Procurador de Goiás intima Nassif e toda equipe do GGN

Contudo, objeto de identificação não foi mencionado; Luis Nassif explica que caso está relacionado a retaliação de autoridade bolsonarista

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Toda a equipe do Jornal GGN recebeu intimações da Polícia Federal para comparecer à delegacia por conta de um inquérito. Embora as autoridades não falem do que se trata, o jornalista Luis Nassif aponta como responsável um procurador público que atua no estado de Goiás.

“Um sujeito folclórico lá, de ultradireita, que queria obrigar todos os municípios de Goiás a usar cloroquina. Aílton Benedito”, diz Nassif na TV GGN 20 horas desta sexta-feira.

Tal procurador, um “bolsonarista de quatro costados” como afirma Nassif, chegou a se envolver em polêmica como uma denúncia feita ao Itamaraty de que a Venezuela estaria cooptando jovens para a guerrilha.

“Era um bairro de Caracas chamado Vila Brasil, que havia um curso para internet para jovens, e ele achou que era o Brasil, eram jovens brasileiros sendo cooptados para a Venezuela”, diz Nassif.

Retaliação com uso da máquina pública

Contudo, o caso ganha outra proporção após a demissão da procuradora Eugênia Gonzaga do comitê dos desaparecidos pelo presidente Jair Bolsonaro. Benedito foi indicado para ocupar tal posto.

“(Ele foi indicado) achando que o lugar era do Ministério Público e não era – era de um Ministério Público de outro representante”, explica Nassif. “A Eugênia foi até Brasília, em uma reunião do Conselho Nacional do Ministério Público, para impedir que isso acontecesse”.

O argumento para tal era simples: “você não pode colocar um procurador em um lugar sabendo que ele vai trabalhar contra os objetivos daquele lugar. E ele perdeu o cargo”, diz Nassif.

A partir disso, abriu-se o precedente e o procurador decidiu “se vingar”, nas palavras de Nassif. E usa o poder público para isso.

“Como ele se vinga: o GGN publicou um artigo do Eugênio Aragão – que foi subprocurador da República, ministro da Justiça”, afirma Nassif. “E ele está usando o recurso público, desde lá trás, para intimar um por um dos membros do GGN para ir depor na Polícia Federal. Pra que: pra contar pra que publicou o artigo”, ressalta Nassif.

“Já mandei essa loucura para a Associação Nacional dos Procuradores da República, porque é uma desmoralização generalizada contra o Ministério Público”.

Veja mais na íntegra da TV GGN 20 horas. Clique abaixo e confira!

Redação

6 Comentários

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  1. É preciso fazer a cobertura dessa visita do GGN à PF, Nassif.

    Luzes, câmeras, ação…

    Os vagabundos do Estado-policial querem um espetáculo, os especialistas na arte de espetacularizar a vida devem entrar em ação.

  2. Creio, pelo historico do sujeito, há uma grande possibilidade desse procurador ser pastor evangélico e/ou militar da reserva da Força ou da PM. Eles operam sempre assim, é copiar e colar.

  3. Solidariedade a Luis Nassif, Lourdes, Maria Inês e toda a equipe do GGN. Reconhecimento e respeito extensivos à Procuradora Eugênia Gonzaga. Ressentimento e vingança contra vocês não vencerão. Abraços.

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