Luciano Hortencio
Música e literatura fazem parte do meu dia a dia.
[email protected]

A Meiga Presença de Elizeth Cardoso e José Milton

Por Luciano Hortencio

Trago hoje, com imenso prazer, a composição MEIGA PRESENÇA, de Paulo Valdez e Otávio de Moraes. Interessante ressaltar que o composiutor Paulo Valdez é filho único de ELIZETH CARDOSO, nossa eterna DIVINA, que a interpretou magistralmente, com Zimbo Trio e Jacob do Bandolim, no memorável show de 1968, em prol do Museu da Imagem e do Som.

Prazer redobrado hoje. Apresento também o cantor cearense JOSÉ MILTON em seu único LP. José Milton, apesar do sucesso como cantor, preferiu a produção de discos, onde obteve sucesso absoluto. Leia o link abaixo:

http://musicadoceara.blogspot.com.br/2008/11/jos-milton-uma-dama-transitria.html

Luciano Hortencio

Música e literatura fazem parte do meu dia a dia.

22 Comentários

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

  1. Eu adoro esse momento da

    Eu adoro esse momento da “Divina”. Um disco perfeito, com músicos virtuosos e repertório perpetuadamente belo. Obrigado pela postagem, Luciano Hortencio!

  2. José Milton – “A meiga presença”…

    José Milton marcou, nesse disco, não apenas a sua  boa voz, mas  a capacidade seletiva de seu extremo bom-gosto musical. Foi muito feliz e deixou-nos, com esse seu trabalho fonográfico, muito felizes, também.

     

      1. Nunca mais….

         Casarão, linda musica e linda gravação da Regina, fez-me lembrar da casa da minha tia-avoh no interior. Antigas casas coloniais. E também lembrei-me de Rubem Alves e aquele jeito que tinha para dizer coisas belas com simplicidade:

        “…se a gente contar para um adulto que a casa da gente é branca, de janelas vermelhas, flores no  jardim e pássaros no telhado, eles ficam olhando, cara espantada, como se fôssemos de um outro mundo. Agora, se a gente disser que mora numa casa que custou trezentos mil reais, eles sorriem e dizem:”mas que linda casa”! Aprenda: os adultos são uns tolos… »

  3. Elevação

    Esse show mitico, que tornou-se dois discos antologicos, marcou a MPB para sempre. Quem teve a oportunidade de ter estado nessa performance, deve ter rido com o jeito engraçado de Elizeth, se emocionado,  amado, sonhado, saido de la nas nuvens. 

    Presença Meiga é tão singela e tão bonita, uma musica que so pode ser cantada com muita sensibilidade, é e o que demonstram as duas interpretações. Elizeth sera sempre a nossa divina cantora, num Pais de vozes feminas maravilhosas!

     

  4. Amigos

    Luciano, não leve a sério minhas brincadeiras. Sempre o considerei um bom amigo, como a JNS. Não faça como os que “ouviram o galo cantar, mas não sabem onde” e leve a sério minhas traquinagens. Achei uma bobagem aquilo tudo.

     

     

     

      1. O tempo da maldade acho que a gente nem…

        Ja dizia meu avô que o humor não é dado a todo mundo e que a ironia, então, passa pela malha grossa da maioria das pessoas, sem conseguir filtra-la. E o humor na palavra escrita parece que deixa mesmo as pessoas dubitativas, quando a coisa é tão simples, até infantil. 

        Saudações. 

  5. Serenata do Adeus

                       Ai, que amar é se ir morrendo pela vida afora
                       É refletir na lágrima um momento breve

    Ângela Maria, Helenina Costa, Ernani Filho, Elizeth Cardoso, Luely Figueiró, Lúcio Alves, Carminha Mascarenhas, Norma Benguel & David Durpré (a dancer) at ‘Carrossel’ a show on TV Rio in 1959.

    [video:https://youtu.be/g4HfBeNGw4Y width:600]

    1. À meia luz com Elizeth Cardoso!

      A DIVINA! A ENLUARADA!

      [video:https://www.youtube.com/watch?v=h9du4ZZGR2U%5D

      Elizeth Cardoso – CANÇÃO DA VOLTA – Antonio Maria e Ismael Neto – NUNCA MAIS – Dorival Caymmi –  – MEMÓRIAS  – Hianto de Almeida e Evaldo Rui – SÓ VOCÊ, MAIS NADA – Paulo Soledade.Álbum: Canções à meia luz com Elizete Cardoso.Ano de 1955.

  6. O Poetinha

    Texto de Vinicius de Moraes na contracapa do álbum de Elizete, “Canção de Amor Demais”, lançado em 1958.

    Ao contrário de seu texto na capa de “Elizete Interpreta Vinícius”, de 1963, Vinicius aqui não fala de Bossa Nova. 

    O Poetinha escreve principalmente sobre sua amizade com Tom Jobim e as qualidades de Elizeth Cardoso como cantora.

