Wilson Ferreira
Wilson Roberto Vieira Ferreira - Mestre em Comunição Contemporânea (Análises em Imagem e Som) pela Universidade Anhembi Morumbi.Doutorando em Meios e Processos Audiovisuais na ECA/USP. Jornalista e professor na Universidade Anhembi Morumbi nas áreas de Estudos da Semiótica e Comunicação Visual. Pesquisador e escritor, autor de verbetes no "Dicionário de Comunicação" pela editora Paulus, e dos livros "O Caos Semiótico" e "Cinegnose" pela Editora Livrus.
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Estudante implode bomba semiótica do Enem

Sem querer o estudante da USP que simulou ser um candidato atrasado do Enem, cujas fotos ocuparam primeiras páginas de jornais e portais de Internet, acabou abrindo uma perspectiva de contra-ataque na verdadeira guerrilha semiológica que toma conta da opinião pública brasileira: contra a manipulação midiática, a simulação; contra a mentira, o seu paroxismo: o simulacro! É a “bomba pós-moderna”, que ajudou não só a implodir como colocou a nu o processo de construção de bombas semióticas, como as que a mídia detona contra o Enem. A estratégia irônica do contra-ataque através da simulação como forma de desmoralizar a mídia segue a tática como a do agitador cultural Joey Skaggs (famoso nos EUA por “pegadinhas” contra a TV e jornais) e de manifestantes em Portugal contra as políticas de austeridade.

Nessa semana, uma pessoa fez mais estragos que dezenas de black blocks depredando fachadas de bancos e de lanchonetes multinacionais. Trata-se de um aluno do curso de Ciências Contábeis da USP, Flávio de Queiroz, que simulou diante de fotógrafos e jornalistas ser um candidato atrasado na prova do Enem realizado no último domingo. A foto dele dramaticamente tentando escalar as grades da Uninove, na Barra Funda, São Paulo, saiu em portais da Internet e primeira página do jornal Folha de São Paulo ao lado de uma sombria manchete: “Quase um terço dos candidatos não faz Enem”.

                Ao lado da barrigada da rádio CBN em que uma ansiosa repórter confundiu um aviso de um curso de alemão na USP como um aviso cifrado da bandidagem sobre a chegada da polícia para apressadamente confirmar uma pauta estipulada pela reportagem (veja links abaixo), o episódio da simulação do aluno atrasado do Enem pôs a nu o processo de montagem da notícia com a finalidade de torná-la uma bomba semiótica.

Enem na mídia: sempre à beira da fraude com
jornalistas em busca de índices 
da sua ineficiência

                Mas esse caso apresentou uma novidade: sem querer, o aluno da USP criou uma verdadeira contra-bomba nessa verdadeira guerrilha semiológica em que se tornou o contínuo midiático nacional. Sem saber, ele acabou criando uma “bomba pós-moderna”, cujo princípio tecnolinguístico pode ser sintetizado da seguinte maneira: contra a manipulação midiática, a simulação; contra a mentira, o seu paroxismo: o simulacro!

A bomba semiótica do Enem

                Assim como a ansiosa repórter da rádio CBN que foi a campo cobrir a greve na FFLCH-USP com a missão de trazer evidências que confirmassem as convicções da chefia, da mesma forma os jornalistas da grande mídia vão cobrir cada Enem com uma pauta bem clara: registrar qualquer episódio, imagem, declaração que, ligadas metonimicamente na diagramação de primeira página ou nos planos das imagens televisivas, comprovem que o Enem é uma catástrofe sempre à beira da fraude.

                E assim é todo ano: imagens de estudantes chegando atrasados lutando contra portões, fotos da prova postadas na Internet, tentativas de fraude e print screens de tweets da debochada série “Aprendi No Enem” onde se ridiculariza conteúdos e enunciados de questões. A missão dos jornalistas é, portanto, coletar o máximo que puder índices, fragmentos, indícios potenciais que ajudem a configurar para a opinião pública um clima generalizado de fraude.

