Ministros preparam estudo urgente para revitalização do rio São Francisco

Patricia Faermann
Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.
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O projeto já se estende desde 2007. Uma das motivações para o prazo é a crise hídrica atual no semiárido e no Sudeste do país
 
 
Jornal GGN – O prazo para a entrega de um plano de longo prazo para a revitalização do Rio São Francisco é de um mês: até o final de maio, o governo federal, o Ministério da Integração Nacional e e o Ministério do Planejamento deverão ter em mãos o estudo detalhado.
 
Uma das motivações para o prazo é a crise hídrica atual no semiárido e no Sudeste do país. A decisão foi tomada após uma reunião da presidente Dilma Rousseff com o ministro da Integração, Gilberto Occhi, nesta quinta-feira (23), no Palácio do Planalto.
 
“Nós estamos vivendo uma crise hídrica nessa região, principalmente no semiárido e no Sudeste, como nunca vivemos nos últimos 40, 50 anos. Então estamos trabalhando efetivamente para atuar no emergencial, mas pensando no curto, no médio e no longo prazo”, disse Occhi.
 
O projeto que já se estende desde 2007 acumulou investimento de cerca de R$ 2 bilhões. As obras de revitalização do Rio São Francisco estão em andamento. Entretanto, a cada ano os projetos recebem adaptações. Só em 2014, foram mais de R$ 400 milhões investidos. 
 
Agora, o estudo pretende orquestrar os próximos 10 anos do rio e de suas bacias, prevendo a replantação das matas auxiliares, o desassoreamento do rio, obras de saneamento e a preservação das nascentes.
Patricia Faermann

Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.

6 Comentários

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  1. Os tortuosos caminhos do São Francisco

    As obras de revitalização do rio São Francisco deviam preceder as obras de transposição, neste projeto que já é tão controverso em relação à sua sustentabilidade econômica e socioambiental.

  2. Projeto de Revitalização?

    Projeto de Revitalização? Transposição, então, nem pensar… Mas acho que aqueles canais davam um belo autódromo…

  3. “Prevendo a replantação das

    “Prevendo a replantação das matas auxiliares, o desassoreamento do rio, obras de saneamento e a preservação das nascentes.”

    Em dez anos e depois de uma fortuna gasta ainda não conseguiram dar conta? E ainda tem que alterar projetos – ainda mais uma (?) vez?

    Pelo amor de Deus.

  4. Uma pergunta de leigo

    Sendo previsível que a conta será jogada, obviamente, na questão da transposição do Velho Chico, como é uso corrente pela mídia deste País, uma pergunta de leigo:- do meu parco conhecimento deste projeto lembro-me de que existiriam um grande número de ações de contraparte por conta dos 5 Estados Brasileiros por onde este rio corre, efetivamente tais estados as cumpriram efetuando  sua obras de reflorestamento, remoção de assoreamento, defensas das nascentes da bacia hidrográfica e por aí vai e leigo que sou não posso enumerá-las?

    Lembro-me que Minas Gerais representa 37% do percurso dos 2.700,00 km, contudo responsável por aproximadamente 75% do seu deflúvio será que fez o dever de casa nas administrações dos tucanos ou foi deixando, deixando, deixando até que ninguém mais se lembrasse até dar panca. Afinal a obra é do Governo do PT e não estou aí para colocar azeitona na empada de ninguém, seria isto? Espero, republicanamente, que não, pois o País é maior do que qualquer mesquinharia política, não é mesmo Papai Noel?

  5. Coitado do Velho Chico

    Ano passado estive visitando a nascente do Rio São Francisco na serra da Canastra no município mineiro de São Roque de Minas. Um dos seu primeiros afluentes, que também nasce na mesma serra é o Rio do Peixe, que deságua no Rio São Francisco uns 200 metros depois que ele nasce. Para minha surpresa,  todas as casas, inclusive hotéis e pousadas jogam seu esgoto nesse afluente logo após o  nascedouro do Velho Chico. Não dá pra levar um povo desse a sério. Infelizmente.

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