Se não entregar o ouro, não tem delação, diz Lava Jato a Odebrecht

Cintia Alves
Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.
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Jornal GGN – O Painel da Folha desta terça (19) informa que a Lava Jato decidiu mesmo adotar “linha dura” com a Odebrecht. “Diversos delatores da empresa tiveram suas propostas de colaboração recusadas. Investigadores reclamam que os anexos são superficiais e dão o recado: quem não entregar o ouro não levará o benefício”, publicou a coluna.

Ontem, o jornal noticiou que Marcelo Odebrecht foi intimado por procuradores da Lava Jato a desistir de um pedido de liberdade. Caso contrário, as negociações pela delação premiada seriam paralisadas. Na versão da força-tarefa à Folha, se Odebrecht, preso há mais de um ano, for para regime domiciliar, o “clima colaborativo” com ele até agora será finalizado.

Ao Ministério Público Federal, a empresa garantiu vai entregar em breve os arquivos digitais que provam o pagamento de propina a políticos e autoridades, recuperados num servidor reserva na Suíça. Os dados pertenciam ao chamado Setor de Operações Estruturadas e foram apagados durante as investigações. Mas o técnico de informática Camilo Gornati revelou a existência de um servidor reserva na Suíça, com cópia das transações ilícitas, atualizadas até maio de 2016.

Há expectativa por parte da Lava Jato de que Marcelo Odebrecht e outros executivos entreguem informações sobre políticos de várias vertendes, com citações nominais a José Serra (PSDB), atual ministro de Michel Temer, e o ex-presidente Lula (PT).

Lula é investigado por intermediar projetos da Odebrecht e outras empresas no exterior. Os investigadores acreditam que ele tenha recebido favores em troca desse lobby. O ex-presidente nega as acusações.

Cintia Alves

Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.

7 Comentários

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  1. “Há expectativa por parte da

    “Há expectativa por parte da Lava Jato de que Marcelo Odebrecht e outros executivos entreguem informações sobre políticos de várias vertendes, com citações nominais a José Serra (PSDB), atual ministro de Michel Temer, e o ex-presidente Lula (PT).”:

    Mentira de todo mundo.  As espectativas sao que havera citacoes nominais de todo mundo do PSDB e PMDB e quase nada sobre Lula.

    Alias, se houvesse, a “delacao premiada” ja estaria assinada.

    Se tem uma coisa que a LavaBunda nunca esconde eh seu conflito de interesse golpista.

  2. Quem tem o dedo podre que

    Quem tem o dedo podre que pague, mas a tortura está institucionalizada, prende-se e depois tenta-se tirar na delação só o que interessa, não acredito como ainda não recorreram aos foruns internacionais contra esse descalabro.

  3. Alguem poderia traduzir este

    Alguem poderia traduzir este post para vários idiomas e mostrar ao mundo a verdadeira essencia dessa operação, com chantagens e subornos para incriminarem réus sem provas, sobretudo o o ex-presidente Lula.

  4. É essa mesma classe

    É essa mesma classe profissional que está condenando o Erdogan na Turquia. Existe alguma diferença entre esses membros do judiciário brasileiro e o presidente turco?

  5. E é essa mesma classe

    E é essa mesma classe profissional que está condenando o presidente turco. Se existir diferença entre Erdogan e esse Judiciário brasileiro é no branco dos olhos.

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