                Mas dessa vez uma contra-estratégia irônica interveio em pleno momento de coleta de material para a montagem das habituais bombas semióticas: um aluno da USP, Flávio de Queiroz Segundo, aluno de Ciências Contábeis, simulou ser mais um desses índices que os repórteres desesperadamente buscam para garantir seus empregos e carreiras no jornalismo atual da grande mídia. Apareceu em primeiras páginas sem sequer ser entrevistado e, quando foi, serviu a mais requintada matéria-prima para ansiosos repórteres: colocou a culpa pelo seu atraso no transporte, no trem, enfim, no poder público. O Jornal Folha de São Paulo foi ainda mais sinistro, ao aproximar sua foto a uma manchete sobre o crescimento de abstenções no exame.

E ainda para piorar, uma matéria do portal IG foi mais dramática e carregou no tom ao relatar que o candidato estava “de mãos trêmulas” ao descer das grades do portão da Universidade.

Portal iG: “ele estava de mãos trêmulas”

Pouco depois, o desmentido do aluno: “foi apenas uma brincadeira com alunos de uma faculdade rival. Pretendia divulgar o vídeo na Internet”. Espontaneamente, nas entrevistas com os repórteres ia falando o que dava na telha: “meus pais vão ficar bravos…”, “levei duas horas para chegar…” etc., atendendo a todo o script padrão de respostas que jornalistas esperam nesse momento.

                Ao saber da “barriga”, a reposta da grande mídia foi ironizar o estudante, falando que conseguira os seus “quinze minutos de fama”. Porém, nenhum veículo da grande mídia publicou o deboche e ironias do estudante da USP: “a imprensa é muito ingênua”, “nem dei entrevista e saí na primeira página”, “Eu disse que queria fazer ciências econômicas na UFSCar. Só que nem existe esse curso…”, sugerindo a ausência de apuração nas reportagens.

A bomba pós-moderna

Era 1995. No último bloco o telejornal Bom Dia Brasil da TV Globo apresentou uma notícia que o terapeuta internacionalmente famoso chamado Baba Wa Simba, queniano e filho de missionários norte-americanos, estava desembarcando em Londres. Nas imagens uma demonstração que ele fez em pleno saguão do aeroporto de um método que inventara para que homens e mulheres desenvolvessem “seu lado animal” e liberassem “instintos reprimidos”. Diversos pacientes de quatro no chão urrando, grunhindo e devorando um pedaço de carne crua que Bamba Simba jogava. Tudo diante de uma patuleia de jornalistas e fotógrafos, ávidos por sensacionalismo para preencher blocos de notícias diversas dos telejornais.

Baba Simba: a simulação ganhou
espaço nas mídias

Depois, o choque. Tudo era uma simulação na qual os repórteres prontamente caíram, sem sequer apurarem minimamente quem era “Baba Simba”. O terapeuta, na verdade, era o artista plástico Joey Skaags, famoso nos Estados Unidos pelas “pegadinhas” que apronta contra TV e jornais com um objetivo estético (ter a sua “arte” captada pela mídia) e outro ideológico-político: desmoralizar a própria mídia.

O episódio involuntariamente criado pelo estudante da USP se enquadra nessa estratégia de enfrentar a manipulação midiática com a simulação. Para entendermos a eficácia dessa bomba pós-moderna é necessário estabelecermos a diferença entre a manipulação e a simulação.

 

manipulação, técnica de montagem da bomba semiótica, está no campo dos signos. Todo signo é uma representação de um referente – evento, objeto, ideia, imagem mental etc. Os signos podem tanto apresentar como mascarar a realidade, ou seja, manipular: dizer que algo não existe quando na verdade você o esconde.

A bomba semiótica é uma manipulação de um tipo especial: esconde mostrando, por meio de técnicas metonímicas de justaposição de imagens e áudios. Obriga repórteres a serem meros coletores de índices (sem apuração ou crítica) para se tornarem depois símbolos ideologicamente direcionados nas edições e montagens nas ilhas de edição e reuniões nos “aquários” das redações.

 

Wilson Ferreira

Wilson Roberto Vieira Ferreira - Mestre em Comunição Contemporânea (Análises em Imagem e Som) pela Universidade Anhembi Morumbi.Doutorando em Meios e Processos Audiovisuais na ECA/USP. Jornalista e professor na Universidade Anhembi Morumbi nas áreas de Estudos da Semiótica e Comunicação Visual. Pesquisador e escritor, autor de verbetes no "Dicionário de Comunicação" pela editora Paulus, e dos livros "O Caos Semiótico" e "Cinegnose" pela Editora Livrus.

19 Comentários

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  1. Imagem, apuração e responsabilidade

    LN, 

     

    acabei de postar um palpite que insere esse caso a outros, como o da Escola Base, do Kony e da recente denúncia de um professor condenado como “tarado” pelo programa do Datena.

    Redigi esse palpite em parceria com o amigo Rodrigo Esteves Lima, professor na UFPB. Tenho certeza de que nossas reflexões vão ao encontro do que você tem defendido no trato responsável da informação. Espero que publique em seu blog.

     

    Grande abraço.

     

     

    Sergio de Moraes Paulo, o palpiteiro.

     

     http://opalpiteiro.blogspot.com.br/2013/11/imagem-e-responsabilidade-midiatica.html

  2. Mais um BOIMATE da mídia.

    Mais um BOIMATE da mídia. Eles não aprendem, mesmo.Ou será que essas barrigadas estão naquele famoso SE COLAR COLOU?

  3. Dá um livro

    Muito bons estes artigos de Wilson Ferreira sobre bombas semióticas, esperamos que isso termine num livro, pois o assunto dá pano prá manga e em se falando em mídia tupiniquim, vai vir mais bombas por ai..rss

  4. Didático

    Sempre achei os textos do Wilson difíceis de entender mas esta série sobre as bombas semióticas é de fácil compreensão, ele tem colocado o assunto de forma ditática, valeu Wilson, quem não deve estar gostando de ver seu modus operandi  desvendando é a imprensa tupiniquim. É que os criminosos tem seus modus operandi como segredo guardado debaixo de 7 chaves, quando são revelados fica difícil manter a malandragem, se bem que quando isso ocorre buscam “novidades”, ou seja, novas formas de levar adiante suas práticas criminosas, mas geralemente não mudam, mas fica melhor para as vítimas da malandragem se defederem, ou seja, para desarmar a arapuca.

  5. E de barrigada em barrigada,

    E de barrigada em barrigada, cada dia o desgaste e o descrédito aumentam.  Será que ninguém se toca??  O que fico pensando, cá com os meus botões é o seguinte: será que nenhum dono de jornal/TV etc…se toca disso??  é a mesma coisa que dar um tiro no pé…matar a galinha dos ovos de ouro…..não entendo, sinceramente!!  Um dos poucos pontos em que coxinhada e esquerda concordaram é que a rede globo é uma grande manipuladora, sacana…..o ibope do Fantástico, JN, novelas etc….cai cada ano que passa….então não entendo o porquê de permanecerem nesta toada, estrada abaixo…não faz sentido.  Outro fato: mesmo depois de todas as manchetes, o anúncio do apocalipse, factóides mil…….Dilma tá na frente….  Olha, desde que sou criança, escuto uma história antiga de Pedro e o Lobo…..Pedro sempre gritando….é o lobo…é o lobo…..todos socorriam.  Um dia Pedro realmente se encontrou com o Lobo, gritou, chamou por socorro mas ninguém veio, acreditando se tratar de mais uma mentira.  Assim que encaro a mídia……cada dia que passa, menos e menos acreditam nela.  Não era para terminar assim…..mas enfim…..cada um sabe de si!!

