A Voz Romance de São Paulo, por Nino Dourado e Luciano Hortencio

A Voz Romance de São Paulo, por Nino Dourado e Luciano Hortencio

Niva Marquês Sampaio, nasceu em Duartina-SP, em 25 de março de 1936. Seu talento pela música surgiu ainda na infância quando começou a demonstrar os interesses pelo caminho que seguiria anos depois.

Começou a trabalhar aos 16 anos de idade, exercendo a profissão de datilografa em um escritório de advocacia. Certa noite ao sair do trabalho, Niva seguiu com amigos e alguns familiares para uma cantina da Praça Marechal Deodoro. Na ocasião um primo pediu que ela soltasse a voz para animar o momento e um conjunto musical que se fazia presente acompanhou a moça. Desse dia em diante a sua carreira começou a se desenvolver e em pouco tempo assinou contrato com a Rádio Nacional de São Paulo, interpretado sucessos nacionais e internacionais.

Iniciou usando o seu nome de batismo: Niva Marquês Sampaio, depois abreviou para Niva e Niva Marques, oscilando entre esses dois últimos.

No início da sua carreira se apresentou no programa “Sábado Alegre” de Vicente Moura, em 1955 Foi contratada pela Rádio Emissora de Piratininga. Logo depois passou a se apresentar na rádio América e na rádio Cultura, obtendo sucesso no ‘Programa de Manoel da Nóbrega’, no ‘Domingo sem bola’ e ‘Ronda dos bairros’, sendo contatada pela OVC.

Assinou contrato com a Chantecler onde gravou alguns discos de 78 rpm e em 1960 se transferiu para a fábrica do caramujo (Copacabana Discos), casa onde gravou aproximadamente cinco discos entre alguns 78 rpm’s, dois compactos e um lp intitulado ‘Enquanto o sono não vem’.

Em 1964 casou-se com Antônio Sampaio, inspetor de vendas da Brasilite, considerado o seu maior fã e incentivador. Uma curiosidade sobre Niva, é que nesse ano ela mantinha as seguintes medidas: 92 cm de busto, 58 de cintura, 93 e quadris, 1,60 de altura, 52 quilos, tinha cabelos pretos e olhos castanhos escuro.

Niva ainda chegou a montar um conjunto musical que percorreu 200 cidades do interior de São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, porém o conjunto acabou sendo desfeito pois Niva decidiu se dedicar a sua carreira solo.

Em 1956, recebeu na rádio Mayrink Veiga (Rio de Janeiro) o apelido de ‘A voz romance de São Paulo’, foi atração da Tupi, Nacional e da Tv Paulista. Em 1958, filmou ao lado de Mazzaropi, atuando na película “Chofer na Praça”

DISCOGRAFIA

(1959) Águas que passam/Estranhos caminhos. Chantecler. 78 rpm.

(1959) Que pena/O correio e Iguape. Chantecler. 78 rpm.

(1961) O mar e a pera/Diga. Copacabana. 78 rpm.

(1962) Desesperadamente/Marechiare. Copacabana.78 rpm.

(1963) Eu hei de seguir/Franqueza. Copacabana. 78 rpm.

(1964) Enquanto o sono não vem. Franqueza. Copacabana. Compacto simples.

(1964) Enquanto o sono não vem. Copacabana. Compacto duplo 33 rpm.

Fontes:

NIVA MARQUES. Revista do Rádio, Rio de Janeiro, ano 10, n. 413, p.56, 10 ago. 1957.

PRIMEIRO DESTAQUE. A Gazeta Esportiva, São Paulo, ano 28, n. 9844p.35, 30 nov.1957.

OUTRA POSE DE Niva Marques […]. Radiolândia, Rio de Janeiro, ano 5, n. 216, p.49, 24 maio 1958.

MENDONÇA, Newton. Uma porção de contratos a sua espera. Revista do Rádio, Rio de Janeiro, ano 11, n. 463, 26 jul. 1958.

LEITÃO, Arnaldo Câmara Leitão. Niva Marques: beleza e voz que despontam na Nacional de São Paulo. Radiolândia, Rio de Janeiro, ano 5, n. 225, p. 62-63, 26 jul. 1958.

JORNAL DAS Moças […]. Jornal das Moças, Rio de Janeiro, n. 2269, p.63, 11 dez. 1958.

TRÊS COMANDOS DE Vicente Moura […]. Última Hora, São Paulo, ano 7, n. 2108, p.6, 24 fev. 1959.

DISCOS. Diário da Noite, São Paulo, ano 40, n.12112, p.7, 7 jul. 1964.

FOI CANTANDO numa cantina […]. Revista do Rádio, Rio de Janeiro, ano 17, n. 784, 26 set. 1964.

Arquivo Nirez.

Fundação Joaquim Nabuco.

Coleção particular Nino Dourado.

Canal youtube Luciano hortencio.

Hemeroteca da Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro.