Os Descendentes de Dostoievski

Cintia Alves
Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.
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Por Milu Duarte

O genial escritor russo, Fiodor Dostoievski, permanece vivo tanto na sua obra -imortal- quanto na figura de seus descendentes, habitantes da cidade de São Petersburgo. Estes descendentes, dão continuidade a um sobrenome que dá ao seu portador, além de um orgulho único – uma incrível responsabilidade.

Dostoievski teve quatro filhos, sendo que dois deles – Sonya e Alyocha, morreram ainda na infância. A filha Lyuba, não teve filhos; logo, seus herdeiros descendem de seu filho Fyodor, que teve dois filhos: um deles – também Fyodor, assim como o avô e o pai e que morreu ainda muito jovem. Do outro, Lopatin, descendem os herdeiros vivos do grande autor.


Os Dostoievski do século XXI são 5 pessoas:
– seu único bisneto Dimitry Andreevitch Dostoievski, seu filho Aleksei e 3 netas – Anna, Vera e Marya. Notem que os nomes Dimitri e Aleksei foram dados em homenagem a dois dos irmãos Karamazov.

DmitriAndreevitch Dostoievski

Aleksey, que presta serviços voluntários
ao Monastério de Valaam, cuidando de cavalos

Este reduzido número de descendentes diretos masculinos preocupava os amantes e estudiosos da vida e da obra do autor, que temiam que o sobrenome viesse a se extinguir, mas o perigo passou com o nascimento de mais um menino da linhagem dos Dostoievski.

Destinado a se chamar Ivan – para formar o “time” dos Karamazov, seu pai decidiu mudar de ideia e deu ao garoto o nome do antepassado famoso: Fiodor. Agora, podemos falar sem medo de errar:FIODOR DOSTOIEVSKI VIVE e está no colo do papai Aleksei, na foto de abertura do post.

Dimitri conta um “segredo” de família: o seu bisavô protegeu a linhagem: durante a guerra, o pai de Dmitri, Andrei (neto do escritor), que sempre carregava um busto do avô feito em bronze dentro da mochila, foi baleado, mas a bala atingiu a imagem de Dostoievski e Andrei foi salvo, ficando apenas com pequena escoriação.

Outra história é que, quando pequeno, Dimitri precisava de um remédio inexistente na Rússia. Inesperadamente, chegou a Petersburgo um japonês, tradutor de Dostoievski, e ajudou seu bisneto a conseguir o remédio.

Apesar de não ter nenhum membro da família que seja também escritor, eles se dedicam inteiramente à preservação da memória do grande antepassado e quem tiver a chance de visitar o Museu Memorial Dostoievski, em São Petersburgo, poderá conhecer, talvez, Dimitri, que está quase sempre por lá. Eu não dei tal sorte, pois das vezes que lá estive meu horário de visitação ao museu não coincidiu com o de Dmitri, lamentavelmente. Mas não faltará oportunidade de eu ter minha foto ao lado de um Dostoievski.

 

Cintia Alves

Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.

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