  6. A barriga é coisa velha

    Desde sempre a barriga existe na imprensa e vai continuar existindo , não importa pelos quais os meios e nem os agentes divulgadores dos fatos. Esta diferenciação marota de velha e nova mídia possivelmente será apenas uma transição que visa supostamente dar maior qualidade à informação.No exemplo do jovem subindo as grades do portão sempre será motivo para a explosão da “bomba simiótica”.Credibilidade, isenção, imparcialidade, neutralidade ,ponderação de princípios, razoabilidade são características humanas que não estão acompanhando a revolução midiática no seu sentido qualificativo.

  7. Deveria existir um site só

    Deveria existir um site só pra compilar essas barrigadas e as matérias que saem do ar, como aquela do Aécio Boladasso.

  8. Nao que eu vou deixar passar

    Nao que eu vou deixar passar uma ironia tao na-cara assim, ne, Wilson?

    Implode bomba semiotica!

    Considere se agradecido!!!!!

  9. Texto primoroso! A tentativa

    Texto primoroso! A tentativa paulatina da mídia de destruir o Enem  tentando  tirar  a legitimidade dele mas o rapaz da USP foi ingenuo se ele tivesse ido até os reporteres e dissesse que o Ministério da educação é isso ou aquilo teria 20 minutos exclusivos no jornal nacional  de sábado ou domingo ou ainda na Globo news que consegue ser ainda pior. é por isso eu não leio e não vejo jornais brasileiros para não estragar meu dia. é tanta distorção que não dá por isso eu evito.

  10. a culpa é do……………..

    o rapaz chegou atrasado?

    o transporte não funcionou?

    o funcionário roubou milhões e comprou porsche?

    faltou dinheiro?

    choveu?

    a culpa é………….

    do     L-U-L-L-A     !!!!!LULA

  11. Tá aí mais um benefício da
    Tá aí mais um benefício da internet. Jamais imaginei este tipo sofisticado de manipulação chamado bomba semiotica.

    No mais, perfeita a estratégia adotada pelos portugueses para protestar contra a Troika e seu execrável “pacote de austeridade” através de uma simulação de uma convocação, via redes sociais, de uma manifestação pró-Troika.

  12. O artigo afirma, no início,

    O artigo afirma, no início, que o estudante sozinho fez mais estragos que os “Black Blocs”.

    Com certeza, pois apesar de ser uma atitude individual, teve inteligência, o que não existe em uma manada destruindo desenfreadamente instalações públicas ou privadas.

    Lembram-se da “dança do siri”?  Até ela era mais inteligente que os “Black Blocs”.

    Onde havia um repórter da Globo gravando uma matéria, apareciam populares ao fundo da filmagem, fazendo a dança (que acho que foi criada pelo programa “Pânico”, mas se alastrou entre populares que queriam ridizularizar a Globo).

    Sem saber como se livrar dela, reportagens eram interrompidas antes do final, e até seguranças foram mobilizados pela tv para evitar as cenas.

    Só que não teve jeito: quando a seleção masculina de vôlei foi campeã de um torneio transmitido pela Globo ao vivo, os jogadores comemoraram ao final da partida fazendo a “dança do Siri”, com o Galvão Bueno sendo obrigado a narrar: “Olha a dança do Siri aí, gente …”, certamente com um sorriso amarelo.

    Que essas iniciativas se multipliquem!

  13. Fama

    E depois que a mídia tucana viu que era uma barrigada fez cara de paisagem e sapecou esta: Ele ganhou seus 15 minutos de fama….

    A bandidagem midiática se entregou mais ainda: Quer dizer que para ter 15 minutos de fama basta simular qualquer coisa contra o governo, tipo carregar uma faixa qualquer em Copacabana, eu heim

  14. Interessante este artigo que

    Interessante este artigo que revela a mediocridade de uma mídia que sai às ruas todos os dias pré-pautada, o coitado do jornalista não tem mais o sagrado ofício de averiguar a verdade, pesquisar as fontes, trazer para seu jornal ou revista ou TV, notícias.

