Bolsa de valores volta a registrar 50 mil pontos

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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Jornal GGN – O mercado brasileiro voltou a fechar na casa de 50 mil pontos, algo que não acontecia desde junho. O pregão ficou em alta ao longo de toda a segunda-feira (12), mas a intensidade dessa valorização apresentou variações. O Ibovespa (índice da Bolsa de Valores, Mercadorias e Futuros de São Paulo) encerrou a segunda em alta de 0,85%, aos 50.299 pontos e com um volume negociado de R$ 8,698 bilhões. Com isso, a variação acumulada no mês chega a 4,28%, ao passo que o total acumulado no ano aponta uma desvalorização de 17,48%.

As negociações começaram o dia repercutindo uma série de indicadores favoráveis na China e os resultados trimestrais da Petrobras, divulgados após o fechamento do pregão de sexta-feira (9), que apontaram um lucro líquido de R$ 6,201 bilhões, revertendo a perda contabilizada no mesmo período de 2012. “Os resultados da Petrobras animaram no começo do dia, com o lucro e o EBITDA acima do que o mercado esperava, mas foi perdendo força com a perspectiva mais negativa para os próximos trimestres em relação ao endividamento e geração de caixa”, explica Luis Gustavo Pereira, estrategista da Futura Corretora. “Os dados divulgados na China na semana passada trouxeram um pouco de alívio aos investidores”.

Os resultados financeiros divulgados pelas construtoras Gafisa e PDG também ajudaram no humor dos investidores. As empresas se encontram em processo de reestruturação, e a melhora dos dados sinaliza um quadro promissor para o futuro.

Entretanto, os negócios foram perdendo força devido a declarações do diretor financeiro da Petrobras, Almir Barbassa, de que não há mudança na política de dividendos da companhia, ao mesmo tempo que as preocupações sobre o endividamento começaram a pesar. Segundo informações do serviço Broadcast, da Agência Estado, o balde de água fria foi reforçado com o pronunciamento do diretor de Política Econômica do Banco Central, Carlos Hamilton, que afirmou, em evento realizado em Belém, que o comportamento da inflação em 2013 é em “V”, e que o vértice foi registrado em julho – ou seja, a taxa de inflação deve apresentar uma trajetória de alta no futuro. Hamilton também atestou que a política fiscal é, de fato, expansionista.

A cotação do dólar subiu 0,66%, com a moeda negociada a R$ 2,2870, o teto alcançado no dia. O Banco Central não realizou intervenções. Basicamente, as negociações cambiais foram afetadas pelo giro enfraquecido gerado pelas chamadas férias de verão nos Estados Unidos, que acabam por retirar liquidez do sistema, e a moeda acompanhou o fluxo de valorização registrado no exterior.

Para esta terça-feira (14), poucos indicadores são esperados, com foco no mercado internacional – vide a divulgação dos números de produção industrial na zona do euro, os dados de estoques empresariais e vendas no varejo dos Estados Unidos, além do pronunciamento de Dennis P. Lockhart, presidente do escritório do Federal Reserve (o Banco Central dos EUA) em Atlanta. Entre os balanços corporativos, destaque para MPX Energia, Banco do Brasil, Oi, Suzano Papel e Celulose, Sabesp, Brasil Brokers e Tegma, entre outras.  “A proximidade do vencimento de opções traz volatilidade, e temos dois movimentos: ou a bolsa sobe na toada dos últimos dias, em função da proximidade do vencimento, ou tem realização de lucros”, acredita o estrategista da Futura Corretora.

 

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

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