Omissão de Joesley não apaga crimes de Temer e Aécio, diz procurador

Cintia Alves
Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.
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Foto: Agência Brasil

Jornal GGN – O ex-procurador Marcelo Miller merece “punição exemplar” por tentar obter vantagem pessoal na negociação de um acordo de delação premiada junto aos executivos da JBS. Mas as provas apresentadas pelos colaboradores não devem ser anuladas, inviabilizando processos contra Michel Temer e Aécio Neves. Essa é a avaliação do procurador Frederico Paiva, do Distrito Federal, que apresentou a denúncia contra Miller.

Em entrevista à Folha, Paiva disse que cabe ao Supremo Tribunal Federal decidir o que fazer do acordo da JBS após apreciar o processo contra Miller. Mas o procurador sinalizou que “a lei prevê que as provas podem continuar sendo utilizadas” e disse que “a omissão de Joesley Batista [em relação a Miller] não apaga os ilícitos praticados por Aécio Neves e Michel Temer.”

“Há duas denúncias contra Temer e elas vão voltar a tramitar no ano que vem. É o Supremo que vai decidir sobre as omissões de Joesley”, disse.

Na visão de Paiva, o Ministério Público Federal “corta na própria carne” ao denunciar Miller por desvios na delação. “A função pública é 24 horas por dia. Desvios de conduta merecem punição. Em um país assolado pela corrupção, isso tem que ficar claro para todo servidor público. A função pública é sagrada e não pode ser usada como um meio para se enriquecer.”

Questionado sobre a credibilidade da JBS após as revelações em torno da constituição do acordo, Paiva respondeu: “Eu acredito que os irmãos Batista não contaram tudo. São pessoas que lidam com corrupção com a maior naturalidade.”

Cintia Alves

Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.

2 Comentários

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  1. até os paralelepípedos sabem

    as provas serão invalidadas e os inquéritos devidamente arquivados. novidade nenhuma, aqui é assim, os verdadeirpos corruptos e ladrões se safam pelas mãos da ‘justi$$a’.

  2. ANTICAPITALISMO DE ESTADO

    Nesta história toda, sabe quem está preso? 550.000 EMPREGOS genuinamente Nacionais e Brasileiros. Das Funções mais básicas e iniciantes de Serviços Gerais até Profissões Altamente Especializadas. 88 anos dizendo querer acabar com a Pobreza e Miséria nacionais destruindo todos caminhos que possibilitariam uma saída. Na BRF, foi só Pedro Parente chegar à Presidência que cerca de 20.000 FUNCIONÁRIOS foram colocados em férias coletivas. O Brasil é de muito fácil explicação. 

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