Distribuição justa de renda não resolveria questão ambiental

 

Jornal GGN – O ser humano médio vive acima dos meios que a Terra pode oferecer. Logo, se a distribuição de renda e riqueza fosse absolutamente justa, com o índice de Gini igual a zero, as atividades antrópicas continuariam sendo insustentáveis ao meio ambiente. Acompanhe a seguir o artigo do José Eustáquio Diniz Alves sobre o tema, doutor em demografia e professor titular do mestrado e doutorado em População, Território e Estatísticas Públicas da Escola Nacional de Ciências Estatísticas – ENCE/IBGE.

 
Do Instituto Humanitas Unisinos
 
 
Por José Eustáquio Diniz Alves
 
“A pirâmide global da riqueza pode afundar por falta de sustentação ecológica ou pode implodir por falta de justiça redistributiva em sua arquitetura social” (JED ALVES, 26/06/2013).
 
“Está em xeque o modelo que traz muitos beneficios para poucos, poucos benefícios para muitos e nenhum benefício para a natureza e a biodiversidade” (ALVES, 2014)
 
Mas, para entender a relação entre demografia e meio ambiente é preciso primeiro entender a evolução dos estudos demográficos, pois a discussão populacional tende a ficar pobre e simplificada quando é dominada pelo pensamento malthusiano ou seu oposto, os cornucopianos antimalthusianos. De modo esquemático, estas duas linhas de rebaixamento do pensamento demográfico podem ser assim explicitadas:
 
Rebaixamento do pensamento demográfico feito pela corrente malthusiana:
 
Thomas Malthus escreveu seu Ensaio (cuja primeira versão era um panfleto apócrifo) para rebater os ideais da Revolução Francesa e as ideias progressistas de Condorcet e William Godwin, que eram dois gigantes do pensamento iluminista.
 
Malthus nunca foi um defensor do meio ambiente, nem do desenvolvimento e muito menos da justiça social. O princípio de população malthusiano (“população cresce em progressão geométrica e os alimentos crescem em progressão aritmética”) foi elaborado para justificar a permanência do salário de subsistência (Lei de bronze dos salários dos trabalhadores) e a renda da terra dos latifundiários. O “freio positivo” malthusiano pretendia manter a população sobre controle por meio de elevadas taxas de mortalidade.
 
Malthus era contra o “planejamento familiar” (regulação da fecundidade), pois achava que o sexo dentro do casamento tinha finalidade generativa. Como pastor anglicano, também era contra a esterilização e o aborto. Só aceitou, numa segunda versão do Ensaio e depois das críticas que recebeu, o adiamento do casamento (monogâmico e heterossexual) como “freio preventivo” do crescimento demográfico.
 
Malthus era contra a “Lei dos pobres”, defendia os interesses da nobreza e do clero e achava que os trabalhadores deveriam ser mantidos permanentemente na miséria, única forma de se evitar os vícios e os pecados de uma população propensa à apatia e à inatividade. Em termos econômicos era contra o livre cambismo e as primeiras manifestações do processo de globalização econômica e comercial.
 
Ou seja, Malthus era contra o sistema capitalista e contra o desenvolvimento de um mercado de produção e consumo de massa. Ele defendia a sociedade medieval e fisiocrática, sendo contra a ideia de progresso dos iluministas. Ao contrário dos pioneiros da demografia (Condorcet e Godwin), Malthus fez um desserviço aos estudos populacionais, pois no modelo malthusiano nunca poderia ocorrer a transição demográfica.
 
Rebaixamento do pensamento demográfico feito pelos cornucopianos antimalthusianos:
 
O pensamento malthusiano é muito simples e simplificador e já foi combatido ao longo da história, tanto em termos teórico, quanto empírico. Ser contra Malthus é muito fácil. Mas engrandecer o pensamento demográfico não é uma coisa trivial. Os cornucopianos antimalthusianos, em geral, caem em um modelo simplificador, ao contrário daquele formulado pelo pastor inglês. Eles enchem a boca para dizer que a população passou de 1 bilhão de habitantes, na época de Malthus, para 7 bilhões em 2011, não havendo aumento da taxa de mortalidade. Ou seja, ao contrário da sombria previsão malthusiana, a economia cresceu em progressão geométrica e a população em progressão artimética nos últimos dois séculos. Indubitavelmente, houve progresso humano. Daí partem para repetir generalidades, obviedades e platitudes.
 