    Nota-se que Vinicius não tinha detectado, à época, em 1958, que as primeiras Bossas Novas foram publicadas com o lançamento deste LP e que também a “batida diferente” de João Gilberto ainda recebia pouca atenção.

    http://martoni-formaeelenco.blogspot.com.br/2014/11/elizeth-cardoso-cancao-do-amor-demais.html

  7. Tereza Carmela Cardoso

       A “Divina”, alem de divinal na musica, foi uma mulher corajosa  a frente de sua época, pois em 1938 abandonou um dos homens mais famosos do Brasil, o futebolista Leonidas da Silva, e contra toda falsa moral da época, adotou como filha uma recem – nascida, registrando-a legitimamente como “mãe solteira”, a qual deu o nome de Tereza Carmela Cardoso.

        Em 1977, no Palacio das Covenções – Anhembi, lembro até hoje, show de Elizeth Cardoso, que apresentou na ocasião um jovem cantor , aluno de direito no Rio de Janeiro, Emilio Santiago.

    1. Ao amigo Junior50
       

      24 de Maio de 1980 – A divina Elizeth Cardoso

       Pedro Cezar Moreira | Acervo JCom    24 de Maio de 1980 – A divina Elizeth Cardoso 

              Nascida na Rua Ceará nº 5, na Estação de São Francisco Xavier, próxima ao morro de Mangueira, Elizeth Cardoso era filha do seresteiro Jaime Moreira Cardoso e de Maria José Pilar e juntos tiveram 7 filhos, incluindo Elizeth. Quando criança costumava organizar teatrinhos para a criançada, tendo como repertório as musicas de Vicente Celestino. Ainda menina, costumava freqüentar a famosa casa de Tia Ciata. Durante seu aniversário de 16 anos, reunida com a família e amigos na casa de uma tia Ivone, a jovem Elizeth mostrou pela primeira vez o seu talento para alguns dos amigos da família, dentre eles nomes como Pixinguinha, Dilermando Reis, Jacob do Bandolim, na época com apenas 18 anos, entre outros. Tio Pedro, o marido de Ivone falou então para Jacob: “Olha aí, Jacob, a minha sobrinha aí, a Elizeth, sabe cantar algumas coisas. Que tal vocês ouvirem e organizarem um acompanhamento para ela?” Meio sem graça, a jovem Elizeth encantou a todos com sua voz. Jacob então a convidou para um teste na Rádio Guanabara, que foi o trampolim para sua carreira.

              Em depoimento ao Museu da Imagem e do Som (MIS), Elizeth declarou-se namoradeira e contou suas proezas amorosas. Mesmo tendo a vigilância constante de Seu Jaime, namorou muito, mesmo contra a sua vontade, inclusive. Antes de ter seu único filho legítimo com Ari Valdez, o Tatuzinho, comediante e músico cavaquinista, adotou em 1938 adotou uma menina, Tereza Carmela, a quem criou como filha por toda a vida. Seu casamento com Ari Valdez em 1939 durou pouco, pois, segundo ela própria, Tatuzinho tinha problemas mentais. Entre seus grandes romances destacam-se os nomes do maestro Dedé, Evaldo Rui, Paulo Rosa e o famoso craque de futebol Leônidas da Silva. Costumava fazer suas viagens de trem, pois tinha medo de avião.

              O Ano de 1954 foi um dos mais terríveis para a cantora devido a morte seu namorado Evaldo Rui. Apesar dos familiares de Evaldo insistirem que ela nada teve a ver com o fim inusitado do namorado, os jornais da época exploraram o envolvimento amoroso dela com o compositor. Em 1966, a cantora mais uma vez volta a ser assunto na imprensa, devido a uma polêmica com o cantor Cyro Monteiro, que, depois de gravar um LP a seu lado, programou alguns shows que ela não aceitou, por causa dos baixos cachês. Durante esse episódio serviu para atiçar a rivalidade entre ela e Elis Regina, iniciada com sua participação no programa Bossaudade da Record. Elis, quando interveio em favor de Cyro Monteiro, acabou recebendo um carão da cantora: “Se você não quer me respeitar como cantora, não precisa respeitar. Mas exijo que me respeite como mulher. Tenho idade para ser sua mãe.”

              Em 1969, quando ia ser agraciada com o prêmio Estácio de Sá, não pode receber das mãos do então governador Negrão de Lima em cerimônia na Sala Cecília Meirelles, devido ao falecimento da mãe da cantora. Oito dias após recebeu a estatueta em um jantar comandado pelo diretor R. C. Albin e promovido pelo MIS em uma churrascaria carioca. Durante três anos a cantora lutou contra um câncer de estômago, diagnosticado por médicos médicos japoneses no ano de 1987, quando estava em uma excursionando pelo país, obrigando a cantora a realizar uma cirurgia. A cantora faleceu no dia 7 de maio de 1990 no bairro carioca de Botafogo, sendo seu corpo velado no Teatro João Caetano, onde milhares de fãs compareceram para prestar uma última homenagem e ao som de um surdo portelense, no Cemitério da Ordem do Carmo, no bairro carioca do Caju, seu corpo foi enterrado, deixando saudades de uma geração inteira que nasceu e cresceu ao som de sua bela voz.

       

       

      http://www.jcom.com.br/noticia/125708/24_de_Maio_de_1980_%E2%80%93_A_divina_Elizeth_Cardoso

Você pode fazer o Jornal GGN ser cada vez melhor.

Apoie e faça parte desta caminhada para que ele se torne um veículo cada vez mais respeitado e forte.

Seja um apoiador