MP de Rondônia consegue condenação de ruralistas

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
[email protected]

Detidos estavam envolvidos em bloqueios e constrangimentos ocorridos na região de Colorado do Oeste após segundo turno das eleições de 2022

Foto: Divulgação/MPRO

O Ministério Público de Rondônia (MPRO) obteve sentença penal que condenou envolvidos em operação que investigava crimes contra a liberdade pessoal e contra as relações de consumo cometidos após o segundo turno das eleições de 2022.

A ação decorreu da investigação conjunta do MPRO, por meio das Promotorias de Justiça de Colorado do Oeste, do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO), do Grupo de Atuação Especial da Segurança Pública (GAESP) e da Polícia Federal (PF).

Denominada Eleutéria, a operação buscou desarticular uma associação criminosa composta por empresários, produtores rurais e um policial militar da reserva, a partir de relatos de diversos comerciantes, caminhoneiros e autônomos que disseram ter sido constrangidos por um grupo de pessoas inconformadas com o resultado da Eleição Presidencial de 2022.

A investigação identificou constrangimentos ilegais, pessoas impedidas de trafegar ou obrigadas a aderir ao movimento e coação no curso do processo contra servidores públicos.

Descoberta de novos crimes

Foram relatados casos de pressão pelo fechamento de comércios como forma de apoio, enquanto moradores afirmaram que não puderam abastecer seus veículos livremente, pois o grupo impediu a passagem de caminhões tanques na cidade, assim como chegou a limitar a quantidade de combustível a ser abastecido por pessoa.

Além disso, existem indícios de que a população da região foi cerceada do acesso a bens de consumo essenciais, como alimentos, água e até botijão de gás, e estudantes tiveram prejudicado o seu acesso às escolas.

Segundo o MPRO, as penas aplicadas variaram de 3 a 8 anos de reclusão/detenção, em virtude das práticas de crimes de associação criminosa armada, constrangimento ilegal, coação no curso do processo e crimes contra as relações de consumo.

A primeira Vara Criminal de Colorado do Oeste determinou ainda o pagamento de uma indenização coletiva que ultrapassa os R$ 2 milhões, a serem pagos a fundos de saúde e educação do município.

Alguns dos envolvidos que possuíam licença de Colecionador, Atirador Desportivo e Caçador (CAC) tiveram sua autorização cassada e o respectivo armamento e munições deverão ser destruídos.

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

1 Comentário

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

  1. Mais dois Zé Roelas que se jogaram no esgoto por causa do capitão genocida. Quantos outros terão que ser enjaulados antes que o próprio Bolsonaro ganhe uma longa estadia num presídio?

Você pode fazer o Jornal GGN ser cada vez melhor.

Apoie e faça parte desta caminhada para que ele se torne um veículo cada vez mais respeitado e forte.

Seja um apoiador