Ao contrário de Malthus, os cornucopianos são apologéticos da tecnologia e da inventividade humana. Sem ter uma visão realmente crítica dos danos que a humanidade vem causando ao meio ambiente, eles consideram que a ciência é sempre capaz de resolver os problemas e os estragos causados pelo desenvolvimento. Em vez de mitigar os efeitos das atividades antrópicas eles propõem a adaptação e a continuidade e radicalização do Antropoceno.
 
Quanto à fome e à pobreza, os cornucopinos colocam a culpa simplesmente na desigualdade social. Sem ter uma postura crítica em relação à agricultura petroficada, sustentada em fertilizantes e agrotóxicos e sem criticar a escravidão e a matança animal, dizem que há muito alimento no mundo, mas há exclusão no acesso. Dizem que a obesidade dos países desenvolvidos poderia acabar com a subnutrição dos países pobres. Por fim, acreditam que a Terra pode manter o atual padrão de consumo, desde que este seja razoavelmente repartido.
 
Assim, de maneira ideológica e com forte dose ideológica, dizem que o volume da população não importa muito, mas sim o volume do consumo e que a atenção da demografia deveria ser voltada para entender o nível da desigualdade e da distribuição da renda e da riqueza. O problema nunca estaria na população, mas no consumo. Os cornucopianos adoram dizer que não existe explosão populacional e que a população vai se ajustar homeostaticamente às condições ambientais.
 
Porém, respondendo ao título deste artigo, resolver as desigualdades de renda e riqueza é uma necessidade imperiosa e uma condição essencial para se obter a justiça social. Mas resolver a falta de direitos humanos não é a mesma coisa de resolver os direitos da natureza e os direitos das outras espécies não humanas.
 
No tamanho atual da economia mundial e das atividades antrópicas, mesmo que a distribuição da renda e da riqueza fosse totalmente justa (Indice de Gini = zero), assim mesmo o efeito sobre o meio ambiente seria insustentável. Se todo o rendimento e o consumo do mundo fossem perfeitamente distribuídos e se a questão social fosse resolvida, assim mesmo a questão ambiental continuaria como um grave problema que ameaça a vida na Terra e pode levar ao colapso da civilização. O ser humano médio vive acima dos meios que a Terra pode oferecer.
 
Evidentemente existem países e pessoas com alta e baixa pegada ecológica, países e pessoas com alto e baixo consumo e países e pessoas com alta e baixa emissão de gases de efeito estufa. Mas mesmo se a civilização fosse totalmente justa do ponto de vista distributivo, isto não implicaria que seria justa do ponto de vista ambiental. O ser humano não tem uma relação simbiótica com a natureza, mas sim uma relação de exploração, dominação e degradação.
 
A riqueza humana dos últimos 200 anos se deu em função do uso dos combustíveis fósseis, da degradação da opulência das florestas, da fertilidade do solo, da disponibilidade de água potável, dos estoques de peixe, da disponibilidade de minerais, como o fósforo, das boas condições do clima, etc. Mas vários destes recursos estão atingindo o pico de produção e tendem a fica mais escassos e mais caros.
 
No estágio atual, a demanda humana está 50% acima da capacidade regenerativa do Planeta. As fronteiras planetárias já foram ultrapassadas. A concentração de CO2 e gases do efeito estufa já transpassou o limite de 350 partes por milhão – ppm (limite de segurança), estando acima de 400 ppm em abril de 2014 e aumentando. Não dá para analisar o consumo sem considerar o tamanho da população e vice-versa. Numa perspectiva holística, é preciso integrar o estudo da população humana, consumo, população não humana e natureza.
 
A terra já perdeu 80% das suas florestas originais, 50% do solo fértil e 90% dos grandes peixes. As áreas de florestas foram as primeiras a sofrerem com a demanda humana por madeira, lenha e espaço para a agricultura e a pecuária. A destruição dos habitats tem provocado a extinção de algo entre 10 a 30 mil espécies por ano. Especies invasoras substituem a vegetação original. O CO2, o nitrogênio, o fósforo, o potássio e o zinco, além de diversos produtos químicos, são importantes elementos utilizados para aumentar a produtividade agrícola, mas criam uma rede de poluição que provoca a degradação do solo, a perda de qualidade do ar e da água e a extinção de espécies.
 
