A Mídia Platinada x a Mídia das Ruas: a transmissão dos protestos dos professores no RJ

Na última semana assisti a uma parte do programa do Pedro Bial da Globo que focou, tardiamente, diga-se de passagem, nos movimentos das ruas que se iniciaram em julho deste ano. Em um dado momento Bial levanta a bola dizendo que a violência e o quebra-quebra  levou ao enfraquecimento e descrença do movimento pela sociedade. Entro no FB há pouco. Recebi o link deste Transmissão ao vivo Agora Rio na Rua (http://pt.twitcasting.tv/olhodarua1) passando informações da manifestação do professores no centro do Rio recheado pela truculência da polícia do governo Cabral: Gás de pimenta, balas de borracha, etc.

Neste momento um menor chamado Anderson se encontra detido por desacato e que saiu para exame de corpo de delito aguardando os pais para poder ser liberado. Neste momento ele está sendo levado para a Delegacia de Proteção ao Menor e Adolescente  e os repórteres de campo pretendem acompanhá-lo porque ainda não se conseguiu entrar em contato com os pais. Segundo informações os Black Boc fizeram um cordão de isolamento em torno dos professores e ajudaram a retirar as cadeiras do Bar Amarelinho para que não fossem depredadas. A bateria da repórter acabou, finalizando a transmissão com a seguinte frase: “todo mundo que está na rua está desacatando o governo com o seu próprio corpo (…) Vândalo é o Estado!”. Amanhã ela retorna às 10:00hs da manhã direto do centro do Rio.

Este é o nosso tempo. Absurdos e Abusos.  Chega de ficar engolindo matérias “formatadas” pelo olhar da direita.

Chegou a hora! A nossa arma: Câmera na mão!

Link para o gravado: http://pt.twitcasting.tv/olhodarua1/movie/21120548

Do O Globo

Oito pessoas são detidas durante confronto com a PM

Por volta das 17h30, os professores que protestavam na Cinelândia ganharam o apoio de um grupo de cerca de 200 pessoas, entre elas pelo menos cem Black Blocs. A maioria veste roupas pretas e carrega bandeiras da mesma cor, e há presença de mascarados. Um deles foi detido pela PM, que acompanha o protesto. Os manifestantes interditaram a Avenida Rio Branco, no Centro do Rio, por volta de 18h20m. A via foi liberada e novamente fechada às 18h40m. A Rua Evaristo da Veiga também foi fechada. Durante a tarde, houve tumulto entre policiais militares e manifestantes que ocupam a Cinelândia. A PM, que faz um cordão de isolamento no entorno da Câmara de Vereadores, chegou a usar spray de pimenta. 

 http://oglobo.globo.com/rio/oito-pessoas-sao-detidas-durante-confronto-com-pm-10198781#ixzz2gREpN35U 


Fonte: http://agenciabrasil.ebc.com.brhttp://radioitaperunafm.com

Fonte: http://noticias.terra.com.br

O equívoco de análises divulgadas tardiamente e descontextualizadas. Trecho do programa Na moral exibido no dia 27/09/2013.

“Indignação dá e passa!”.

http://tvg.globo.com/programas/na-moral/videos/t/o-programa/v/fiuza-responde-se-os-brasileiros-ja-cansaram-das-manifestacoes/2851325/

Redação

6 Comentários

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  1. A primeira vez que li o Plano

    A primeira vez que li o Plano de Desenvolvimento de Educação (PDE) de autoria de Fernando Haddad confesso que me encantei. No campo teórico e conceitual buscava alinhar o melhor do pensamento nacional (Paulo Freire e Milton Santos, por exemplo) de forma que se evidenciasse que o “enlace entre educação e ordenação territorial é essencial na medida em que é no território que as clivagens culturais e sociais, dadas pela geografia e pela história, se estabelecem e se reproduzem” subsidiando e buscando garantir através do Plano Nacional de Educação “uma educação de qualidade, inclusiva, que possibilite a construção da autonomia das crianças e adolescentes e o respeito à diversidade”. Repetindo… o respeito à diversidade. Um texto de André Villas-Boas compartilhado no FB fala na entrega do sistema ao setor privado e em autonomia pedagógica que somado as imagens de professores, jovens e adolescentes sendo tratados com violência e à margem da sociedade nos mostram o quão distantes estamos destas concepções que recheiam políticas, planos projetos e programas com palavras-chaves ” bonitas de se ler” e que nos remetem a Liberdade de Expressão e Concepção de Mundo, como autonomia, reflexão, emancipação e territorialidade, porque na prática ecoam no vazio. Pasmem, hoje por volta de 1:30 da manhã um adolescente foi detido, levado a exame de corpo de delito e posteriormente ao DPCA por desacato a autoridade. Às 10:00hs de hoje haverá mais uma mobilização na Cinelândia pela Educação no Estado do Rio de Janeiro. Que professores e demais manifestantes sejam respeitados em seus direitos. E este sim é um território real, efetivo, digno e legítimo de lutas reais. Chega de absurdos e abusos!
    PDE http://portal.mec.gov.br/arquivos/livro/livro.pdf

  2. educação e democracia

    Tá difícil entender como chegamos a essa situação. Em muitos estados brasileiros os professores não ganham o piso salarial a que tem direito. Muncípios e estados arranjam desculpas para tudo, como fizeram também na saúde. A privatização e a terceirização explicam algumas causas. O governo federal vai ter que encarar eesa briga de frente e cobrar dos governos estaduais mais eficácia na solução para os profissionais de educação. Os professores são fundamentais em nossas salas de aula. São indispensáveis. Não dá para trazer profissionais de fora como o que foi feito na área da saúde (com todo o meu apoio, já que a privatização da saúde levou a esse extremo). Por razões até mais compreensíveis para nós, o profissional de saúde tem mais opção e privilégios do que simples professores. O mercado privado da educação não trata de maneira melhor nossos professores, o mercado não os privilegia. Será que só nos resta aceitar que seus protestos sejam defendidos por black bloks? Isso seria segurança? Isso seria uma demonstração de democratização para os alunos? Ou viraremos todos bandidos? Já dizem que os políticos são todos bandidos, mas sabemos o quanto as generalizações são perigosas. O que não podemos é voltar aos tempos dos bandos em que cada um se defende como pode. Aí não seremos só bandidos, seremos todos perdedores.

    1. Maria Rita, li e achei bem

      Maria Rita, li e achei bem interessante a                                                                                                                                                                                           
      RESPOSTA do DR. PROF. RICHARD N. DE PAULA A UMA PUBLICAÇÃO
      De Gilberto Scofield Jr. [email protected], no Jornal O Globo, 5/10/2013, sob o título “Dia Mundial do Prof.”””