    Não, ele tem que se focar em indícios, verdadeiros ou não, que “confirmem” a visão do dono da empresa onde trabalha. Esse pequeno exemplo da brincadeira do estudante, revela o baixo nível das empresas de manipulação da informação do Brasil, que mais cedo ou mais tarde implodirão, pelo descrédito absoluto da população esclarecida. Serão mantidas, por aqueles que cegamente apreciam o lixo que produzem, porque se coaduna com suas crenças, valores, ódios e preconceitos.

    Assim, da noite para o dia, Joaquim Barbosa vira herói, porque arrasa os “mensaleiros”, busca “a justiça”, é o “Batman contra a corrupção” e Ricardo Lewandowski vira “o amigo dos petistas”, o “canalha amigo da mulher de Lula”, o “corrupto que defende os mensaleiros”.

    Todas essas máscaras acabam caindo, a verdade sempre se impõe, hoje, grandes juristas, que nada têm a ver com o PT, pelo contrário, militantes de direita, como Ives Granda e Cláudio Lembo, denunciam a farsa jurídica que foi o julgamento, as falhas, o crime contra as leis.

    Mas o estrago já foi feito, e milhões de brasileiros que poderiam ter debatido com informações honestas e isentas, tantas coisas sobre lei, democracia, justiça, foram usados como massa de manobra de uma gente poderosa, covarde, e que tem interesses bem definidos. Interesses, que os ingênuos acreditam ser “os valores da democracia e do bem do povo brasileiro” – como se há muito, não tivessem se transformado em negócio puro, simples negócio, onde a informação passa a ser mercadoria, e arma, para destruir os inimigos e respaldar os amigos – entenda-se, não há amigos nesse negócio, há “os que estão do nosso lado…”.

    O caso bobo, pequeno, do trote do estudante na grande mídia, é revelador dessa ordem, desse estado de coisas. Se não apuram sequer os fatos pequenos, se estes são manipulados, o que dizer dos fatos realmente importantes, que influem na opinião pública, nos interesses do “Mercado”, nos interesses dos partidos políticos…?

    Do ponto de vista moral, a grande imprensa brasileira, decretou falência!

  15. Materia Prima

    Sugiro à TV BRASIL/EBC contratar nosso Wilson Ferreira para levar ao ar, semanalmente, estes textos/discussões que são verdadeiros “arranca tapa-olhos”.

    Seria de grande utilidade publica. Deveria ser obrigatorio que nossos politicos tambem o assistissem.

    Muito bom o Cinegnose!

  16. É o lobo…

    Lembram disso? Da fabula onde o menino chamava ajuda gritando é o lobo? Mas nunca tinha lobo nenhum, ate o dia em que o lobo de verdade veio, ele gritou e ninguem apareceu.

    Bem, me parece que a histeria dos meios digitais se parece muito com o conto. Antes mesmo de apurar veracidade de fatos, ja esta no facebook, twiter e midias sociais. Jornais e televisão estão indo para o mesmo abismo..uma lastima.

  17. Fora Enem

    Qual a vantagem em fazer um exame único no país? Seremos todos analisados segundo uma ótica particular? Quem sai ganahndo com isso. De fato, não são os estudantes.

  18. Metafísica jornalística

    O conceito de pré-pauta da grande mídia – conforme trabalhado no texto – nos remete ao conceito de metafísica desenvolvida por Heidegger e à semiótica de Wittgenstein. Trata-se de um jornalismo sintático-semântico que, ignorando o aspecto pragmático da notícia, afasta-se da “coisa-ela-mesma”, valorizando apenas a representação simbólica da realidade enquanto subverte a relação entre signo e objeto.

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