O uso dos agrotóxicos neonicotinóides tem provocado a morte das abelhas e o fenômeno caracterizado como Síndrome do Colapso das Colméias. Para alimentar uma população crescente de seres humanos mais de 60 bilhões de animais terrestres são mortos todos os anos e a escravidão animal é responsável pelo confinamento de 19 bilhões de galinhas, 1,4 bilhão de bovinos, 1 bilhão de porcos, 1 bilhão de ovelhas e um número considerável de cabritos, búfalos, coelhos, capivaras, javalis, avestruzes, gansos, perus, patos, etc., segundo dados da FAO. O sofrimento imposto às outras espécies é imenso. Tudo isto pode reverter em perda de segurança alimentar e redução da biodiversidade.
 
O mau uso do solo provoca erosão, salinização e desertificação, enquanto áreas férteis e produtivas diminuem, cedendo espaço para os aterros sanitários receberem o crescente volume de lixo e resíduos sólidos. Os rios foram desviados, represados, assoreados e degradados. A poluição dos rios reduz a disponibilidade de água doce, diminui o oxigênio e provoca a mortandade de peixes. Aquíferos fósseis estão desaparecendo e os aquíferos renováveis não estão conseguindo manter os níveis de reposição dos estoques, reduzindo a capacidade de carga. 
 
A maioria da sujeira dos solos e dos rios corre para o mar. Assim, os oceanos do mundo estão se tornando mais ácidos em consequência da poluição dos rios e da absorção de 26% do dióxido de carbono emitido na atmosfera, afetando tanto as cadeias alimentares marinhas quanto a resiliência dos recifes de corais.
 
O aumento das emissões de gases de efeito estufa está provocando o aquecimento global, tendo como consequência o derretimento das geleiras e das camadas de gelo, provocando escassez de água potável e o aumento do nível dos oceanos. A humanidade ocupa cada vez mais espaço no Planeta e tem investido de maneira predatória contra todas as formas de vida ecossistêmicas da Terra. O ser humano está reincidindo, de maneira recorrente, nos crimes do especismo e do ecocídio. Se a dinâmica demográfica e econômica continuar sufocando a dinâmica biológica e ecológica a civilização caminhará para o abismo e o suicídio.
 
Sem dúvida, Malthus estava errado. Mas não basta ser antimalthusiano e a favor da justiça social. As condições ambientais do Planeta e da biodiversidade estão sendo degradadas muito rapidamente exatamente pelo desenvolvimento econômico, que contrariou as previsões de Malthus. O progresso humano se deu às custas do regresso ambiental. É neste quadro que os estudos sobre a dinâmica demográfica devem ser contextualizados. Não basta discutir desenvolvimento sustentável, que na prática se tornou um oximoro. A demografia precisa tratar dos problemas da desigualdade social, mas buscando se inserir na perspectiva da sustentabilidade ecocêntrica.
 
Referências:
 
ALVES, J. E. D. A polêmica Malthus versus Condorcet reavaliada à luz da transição demográfica. Textos para Discussão. Escola Nacional de Ciências Estatísticas, IBGE, Rio de Janeiro, v. 4, p. 1-56, 2002. Disponível em: http://sociales.cchs.csic.es/jperez/pags/Teorias/Textos/Diniz2002.pdf
ALVES, J. E. D. A pirâmide global da riqueza, EcoDebate, RJ, 26/06/2013
ALVES, J. E. D. O positivismo e o fundamentalismo de mercado de Julian Simon e dos céticos do clima. EcoDebate, RJ, 16/05/2012
ALVES, J. E. D. Anti-neomalthusianismo ou pró-natalismo disfarçado? EcoDebate, RJ, 27/11/2013
 

 

Redação

9 Comentários

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  1. Fica muito difícil ter uma

    Fica muito difícil ter uma perspectiva positiva em relação ao meio ambiente quando até mesmo o processo educacional está voltado para a competição, desde cedo preparar para o vestibular, para o mercado de trabalho. Competimos com o outro ser humano e com a natureza. Tranformamos as relações interpessoais em ganha e perde e depredamos a natureza como ser inanimado e sempre à nossa disposição. O avanço civilizatório passa pela redução das desigualdades sociais e pela educação holística, pelo desenvolvimento da cooperação entre as pessoas., nações e também pela cooperação com a natureza. Se há 100 anos atrás tínhamos a sensação de infinitude dos bens naturais, hoje temos que pensar nos próximos 10000….anos para ver se chegamos aos próximos 100.

