papel, como um documento, quando vc pica um documento vc está destruindo as informações, invalidando aquilo como um documento, então o uso da palavra truncar que vem do inglês tem o seu uso equivocado pelas pessoas, o certo seria o que vc mencionou, arquivar e jamais truncar, porém em alguns anos iremos trocar truncar por arquivar.

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