Operação Manus revela influência de Eduardo Cunha e Henrique Alves no Judiciário

Cintia Alves
Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.
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Foto: Câmara dos Deputados

Jornal GGN – Grampos da Polícia Federal na operação Manus, um desdobramento da Lava Jato, mostra que Eduardo Cunha e Henrique Alves agiram no Superior Tribunal de Justiça, Tribunal Superior do Trabalho, Procuradoria Geral da República e Tribunal Regional Federal da 5ª Região (que, inclusive, julgará essa investigação contra os ex-deputados) para atender os interesses da OAS.

Segundo o procurador Rodrigo Teller, a análise de telefonemas e mensagens mostra conexão entre Cunha e Alves – preso nesta semana pela PF – aos terminais usados pelo ministros Ari Pargendler, Gilson Dipp e Benedito Gonçalves, todos do STJ.
 
No Tribunal do Trabalho, Alves teria contato com o ministro Emmanuel Pereira, cujo chefe de gabinete, Luiz Cláudio Gonçalvez, teria sido acionado para tratar de assunto de interesses da empreiteira. Na OAS, a interlocução com Cunha era feita pelo diretor jurídico Bruno Brasil.
 
Uma das mensagens interceptadas pela PF mostra Cunha dizendo a Leo Pinheiro que precisa conversar com ele sobre ação do TRF relacionada a “Recife”, envolvendo FAT (Fundo de Amparo ao Trabalhador), além da eleição em Natal e Rio.
 
Outra evidência colhida no grampo diz respeito ao ministro Emmannoel Pereira. Seu filho, Erick Wilson Pereira, teria sido usado por Leo Pinheiro para “tratar de tema da alçada do TRF-5”, mostra uma conversa do ex-sócio da OAS com Henrique Alves. O MPF tem registro de 118 contatos trocados entre Pereira, Henrique Alves e Eduardo Cunha.
 
Além disso, há 25 ligações dos terminais de Alves e Cunha para Emmanoel Campelo de Souza Pereira, outro filho do ministro do TST, nomeado para o Conselho Nacional de Justiça entre 2012 e 2016, pela Câmara dos Deputados. 
 
Procuradores, os envolvidos negaram as acusações ou não quiseram comentar – caso do STJ. As informações são do Valor.
 
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Cintia Alves

Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.

8 Comentários

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  1. Dinheiro !

    O que não se faz por ele. E o que não se gasta em Forças Tarefas, julgamentos, etc., se sempre se sabe o resultado de antemão. É dinheiro que faz falta em épocas de MT.

  2. Interessante …

    … Só quero ver quando esse pessoal da justiça, que são bem parecido com os políticos, começarem a se vingar da imprensa por fazer show com o nome deles, o mais interessante é começarmos a nos depararmos com processos na justiça que sempre estiveram engavetados, seja da rede groco, falha de sao paulo, etc, começarem a ter prosseguimento, como sonegação de impostos .

  3. Erga Omnes

    A Lei é para todos. Nenhuma instituição está acima dos homens, nem o Ministério Público e nem o Poder Judiciário ou a Polícia Federal.  Acima, só as Leis, a Constituição, os Direitos Humanos e Deus, neste para quem acredita. Então, a presunção de inocência deve se aplicar tanto ao Presidente Lula quanto a esses juízes, procuradores etc. O que não pode é ter “exceção” e muito menos Estado de Exceção.

  4. “Grampos da Polícia Federal

    “Grampos da Polícia Federal na operação Manus, um desdobramento da Lava Jato, mostra que Eduardo Cunha e Henrique Alves agiram no Superior Tribunal de Justiça, Tribunal Superior do Trabalho, Procuradoria Geral da República e Tribunal Regional Federal da 5ª Região”:

    Ainda agem.  Nao da pra confusao a respeito disso nao:  ainda agem.

  5. Tà tudo dominado! O PCC tem

    Tà tudo dominado! O PCC tem muito a aprender com a elite e seus prepostos no Planalto, Puliça Fedemal, MFPPP os Supremos e superiores e super supremos do judiciário.

    1. Vai ver que estão presos

      Vai ver que estão presos Justamente, pra salvar o braço da organização criminosa no judiciário/MP. Pô, André, já tava escancarado pra todo mundo a seletividade da atuação dessas instituições na farsa do combate à corrupção. Acredito que aquele acordo do MPF com a JBS detonou com tudo. O Fato é que não existe a menor possibilidade de um esquema desse tamanho funcionar sem apoio, cumplicidade e blindagem de Judiciário e MP. Ora, aqui na ” cozinha” qq vagabundo precisa de uma ” força” na polícia, delegacia, justiça…. O tamnho da propina vai variando na medida em que o evento vai se desenrolando…. Imagina um troço desse tamanho.

      Na “cozinha” vc dá 50 pratas pro guarda mas se ele te leva aí já são 200 pq tem que divir na delegacia e, assim vai até chegar a última instância do Judiciário.

      Prendendo os dois, dá certinho, olha aí…. ah mas se tem influência ps estão presos…. Pq alguém tem que ir em cana pra disfarçar, né? Vai prender o Moro?, o Janot?, o Gilmar?

       

  6. Até que enfim, começa a

    Até que enfim, começa a aparecer o braço da quadrilha no Judiciário pq, vamos combinar que tava ridículo esse evento todo, destruindo as maiores empresas do país, toda classe política, empresários…  e a turma do judiciário assistindo e ainda tirando onda. Nunca entendi todos os empreiteiros do país encolhidinhos como se não tivessem nada a declarar sobre o funcionamento do judiciário. Até um Almirante os probos do Juciciário/MP encarceraram sem ter levado um sustinho, sequer.

    Agora, que prenderam a Andrea Neves, a coisa vai começar a feder e ou continuam quietinhos fazendo sua parte no serviiço ou tb vão pra vala comum.

    Coisa mais constrangedora durante todos esses anos foi ver o Judiciário dando lição de moral pra sociedade. Vamos ver como é que isso vai ficar.

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