     

     

  2. Sim, qual é a solução?

    Entendí que a distribuição equitativa dos bens não ajuda o meio ambiente.

    Por acaso alguém acredita que se houver distribuição de renda o problema da sustentabilidade está resolvido? Por que o autor tenta aproximar distribuição e sustentabilidade como se fossem coisas antagônicas? O.K. não existe correlação, são variáveis independentes.

     

    Eu me pergunto diante desse texto mega-informativo… E daí? O que pode ser feito para preservar o meio ambiente? Sou contra o genocídio (obviedade), contra a fome e contra a degradação da natureza.

    Vamos conversar sobre mudança de sistema nesse momento? Propostas?

    1. Boa pergunta… eu diria que

      Boa pergunta… eu diria que estamos num mato sem cachorro… E daqui a pouco sem mato tb…rs.

      Tudo tem a ver com taxas demográficas altas, por um lado, e consumo de recursos naturais insustentáveis pelo outro. E como pano de fundo, mega corporações dominando os padrões de consumo mundial, como as indústrias químicas (incluindo a de fertilizantes), a de alimentos industrializados (que inclusive gera grande quantidade de resíduos descartáveis), a de petróleo, de automóveis, de beleza, o voraz agronegócio, a farmacêutica etc. que, junto com a mídia publicitária, induzem a mais consumo como sinal de qualidade de vida.

      O artigo defende sua tese por meio de uma visão global, do planeta, mas estas duas váriáveis possuem valores muito diferentes nas diversas regiões do mundo. Países desenvolvidos possuem baixas taxas demográficas, mas altíssimos padrões de consumo de recursos naturais. Aqueles em desenvolvimento estão na média, como o Brasil. E países pobres o inverso dos ricos.

      Indo para o nível local ou regional, a distribuição de renda melhora os índices de qualidade de vida em geral e isto contribui para a preservação da natureza (menor desmatamento, pesca e caça predatórias etc.), mas gera novas formas de consumo (a tal classe C)…

      Neste sentido, a candidatura Marina é salutar, traz esta discussão por mais sustentabilidade no sistema. Por outro lado, não concordo que esta deva ser a estratégia central para o Brasil no momento (vai tirar os incentivos à produção de automóveis, linha branca, vai frear o pré-sal etc. ?), mas sim como política externa (que os ricos consumam menos, que adotem o PPP – Princípio Poluidor-Pagador etc…). Por isto vou de Dilma… esta é minha proposta… hehehe.

    2. Mudar a concepção sobre o que é desenvolvimento.

      Abandonar o rumo da produção crescente de mercadorias como padrão de desenvolvimento; fugir do modelo de processamento crescente de matérias primas retiradas da natureza e recuar os níveis atuais dessas retiradas; voltar as atividades produtivas para os cuidados com o ser humano, para lhe proporcionar saúde, bem estar e ilustração, atividades que não requerem consumo demasiado de recursos da natureza. Essas medidas implicam em mudança de sistema. Adiante, explico como serão não somente necessárias, as medidas e a mudança do sistema, mas além de tudo inevitáveis.

      Distribuição e sustentabilidade são de fato variáveis independentes, o autor sabe disso, é o que procura demonstrar. Acontece que muitas vezes em discussões sobre sustentabilidade, a questão da distribuição é levantada como argumento para continuarmos a crescer o “bolo”, seja para atender dentro das sociedades as classes menos favorecidas, ou seja para contemplar as nações menos desenvolvidas. Então, o autor argumenta: ok, vamos supor uma distribuição igualitária perfeita, mesmo assim, não podemos prosseguir no ritmo que impactamos a natureza, há que se reduzir o impacto da atividade humana na exploração de recursos.