      Prezado Gilberto,

      Li com cautela seu artigo publicado no O Globo, intitulado “Dia mundial do professor”. Fico feliz que tenha experimentado a sensação de lecionar, mesmo que por curto tempo e em curso universitário. Aliás, desculpe, não me apresentei: me chamo Richard N. de Paula, sou professor de História, com graduação e mestrado realizados na UFF, e doutor pela Fiocruz. Tenho três livros publicados, fui editor e editor-chefe de revistas acadêmicas, ambas com Quallis A+ conferidos pelo CNPq. Voltando ao assunto, também trabalho na rede municipal de ensino, e acompanho de perto o cotidiano dos profissionais que ali pelejam por uma educação de qualidade.O Sr. explicita que o sindicato move-se por conta do jogo político e interesses que pouco tem a ver com a greve ou as justas reivindicações dos profissionais da rede. Porém, não o culpo por pensar de forma tão equivocada. A grande mídia reforça esse ponto durante todo o tempo. O que o senhor talvez desconheça é o fato de que os diretores do sindicato, em situações pretéritas, encaminharam várias vezes para a assembleia a suspensão da greve. Contudo, a categoria, num ritual democrático, votou pela manutenção da greve como forma de luta. Portanto, a categoria decidiu manter-se em greve. O sindicato, por sua vez, acatou a vontade da categoria laboral.Por que os professores mantiveram-se em greve? Simplesmente por compreenderem que o atual plano do prefeito acaba com a educação pública gratuita do Rio de Janeiro. Como?! Em primeiro lugar, ele criou a abominável figura do PEF (professor polivalente), o qual ficará responsável por lecionar todas as disciplinas, do primeiro ao nono ano. Sou professor de História, com sólida formação na área. Porém, não tenho recursos para lecionar Matemática, ou Português – embora saiba escrever e fazer contas. O próprio Eduardo Paes, numa entrevista concedida à rádio Band News, reiterou que tal prática é absurda. Mas parece que seus assessores o informaram que essa realidade já é presente na rede municipal e, então, o prefeito resolveu voltar atrás.O senhor, Gilberto, bate na tecla do salário. Sim, brigamos ferozmente por melhores salários. Contudo, o que reivindicamos não é aumento, mas reposição salarial. O senhor já ouviu falar na tal da inflação? Pois ela corrói nossos bolsos desde o primeiro dia de posse do Sr. Eduardo Paes, e até hoje esse dano não foi coberto pelos pífios aumentos concedidos à categoria. Não podemos esquecer que os professores são, antes de tudo, trabalhadores que precisam receber de acordo com sua capacitação e anos de estudo. Ainda sobre o assunto salário, o senhor diz que a lei de responsabilidade fiscal impede qualquer avanço nesse sentido. Saiba que o próprio Pedro Paulo, braço direito do Eduardo Paes, afirmou que não utiliza nem sequer um percentual próximo à margem permitida pela referida lei. Além disso, o Fundeb é claro ao prescrever que 60% de sua receita bruta sejam aplicados em melhorias salariais dos profissionais da educação. Porém, o uso do Fundeb é uma caixa preta. E uma das reivindicações da categoria é a abertura da CPI do Fundeb, rapidamente negada pela base governista. De acordo com o Tribunal de Contas do Município, 700 milhões desse fundo foram usados para tapar o rombo da Previ Rio, outros milhões aplicados na Fetranspor, mais uns muitos milhões em vilas olímpicas e pagamentos às ONGs (Fundação Roberto Marinho é uma delas). Ou seja, o dinheiro dos nossos impostos, que deveria alavancar a qualidade da educação e valorizar os seus profissionais, foram desviados debaixo dos nossos olhos. O senhor nunca leu nossos cartazes? O que mais aparece é: “CPI do Fundeb”.Fica feio demais para o senhor publicar um artigo opinativo sem, antes, resguardar-se por meio dos devidos fundamentos. O senhor cita que há enorme corporativismo que encobre professores que faltam ou se atrasam. Saiba o senhor que isso é uma imagem errada projetada sobre nós, professores. O senhor sabe por que? Pois me citarei como exemplo: tenho uma turma com 56 alunos (acredite), aliás, leciono para oito turmas que variam entre 40-50 adolescentes; se por ventura houver falta ou atraso habitual, esses alunos ficarão infernizando toda a escola, pois não há pessoal em número suficiente para controlá-los. Ademais, esse pessoal só foi contratado depois do massacre em Realengo (lembra?). Precisou haver uma tragédia para que uma das mais antigas reivindicações da categoria fosse ouvida. O seu texto diz que os cinco mil profissionais que estiveram presentes na última assembleia não representam o total de 43 mil. Esses são números utilizados de forma equivocado ingenuamente, ou maliciosamente. Pois nossa a categoria é formada por pessoas que lecionam em outras prefeituras, colégios particulares, ou que faz um sem número de bicos para aumentar seus proventos. Esses, embora atuantes no movimento, devem honrar seus compromissos fora da rede municipal e nem sempre estão disponíveis. Há também os que estavam se curando das porradas físicas e psicológicas desferidas pelos PMs, e não puderam comparecer. Sem contar, também, os numerosos pelegos que infestam qualquer classe laboral. Mas, caro Gilberto, esses últimos não são maioria nem por mágica. Então, por favor, os números não mentem, mas podem nos conduzir ao erro se analisados da forma como o senhor fez.Por fim, seu artigo afirma que ao aluno não interessa a greve. Esse argumento é mais velho do que andar para frente. O que interessa ao aluno, então? Será que é a aprovação automática, forçada pela secretária Costin por meio do pseudônimo de “meritocracia”? Sim, Gilberto, a aprovação automática existe a todo fôlego na rede. Temos cotas de reprovação! Apenas X alunos por turma podem ser reprovados. Coloquei o X, pois esse quantitativo varia a cada ano de acordo com os interesses da SME. O que fazem com esses reprovados? Os enfurnam num dos “projetos”, cujas aulas são realizadas por um único professor encarregado de lecionar todas as disciplinas. Sucesso garantido! O sujeito não tem aula de nada, aprende menos ainda, depois são repassados sem cerimônia à rede estadual (também em greve, não se esqueça). Será que ao aluno interessa uma educação pífia, embotada, apresentada na forma de vídeos feitos pela Fundação Roberto Marinho? Pense nisso.
      Saúde e paz de consciência,                                                                                                                    

