Para Coinvalores, Fibria tem desempenho dentro do esperado

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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A Fibria, fabricante de papel e de celulose, conseguiu reverter o prejuízo contabilizado no primeiro trimestre de 2012 e fechou os primeiros três meses de 2013 com lucro líquido de R$ 24 milhões, embora o valor tenha sido 51% menor sobre o quarto trimestre de 2012. O desempenho ficou dentro do esperado por analistas.

“Mesmo com a queda da produção devido a paradas programadas em duas unidades, a gente viu um avanço de 14% na receita líquida ante 2012 pela dinâmica de preços de celulose por conta dos reajustes. A dinâmica favoreceu bastante os resultados”, afirma o analista Felipe Silveira, da corretora Coinvalores.

De fato, o preço da commodity no mercado internacional foi reajustado três vezes nos últimos quatro meses, e a sinalização durante a divulgação do resultado do quarto trimestre do ano passado foi que, se precisar controlar a oferta de celulose no mercado internacional para manter os preços em patamares interessantes, isso será feito. “Esperamos que 2013 seja um ano de manutenção de preços em patamares interessantes para os produtores de celulose”, diz Silveira.

A atual cotação do câmbio também favorece os resultados, uma vez que as companhias que atuam no segmento possuem receita e dívida atreladas ao dólar, mas a receita é ajustada conforme o volume de vendas, enquanto todo o endividamento em moeda estrangeira é ajustado ao mercado.

Outro ponto apontado pelo analista da Coinvalores envolve a queda do nível de alavancagem da empresa. A relação dívida líquida/EBITDA (lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização) em 12 meses, que já chegou a ultrapassar a marca de cinco vezes, caiu para 3,4 vezes no fim do ano passado, e, ao fim do primeiro trimestre, chegou a 3,1 vezes.

Uma boa prte dessa alavancagem está relacionada às dívidas adquiridas por ocasião da fusão entre Aracruz Celulose e Votorantim Papel e Celulose (VCP), que deu origem à Fibria. “Este é mais um passo no sentido de melhorar a alavancagem, e esperamos que isso continue neste ano. É outro fator que deve impulsionar os papéis, pois é possível conseguir financiamento com taxas menores”.

Após a divulgação dos resultados, a ação FIBR3 inverteu o comportamento de queda e chegou a subir 1,88% na BM&FBovespa (Bolsa de Valores, Mercadorias e Futuros de São Paulo), cotada a R$ 23,26. Apesar disso, o papel acumula perda de -4,67% no mês, mas avança 3,06% no ano e apura ganhos de 55,07% em 12 meses.

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

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