      Em um determinado momento do texto, ele cita o fenômeno de pico de extração de algumas matérias primas da natureza; esse é um limite para as atividades econômicas dependente do recurso que atingiu o pico, o nível dessas atividades terão de recuar com a oferta da matéria prima extraída. Quando as matérias primas que ultrapassarem o pico extrativo for os combustíveis básicos da sociedade industrial, o carvão, o petróleo e o gás, toda cadeia produtiva da sociedade terá de recuar com a oferta de energia; o decrescimento das atividades produtivas não será por escolha, mas algo inevitável pelo esgotamento de recursos, devido a predação alienada que fazemos da natureza. É tarefa para hoje começar a mudança do sistema, buscar novos paradigmas do desenvolvimento humano. Adiar a solução para quando o problema explodir, não será o momento mais adequado para se chegar a soluções racionais. No espaço de uma geração, nos próximos vinte ou trinta anos, o problema do pico energético estará plenamente instaurado. Nesse intervalo de tempo, a mudança de sistema terá de ser realizada, ou sofreremos um colapso, pois o decrescimento produtivo será inevitável, sem escolha, a melhor alternativa para enfrentá-lo é planejar a economia e reorganizar a sociedade para se adaptar.

       

       

  3. E nem é a ideia!!!

    Por outro lado, a distribuição injusta se mostrou a maior alavanca para a destruição do meio-ambiente…

    Que ninguém se iluda… Postei aqui há tempos.. expliquei o Paradoxo de Jevons… Ninguém comentou.. Ninguém dá bola… Talvez eu tenha muita dificuldade com as palavras…. Enfim, ninguém deu a menor pelota… Não poderemos crescer sempre, paliativos tipo reciclar lixo são importantes, mas não resolverão.. Uma hora teremos de reduzir mesmo o consumo… Não adiantarão aumentos de eficiência das máquinas… Essa é a base do correto e celebrado argumento de Jevons… 

    Mas isso não é pra agora.. isso tem de ser uma escolha consciente dos povos, soberana escolha e não ditames de uma aristocracia multinacional que quer apenas uma reserva de mercado pra explorar o que resta…

    Então, quem  se interessar por questões ambientais, leia sobre isso… tem na Wikipédia algumas coisas…

     

    No entanto, não podemos ter muitas esperanças de viver em paz com uma distribuição de renda ultra desigual…

    De fato , acho uma lástima pessoas como Marina fazerem uso de esperanças legítimas de futuro sustentável, etc para avançar uma agenda entreguista e tirar do povo as reais decisões, convertendo a tal democracia direta num balcão plebiscitário que tem previsíveis desastres e retrocessos no horizonte.. Me afastei dessa militância quando percebi que o discurso preservacionista está cheio dessas armadilhas..

    Quando acabar esse pesadelo neo liberal voltamos ao que interessa.. Por enquanto é desenvolver com distribuição de renda e escolaridade.. qualquer outra proposta terá provavelmente o fracasso como destino.

  4. Será que não vão derrubar Belo Monte?

    Falando do excelente Instituto Humanitas Unisinos,  quero que se lembrem do que Marina escreveu a respeito da hidrelétrica Belo Monte, neste mesmo instituto, manifestando sua opinião contrária.

    Se foi contra hidrelétrica, imaginem o que fez contra as termoelétricas?

    Ela me lembra o Lampião ( não o rei do Cangaço, é claro), mas o lampião de gás,

    Agora pode prometer ao País que irá ter energia sobrando. Será que o setor produtivo do País vai entrar nesta?

    Foi por este motivo que ela não deu certo no governo Lula.

    Esperar o que?

    Vejam:

    http://www.ihu.unisinos.br/noticias/noticias-arquivadas/29621-belo-monte-a-opiniao-de-marina-silva

  5. Tá, e daí?

     

     Texto nada a ver. Não lembro de ninguém ter dito em algum momento que a distribuição de renda deixaria o meio ambiente melhor do que já.

     Este é um falso dilema.

    1. O critério da distribuição é usado como argumento,

      Para descuidarmos do ambiente. Sempre que se fala na preservação, surgem comentários de que a sociedade precisa crescer para distribuir as riquezas, ou que os países precisam se desenvolver para aliviarem seus bolsões de miséria.

      O autor não é contra distribuição igualitária entre classes ou nações. O que ele sustenta é que mesmo que essa distribuição igualitária perfeita se verifique, o impacto insustentável das atividades humanas na natureza persistirá.

  6. Somente acabando com o sistema capitalista…

    selvagem de indução e obrigação de consumo exagerado de bens não originados da terra, poderiamos ter algum sistema sustentável.

    Enquanto não for assim, esquece.

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