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Para romper o cerco é preciso quebrar os pilares que o sustentam
por Rpv
Comentário ao post “Como o PT e os advogados permitiram que se chocasse o ovo da serpente, por Luis Nassif“
Primeiro, uma perspectiva histórica. O normal no Brasil, quando um governo popular assume é o golpe. Getúlio, Juscelino, Jango, Lula/Dilma. Collor, não foge à regra, pois também foi colocado e apeado do poder por trama das elites.
Então, isso é o normal. O diferente disso é a resistência aos golpes.
Depois, entra o papel da mídia. Daí pergunto: em qual estado brasileiro as principais rádios, jornais TVs e portais de internet não são dominados por grupos políticos e econômicos vínculados ao poder central no Brasil (esses que se articularam para dar mais um golpe no Brasil).
Só para ter uma ideia, imagino que a quase totalidade do oficialato das forças armadas brasileiras veem de manhã à noite a Rede Globo/Globo News. No carro escutam CBN, Jovem Pan ou outra rádio de um poderoso grupo político-econômico local. Para ler, acessam: Veja, Folha/Uol, Estadão, ou outro jornal impresso ou digital de um poderoso grupo local. E como o papel deles é combater inimigos, imagina quem é o principal inimigo na cabeça deles (forjada na ESG)?
Todos brasileiros que frequentam aeroportos, restaurantes, padarias, portarias de hoteis, consultórios médicos assitem a Rede Globo.
Os blogs, inclusive, a maioria de suas informações (relato de fatos, mesmo que distorcidos e criticados) são retirados dessas grandes empresas de comunicação.
Trata-se de um cerco imensamente poderoso. Incluse todos os governantes, se alimentam dessas fontes.
O poder dos meios de comunicação cria quase um mundo paralelo. Uma espécie de novilingua.
Os ministros do STF indicados pelos governos Lula e Dilma, eram na sua maioria pessoas progressistas. E eles foram absorvidos pelo novo mundo da mídia e dos poderosos. Foi uma ingenuidade imaginar que bastava boa intenção e um pouco de formação para fazer frente a estruturas históricas de poder e privilégios.
A PGR antes dos governos Lula/Dilma era o centro do iluminismo republicano brasileiro. Doce ilusão.
Então, pode-se dizer que foi muita ingenuidade. Porém, suspeito que eles não estavam sós. Só hoje aprendemos.
A mídia brasileira não é plural, nem neutra e nem progressista (incluindo a Folha de São Paulo).
A PGR e PF é eletista e corporativista.
Pessoas progressista e cultas não fazem um STF técnico e imparcial.
Para romper o cerco é preciso quebrar os pilares que o sustentam. E quem os sustenta são nossas três ilusões acima. Elas serão quebradas?
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Sobre o “ovo da serpente”
Sobre o “ovo da serpente” colocado aquí, admito que tenha sido
uma tremenda provocação do dono do blog. Mas, em boa hora, o
atento comentarista Rpv desfaz equivocos e põe os pingos
nos lugares certos. Corretissima sua versão.
É exatamente isso…
É exatamente isso…e um tantinho a mais: o meio academico, a Universidade, os doutores de um modo geral (com rarissimas exceçoes) negligenciam no “limite da irresponsabilidade” o papel da comunicação na formaçao da vontade politica, nos modos de aquisiçao e exercicio do poder. Ja passou do ponto ate de teimosia!
Quem viu o que foi feito com o Brizola aqui no Rio nao tem direito de se surpreender nem um pouco. No entanto, se deixam cegar por gostarem ou nao gostarem dele e dos governos dele…
Mais ainda: as burrices sobre os DHs que cementam o bloco reacionario e a fascistada são e-xa-ta-nem-te as mesmas de decadas atras. E a mesmissima coisa está acontecendo com a tal “ideologia de genero”, só que por fora da impresnsa que se diz liberal, porém sem nenhuma oposiçao por parte desta, já que o adversário é o mesmo, o “petista eterno”…
Nao contavam com a “astucia” do Boçalnaro ao se dizer “liberal” e privatista. A criatura engoliu o criador.
Tenho comentado aqui: nao ha dabate racional com esses estupidos; eles precisam ser combatidos. Ou se desmoraliza esse pessoal tratando-os pelo que são, ou seja, de imbecis pra baixo, ou eles vão cada vez mais ganhar adesão. O cavalheirismo já deu mostras de fracasso há muito. Enquanto isso a estupidez avança passo por passo.