       Dr.Prof. Richard N. de Paula

       

  3. educação e democracia

    Sei que o assunto é sobre a diferença dos tratamentos dados pela mídia  e por quem assistiu as manifestações mais de perto. Mas, para mim, não se pode fugir do assunto educação, até pela simples razão de que a mídia nunca deu importância para manifestos de professores. Tá difícil entender como chegamos a essa situação. Em muitos estados brasileiros os professores não ganham o piso salarial a que tem direito. Municípios e estados arranjam desculpas para tudo, como fizeram também na saúde. A privatização e a terceirização explicam algumas causas. O governo federal vai ter que encarar eesa briga de frente e cobrar dos governos estaduais mais eficácia na solução para os profissionais de educação. Os professores são fundamentais em nossas salas de aula. São indispensáveis. Não dá para trazer profissionais de fora como o que foi feito na área da saúde (com todo o meu apoio, já que a privatização da saúde levou a esse extremo). Por razões até mais compreensíveis para nós, o profissional de saúde tem mais opção e privilégios do que simples professores. O mercado privado da educação não trata de maneira melhor nossos professores, o mercado não os privilegia. Será que só nos resta aceitar que seus protestos sejam defendidos por black bloks? Isso seria segurança? Isso seria uma demonstração de democratização para os alunos? Ou viraremos todos bandidos? Já dizem que os políticos são todos bandidos, mas sabemos o quanto as generalizações são perigosas. O que não podemos é voltar aos tempos dos bandos em que cada um se defende como pode. Aí não seremos só bandidos, seremos todos perdedores.

    1. Rita Maria, veja  uma das

      Rita Maria, veja  uma das causas do caos na Educação Pública!!!

      A Secretária de Educação da Prefeitura do Rio de Janeiro, Claudia Costin, abriu o cofre da secretaria para pagar R$ 6 milhões para gráfica de seu marido. O Ministério Público do Rio de Janeiro recebeu a denúncia e já requisitou o contrato milionário ao prefeito Eduardo Paes. A gráfica imprime os testes feitos para avaliar os professores de toda rede da cidade do Rio de Janeiro. Se confirmada a denúncia, a secretária pode sofrer um processo de improbidade administrativa.

      Fonte: http://www.quidnovi.com.br/mino/detalhe.asp?c=1406

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