2015 Abril e Maio, por Anna Dutra

Por Anna Dutra

2015. Findou o Abril mais intenso dos últimos anos.  Mês maestro, mês lição.

A Lua – malandrinha – nos convida a passear por Maio, que chega na voz do violeiro.

Abril. Abriu-se.
Foi-se a Alvorada do ano, o início.
Arianos brilhando, abrindo caminhos, idealizando e uns tantos outros, seguindo o guerreiro, marchando atrás e concretizando sonhos e desejos.  Batalhas – São Jorge é de Abril, Revoluções, Música – O Choro e sua casa.
A Semana da Paixão.
Octogenários, lendas e artefatos, memória e amor. Recitais, Umbanda, Omoloko.  Salve Jorge, Salve! Ogum nos trouxe a lucidez.
Eros e Thanatos, a dimensão e a fragilidade.
Campos Verdes, Lobos e Falcões. Corvos e Pombas.
Dev, Tao, Krishna.  Verso no Universo. Davi, Sansão. Aleluia.
Deixar ir. Chegadas e Partidas.
E findando, a dor da própria finitude. Saudade, suavidade, doçura.
Mês profícuo, mês maestro, mês lição.
Surpresas, descobertas, algum lamento, alguma dor.
Normal.
Findou Abril.

https://www.youtube.com/watch?v=PBUPDAVmD8c height:394

Azul do céu brilhou
E o mês de maio, enfim chegou
Olhos vão se abrir, pra tanta cor
É mês de maio, a vida tem seu resplendor
A luz do sol entrou
Pela janela, me convidou
Pra tarde tão bela, e sem calor
É mês de maio, saio e vou ver o sol se pôr
Horizonte, de aquarela, que ninguém jamais pintou
E um enxame, de estrelas, diz que o dia terminou

Noite nem se firmou
E a lua cheia, já clareou
Sombras podem ir, façam favor
É mês de maio, é tempo de ser sonhador

Quem não se enamorou
No mês de maio, bem que tentou
E quem não tiver, ainda amor
Dos solitários, o mês de maio é o protetor

Boa terra, velha esfera, que nos leva aonde for
Pro futuro, quem nos dera, que te dessem mais valor

Redação

6 Comentários

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  1. Abre-se e fecha-se. São ciclos

    Glória entrou e saiu logo do Souvenir, sem inspiração nenhuma de comprar o que queria. Descia a rua pensando que o contovelo dela era contovelo de professora, começava ja a ficar humilhada e não era para menos, quarenta anos nas costelas, pensava, filho namorando, achando que Semana Santa pode ser aproveitada em beira de rio com turma de amigos. Era demais ! Escorregava do programa que traçara pros filhos, antes mesmo do casamento. A vida castigava sem dó ! Não era brincadeira lutar para sobreviver e ainda sair desacompanhada pras coisas que toda a vida achou as mais sérias e bonitas deste mundo. Qual era o cotovelo que aguentava ? Será que Gabriel chegara do serviço ? Sentiu saudades de Gabriel. Que marido, meu Deus !

    Cacos para um Vitral – Adélia Prado

  2. A busca

    Eu não sei nada sobre energias vitais e quetais. Acho que sempre fui racional demais, cética demais e tal e tal. Mas achei interessante ler sobre As Energias do Mês de Maio. Parece que em Maio ha energias poderosas. Energias que depuram e depois vem uma a poeira energética mais suave. Fala-se na energia do centurão de photons que limpa tudo que esta obscuro em nos, naqueles que procuram limpar seus cantos obscuros, sua alma. Diz ainda que este ano sera importante para a evolução dos seres e do planeta (?). Em que pese que tudo isso faça sentido, essa imagem é tão bonita… ofereço para ti, Anna, que busca.

    1. Que Maio sorria para você!

      Maria Luisa,

      Que beleza de imagem!  Muito Obrigada.

      Eis como eu entendo um pouco, se é que entendo mesmo:

      muitos, infinitos e individuais são os caminhos a percorrer.  Cada um palmilha o seu de uma forma diferente. Não há certos, errados, nem descaminhos.

      Ser racional e cética é muito bom. Coloca sob escrutínio o que vemos e tocamos. É preciso levar conosco o que abraçamos de verdade, já que não sendo genuíno que valor teria?

      Essa “busca” é um termo, uma referência, já que não há esgotamento, não há finitude; no Universo também não há. Não se chega ao resultado da busca. A busca é o que podemos colher no caminho. Eu estou precisando colher, mas há outras pessoas que não sentem necessidade, não tem vontade, não veem utilidade. E quem pode dizer que estão erradas. Ou certas?

      O que você localizou sobre Maio, esta época, os tempos que estamos vivendo, tem sido exposto realmente. Algumas são informações milenares, outras permeadas pela Astronomia, outras absolutamente místicas. Procurando um pouco, indo às origens da Matemática – esta ciência cultuada dos nossos tempos – você se depara com tuaregues e magos lendo as estrelas – Astrologia, “ciência oculta” hoje. Tudo interligado.

      Somos nós, em nossas limitações cognitivas, que estabelecemos diferenças entre o que é verificável ou não, testável ou não, significante e significado, para não nos perdermos na compreensão do incompreensível e não nos sentirmos ainda menores e impotentes diante deste vasto Universo, em que nada somos além de “poeira de estrelas”.  Nada místico, simplesmente resultante do Big Bang (já sob dúvida, quando houve um tempo em que era inquestionável).

      Não se preocupe, nem se ocupe, com nada disso. Viver uma vida produtiva, feliz, amorosa e cuidadosa com seus afetos, sem ferir ninguém, na medida do possível não intencionalmente, é um bom caminho alinhado com as energias vitais e quetais que você mencionou.  Um caminho.

      Que maio sorria para você!

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