Luciano Hortencio
Música e literatura fazem parte do meu dia a dia.
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Waldir Azevedo e Odete Amaral na raríssima gravação de Cachopa no Frevo

Como diz o dito popular, de hora em hora, Deus Melhora. A cada dia que passa venho recebendo mais apoio e força na tarefa que me impus de resgatar a boa música que estava esquecida e empoeirada em um canto qualquer.

Ontem à noite recebi uma solicitação do amigo moreiranochoro (youtube) para que eu postasse a gravação acima, em que o instrumentista e compositor Waldir Azevedo, além de tocar seu maravilhoso cavaquinho, também canta na referida gravação, o que, por si só já é um fato inusitado.

Mais uma vez apelei para os amigos do Grupo “Arquivo Confraria do Chiado” (Facebook) e em menos de uma hora recebi aceno positivo dos pesquisadores e colecionadores Miguel Nirez Azevedo, Vinícius Uebe e Miguel Bragioni. Nirez, ao enviar-me o arquivo, alertou-me para o fato de que a parte cantada era um dueto e indagou-me quem seria a intérprete feminina. Por um lance de sorte descobri ser a voz da cantora Odete Amaral que, ao passar coincidentemente pelo estúdio na hora da gravação, gostou do que ouviu e disse que poderia participar em dueto com Waldir.

O pesquisador Milton Baungartner trouxe ainda essa curiosíssima informação: “O “eco” do som do cavaquinho, por incrivel que pareça, vinha dos azulejos do banheiro da Continental, por obra e engenharia do técnico Norival Reis, que usava dois microfones em ambientes separados….Ele punha uma caixa acustica no banheiro, e um microfone captando aquilo do teto….este ia ligado em paralelo com o microfone do estudio. Como o som do banheiro reverberava por conta dos azulejos, produzia-se o eco, que variava de acordo com a altura do microfone.”

Assim, agradecendo a todos os já citados e aos confrades do Grupo Arquivos do Chiado, tenho o prazer de dividir com todos essa inusitada gravação, em que se ouve a bela voz de Odete Amaral, a voz do instrumentista Waldir Azevedo (não sei se há outra gravação com sua voz) e ainda o eco do som do cavaquinho vindo dos azulejos do banheiro da Continental, através da criatividade ímpar do técnico Norival Reis.

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