Bolsa sobe 3,66% e ultrapassa os 52 mil pontos

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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Impeachment, petróleo e minério puxaram operações da bolsa

Jornal GGN – O mercado brasileiro registrou forte valorização nesta terça-feira, e fechou acima dos 52 mil pontos pela primeira vez em nove meses, em meio aos debates do cenário político e à melhora do mercado de commodities.

O Ibovespa (índice da Bolsa de Valores, Mercadorias e Futuros de São Paulo) encerrou as operações em alta de 3,66% (o maior patamar de fechamento desde 17 de julho de 2015), aos 52.001 pontos e com um volume negociado de R$ 8,835 bilhões. O índice operou com ganhos durante toda a sessão, mas a alta intensificou-se a partir das 11h30. Neste ano, o Ibovespa acumula valorização de 19,96%.

“O apetite pelo risco nos mercados globais teve sequência hoje, no embalo da continuidade da alta dos preços das commodities”, dizem os analistas do BB Investimentos, em relatório. O petróleo subiu, renovando a máxima do ano após uma agência russa divulgar que Rússia e Arábia Saudita chegaram a um consenso nesta terça-feira sobre um congelamento da produção de petróleo.

Segundo os analistas, o movimento positivo vinha desde cedo, com expectativas sobre o resultado de uma reunião de países produtores da commodity agendada para acontecer na cidade do Doha no dia 17 de abril. No final do dia, o contrato futuro do tipo

Brent (junho) subiu 4,34%, para US$ 44,69 o barril, na ICE. Na China, o preço do minério de ferro subiu 4,7%, cotado a US$ 58,5 a tonelada seca. Nos Estados Unidos, os principais índices subiram também apoiados na nova alta do preço das commodities.

No Brasil, o índice abriu em alta em meio a nova alta de preços de commodities no exterior.

Ao fim do dia, as ações preferenciais da Vale (VALE5) saltaram 10,94%, a R$ 14,20, enquanto as ações ordinárias (VALE3) valorizaram-se 10,43%, a R$ 18,74.

As ações ordinárias da Petrobras (PETR3) fecharam em alta de 8,93%, a R$ 11,35. As ações preferenciais da Petrobras (PETR4) avançaram 7,63%, a R$ 9,03. Neste caso, os papéis subiram apoiados no avanço dos preços do petróleo no mercado internacional e pelo cenário político, em meio a expectativas de impeachment da presidente Dilma Rousseff.

No câmbio, a cotação do dólar comercial chegou a subir quase 2% durante o dia, mas fechou o dia praticamente estável, com alta de 0,01%, cotado a R$ 3,495 na venda. Com isso, a moeda norte-americana quebrou uma sequência de duas quedas.

A moeda operou em alta por quase todo o dia devido a atuação do Banco Central, mas perdeu força devido à perspectiva de impeachment de Dilma após o desembarque da bancada do PP da base aliada do governo. Na noite passada, a comissão especial do impeachment aprovou o parecer favorável à abertura do processo contra a presidente.

Além disso, o Banco Central aumentou sua atuação no mercado de câmbio diante da forte queda do dólar. A autoridade monetária efetuou quatro leilões de swap cambial reverso, equivalente à compra futura de dólares, o que ajudou a moeda a ganhar um pouco de força. Foram negociados 160 mil contratos de swap reverso, num total de US$ 8 bilhões. Apesar disso, a moeda retomou a trajetória de queda durante a tarde, muito influenciada pela queda da divisa no exterior. O BC não realizou o leilão de rolagem dos swaps cambiais tradicionais (equivalente à venda futura de dólares) que vencem em maio.

Para quarta-feira, os agentes aguardam a divulgação do índice de preços ao consumidor na França; produção industrial na zona do euro; atividade econômica no Brasil; índice de preços ao produtor e vendas no varejo dos Estados Unidos.

 

 

(com Reuters e Agência Brasil)

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

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